Leituras do dia:
Br 5,1-9
Sl 125/126
Sl 125/126
Fl 1,4-6.8-11
ESCUTA DA PALAVRA - VER
Evangelho:
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 3,1-6
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 3,1-6
"No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes administrava a Galiléia, seu irmão Filipe, as regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto. E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados, como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: "Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. E todas as pessoas verão a salvação de Deus'"."
MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)
(O que diz o texto para mim?)
Meditação:
Lucas tem interesse em precisar com detalhe os nomes dos personagens que controlam as diferentes esferas do poder político e religioso naquele momento. São eles aqueles que planejam e dirigem tudo. No entanto, o acontecimento decisivo de Jesus Cristo prepara-se e acontece fora do seu âmbito de influência e de poder, sem que eles saibam nem decidam nada.
É assim que o essencial aparece sempre no mundo e nas nossas vidas. É assim que penetra na história humana a graça e a salvação de Deus. O essencial não está nas mãos dos poderosos. Lucas diz sucintamente que "veio no deserto a Palavra de Deus a João", não na Roma imperial nem no recinto sagrado do Templo de Jerusalém.
É assim que o essencial aparece sempre no mundo e nas nossas vidas. É assim que penetra na história humana a graça e a salvação de Deus. O essencial não está nas mãos dos poderosos. Lucas diz sucintamente que "veio no deserto a Palavra de Deus a João", não na Roma imperial nem no recinto sagrado do Templo de Jerusalém.
O evangelista São Lucas, que nos prega neste Advento, tem uma característica muito própria: a universalidade. Ele se propõe a provar que Jesus não veio só para salvar os judeus, mas para salvar toda a humanidade. Por isso, procura situar os lugares sagrados de João e Jesus dentro do universo do seu tempo. Dá fronteiras geográficas, históricas e religiosas amplas. Faz questão de mencionar até a vizinhança pagã: Ituréia, Traconítide e Abilene. É bom que tenhamos esse cenário diante dos olhos para entendermos o Evangelho.
No tempo de Jesus, a Palestina era uma nação cativa de Roma e pagava impostos ao imperador romano(...) O nome do imperador no momento era Tibério.
Como era costume, o imperador, ao conquistar uma nação, retalhava-a em regiões e colocava à frente de cada uma um representante para cobrar os impostos.
Pôncio Pilatos era o seu representante na Judéia. Herodes Antipas o representava na Galiléia, região de Jesus; e as regiões pagãs vizinhas de Ituréia e Abilene tinha também os seus representantes.
João Batista é o último dos grandes profetas do Antigo Testamento e o primeiro do Novo. É filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria.
Nasceu num lugar chamado hoje "En Karin", região montanhosa, 7 quilômetros e meio a oeste de Jerusalém. Alguns autores dizem que João se preparou para a sua missão na comunidade essênia de Qumram.
No tempo de Jesus, o deserto de Judá era habitado por centenas de monges chamados essênios. O profeta aliava um zelo incomparável no cumprimento da sua missão a uma vida de despojada penitência. Talvez tenha feito o voto do nazireato, pelo qual a pessoa se abstinha, entre outras coisas, de bebidas alcoólicas e de cortar o cabelo. Pregava um batismo de penitência e centrava a sua pregação na preparação da vinda do Messias.
João era a voz que gritava no deserto exigindo um caminho para a passagem do Senhor. Quando um rei resolvia visitar qualquer dos seus domínios, perdidos que fossem na imensidão do deserto, era expedido para lá um arauto com a incumbência de preparar um caminho para a carruagem passar.
O arauto aqui era João e o rei era Jesus. Isaías (40, 3) descreve como seria abrir um caminho no deserto: "Seja entulhado todo o vale, todo o monte e toda colina sejam nivelados; transformem-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales."
Abrir uma estrada real, uma estrada para um rei passar, no deserto parece impossível. Pois é justamente essa a grande dificuldade, que é a nossa conversão.
Na estrada da nossa vida, os apegos, os vícios são montes, às vezes, intransponíveis. Aliás, o deserto era justamente a imagem da humanidade, uma terra ressequida, mas que tinha tudo para reverdecer. Só faltava a água viva de Cristo.
As forças apresentadas por João para resolver os obstáculos eram a penitência e o desprendimento. Está aí o que se pede de nós neste advento.
A figura de João Batista que nos aparece neste momento da preparação do Natal é a de um homem vestido de pele de camelo, que se alimenta de gafanhotos e mel silvestre e não bebe vinho nem bebidas inebriantes. E, da nossa parte, como estamos nos preparando para o nosso Natal?
O que temos feito no momento é expedir cartões de Natal para os amigos que moram longe; desejar "feliz Natal", a viva voz, para os amigos que não vamos encontrar até as festas; comprar os presentes com antecedência por causa da futura superlotação das lojas, ver os preços das frutas cristalizadas e dos panetones enquanto ainda estão em conta.
Verifiquemos a diferença entre a proposta de João Batista e a nossa preparação.
No tempo de Jesus, a Palestina era uma nação cativa de Roma e pagava impostos ao imperador romano(...) O nome do imperador no momento era Tibério.
Como era costume, o imperador, ao conquistar uma nação, retalhava-a em regiões e colocava à frente de cada uma um representante para cobrar os impostos.
Pôncio Pilatos era o seu representante na Judéia. Herodes Antipas o representava na Galiléia, região de Jesus; e as regiões pagãs vizinhas de Ituréia e Abilene tinha também os seus representantes.
