segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

[Catolicos a Caminho] LITURGIA DA PALAVRA - 2o DOMINGO COMUM = C Som !

 

 

                       É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

                      2º DOMINGO COMUM - ANO C !

 

                 

            A Liturgia da Palavra deste 2º Domingo Comum – C, leva-nos a uma reflexão genérica de que Uma Nova Comunidade Nasce na Fé.

            Tudo começou numa festa de núpcias e tudo há-de acabar nas núpcias eternas.

            O matrimónio é bom, o matrimónio será um sinal eficaz da presença de Cristo.

            Portanto, Caná pode significar o início da Igreja  como Comunidade de Fé, em que Jesus se começou a revelar como o Messias prometido, realizando o Primeiro Milagre da Sua Vida Pública.

            Jesus é um homem como nós, que tem amigos e aceita o convite para um casamento, levando consigo Sua Mãe e alguns discípulos.

            Mas Jesus Cristo também é «mistério», se não Se revelar, se não manifestar a Sua identidade.

            Uma Revelação que começa agora e que se desenvolverá pouco a pouco com sábia pedagogia.

            A 1ª Leitura é do profeta Isaías e o profeta, apontando-nos a História da Salvação, diz-nos que o Povo de Deus desterrado na Babilónia, onde viveu largos anos  de humilhação e sofrimento, não foi, no entanto,  abandonado pelo Senhor.

            O profeta Isaías anuncia-lhe, na verdade, o caminho da salvação e canta a felicidade dos filhos de Israel, na nova situação que se aproxima.

            - "Não mais te chamarão «Abandonada», nem à tua terra «Solidão». Mas hão-de chamar-te «Meu Encanto», e à tua terra «Desposada». Pois serás o encanto do Senhor, e a tua terra terá um esposo".(1ª Leitura).

             E para definir melhor o amor que leva Deus a querer restabelecer relações de profunda intimidade com o Seu Povo, o profeta retoma um tema muito importante na Escritura e no simbolismo cristão – o das núpcias de Deus com Jerusalém.

            São estas as maravilhas do Senhor proclamadas pelo Salmo Responsorial :

            - "Anunciai no meio de todos os povos as maravilhas do Senhor".

            Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Coríntios, e hoje também a todos os cristãos, que entre os dons, com que Cristo enriquece a Sua Igreja :

                        * Uns são concedidos em ordem à santificação pessoal : a graça, a justificação, a habitação da Trindade na alma.

                        * Outros são dons de função social, em ordem à edificação do Corpo Místico de Cristo.

            -"Há diversos dons espirituais, mas é o mesmo Espírito Santo; há diversos serviços, mas é o mesmo Senhor; e há diversas operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos". (2ª Leitura).

            Chamam-se carismas e exprimem a presença enriquecedora do Mistério trinitário, e em particular o Espírito Santo na vida e organização da Igreja que Cristo irá fundar entre os homens, a começar numa festa de núpcias.

            O Evangelho é de S. João, que também esteve presente na festa das núpcias e presenciou o primeiro milagre de Jesus.

            Com toda a autoridade ele nos pode dizer que este primeiro milagre, que anuncia e contém em germe tudo aquilo que o Filho de Deus realizará, ao assumir a nossa natureza, mostra como Jesus vem responder à esperança do mundo.

            - "Foi assim, que em Caná da Galileia, Jesus deu início aos sinais que realizou. Manifestou a Sua glória, e os discípulos acreditaram n'Ele". (Evangelho).

              Numa situação, para a qual não havia uma saída humana, Ele surge como a salvação : salvação inesperada, excelente, abundante, que será oferecida aos homens na «hora» das suas núpcias com a Igreja, na Cruz, mas de que é antecipação o milagre de Caná, realizado com a participação discreta e subordinada de Maria.

            Repensando, à luz do Espírito, em tantos factos em que estivera envolvido, João descobre que Jesus começou a revelar a própria identidade em Caná; verá culminar esta revelação na morte, a hora de Jesus.

          Do mesmo modo, a adesão dos discípulos a Cristo tem uma história; a fé começa a esboçar-se exactamente em Caná.

          É aí que nasce um novo tipo de relação com Cristo e, em consequência, novas relações entre eles.

          O laço que deles faz uma comunidade é a fé comum em Jesus.

          Cristo começa a revelar a sua identidade não de modo verbal, explícito, como uma fórmula dogmática, mas através de uma linguagem dos gestos.

          Os profetas haviam descrito as relações entre o homem e Deus em termos de relação nupcial.

          O povo de Israel, esposa escolhida por Deus, foi muitas vezes infiel e teve que ser purificado através de duras provas como o exílio.

          Nestes momentos de provação e abandono, o profeta anuncia a fidelidade de Deus, que ama apesar de tudo; virá o momento em que Deus se unirá indissoluvelmente e para sempre à humanidade.

          Esta união definitiva será Jesus.

          Caná é vista por João como o banquete nupcial da união definitiva do homem com Deus, a inauguração dos tempos Messiânicos.

          O sinal de Caná revela a glória de Jesus, desvela o seu ser divino, dando a esperança do cumprimento do plano da História da Salvação.

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            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

            1612. – A aliança nupcial entre Deus e Israel, seu povo, tinha preparado a Aliança nova e eterna, na qual o Filho de Deus, Encarnado e dando a sua vida, uniu a Si, de certo modo, toda a humanidade, por Ele salva,  preparando assim as «núpcias do Cordeiro». (Ap.9,7-9).

            1613. – No início da vida pública, Jesus realiza o primeiro milagre – a pedido de sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento. A Igreja dá uma grande importância à presença de Jesus nas Bodas de Caná. Vê, no facto,  a confirmação do princípio de que o matrimónio é bom, e o anúncio de que, dali em diante,  o matrimónio será um sinal eficaz da presença de Cristo.

 

                                       

                                                    Enchei de água essas talhas... Tirai agora e levai ao chefe da mesa.

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]