sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

[Catolicos a Caminho] REIS MAGOS Som !

 

 

                     REIS MAGOS !!

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           S. Mateus diz que vieram uns Magos do Oriente :

            - "Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente". (Mt.2,1)

 

Foi no tempo de Herodes, na altura em que nasceu Jesus.

A Igreja viu no episódio dos Magos a manifestação de Jesus como Salvador de todos e não apenas dos Judeus, e criou a festa da Epifania.

Celebrava-se no dia 6 de Janeiro, que era dia santo, equiparado ao domingo; mas quando deixou de o ser, passou a ser celebrada no domingo que fica entre 2 e 8 de Janeiro.

 

Quem eram os Magos ?                 

A palavra Magos é oriunda da Pérsia e designava dirigentes religiosos.

Há a convicção de que não eram reis mas sim o que hoje chamaríamos Astrólogos.

Originariamente, os Magos eram uma tribo de Medos, transformada em casta sacerdotal entre os Persas.

Seguiram uma religião de Zaratustra e dedicavam-se à adivinhação, à medicina e à astrologia.

Eram homens sábios, zelosos executores de toda a justiça e virtude, curiosos investigadores dos fenómenos celestes e praticantes sinceros da religião e do culto do verdadeiro de Deus.

Os documentos antigos não nos fornecem outros dados para lhes determinarmos melhor personalidade.

Uma das pinturas do século II, na Catacumba Romana de Priscila, representa Nossa Senhora vestida como dama romana e os Magos de cabeça descoberta e a andar com os presentes nas mãos, sem que nada indique a nacionalidade ou o carácter real das pessoas.

Nesta e noutras Catacumbas há grande variedade de representações.

Umas vezes usam os Magos túnicas curtas, outras cobrem-se com longas capas ou mantos, ou têm nas cabeças gorros frígios.

Se Maria está no centro da cena, eles agrupam-se dos dois lados simetricamente.

S. José em geral não aparece, a não ser nas pinturas mais tardias, dos séculos IV e V.

Os Magos com certeza não eram reis, pois, se o fossem, S. Mateus tê-lo-ia dito, e Herodes tê-los-ia recebido mais respeitosamente.

Desde o século VI são considerados como reis para os adaptar à célebre profecia do Salmo 72 :

- "Os Reis de Tarsis e as ilhas pagar-lhe-ão tributo. Os Reis de Sabá e de Seba oferecer-Lhe-ão presentes. Todos os reis se prostrarão diante dele, as nações o servirão". (Sl. 72,10-11).

A pátria mais provável desses homens é a Arábia, célebre pelo seu incenso, pela mirra e também pelo oiro.

 

 Quantos eram os Magos ?

Relativamente aos Magos, a Tradição acrescenta dados que não constam dos Evangelhos.

Segundo uma Tradição que vem do século II e se concretizou no século V terão sido três, representando o mundo conhecido de então : a Europa, a África e a Ásia.

Por isso um seria branco, o outro amarelo e o outro negro.

Há quem diga que o número três, fixado por S. Leão Magno, representa as três idades do homem : a juventude, a meia-idade e a velhice.

Por isso, diz Florentina Fuentes : Melchior apresenta-se quase sempre como velho de barbas brancas; Gaspar, como um homem de idade mediana; Baltazar, como um jovem.

Já no século III aparecem três Magos pintados nas Catacumbas de Santa Priscila, em Roma.

Todavia, algumas Catacumbas romanas apresentam apenas dois homens a ofereceram ao Menino, oiro incenso e mirra.

Num copo que se encontra exposto num dos museus do Vaticano, aparecem quatro; porém, há tradições que falam em seis, oito, doze e até quinze Magos.

O número três generalizou-se, por simetria com a Santíssima Trindade e por serem três as ofertas ao Menino.

Também o justificam com o que consideram as três raças humanas descendentes dos três filhos de Noé : Sem (Semita ou branco); Cam (Camita ou negro); Jafé (Jafetita ou amarelo).

No século VI os Reis Magos são apresentados com diferenças de idades : dois deles são apresentados com barba e outro como sendo um imberbe.

No século VIII recebem os nomes de Melchior, Gaspar e Baltazar.

Na obra De Temporibus Libe, composta no século VII, já o Beda Venerável disse que os Magos eram três e se chamavam : "Melchior, Hiespar e Walthauser".

Um teria 21 anos, outro uns 40 e o terceiro seria um ancião de cabeleira branca.

 

Os presentes

Os Magos ofereceram presentes a Jesus :

* Melchior terá oferecido mirra, um unguento com que os Judeus embalsamavam os mortos, para recordar a Cristo que iria morrer como qualquer ser mortal.

* Gaspar ofereceu incenso, reconhecendo em Jesus o rei do Céu.

* Baltazar, que terá vindo da Núbia ou Etiópia, terá oferecido oiro.( As moedas já circulavam desde 450 a.C.).

* O Incenso é uma resina com sabor amargo recolhida da seiva de uma árvore da família dos Boswellia.

Queimava-se lentamente, deixando um aroma agradável.

* A Mirra era uma mistura de resinas aromáticas, utilizada nas unções reais, como perfume e para embalsamar.

Misturada com vinho era dada como narcótico aos criminosos condenados, antes da crucifixão.

Na crucifixão de Jesus deram-Lhe mirra misturada com vinho :

- "Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber". (Mc. 15,23).

Com mirra ungiram o corpo do Senhor para a sepultura :

- "Veio também Nicodemos[...] trazendo uma composição de quase cem libras de mirra e aloés"... (Jo. 19,39).

* O oiro sempre foi sinal de realeza ou de poder, por ser um metal precioso e muito caro.        

Tem-se escrito muito acerca do significado das ofertas que os Magos fizeram a Jesus.

De acordo com S. Gregório Nazianzeno :

* O Incenso significava o reconhecimento da divindade.

* O Oiro significava o reconhecimento da realeza.

* A Mirra significava o reconhecimento da humanidade mortal.

Eram estes também os significados na Pérsia.

Há quem veja também naquelas ofertas o sinal do dom dos próprios Magos : O oiro da sua inteligência; o incenso do seu coração; a mirra do seu corpo..

                                   

                                                John

                                                               Nascimento

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]