FÉ SEM OBRAS !
A EUCARISTIA SACRAMENTO PARA O POVO !(15)
"Para celebrar em Sacramentos, é necessário celebrar em sinais sagrados".
Foi S. Agostinho e S. Tomás de Aquino que usaram o termo "In sacramento".
Isto não é por brincadeira, mas sim como um apelo ao mundo dos símbolos.
Esta imagem não é meramente uma representação.
A sua finalidade é a de levar o espectador a uma experiência de compositor.
Assim se passa com a música de Mozart ou de Beethoven.
Cada condutor interpreta, cada orquestra dá vida, cada músico entusiasma e comunica à audiência a alegria estática do compositor à medida que descobre as maravilhas e o mistério do som.
Há aqui mais do que um entender (na verdade não há que entender), mas há uma apreciação do que é partilhar a beleza do som, da harmonia, do contraponto e do ritmo.
Celebrar "in sacramento" é celebrar em sinais sagrados.
Quando a nossa liturgia se torna prosaica e pesada, ela falha como veículo para nos conduzir ao divino.
O erro, que já vem desde Trento, é simplesmente acreditar que os Sacramentos concedem a graça "ex opere operato".
Eles concedem-na, mas de uma maneira que é preciso explicar para se compreender.
Muitas vezes nós vamos à Igreja para ouvir uma sinfonia e deparamo-nos com o solo de um barítono.
Nós vamos para um espectro luminoso e sonoro e deparamo-nos com uma exibição de gestos e de palavras que pouco ou nada significam para quem as não compreende.
A isto chamamos uma reunião de salvação; isto é uma reunião da Igreja (porque ekklesia significa assembleia de Deus para a salvação).
Mas podemos assim entusiasmar os nossos jovens se eles se sentem alheios a todo um conjunto de sinais e de palavras que para eles nada significam ?
É a isto que podemos chamar de maneira genérica, uma fé sem obras, a tal fé que não leva a parte nenhuma, por falta de consistência.
É viver numa escuridão que não deixa ver o sentido e o alcance de toda a Liturgia que se fica apenas nos gestos e nas palavras, de modo especial, tratando-se da Eucaristia, o grande mistério de um Deus realmente presente, embora ausente para os nossos sentidos.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]