HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1528.
A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos foi aprovada como divisão autónoma da Ordem dos Franciscanos; tal como os Jesuítas, os Capuchinhos estiveram à frente da Contra-Reforma.
(081) –CONTRA- REFORMA!
Depois da REFORMA veio a CONTRA-REFORMA
Foi, nos princípios do século XVI, que, por razões pessoais ou por desacordo com alguns pontos doutrinais da Igreja Católica, apareceram grupos de protesto a alvitrarem que a Igreja Católica precisava de uma Reforma.
Foi assim que nasceram os vários grupos de Protestantes ou Reformadores.
Foi em 1517 que Martinho Lutero, um monge católico alemão, falou pela primeira vez contra a Igreja Católica; e a sua voz foi tão forte que logo encontrou eco em muitas outras pessoas, e depressa ele se tornou o chefe do Protestantismo.
Entre os mais assinalados Protestantes apareceram na Europa:
* João Calvino (1509-1564), em Génova.
* João Knox (1505-1572), na Escócia.
* João Welsley (1703-1791), na Inglaterra.
Depois alastrou por outros países nos séculos seguintes.
Os Protestantes acusavam a Igreja Católica de não se basear na Sagrada Escritura, e por isso Martinho Lutero começou por traduzir para alemão, do grego e do hebreu, o Novo Testamento.
Depois definiu as suas doutrinas em oposição à Igreja Católica.
Assim, os Protestantes :
* Acreditam na salvação pela fé em Jesus Cristo e não pelas obras.
* Assentam a sua autoridade na Bíblia e não aceitam o papa.
* Acreditam na divindade de Cristo, mas não têm devoção a Nossa Senhora.
* Têm um sacerdócio de crentes (intérpretes da Bíblia), mas não acreditam na hierarquia sacerdotal.
* A sua Igreja é uma comunidade de crentes e não uma instituição divina a partir de Roma.
* Os seus Sacramentos são apenas o Baptismo e a Confirmação.
Depois, de harmonia com uma interpretação especial de cada um que pretendia fundar a sua Igreja, apareceram ramificações deste mesmo Protestantismo com os mais variados nomes e diferenciadas doutrinas (chamadas de conveniência), algumas delas baseadas na inspiração privada de alguns que se consideraram visionários.
Foi tamanha a diferenciação de doutrinas dos grupos de Reformadores, que assim se tornou necessária uma Contra-Reforma no sentido de um apelo à unificação.
Esta expressão Contra-Reforma está, evidentemente, contra a Reforma, e engloba um conjunto de movimentos e instituições que convergiram no sentido de reacção contra as forças que ameaçavam o poder da Igreja Católica Romana e até a sua existência como Instituição, da primeira metade do século XVI.
Este movimento de Contra-Reforma foi, na verdade, uma reacção que teve aspectos doutrinais e práticos, muito variáveis, mas convergentes.
Estava em jogo um possível acordo entre o papa e Lutero, mas no ano de 1541, tudo se malogrou em Ratisbona, devido à acção do cardeal Contarini.
Quando o papa Paulo III (1534-1549), convocou o Concílio de Trento no ano seguinte (1542), não estava ainda, todavia, excluída completamente a ideia da possibilidade de um acordo.
Mas o Concílio só se reuniu em 1545 e, nessa altura as posições da Igreja extremaram-se e a Igreja Católica, saiu fortalecida na sua hierarquia e na sua disciplina interna, embora limitada a uma parte do conjunto que na Idade Média se chamava a Cristandade.
A Igreja empreendeu então com êxito variável, com o auxílio dos príncipes, a reconquista das zonas protestantes e a restauração do seu poder na zona católica.
E é assim que todos vamos falando de Deus, cada um à sua maneira ou segundo as suas conveniências, criando ritos e sistemas de culto de cunho próprio, contra os quais, presentemente se tem feito um movimento de Ecumenismo, na linha dos ensinamentos do Concílio Vaticano II que fez um Decreto sobre o Ecumenismo (Unitatis Redintegratio).
E são já muitos os que pretendem protestar contra a doutrina da Igreja Católica, começando todos por dizer que os católicos é que estão errados.
E segundo os seus critérios pessoais, são estes os mais comuns nomes dos que vão protestando :
Protestantes, que foram originariamente os seguidores de Martinho Lutero, e que se chamam especificamente Luteranos e que começaram em 31 de Outubro de 1517.
Igreja Anglicana, fundada por Henrique VIII que se revoltou contra o papa por ele não querer anular o seu casamento com Catarina de Aragão para casar com Ana Bolena.
Nasceu a Igreja Anglicana em 1582 e é a Igreja oficial de Inglaterra.
Igreja Presbiteriana, fundada por João Knox na Escócia em 1560.
Igreja Congregacionista, fundada em 1582 por Robert Brown.
Igreja Baptista, fundada em Amsterdão em 1605 por John Smith.
Igreja alemã reformada, fundada em Nova York em 1628 por Michaelis Jones.
Igreja Episcopaliana, uma ramificação da Igreja Anglicana de Inglaterra, fundada por Samuel Seabury nas colónias americanas no século XVII.
Igreja Metodista, fundada em 1744 por John Wesley e Charles Wesley na Inglaterra.
Igreja Unitariana, fundada em 1744 em Londres por Theophilus Lindlay.
Igreja dos Mormons (cristãos do sétimo dia), fundada em Palmira, Nova York em 1829 por Joseph Smith.
Igreja da Salvation Army, fundada em Londres em 1865 por William Booth.
Igreja cristã cientista, fundada em 1879 pela Senhora Mary Baker Eddy.
E nos últimos 70 anos ainda apareceram vários outros grupos de protestantes ou formadores de religiões de conveniência com estes nomes : Igreja de Nazaré; Evangelho Pentecostal; Igreja da Santidade; Igreja Peregrina da Santidade; Testemunhas de Jeová, etc.
E todos estes Grupos dissidentes são muito recentes em comparação com a Igreja Católica que nasceu no ano 33, fundada por Jesus Cristo, Filho de Deus, e que ainda hoje permanece fiel aos ensinamentos do Seu fundador, que disse a Pedro :
- Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do Inferno nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo quanto ligares na terra ficará ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra será desligado nos céus.(Mt.16,18-19).
E Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo. (Mt.28,20).
Não consta em parte nenhuma que Cristo tivesse dito que, se a Sua Igreja fosse menos fiel, a entregaria a outros com as mesmas promessas de assistência até ao fim do mundo.
Concílio de Trento e a Contra-Rerforma
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]