quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

[Catolicos a Caminho] HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 3o DOMINGO COMUM - C Som 1

 

 

                          

              

                                      HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

 

                                                                                    (150)-3º DOMINGO COMUM – C ...

 

     "Enviou-me a anunciar a Boa-Nova"

 

            Uma das palavras de ordem que ressalta na Sagrada Escritura, e que impressiona pelas vezes que se repete é exactamente esta :

                        - "Escuta Israel!"

            A atitude de escuta é uma das condições que o Povo de Deus deve adoptar para manter a fidelidade à Aliança.

            Escutar é ouvir com a inteligência e com o coração, deixando-se converter por uma Palavra, que nos atinge :

     - Com a força germinal duma semente.

     - Com o poder levedante dum fermento.

     - Com a capacidade nutriente dum alimento.

     - Com a surpresa gratificante duma confidência.

            Escutar torna-se assim o prólogo da oração cristã, condição necessária para que o Espírito actue e desencadeie esse processo de encontro e de comunhão que sempre acontece quando rezamos.

            Assim podemos pensar e aceitar que a oração é a plenitude da atenção.

            Na verdade, quando se trata de rezar, aquilo a que urge atender não é aos nossos estados de alma, mas sim ao Espírito que aguarda uma oportunidade da nossa atenção para se fazer presente e lançar o acontecimento da oração que é sempre um diálogo com Deus em que a nossa posição é de saber escutar.

            Quantas vezes somos confundidos pela incapacidade de diálogo só porque não sabemos escutar e atropelamos a nossa intimidade com Deus, como se quiséssemos dizer a Deus o que queremos que Ele faça.

Deve ser, portanto, muito gatificante saber escutar com uma tal confiança que a própria atenção com que escutamos estimula a nossa intimidade e a nossa capacidade de dialogar.

A leitura de Isaías, feita por Jesus na sinagoga, foi uma mensagem que exigia atenção e escuta :

- "Enviou-me a anunciar a Boa-Nova aos pobres".

E depois que Jesus se sentou, estavam todos com os olhos postos em Jesus, estavam todos em posição de escuta.

- Escutar significa calar toda a voziaria que nos habita, quase sempre como um eco do nosso próprio eu, e no silêncio assim criado, atender a essa voz com que Deus nos fala, voz serena, pacificadora, calorosa e íntima.

- Escutar significa testeminhar o amor providente com que Deus nos acompanha, sustentando a nossa existência, desafiando a nossa liberdade e propondo-nos uma aliança com Ele.

- Escutar significa parar e meditar em todas as mensagens recebidas e guardadas  no nosso registo interior, esse recôndito mais sagrado da intimidade pessoal onde Deus marca um encontro connosco.

Desse modo despertam em nós sentimentos de reconhecimento e gratidão com que nos sentiremos impulsionados a corresponder, procurando estar à altura da profundidade desse amor.

É este o sentido com que todos nós devemos estar em diálogo com Deus quando rezamos.

Devemos saber escutar a mensagem que Deus nos quer comunicar quando rezamos, quando dialogamos com Ele, para que nos seja possível pertencer ao plano da História da Salvação.

 

                                                                      John

                                                                      Nascimento

                                                                         

         

 

 

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]