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    terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

    [Catolicos a Caminho] JEJUM E ABSTINÊNCIA - Som !

     

     

                    JEJUM E ABSTINÊNCIA !

                                                          **************************

     

                O Povo de Israel Jejuou e fez penitência, como preparação para a primeira ceia pascal, antes da passagem do Anjo Exterminador.

     

    Esta prática do Jejum e Abstinência, normalmente é um técnica temporária com a especial finalidade de um aumento na vida espiritual pela mortificação, segundo as prescrições da Igreja e a orientação da Conferência Episcopal.

                Na Sagrada Escritura, entendia-se por Jejum, não comer, nem beber (e abster-se da vida conjugal) por determinado período, normalmente, de vinte e quatro horas (por exemplo do nascer do sol até outro nascer do sol).

    É importante que fique bem claro que a primeira razão da Sagrada Escritura para o Jejum, não era :

    * Nem a técnica de iniciar uma aventura ascética;

    * Nem a técnica de adquirir um "diferente estado de consciência";

    * Nem a técnica de induzir as pessoas em experiências de ordem "psicológica".

    O que a Sagrada Escritura pretendia positivamente era fazer as pessoas admitir que as necessidades humanas estavam dependentes de Deus.

    Isto significa que o Jejum não consiste em parar com uma coisa que é automática (auto-controlo), e esperar por Deus.

    A sensação da fome actua como uma constante lembrança de que se deve ouvir a voz de Deus, na prática de orações litúrgicas e através de celebrações e leituras da Sagrada Escritura ;

                - "Ele fez-te sofrer e passar fome; depois, alimentou-te com esse maná que tu não conhecias e que os teus pais também não conheceram, para te ensinar que o homem não vive somente de pão mas de tudo o que sai da boca do Senhor". (Deut. 8,3).

    Portanto Jejuar não é apenas estar disposto a enfrentar e aceitar a fome ou fraqueza como renúncia às provisões, mas sobretudo a aceitar a vontade e soberania do Provedor; Jejuar é como uma parábola viva ou uma "linguagem personificada" de quem torna visível ou exterioriza uma necessidade interior da Providência de Deus.

    Eis alguns exemplos da necessidade de Deus :

    * -  Na guerra entre Israel e Benjamim, os Israelitas consultaram o Senhor dizendo :

                 - "Quem de nós subirá  primeiro para  pelejar contra os benjaminitas? O Senhor respondeu-lhes : Judá irá adiante. (Juiz.20,18).

    * -  Na consternação dos Judeus, tudo foi resolvido com Jejuns :

                    - "Jejuaram choraram e fizeram lamentações e muitos deitavam-se sobre a cinza vestidos de sacos".(Est.4,3).

    - "Vai reunir todos os judeus de Susa e jejuai por mim sem comer nem beber durante três dias e três noites".(Est.4,16).

    * -  No caso de Acab e a vinha de Nabot, depois do seu crime Acab jejuou e foi perdoado :

                    - "Acab rasgou as suas vestes, cobriu-se de saco e jejuou{...}, já que assim procedeu, não o castigarei durante a sua vida...".1 Reis 21,27).

    * -  Depois do crime de David e Urias, o menino que nasceu foi ferido e David fez penitência :

                    - "David orou ao Senhor pelo menino; jejuou e passou a noite em sua casa prostrado por terra, vestido de saco". (2 Sam. 12,16).

    A chave em cada momento é a dependência do amor de um Deus que é fiel à Sua promessa e actua.

    A vida de Jesus exprime o epítome da nossa dependência de Deus.

    Os seus 40 dias de Jejum, entendidos à luz de Moisés (Êx.34,28), e de Elias (1 Reis 19,8), exprimem a inauguração da Sua missão Messiânica que começa com a Sua completa submissão ao amor do Pai.

    A Sua vontade e a Sua missão, são as do Pai.

    A missão de Jesus de anunciar e de trazer o Reino de Deus começa com a Sua completa entrega ao Pai em amor, pelo Jejum.

    As nossas necessidades concretas, corporal e espiritualmente, são parábolas vivas de uma profunda necessidade de viver no Reino de Deus.

    Jejuar não é apenas uma expressão corporal da necessidade de Deus: a sua prática é o caminho que nos conduz à realidade do Reino de Deus.

    Como Jejum entende-se normalmente tomar apenas uma refeição durante o dia.

    Mas segundo a disciplina da Igreja, pode tomar-se uma refeição normal (por exemplo o almoço) e outros duas refeições mais leves que, no total não ultrapassem a quantidade da refeição principal.

                Dias de Jejum.

    Segundo a lei da Igreja são estes os dias de Jejum :

    - Quarta-Feira de Cinzas e Sexta-Feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Cân. 1251).

    Quanto às pessoas que estão obrigadas ao Jejum :

    - À lei do Jejum estão sujeitos todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. (Cân. 1252).

    Dias de Abstinência.

    O preceito da Abstinência refere-se ao não comer carne nos dias determinados pela Igreja :

    Cân.1251. - Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as Sextas-Feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Pode haver alterações locais, segundo as determinações da Conferência episcopal, (cf. Cân. 1253).

    O Jejum e a Abstinência andam sempre ligados no mesmo caminho de penitência e fazem parte do Quarto Preceito da Igreja, sobre o qual nos recomenda o Catecismo da Igreja Católica :

    2043. - O Quarto preceito ("Guardar a abstinência e jejuar nos dias marcados pela Igreja"), assegura os dias de ascese e de penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; o jejum e abstinência contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre os nossos instintos e a liberdade de coração.

    O Jejum e a Abstinência fazem parte do espírito de penitência recomendado pela Igreja e prescrito pelo Direito Canónico :

    Cân. 1249. - Todos os fiéis, cada um a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum de penitência, prescrevem-se os dias de penitência em que os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas dos Cânones...

    O Jejum e a Abstinência fazem parte da Penitência Quaresmal.

     

                                        John

                                                     Nascimento

     

     

     

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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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