FÉ SEM OBRAS
(11).-EUCARISTIA E O SACERDÓCIO !
"O Único sacerdote na Cristandade é Jesus Cristo".
S. Pedro escreveu :
- "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, a fim de anunciardes as virtudes d'Aquele que vos chamou das trevas para a Sua luz admirável".(1Pe.2,9).
O Vaticano II redescobriu o sacerdócio dos leigos e reafirmou o papel dos leigos na Igreja e no culto.
A clericalização da Igreja continua a ser um problema.
Gradualmente os leigos vão encontrando o seu verdadeiro lugar na Igreja e na Liturgia.
Entretanto uma reflexão sobre o scerdócio universal dos leigos ajuda a clarificar a sua verdadeira teologia e espiritualidade.
Isto é particularmente verdadeiro a respeito da Teologia eucarística.
O único sacerdote na Cristandade é Jesus Cristo.
Ele é sacerdote por natutreza e por vocação.
Ele é o único mediador entre Deus e a Criação.
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, não na linha do Antigo Testamento, mas ele prórprio Jesus Cristo do Novo Testamento prefigurado pelo sacedócio de Melquisedec do Antigo Testamento.
Todo e qualquer outro sacerdócio, ordenado ou não, partilha do sacerdócio de Jesus Cristo.
Pelo Baptismo nós tornamo-nos membros de Jesus Cristo, eterno e sumo sacerdote.
Nós tornamo-nos "um povo santo, um povo sacerdotal...para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus.
Os sacrifícios espirituais que nós oferecemos, juntamente com Cristo nossa cabeça, são a nossa obediência à vontade de Deus e o trabalho que é exigido pela obediência.
O sacrifício de Jesus Cristo é o seu auto-oferecimento e a sua auto-obediência à vontade do Pai.
Caminhando no rasto dos seus passos, os Cristãos têm os mesmos sentimentos de Cristo e oferecem os dons de si mesmos, da sua obediência e do trabalho que ela exige, como recomenda S. Paulo :
- "Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus".(Fil2,5).
O sacerdócio dos leigos torna-se especialmente activo e vibrante no oferecimento da Eucaristia.
Mais do que simples espectadores num "drama" desempenhado por um ministro ordenado, os fiéis são participantes activos, sacerdotes do Novo Testamento - a nova ordem – que oferecem com Cristo através da sacramentalidade do sacerdócio ordenado.
O sacerdócio ordenado partilha do sacerdócio de Cristo,
Os sacerdotes actuam "na pessoa de Cristo", representam Cristo como um ícone.
Eles falam em Seu nome, abrem o livro da Palavra e oferecem o pão da vida e o cálice da salvação.
O Sacerdócio ordenado e o sacerdócio dos leigos, são complementares, mas não estão em competição, porque cada um tem as suas funções próprias na Igreja e um serve o outro.
Mais profundamente os ministros ordenados são especialmente escolhidos e enviados segundo o serviço e a mensagem de Cristo que lavou os pés aos seus discípulos e lhes recomendou que fizessem o mesmo, como Ele.
O sacerdócio ordenado é, pois, um ministério presidencial, que se não deve interpretar como senhor absoluto sobre os outros, porque estaria fora do espírito do Evangelho em que as pessoas são ordenadas para um serviço.
Todos os ministros ordenados partilham do sacerdócio de todos os Cristãos por virtude do seu baptismo, mas partilham também do sacerdócio de Cristo numa outra dimensão por virtude do sacramento que receberam na Ordenação.
Através deste outro sacramento, o da Ordem, eles ficam indelevelmente marcados, selados com o sacerdócio de Jesus Cristo para um ministério.
Há uma diferença em qualidade entre o scerdócio que se recebe no Baptismo e o sacerdócio que se recebe na Ordenação.
Não é uma questão de grau, mas o carisma da Ordenação para o serviço dos outros e não para o seu serviço.
Todos os carismas são dados para a construção da Igreja e assim é também o da Orenação.
Trata-se portanto, não apenas de uma missão de fé, mas obretudo de serviço, que se realiza pelas obras.
John
Nascimento
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