quinta-feira, 7 de março de 2013

[Catolicos a Caminho] HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 4o DOMINGO DA QUARESMA - C - RECONCILIADOS E REABILITADOS Som !

 

 

                      

         

                              HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

           

                                                                                      (144)-RECONCILIADOS  e REABILITADOS...

 

                                                   

                  (4º Domingo da Quaresma – C) 

           

- "Quantos trabalhadores  de meu pai têm pão com fartura..."

 

            A parábola do filho pródigo é quase uma provocação...

            Provocante era também o comportamento de Jesus que "acolhia os pecadores e comia com eles", ou seja, Jesus em más companhias...

            Mas Ele explica-se contando esta parábola em que Se identifica com aquele Pai, que :

- Suporta os caprichos do filho mais novo.

- Sofre o seu abandono do lar paterno.

- Respeita as loucuras da sua libertinagem.

E tudo acompanha com uma paciência sofrida e uma misercicórdia ilimitada, que o leva a correr para ele, quando o divisa ao longe, andrajoso, pobre e esfomeado.

Depois são aqueles excessos de perdão com que festeja o seu regresso e o reabilita, escandalizando a sensatez e moderação do irmão mais velho, que tão bem nos representa a muitos de nós...

Jesus, dizem alguns comentadores, pode também ser identificado com o pródigo :

- Também Ele sai da casa paterna.

- Vai viver para o meio dos pecadores.

- Vai comer com eles.

- Vai assumir a morte dos culpados.

- Também morreu e voltou à vida.

Por sua vez, o banquete que festeja o regresso do pródigo, faz-nos lembrar a Eucaristia, onde renovamos a Aliança da nossa reabilitação.

Com quem Jesus se não pode identificar é com o seu irmão mais velho, para quem só contavam os bens materiais e a sua herança ameaçada...

Esta parábola conta-nos uma história que até parece absurda, como se ninguém se pudesse identificar :

- Com o filho pródigo na sua libertinagem e na sua reabilitação.

- Com a insensatez ou inveja de seu irmão mais velho.

- Com o comportamento porventura incompreensível do Pai.

- Com os supostos exageros dos festejos de uma reabilitação que talvez não fosse esperada.

Mas na verdade, não se trata de uma história absurda em todo o seu contexto em que cada um de nós pode encontrar alguma situação que também nos diga respeito.

É que o Evangelho é assim mesmo.

Numa cultura como a nossa marcada pela competição, não há tempo para pensar nos vencidos porque, em muitos casos há vítimas inocentes, que pagam pelos abusos dos mais poderosos ou dos libertinos e dos terroristas.

Jesus, tendo-nos convidado a ser "perfeitos como o Pai" coloca diante de nós a sua Misericórdia sem limites nem que seja por um "filho pródigo".

Afinal, todos passamos pela condição de "perdidos" em alguma fase da nossa vda e, como cristãos, é assim que nos apresentamos quando subimos ao altar de Deus, em que devemos sentir como o filho pródigo a necessidade e o desejo de repetir com ele :

- "Pai, pequei contra o céu e contra Ti, já não sou digno de me chamar teu filho".

E a partir daqui, vem a reconciliação e a reabilitação que se há-de renovar todas as vezes que deixarmos a casa paterna para garantirmos a nossa caminhada segundo o plano da História da Salvação.

 

                                      

                                        Pai pequei contra o céu e contra Ti...

                       

                                      

 

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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]