MISTÉRIO DA INCARNAÇÃO
(ENCARNAÇÃO)
E o Verbo se fez homem e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, que Lhe vem do Pai, como Filho único, cheio de graça e verdade.(Jo.1,14).
Segundo a doutrina Cristã Mistério da Incarnação, o eterno Filho de Deus assumiu a natureza humana completa e nasceu da Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo.
Embora a obra da Incarnação em si mesma pertença à Santíssima Trindade, só a Segunda Pessoa assumiu a natureza humana.
A essa união da natureza humana e divina numa só pessoa, Cristo, chama-se União hipostática.
A doutrina do Mistério da Incarnação recebeu a sua expressão formal no Concílio de Calcedónia (451), depois de dois séculos de controvérsia.
Ficou então declarado, segundo o que nos diz o Catecismo da Igreja Católica :
467 . – Os monofisistas afirmavam que a natureza humana tinha deixado de existir, como tal, em Cristo, sendo assumida pela sua pessoa divina de Filho de Deus. Confrontando-se com esta heresia, o quarto Concílio Ecuménico, em Calcedónia, no ano 451, confessou :
... - Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é abolida pela sua união; antes, as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas numa só pessoa e numa só hipóstase. (DS 301-302).
Já o Concílio Ecuménico de Niceia (325), tinha confessado no seu Credo que o Filho de Deus é gerado, não criado, consubstancial ao Pai, contra várias heresias, conforme nos dá conta o Catecismo da Igreja Católica :
465 . – As primeiras heresias negaram menos a divindade de Cristo que a sua verdadeira humanidade (docetismo gnóstico). Desde os tempos apostólicos que a fé cristã insistiu sobre a verdadeira encarnação do Filho de Deus «vindo na carne». Mas, a partir do século III, a Igreja teve de afirmar, contra Paulo de Samossata, num concílio reunido em Antioquia, que Jesus Cristo é Filho de Deus por natureza e não por adopção. O primeiro Concílio Ecuménico de Niceia, em 325, confessou no seu Credo que o Filho de Deus é «gerado, não criado, consubstancial ("homoúsios") ao Pai; e condenou Ario, o qual afirmava que o «Filho de Deus saiu do nada». (DS 130) e devia ser «duma substância diferente do Pai». (DS 126).
Segundo nos diz o Concílio Vaticano II na sua Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo Actual :
- Cristo trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornnou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado.(GS 22,2).
Sobre este mesmo assunto, diz o Catecismo da Igreja Católica :
470 . – Uma vez que, na união misteriosa da Encarnação, «a natureza humana foi assumida, não absorvida» (GS 22 § 2), a Igreja, no decorrer dos séculos, foi levada a confessar a plena realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do corpo humano de Cristo. Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente que a natureza humana de Cristo pertence, de pleno direito, à pessoa divina do Filho de Deus que a assumiu. Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de «um na Trindade». Portanto, o Filho de Deus comunica a sua humanidade o seu próprio modo de existir pessoal na Santíssima Trindade. E assim, em sua alma como em seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade.
Segundo as Sagradas Escrituras o Mistério da Incarnação teve uma finalidade salvífica e diz respeito à restauração da Imagem de Deus através da cruz de Cristo e à futura e perfeita união a Deus que é o nosso destino em Cristo :
- Porque os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Este fosse o Primogénito de muitos irmãos. (Rom.8,29).
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]