HISTÓRIA DA IGREJA
Ano 1517.
Maninho Lutero assinalou o princípio da Reforma, apresentando 95 teses em Wittenbergue.
Subsequentemente, ele quebrou por completo com a doutrina ortodoxa nos seus discursos e em três trabalhos que publicou de 1519 a 1520; foi excomungado por mais de quarenta afirmações erróneas e heréticas em 1521; continuou como figura predominante na Reforma, na Alemanha, até 1546.
Ano 1519.
Zwingli levou a Reforma para Zurique a que presidiu até à morte, em 1531.
Ano 1521.
Marinho Lutero é condenado como herético e excomungado. Henrique VIII recebeu o titulo de "Defensor da Fé" do papa Leão X (1513-1521), por se ter oposto a Maninho Lutero.
O encorajamento de Lutero, pelos Príncipes da Alemanha que dominaram os dois anos de Revolta dos Proprietários, deu novo incremento à sua causa a que ele continuou a presidir.
(080) – REFORMA!
Foi um movimento complexo dos séculos XVI e XVII que dividiu os Cristãos em dois grupos distintos :
* Os Católicos Romanos que se distinguiram pela adesão ao Sumo Pontífice e pela histórica Formulação da fé (Credo).
* Um grupo de outros corpos cristãos mal unidos a que se deu o nome de "Protestantes".
Um largo número de factores contribuiu para o enfraquecimento da Igreja nos fins do período medieval:
* O declínio do ensino religioso e do fervor após a Morte Negra.
* O papado de Avinhão (1309-1377).
* O Cisma do Ocidente (1378-1417).
* O Conciliarismo.
* A prolixidade e corrupção de muitos clérigos.
* O nominalismo e outras correntes teológicas duvidosas.
Os movimentos de renovação espiritual e mesmo o Concílio de Latrão V (1517), tiveram uma influência muito limitada.
O período da Reforma é geralmente considerado desde a afixação na porta da Igreja de Wittenberg em 31 de Outubro de 1517 das 95 proposições contra a Igreja Católica, do monge Agostiniano Martinho Lutero, sobre o pecado original, sobre as indulgências, sobre a regeneração apenas pela fé, sobre a doutrina dos sacramentos e outros ensinos da Igreja Católica sobre o papado e os concílios.
Lembramos o que diz o Catecismo da Igreja Católica a respeito do pecado original e da Reforma :
406. - A doutrina da Igreja sobre a transmissão do pecado original foi definida sobretudo no século V, particularmente sob o impulso da reflexão de Santo Agostinho contra o pelagianismo, e no século XVI, por oposição à Reforma protestante. Pelágio sustentava que o homem podia, pela força natural da sua vontade livre, sem a ajuda necessária da graça de Deus, levar uma vida moralmente boa ; reduzia a influência do pecado de Adão à de um simples mau exemplo. Os primeiros reformadores protestantes, pelo contrário, ensinavam que o homem estava radicalmente pervertido e a sua liberdade anulada pelo pecado das origens ; identificavam o pecado herdado por cada homem com a tendência para o mal ("concupiscência"), a qual seria invencível. A Igreja pronunciou-se especialmente sobre o sentido do dado revelado, quanto ao pecado original, no segundo Concílio de Orange em 529 e no Concílio de Trento em 1546.
Martinho Lutero aceitava a Presença Real de Cristo na Eucaristia, mas negava a transubstanciação.
Lutero não queria começar uma nova Igreja, mas depois da rejeição da Assembleia de Augsburgo (1530) do Partido Protestante, proposta para aceitação como válida forma de vida católica, o Luteranismo tornou-se uma denominação mais claramente separada.
Difundiu-se rapidamente por toda a Alemanha e chegou à Escandinávia e aos Países Baixos.
Alguns factores não religiosos influenciaram a situação :
* Alguns príncipes alemães consideraram a nova religião como um caminho para exprimirem a sua independência do imperador católico Carlos V.
* Muitos outros estavam ansiosos por se apoderarem dos bens da Igreja Católica.
Além da tradição Luterana e Evangélica, o primitivo Protestantismo teve outra raízes :
* Ulrich Zwinglim (1458-1531) começou a pregar uma Reforma muito antes de ser influenciado pelos ensinamentos de Lutero e começou um movimento de reforma em Zurich, e mais tarde, noutras partes da Suíça.
Os seus pontos de vista sobre os Sacramentos eram mais extremos do que os de Lutero.
* Os grupos chefiados por Zwingli e o seu sucessor H. Bullinger juntaram-se com os de Calvino (1509-1564) em Génova para formar a Reforma, ou Tradição Calvinista.
* Um elemento distinto do pensamento Calvinista era sobre a Predestinação.
Para ele, umas pessoas eram criadas para irem para o Céu e outras eram criadas para irem para o Inferno.
O seu livro Institutos da Religião Cristã, em cinco versões entre 1536 e 1559, é uma espécie do Conjunto das crenças calvinistas, que lhe assegurou um lugar importante na história da Cristandade do Ocidente.
Escrito em Latim e traduzido por Calvino para Francês, logo começou a aparecer noutras línguas e ajudou a fixar a influência da Tradição Reformada, não só na Suiça como também em França, nos Países Baixos e na Escócia.
Os Anabaptistas, a terceira tradição Protestante, não são uma denominação organizada, mas uma associação Protestante mais radical.
Dão maior ênfase na experiência religiosa interior, rejeitando a autoridade civil e eclesiástica.
Rejeitam o Baptismo das crianças como inválido, pelo que se chamam "Anabaptistas" e propõem que sejam baptizadas de novo.
OS REFORMADORES
O ataque de Lutero e dos seus seguidores contra a doutrina de Roma assenta na convicção de que a salvação vem apenas pela fé.
Em referência à Bíblia e à prática da primitiva Igreja, Lutero diz que não é um inovador mas pretende apenas restaurar a qualidade da primitiva Igreja.
Convidado em 1521 a retractar-se, em vez disso, fez a confissão da sua fé e em 1530 publicou a sua Confissão de Augsburgo.
Na Inglaterra a separação da Igreja Católica veio quando o papa Clemente VII (1523-1534) se recusou a que Henrique VIII se divorciasse de Catarina de Aragão para casar de novo com Ana Bolena, para poder ter herdeiros.
Cranmer, Arcebispo de Canterbury, pronunciou o divórcio que foi confirmado pelo Parlamento.
Em 1534, o Acto de Supremacia fez do Rei a Cabeça da Igreja de Inglaterra, fundando assim o Anglicanismo.
O Concílio Vaticano II no seu Decreto sobre o Ecumenismo diz :
* As primeiras divisões sobrevieram no Oriente, já por contestação das fórmulas dogmáticas dos Concílios de Éfeso e Calcedónia, já em tempo posterior, pela ruptura da comunhão eclesiástica entre os Patriarcas e a Sé de Roma.
As outras, após mais de quatro séculos, originaram-se no Ocidente, provocadas pelos acontecimentos comumente conhecidos com o nome de Reforma. Desde então, muitas Comunhões, nacionais ou confessionais, se separaram da Sé Romana. Entre aquelas nas quais continuam parcialmente as tradições e as estruturas católicas, ocupa um lugar especial a Comunhão anglicana. (VR 13).
A Igreja Católica Romana reagiu contra a Reforma com a chamada Contra-Reforma que começou em 1560 e introduziu as reformas mais necessárias para essa altura.
Nascimento
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