Ciência confirma a Igreja
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Posted: 17 Mar 2013 03:00 AM PDT
continuação do post anterior
Reminiscências em lendas pagãs
Referências à Torre de Babel perduraram nos mais diversos povos espalhados na Terra, testemunhando sua existência e o fato de ter sido a causa da confusão das línguas. O mito de Enmerkar, dos sumérios (povo já desaparecido) fala da construção de um imenso zigurat (torre-templo) na origem da diversificação das línguas. O missionário dominicano Frei Diego Durán (1537–1588) recolheu em Xelhua (México) a saga dos gigantes que tentaram construir uma pirâmide para atingir os céus, mas que os deuses destruíram, confundindo a linguagem dos construtores. O religioso ouviu essa narração de um antigo sacerdote pagão de Cholula, pouco depois da conquista espanhola do México. O historiador nativo Fernando d'Alva Ixtilxochitl (1565-1648) recolheu a lenda tolteca (América Central) segundo a qual após um grande dilúvio os homens erigiram uma imensa torre que os preservaria de outro dilúvio, porém suas línguas foram confundidas e eles se dispersaram pelas diversas regiões da Terra. Um mito grego fala que o deus Hermes confundiu as línguas. Histórias mais ou menos parecidas foram documentadas pelo antropólogo social escocês Sir James George Frazer (1854 – 1941). Frazer menciona especificamente narrações nesse sentido entre os Wasania de Quênia; no povo Kacha Naga do Assam (Índia); entre os habitantes de Encounter Bay, Austrália; nos Maidu da Califórnia; nos Tlingit da Alaska e nos K'iche' Maya da Guatemala. Também entre os estonianos no Mar Báltico, Europa do Norte; e até na Arizona, EUA.
Que altura teve a Torre?
Em verdade, não se sabe com certeza qual era a altura da Torre no momento da dispersão. Apenas sabemos pela placa de Nabucodonosor que ela não chegou a ser concluída.
Uma fonte extra-canônica, o Terceiro Apocalipse de Baruch, menciona que a 'torre da discórdia' alcançava 463 cúbitos (212 metros de altura). Ou seja, mais alta do que qualquer outra estrutura do mundo antigo, como a Pirâmide de Quéops, no Egito. Teria sido a estrutura mais elevada do que qualquer outra na história humana até a Torre Eiffel, montada em 1889. Compreende-se o impacto que produziu na Antiguidade. (Cfr. Wikipedia, Torre de Babel). São Gregório de Tours (I, 6) escreveu em 594 d.C., citando o historiador Orosius (c. 417), que a Torre possuía "25 portas de cada lado, ou seja, 100 no total. As portas tinham uma dimensão assombrosa e eram de bronze fundido".
O que diz a ciência moderna?
O Dr. Linn W. Hobbs, professor de Ciência dos Materiais no Massachussets Institute of Technology – MIT, EUA, estudou a resistência dos tijolos usados no tempo da Torre de Babel.
Depois disso, racharia pelo próprio peso e o conjunto desabaria, caso o prédio tivesse forma de torre. Mas, se teve forma de pirâmide poderia ter ido até 450 metros, isto é, quase meio quilômetro. Mas os construtores da Torre de Babel, segundo diz a Bíblia, conceberam tijolos especiais: "façamos tijolos e cozamo-los no fogo". (Gen, 11, 3) O mesmo Prof. Hobbs reproduziu a técnica e testou os tijolos especiais. Estes passavam um dia num forno a 800º C.
Assista no vídeo acima aos testes e as consequências tiradas pelo Prof. Linn W. Hobbs. Em seu livro "Structures, or why things don't fall down" (Pelican 1978–1984), o professor J.E. Gordon estudou o peso dos tijolos especiais e calculou sua resistência à compressão dos muros levantados. Suas estimativas apontam que quando a construção – se feita em forma de torre reta – atingisse uma altura de 2,1 km, os tijolos da base não resistiriam e o prédio desmoronaria. Porém, se tivesse forma piramidal, o prédio poderia atingir altitudes onde faltaria oxigênio para os construtores, antes mesmo de a Torre ruir pelo próprio peso. Em qualquer caso, o fato de conhecerem técnicas para alcançar essas alturas não prova que chegaram até lá, mas sim que poderiam ter chegado. As ruínas dos zigurats da Caldeia, as pirâmides do Egito, as próprias pirâmides dos maias e ainda de outros povos, sugerem que a Torre de Babel também teve forma piramidal. O mais alto prédio hoje levantado é o Burj Khalifa, de 828 metros de altura, em Dubai. Mas na China está sendo erguido o Sky City One, de 838 metros; há ainda, em fase de planejamento, a Azerbaijan Tower, de 1.050 metros, no sudoeste do Azerbaijão.
