quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

[catolicos_respondem] LITURGIA DA PALAVRA - EPIFANIA - C (Som !

 





                                  É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.     

     
               EPIFANIA DO SENHOR – ANO C !

                                                (Domingo entre 2 e 8 de Janeiro)

             A Liturgia da Palavra da festa da Epifania do Senhor, comum aos três Ciclos, A, B e C, que a Igreja celebra no domingo entre 2 e 8 de Janeiro, quer-nos dizer que «Na Igreja, Cristo revela-Se a todos os Povos».
            Na verdade, o significado da palavra Epifania é exactamente Manifestação, Aparição.
            Portanto a Epifania revela :
            1)- O aspecto glorioso e divino do mistério natalício, que será plenamente revelado na Manifestação final do Senhor, termo e meta da História humana.
            2)- O carácter «universal» da mensagem evangélica :
                        * Também os pagãos são chamados  à salvação.
                        * * Também para eles Cristo não é apenas o Messias do AntigoTestamento, ligado às esperanças duma nação, raça, e religião, mas o Messias vindo para todos os homens que, de uma maneira ou de outra, todos esperam.
            3)- A missão da Igreja no nosso tempo, que consiste em ser, como «colectividade», e em cada cristão, uma «Manifestação» autêntica de Cristo, de modo que todos reconheçam no testemunho da Igreja o testemunho perene do Evangelho de Cristo.
            A 1ª Leitura, do Livro do profeta Isaías, diz-nos que, como uma cidade, construída sobre um monte, atrai o olhar de todos, ao ser iluminada pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada pelo Nascimento de Jesus, atrai a si todos os povos, mergulhados na noite do pecado.
            - "Ergue-te Jerusalém, e sê iluminada, que a tua luz desponta, e a glória do Senhor está sobre ti, enquanto a escuridão envolve a Terra, e trevas densas cobrem as nações".(1ª Leitura).
             Será, porém, na Igreja, nova Jerusalém, que Deus reunirá todos os homens, para lhes dar a salvação.
            Será n'Ela que se constituirá, definitivamente, a comunidade dos povos.
            «A luz dos povos é Cristo...Mas a Sua luz resplandece no rosto da Sua Igreja»(LG 1).
             Ela é, na verdade, o sinal e o instrumento de união com Deus e de unidade de todo o género humano, como proclama o Salmo Responsorial :
            - "Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra".
             Na 2ª Leitura S. Paulo diz ao Efésios e hoje também a cada um de nós, que o universalismo de Isaías era um pouco limitado;  os estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os filhos de Israel.
            S. Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que todos os homens são chamados, igualmente, a ser herdeiros da promessa.
            - "Os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo Corpo e beneficiam da mesma Promessa em Cristo Jesus, por meio do Evangelho".(2ª Leitura).
             Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda a separação e toda a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e civilizações, desaparecem.
            Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a construir um só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo de Deus acerca da humanidade, que era um projecto de unidade e de amor.
             O Evangelho de S. Mateus, coloca à nossa reflexão, toda a história dos reis Magos com a sua estrela e os seus presentes, em gesto de uma adoração e Manifestação da realeza do Messias, agora nascido como rei, sacerdote e profeta.
            - "Depois abriram os seus tesouros e ofereceram-Lhe  presentes: oiro, incenso e mirra".(Evangelho).
             Sublinhando, de modo expressivo, a universalidade da mensagem cristã, dirigida a todos os homens, mesmo os que viviam fora da Geografia da Salvação, o evangelista mostra como na visita dos Magos se realizam as profecias do Antigo Testamento.
            Israel recebeu a missão de reunir todos os povos na descendência de Abraão e de realizar assim a promessa do universalismo.
            Israel acreditou erroneamente poder formar essa unidade com um certo número de práticas particulares, como a lei, o sábado e a circuncisão.
            Só a fé de Abraão teria sido capaz de reunir todos os pagãos, e os Judeus não souberam desligá-la das suas práticas legais.
            O anúncio de um novo povo de Deus, de dimensões universais, prefigurado e preparado no povo eleito, realiza-se plenamente em Jesus Cristo, para quem converge e que recapitula todo o plano de Deus:
-"Dando-nos a conhecer o mistério da Sua vontade, segundo o beneplácito que n'Ele de antemão estabelecera, para ser realizado ao completarem-se os tempos : reunir sob a chefia de Cristo todas as coisas que há no Céu, e na Terra".(Ef.1,9-10).
             Nele, tudo o que estava dividido encontra de novo a unidade.
            Convocando os magos do Oriente, Jesus começa a reunir os povos,  a  dar  unidade   à  grande  família  humana,  que  se  realizará plenamente quando a fé em Jesus Cristo fizer cair as barreiras existentes entre os homens, e na unidade da fé todos se sentirão filhos de Deus, igualmente redimidos e irmãos.
            Este novo povo é a Igreja, comunidade dos que crêem; ela realiza e testemunha, através dos séculos, a chamada universal de todos os homens à salvação, pela obra unificadora de Cristo.
            É significativa a visão final do Novo Testamento : uma multidão de raças, povos e línguas, que saúdam a Deus, o Rei das nações, e que habitarão a nova Jerusalém, onde a família humana encontrará a unidade.
            Não deixa também de impressionar, em contraste com o orgulho e cegueira de Herodes e dos sábios de Israel, a boa vontade dos Magos, que, atentos aos sinais dos Tempos, se dispõem a correr a aventura da Fé, aventura que deve ser de todos os cristãos como condição de cumprimento do plano da História da Salvação.
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            Sobre a Epifania, diz o Catecismo da Igreja Católica :
            528. – A Epifania  é a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e salvador do mundo. Com o baptismo de Jesus no Jordão e as Bodas de Caná, a Epifania celebra a adoração de Jesus pelos «magos» vindos do Oriente. (Mt.2,1). Nestes «magos», representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações, que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos Magos a Jerusalém, para «adorar o rei dos judeus»(Mt.2,2), mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de David, Aquele que será o rei das nações. A sua vinda significa que os pagãos não podem descobrir Jesus e adorá-l'O como Filho de Deus e Salvador do mundo, senão voltando-se para os Judeus e recebendo deles a sua promessa messiânica, tal qual está escondida no Antigo Testamento.
A Epifania manifesta que «a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas»(S.Leão Magno, Sermo. 3 in Ephiphania Domini LH), e adquire a «israelitica dignitas»(Liturgia da Epifania).
           
                    
                             Vimos a Sua estrela no Oriente...  Viemos para nos prostramos diante d'Ele.

                                               
                                   





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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]