VATICANO II
DECLARAÇÃO
Vamos continuar a celebrar o Ano da Fé, com a apresentação da Declaração do Concílio Vaticano II Gravissimum Educations
(11)-DIREITO UNIVERSAL À EDUCAÇÃO !
(01)- Todos os homens, de qualquer estirpe, condição e idade, visto gozarem da dignidade de pessoa, têm direito inalienável a uma educação, correspondente ao próprio fim, acomodada à própria índole, sexo, cultura e tradições pátrias, e, ao mesmo tempo, aberta ao consórcio fraterno com os outros povos para favorecer a verdadeira unidade e paz na terra.
A verdadeira educação, porém, pretende a formação da pessoa humana em ordem ao seu fim último e, ao mesmo tempo, ao bem das sociedades de que o homem é membro e em cujas responsabilidades, uma vez adulto, tomará parte.
Por isso, é necessário que, tendo em conta os progressos da psicologia, pedagogia e didáctica, as crianças e os adolescentes sejam ajudados em ordem ao desenvolvimento harmónico das qualidades físicas, morais e intelectuais, e à aquisição gradual dum sentido mais perfeito da responsabilidade na própria vida, rectamente cultivada com esforço continuo e levada por diante na verdadeira liberdade, vencendo os obstáculos com magnanimidade e constância.
Sejam formados numa educação sexual positiva e prudente, à medida que vão crescendo.
Além disso, de tal modo se preparem para tomar parte na vida social, que, devidamente munidos dos instrumentos necessários e oportunos, sejam capazes de inserir-se activamente nos vários agrupamentos da comunidade humana, se abram ao diálogo com os outros e se esforcem de boa vontade por cooperar no bem comum.
De igual modo, o sagrado Concílio declara que as crianças e os adolescents têm direito de serem estimulados a estimar rectamente os valores morais e a abraçá-los pessoalmente, bem como a conhecer e a amar a Deus mais perfeitamente.
Por isso, pede insistentemente a todos os que governam os povos ou orientam a educação, para que providenciem que a juventude nunca seja privada deste sagrado direito.
Exorta, porém, os filhos da Igreja a que colaborem generosamente em todo o campo da educação, sobreutdo com a intenção de que se possam estender o mais depressa possível a todos e em toda a parte os justos benefícios da educação e da instrução.
NATUREZA E FIM DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
(02)- Todos os cristãos que, uma vez feitos nova criatura, mediante a regeneração pela água e pelo Espírito Santo, se chamam e são de facto filhos de Deus, têm direito à educação cristã.
Esta procura dar não só a maturidade da pessoa humana acima descrita, mas tende principalmente a fazer com que os Baptizados, enquanto são introduzidos gradualmente no conhecimento do mistério da salvação, se tornem cada vez mais conscientes do dom da fé que receberam; aprendam principalmente na acção litúrgica, a adorar a Deus Pai em espírito e verdade, disponham-se a levar a própria vida segundo o homem novo em justiça e santidade; e assim se aproximem do homem perfeito, da idade plena de Cristo, e colaborem no aumento do Corpo Místico.
-"A uns, Ele constituiu Apóstolos, a outros, Profetas, a outros Evangelistas, Pastores e Doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo; até que cheguemos todos à unidade da fé, e do conhecimento do filho de Deus ao estado do homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo".(Ef.4,11-13).
Além disso conscientes da sua vocação habituem-se quer a testemunhar a esperança que neles existe, quer a ajudar a conformação cristã do mundo, mediante a qual os valores naturais assumidos na consideração integral do homem redimido por Cristo, cooperem no bem de toda a sociedade.
-"Mas venerai Cristo Senhor nos vossos corações e estai sempre prontos a responder, para vossa defesa, com doçura e respeito, a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança".(1 Ped.3,15).
Por isso, este sagrado Concílio lembra aos pastores de almas o dever de dispor as coisas de maneira que todos os fiéis gozem desta educação cristã, sobretudo os jovens que são a esperança da Igreja.
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Devemos ser heróis para Deus.
Se fortalecermos a nossa fé encontraremos uma nova forma de vida.
O Espírito Santo convida-nos a entrarmos na Porta da Fé através de um estudo chamado "conteúdo" e através da nossa resposta à graça de Deus a que nós chamamos "acção".
É este um novo caminho que nós procuramos tomar através do Ano da Fé, um tempo em que a nossa fé deve crescer e desenvolver-se mais profundamente para um novo relacionamento com Deus na nossa vida e que faz parte também do nosso cumprimento e da nossa prática da educação cristã.
Mais do que uma lista do número de caminhos que devemos tomar para aprofundarmos a nossa fé ou partilharmos os conhecimentos que já possuimos, nós devemos procurar adquirir uma disposição que nos ajude a crescer na fé e a comunicá-la aos que nos rodeiam.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]