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O mundo visto de Roma
Serviço semanal - 24 de Março de 2013
Papa Francisco
- Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo!
Homilia do Papa Francisco na Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor - Com o papa Francisco, cada dia é uma surpresa
Estilo e métodos do novo papa causam saudável "turbulência" no Vaticano - Francisco celebrará na Quinta-feira Santa na prisão de Menores
Depois da Missa Crismal em São Pedro, o Pontífice irá pela tarde ao Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo para a Missa in Coena Domini - Papa Francisco, um pastor também para a Ásia
Palavras do cardeal Oswald Gracias - Agenda apertada do Papa Francisco: reitera o objetivo ecumênico e inter-religioso
Recebe Dima Roussef, Bartolomeu I, Hilarión, Di Segni e outros líderes religiosos. Amanhã, o Prêmio Nobel Pérez Esquivel - Papa Francisco: vivam o desejo de cuidar uns dos outros
Por telefone, o papa fala aos fiéis reunidos em Buenos Aires às 4 da manhã para acompanhar o início do seu pontificado - Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Homilia do Papa Francisco na Missa de início do Ministério Petrino - Cardeal Comastri: Estamos reencontrando a simplicidade e o fervor das origens
Pontífice apresenta sacerdote uruguaio que trabalha com dependentes químicos - Jesus tem uma capacidade especial de esquecer
Homilia do papa Francisco durante Missa na paróquia de Santa Ana
Santa Sé
- Argentino premiado com o Nobel da Paz é recebido em audiência privada pelo papa
Adolfo Pérez Esquivel revela que Francisco prometeu avançar na verdade, justiça e reparação dos danos das ditaduras - Dilma reitera o convite para que o Papa visite o Brasil
Pontífice presenteia Dilma com o Documento de Aparecida - Papa Francisco telefonou a Bento XVI
Papa emérito festeja o seu onomástico, São José
Pregação Sagrada
- Diferentes tipos de pregação
Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
Igreja e Religião
- Comovedora celebração na paróquia do papa
Os vizinhos de Flores realizaram uma procissão em honra de Francisco - Mais de três mil adultos britânicos não anglicanos se incorporam à Igreja católica
Eles serão batizados na páscoa, na Igreja da Inglaterra e de Gales - A democracia na Igreja
Na Igreja, determinados assuntos não são objeto do crivo democrático, mas do crivo divino - Um abraço histórico entre a Igreja Oriental e a Igreja Ocidental
O patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado. - Cesare Cicconi: ''Estou feliz de verdade e ainda emocionado''
Doente de esclerose lateral amiotrófica beijado pelo papa Francisco: recebido em festa pela sua cidade natal - Cardeal Grocholewski: o papa Francisco é um presente do Espírito Santo para hoje
João Paulo II uniu e entusiasmou; Bento XVI convenceu com a razão; Francisco fala aos corações - Desafios do músico católico
Entrevista com Augusto Cezar, um dos fundadores da banda DOM - Bispos do CELAM afirmam sua lealdade ao Santo Padre
Episcopado recorda o otimismo de Aparecida
Cultura e Sociedade
- Polonesa recebe cidadania israelense honorária por ter salvo uma família judia
Stanislawa Szlamowie e sua família esconderam e ajudaram judeus durante as perseguições da Segunda Guerra Mundial
Liturgia e Vida Cristã
- A cor para cobrir a cruz na Sexta-Feira Santa
Quem explica é o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual
Pequeninos do Senhor
- A catequese de Francisco
Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla
Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
- JMJ Rio 2013 lança selo
Missa celebrada por Dom Orani Tempesta às 9h - "Quero mais JMJ": uma maneira de contribuir na construção da Jornada
Uma campanha com objetivo contribuir para a realização do evento
Homens e Mulheres de Fé
- Vítimas de perseguição na Venezuela e no Paraguai devem a vida a Bergoglio
Revelações do jesuíta Luis Ugalde, de Caracas - São José
O santo por excelência
Familia e Vida
- Lançamento da Pastoral Familiar - DVD "Sim aceito"
DVD traz 12 documentários para preparar casais ao matrimônio
Mensagem aos leitores
- Campanha vídeo: "Bem-vindo, Papa Francisco"
Mensagem aos leitores
Testemunho
- Brasileiro anda de ônibus com o Papa Francisco um dia após eleição
Membro da Comunidade Canção Nova acompanhava os cardeais brasileiros
Papa Francisco
Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo!