João Batista é o último dos grandes profetas do Antigo Testamento e o primeiro do Novo. É filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria.
Nasceu num lugar chamado hoje "En Karin", região montanhosa, 7 quilômetros e meio a oeste de Jerusalém. Alguns autores dizem que João se preparou para a sua missão na comunidade essênia de Qumram.
No tempo de Jesus, o deserto de Judá era habitado por centenas de monges chamados essênios. O profeta aliava um zelo incomparável no cumprimento da sua missão a uma vida de despojada penitência. Talvez tenha feito o voto do nazireato, pelo qual a pessoa se abstinha, entre outras coisas, de bebidas alcoólicas e de cortar o cabelo. Pregava um batismo de penitência e centrava a sua pregação na preparação da vinda do Messias.
João era a voz que gritava no deserto exigindo um caminho para a passagem do Senhor. Quando um rei resolvia visitar qualquer dos seus domínios, perdidos que fossem na imensidão do deserto, era expedido para lá um arauto com a incumbência de preparar um caminho para a carruagem passar.
O arauto aqui era João e o rei era Jesus. Isaías (40, 3) descreve como seria abrir um caminho no deserto: "Seja entulhado todo o vale, todo o monte e toda colina sejam nivelados; transformem-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales."
Abrir uma estrada real, uma estrada para um rei passar, no deserto parece impossível. Pois é justamente essa a grande dificuldade, que é a nossa conversão.
Na estrada da nossa vida, os apegos, os vícios são montes, às vezes, intransponíveis. Aliás, o deserto era justamente a imagem da humanidade, uma terra ressequida, mas que tinha tudo para reverdecer. Só faltava a água viva de Cristo.
As forças apresentadas por João para resolver os obstáculos eram a penitência e o desprendimento. Está aí o que se pede de nós neste advento.
A figura de João Batista que nos aparece neste momento da preparação do Natal é a de um homem vestido de pele de camelo, que se alimenta de gafanhotos e mel silvestre e não bebe vinho nem bebidas inebriantes. E, da nossa parte, como estamos nos preparando para o nosso Natal?
O que temos feito no momento é expedir cartões de Natal para os amigos que moram longe; desejar "feliz Natal", a viva voz, para os amigos que não vamos encontrar até as festas; comprar os presentes com antecedência por causa da futura superlotação das lojas, ver os preços das frutas cristalizadas e dos panetones enquanto ainda estão em conta.
Verifiquemos a diferença entre a proposta de João Batista e a nossa preparação.
Reflexão Apostólica:
A vinda de Jesus foi devidamente preparada pela pregação e pelo testemunho de João Batista. O batismo de conversão para o perdão dos pecados, anunciado pelo Precursor, predispunha o coração das pessoas para a proposta do Reino que Jesus iria anunciar.
A figura os costumes austeros do Batista constituíam um questionamento contínuo para quem buscava algo melhor e se dispunha a acolher o Messias que estava para vir.
Assim como João Batista foi enviado para preparar o caminho do Senhor, nós também hoje, somos convocados, para também anunciar a todos, a Salvação de Jesus Cristo.
Mesmo que às vezes tenhamos de "gritar no deserto" para quem não deseja escutar nós poderemos aplainar os caminhos do Senhor na nossa casa, no trabalho, no mundo, na sociedade para que "vejam a salvação de Deus!"
Isto nós podemos fazer dando testemunho de que Jesus nos transformou, por isso, não somos mais aquelas pessoas que tinham medo de tudo, que aprendemos a perdoar, a partilhar, a consolar o irmão que sofre e muitas outras coisas.
Não serão as nossas belas palavras que tocarão os corações, mas a nossa postura coerente com o que Jesus nos ensina no Evangelho.
João Batista pregava o que vivia, por isso, Ele arrastou multidões para que fossem batizados e se convertessem. Nós somos o João Batista dos dias atuais.
O que você tem feito para preparar o caminho da Salvação de Jesus para os da sua casa? Em que consiste a Salvação de Jesus para você?
Mesmo que às vezes tenhamos de "gritar no deserto" para quem não deseja escutar nós poderemos aplainar os caminhos do Senhor na nossa casa, no trabalho, no mundo, na sociedade para que "vejam a salvação de Deus!"
Isto nós podemos fazer dando testemunho de que Jesus nos transformou, por isso, não somos mais aquelas pessoas que tinham medo de tudo, que aprendemos a perdoar, a partilhar, a consolar o irmão que sofre e muitas outras coisas.
Não serão as nossas belas palavras que tocarão os corações, mas a nossa postura coerente com o que Jesus nos ensina no Evangelho.
João Batista pregava o que vivia, por isso, Ele arrastou multidões para que fossem batizados e se convertessem. Nós somos o João Batista dos dias atuais.
O que você tem feito para preparar o caminho da Salvação de Jesus para os da sua casa? Em que consiste a Salvação de Jesus para você?
ORAÇÃO
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
Oração: Senhor Jesus, a exemplo de João Batista, faze-me teu mensageiro, que prepare tua chegada no coração de quem precisa de ti.
REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
Propósito: Preparar a chegada de Jesus.
RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
(Para onde Deus quer me conduzir?)
- Mergulhar no mistério de Deus.
- Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
- Saborear Deus. Repousar em Deus.
- Ver a realidade com os olhos de Deus.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]