HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(144)-RECONCILIADOS e REABILITADOS...
(4º Domingo da Quaresma – C)
- "Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura..."
A parábola do filho pródigo é quase uma provocação...
Provocante era também o comportamento de Jesus que "acolhia os pecadores e comia com eles", ou seja, Jesus em más companhias...
Mas Ele explica-se contando esta parábola em que Se identifica com aquele Pai, que :
- Suporta os caprichos do filho mais novo.
- Sofre o seu abandono do lar paterno.
- Respeita as loucuras da sua libertinagem.
E tudo acompanha com uma paciência sofrida e uma misercicórdia ilimitada, que o leva a correr para ele, quando o divisa ao longe, andrajoso, pobre e esfomeado.
Depois são aqueles excessos de perdão com que festeja o seu regresso e o reabilita, escandalizando a sensatez e moderação do irmão mais velho, que tão bem nos representa a muitos de nós...
Jesus, dizem alguns comentadores, pode também ser identificado com o pródigo :
- Também Ele sai da casa paterna.
- Vai viver para o meio dos pecadores.
- Vai comer com eles.
- Vai assumir a morte dos culpados.
- Também morreu e voltou à vida.
Por sua vez, o banquete que festeja o regresso do pródigo, faz-nos lembrar a Eucaristia, onde renovamos a Aliança da nossa reabilitação.
Com quem Jesus se não pode identificar é com o seu irmão mais velho, para quem só contavam os bens materiais e a sua herança ameaçada...
Esta parábola conta-nos uma história que até parece absurda, como se ninguém se pudesse identificar :
- Com o filho pródigo na sua libertinagem e na sua reabilitação.
- Com a insensatez ou inveja de seu irmão mais velho.
- Com o comportamento porventura incompreensível do Pai.
- Com os supostos exageros dos festejos de uma reabilitação que talvez não fosse esperada.
Mas na verdade, não se trata de uma história absurda em todo o seu contexto em que cada um de nós pode encontrar alguma situação que também nos diga respeito.
É que o Evangelho é assim mesmo.
Numa cultura como a nossa marcada pela competição, não há tempo para pensar nos vencidos porque, em muitos casos há vítimas inocentes, que pagam pelos abusos dos mais poderosos ou dos libertinos e dos terroristas.
Jesus, tendo-nos convidado a ser "perfeitos como o Pai" coloca diante de nós a sua Misericórdia sem limites nem que seja por um "filho pródigo".
Afinal, todos passamos pela condição de "perdidos" em alguma fase da nossa vda e, como cristãos, é assim que nos apresentamos quando subimos ao altar de Deus, em que devemos sentir como o filho pródigo a necessidade e o desejo de repetir com ele :
- "Pai, pequei contra o céu e contra Ti, já não sou digno de me chamar teu filho".
E a partir daqui, vem a reconciliação e a reabilitação que se há-de renovar todas as vezes que deixarmos a casa paterna para garantirmos a nossa caminhada segundo o plano da História da Salvação.
Pai pequei contra o céu e contra Ti...
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]