Homilia do Papa Francisco na Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
CIDADE DO VATICANO, 24 de Março de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Santo Padre Francisco na Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
1. Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d'Ele, fala-se dos prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: «Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!» (Lc 19, 38).
Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus e inclinou-Se para curar o corpo e a alma.
Assim é Jesus. Assim é o seu coração, que nos vê a todos, que vê as nossas enfermidades, os nossos pecados. Grande é o amor de Jesus! E entra em Jerusalém assim com este amor que nos vê a todos. É um espectáculo lindo: cheio de luz – a luz do amor de Jesus, do amor do seu coração –, de alegria, de festa.
No início da Missa, também nós o reproduzimos. Agitámos os nossos ramos de palmeira. Também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas desceu a caminhar connosco como nosso amigo, como nosso irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho. E assim hoje O acolhemos. E aqui temos a primeira palavra que vos queria dizer: alegria! Nunca sejais homens emulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! E nestes momentos vem o inimigo, vem o diabo, muitas vezes disfarçado de anjo, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. E, por favor, não deixeis que vos roubem a esperança! Não deixeis roubar a esperança… aquela que nos dá Jesus!
2. Segunda palavra. Para que entra Jesus em Jerusalém? Ou talvez melhor: Como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo… Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que possuem um sentido para ver em Jesus algo mais; têm o sentido da fé que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Vem-me à mente aquilo que Bento XVI dizia aos Cardeais: Vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado. Tal é o trono de Jesus. Jesus toma-o sobre Si… Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, terá de o deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos): a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós-os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. E na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da Cruz. Abraçada com amor, a cruz de Cristo nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de sermos salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no dia da sua morte.
3. Hoje, nesta Praça, há tantos jovens. Desde há 28 anos que o Domingo de Ramos é a Jornada da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, vi-vos quando entráveis em procissão; imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes um parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo, o coração nunca envelhece. Entretanto todos sabemos – e bem o sabeis vós – que o Rei que seguimos e nos acompanha, é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz; antes, abraçai-la, porque compreendestes que é no dom de si, no dom de si, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo. Levai-la, correspondendo ao convite de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Levai-la para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI, também eu, desde hoje, me ponho a caminho convosco. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do mundo e da existência. Três palavras: alegria, cruz, jovens.
Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Assim seja.
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Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus e inclinou-Se para curar o corpo e a alma.
Assim é Jesus. Assim é o seu coração, que nos vê a todos, que vê as nossas enfermidades, os nossos pecados. Grande é o amor de Jesus! E entra em Jerusalém assim com este amor que nos vê a todos. É um espectáculo lindo: cheio de luz – a luz do amor de Jesus, do amor do seu coração –, de alegria, de festa.
No início da Missa, também nós o reproduzimos. Agitámos os nossos ramos de palmeira. Também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas desceu a caminhar connosco como nosso amigo, como nosso irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho. E assim hoje O acolhemos. E aqui temos a primeira palavra que vos queria dizer: alegria! Nunca sejais homens emulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! E nestes momentos vem o inimigo, vem o diabo, muitas vezes disfarçado de anjo, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. E, por favor, não deixeis que vos roubem a esperança! Não deixeis roubar a esperança… aquela que nos dá Jesus!
2. Segunda palavra. Para que entra Jesus em Jerusalém? Ou talvez melhor: Como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo… Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que possuem um sentido para ver em Jesus algo mais; têm o sentido da fé que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Vem-me à mente aquilo que Bento XVI dizia aos Cardeais: Vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado. Tal é o trono de Jesus. Jesus toma-o sobre Si… Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, terá de o deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos): a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós-os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. E na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da Cruz. Abraçada com amor, a cruz de Cristo nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de sermos salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no dia da sua morte.
