ANEL DO PESCADOR
Chama-se o Anel do Pescador ao que usa o Papa, o qual tem gravada ao centro uma imagem de S. Pedro sentado num barco a pescar e em volta o nome do Papa reinante.
Trata-se de um Anel emblemático da sucessão do Pontífice na Cadeira de S. Pedro, e é usado apenas como sinete para documentos oficiais, sobre cera.
Relembra as palavras de Jesus :
- "De futuro serás Pescador de homens". (Lc. 5/10).
A primeira referência ao Anel do Pescador data do tempo do Papa Clemente IV (1265-68).
O Anel do Pescador é colocado no dedo do Novo Papa pelo cardeal Camarlengo no dia da sua consagração.
Logo que o Papa acaba de falecer, é ainda o Cardeal Camarlengo que lhe tira o Anel do Pescador que será solenemente destruído, porque não será usado pelo seu sucessor.
INTERREGNO PAPAL !
Em linguagem eclesiástica, o Interregno é o período que vai da morte de um papa até à eleição do seu sucessor, e por isso se pode chamara Interregno papal.
Também se chama a este período de tempo Sede Vacante, que significa que a Sé de Roma está vaga.
Os objectivos mais importantes do Interregno são todas aquelas coisas que dizem respeito à morte e ofícios fúnebres do papa, a eleição do seu sucessor e a manutenção da rotina de funcionamento da Cúria Romana e da Diocese de Roma.
Todo o cerimonial próprio do Interregno está descrito na Constituição Apostólica Romano Pontífice Eligendo de Paulo VI de l de Outubro de 1975 :
- Durante a vacância da Sé Apostólica, o governo da Igreja fica confiado ao Colégio dos Cardeais apenas para as necessidades ordinárias e para os assuntos que não podem ser adiados, e para a preparação de tudo o que for necessário para a eleição do novo papa.
A congregação geral de todo o colégio, presidida pelo deão, pelo subdeão ou pelo cardeal mais idoso, tem a responsabilidade de todas as mais importantes decisões do Interregno.
Outras decisões de rotina ficam ao encargo de uma congregação particular formada pelo Camareiro da Santa Igreja Romana e mais três Cardeais assistentes.
O Camareiro da Santa Igreja Romana e o Deão do colégio, são os oficiais principais com responsabilidade directiva antes e durante o conclave eleitoral.
O Camareiro é o encarregado geral da administração ordinária.
Ele - ou o Deão antes da sua eleição pelos Cardeais - certifica a morte do papa; ordena a destruição do Anel do Pescador e dos timbres pessoais do papa falecido; toma todas as necessárias providências de colaboração com o Deão, para a informação ao mundo da morte do papa; trata de preparar o cerimonial fúnebre e ainda preside ao conclave para a eleição do novo papa.
Os Cardeais que presidem aos vários Departamentos da Cúria Romana suspendem os seus ofícios durante a morte do papa, mas permanecem no seu ofício o Vigário de Roma para a administração ordinária da diocese de Roma e o Penitenciário-mor.
As representações papais, como os núncios, permanecem nos seus ofícios..
As Congregações, ofícios e tribunais da Cúria mantêm a sua jurisdição ordinária para os assuntos de rotina, mas não iniciam outros novos durante o Interregno.
Se o papa falecer durante um Concílio ou durante o Sínodo dos Bispos, eles devem ser suspensos automaticamente.
O papa falecido será sepultado na Basílica de S. Pedro, segundo o cerimonial prescrito e os costumes, da parte da manhã, dentro de um período de nove dias.
O conclave para a eleição de um novo papa não deverá realizar-se nem antes de 15 dias nem depois de 20, a partir da morte do predecessor.
O Interregno acaba com a eleição do novo papa.
SEDE VACANTE
Chama-se Sede Vacante ao período de tempo em que a Sé apostólica está vaga pela morte do Papa ou uma Diocese pela morte do seu Bispo.
Também se costuma chamar a este período de tempo Interregno.
Durante o período de Sede Vacante, a Diocese é governada por um Administrador Apostólico eleito pela Santa Sé, ou um Administrador Diocesano eleito pelo Colégio dos Consultores.
O período de Sede Vacante termina logo que o novo Papa eleito aceita a sua eleição e quando o Bispo nomeado apresenta os seus Documentos de nomeação ao Colégio dos Consultores, tomando assim posse canónica da Diocese.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]