Babel e fim do mundo
Aplica-se à Torre de Babel a descrição contida no capítulo 18 do Apocalipse. Mas isto é por analogia. Essa descrição parece se referir ao orgulho dos homens do fim do mundo e seu desejo de construir uma imensa civilização materialista e laica que desafiaria insolentemente a Deus: 2. Clamou em alta voz, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, a Grande. Tornou-se morada dos demônios, prisão dos espíritos imundos e das aves impuras e abomináveis, O texto apocalíptico não se refere à Torre de Babel primeira a não ser num sentido analógico ou simbólico. A similitude de situações é a que convida os espíritos a ligar o texto do Gênesis ao do Apocalipse. Muitos empreendimentos modernos eivados do espírito materialista que ignora ofensivamente a Deus podem ser também comparados às construções apontadas em ambos livros sagrados.
E se não tivesse existido a Torre de Babel?
A Torre de Babel esteve na base da destruição do tecido social da humanidade. Uma coisa mais profunda, portanto, do que a destruição da sociedade. Essa destruição do tecido social acarretou um desfazimento mais radical do que a morte física de todas as pessoas que se dispersaram na explosão linguística e étnica.
A Torre de Babel foi a um símbolo no qual se exprimia uma vontade de revolta universal. Se as nações tivessem sido fiéis ao plano divino, não teriam cometido esse pecado. Provavelmente, os povos teriam se dilatado sobre a Terra como uma mancha de azeite na qual a mancha vai se espalhando, mas suas periferias conservam a continuidade em graus diversos com o centro, quer dizer, a unidade. Teria assim sido possível uma língua, uma civilização e uma religião universal genuína, porquanto a revelação poderia ser conhecida por todos e transmitida com facilidade. Mas, com o pecado da Torre de Babel, a possibilidade da expansão na união ficou impossível. As nações tomaram rumos próprios, cada uma foi acrescentando à sua maneira de ser coisas que não podia comunicar à outra. Isso criou terreno fértil para um pulular de heresias desagregadoras, de culturas discordantes, de rivalidades de interesses, desentendimentos, inimizades e guerras. A única exceção que conservou a harmonia foi o filão fiel que se perpetuou através de Abraão e no povo eleito.
Nosso Senhor Jesus Cristo funda a Igreja para reconstituir a unidade dos povos
Instituindo a Igreja Católica e mandando os 12 Apóstolos pregar o Evangelho a todo o mundo, o Redentor deu inicio a uma obra de reconstituição da unidade existente entre os homens antes de Babel. Porém, até o momento, a unidade obtida é parcial e dificultosa. O inimigo do gênero humano e os pecados dos homens retardaram essa obra. A pretensão que Babel quis realizar no plano natural, a Revolução Protestante (1517) tentou recriá-la na Igreja. Quer dizer, erguer o orgulho humano até os Céus se atribuindo poderes para interpretar livremente a palavra de Deus e a Lei. Esses poderes somente o Espírito Santo os tem, e Ele os concede a seus intérpretes legítimos, o Magistério e a Tradição da Igreja, que falam pela voz do Papa e dos bispos católicos.
A Revolução Comunista (1917) e seus análogos de tipo socialista-nazista-fascista levaram essa revolta a ponto de quererem extirpar a própria ideia da existência de Deus. Hoje, parece que a organização planetária "babélica", feita contra Deus, chega até o céu. Porém, ao mesmo tempo, um pouco por toda parte dá estalos e seus construtores se entendem cada vez menos. Entretanto, a obra regeneradora do catolicismo não cessa nunca. E no futuro – e desejamos que não seja longínquo – esse plano de Deus vai se realizar. E isto ainda que aconteçam castigos purificadores como Nossa Senhora advirtiu em Fátima e em La Salette. Essa realização futura terá um acréscimo que os povos antes de Babel não conheceram: a intercessão maternal de Nossa Senhora e sua mediação que tudo pode diante de Deus todo-poderoso. FIM |
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]