3. Hoje, nesta Praça, há tantos jovens. Desde há 28 anos que o Domingo de Ramos é a Jornada da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, vi-vos quando entráveis em procissão; imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes um parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo, o coração nunca envelhece. Entretanto todos sabemos – e bem o sabeis vós – que o Rei que seguimos e nos acompanha, é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz; antes, abraçai-la, porque compreendestes que é no dom de si, no dom de si, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo. Levai-la, correspondendo ao convite de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Levai-la para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI, também eu, desde hoje, me ponho a caminho convosco. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do mundo e da existência. Três palavras: alegria, cruz, jovens.
Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Assim seja.
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Com o papa Francisco, cada dia é uma surpresa
Estilo e métodos do novo papa causam saudável "turbulência" no Vaticano
Por Antonio Gaspari
ROMA, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - A sala de imprensa do Vaticano parecia vazia durante o dia de hoje. A maioria das equipes de TV e dos jornalistas de todas as partes do mundo já partiram de Roma. Depois de um mês de surpresas, da renúncia do papa Bento XVI até a eleição do novo papa Francisco, parece prevalecer agora um grande desejo de normalidade.
Mas o papa Francisco é extremamente dinâmico e seu pontificado promete mudanças diárias, capazes de causar surpresas contínuas.
Ontem, o Santo Padre pediu que fosse reduzido o espaço do apartamento papal, grande demais para as suas necessidades. "Aqui cabem 300 pessoas", teria dito ele.
Em linha com a sobriedade e a obra de serviço do "servo dos servos", Francisco recebeu os representantes das Igrejas irmãs sentado em uma cadeira simples, depois de mandar retirar o trono.
Ele continua a usar sapatos pretos, que teriam recebido de uma viúva como lembrança do marido falecido. Para a cerimônia de Quinta-feira Santa, que prevê o lava-pés realizado pelo papa, Francisco celebrará a missa no presídio do Instituto Penitencial para Menores de Casal di Marmo. O sucessor de Pedro lavará os pés dos jovens detidos. Visitar as prisões e lavar os pés dos prisioneiros é uma prática que o cardeal Bergoglio já adotava na Quinta-Feira Santaem Buenos Aires.
O mundo inteiro quer saber quem é o papa Francisco na intimidade. Seu testemunho humano e espiritual é impressionante, de um autêntico apóstolo de Cristo. Neste contexto, é interessante descobrir, por exemplo, quais são os filmes, livros e obras de arte preferidos do novo papa.
À já conhecida paixão pelo futebol e pelo tango, juntam-se às preferências do Santo Padre o filme A Festa de Babette, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987. Escrito e dirigido por Gabriel Axel, o filme se baseia na história homônima de Karen Blixen.
Na literatura, o papa Francesco é um apaixonado apreciador da Divina Comédia, de Dante Alighieri, seu poeta favorito. Quando ensinava literatura, dedicava especial intensidade às aulas sobre a Divina Comédia. Outro livro muito querido de Francisco é Os Noivos, de Alessandro Manzoni. De origens italianas, o papa parece conhecer bem a história e a literatura da Itália. Francisco tem especial apreço também por Johann Christian Friedrich Hölderlin, poeta alemão considerado entre os maiores da literatura mundial. Em várias ocasiões, Bergoglio expressou ainda seu entusiasmo por Fiódor Dostoiévski, John Ronald Reuel Tolkien e Jorge Luis Borges.
O pontífice é um grande amante e conhecedor da música. Embora goste não apenas da música clássica, seu autor preferido é Ludwig Van Beethoven.
Quanto às artes plásticas, a pintura preferida pelo papa é a Crucificação Branca, de Marc Chagall, quadro em que o Cristo crucificado usa uma túnica com as cores de Israel, em clara referência à perseguição contra os judeus.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Mas o papa Francisco é extremamente dinâmico e seu pontificado promete mudanças diárias, capazes de causar surpresas contínuas.
Ontem, o Santo Padre pediu que fosse reduzido o espaço do apartamento papal, grande demais para as suas necessidades. "Aqui cabem 300 pessoas", teria dito ele.
Em linha com a sobriedade e a obra de serviço do "servo dos servos", Francisco recebeu os representantes das Igrejas irmãs sentado em uma cadeira simples, depois de mandar retirar o trono.
Ele continua a usar sapatos pretos, que teriam recebido de uma viúva como lembrança do marido falecido. Para a cerimônia de Quinta-feira Santa, que prevê o lava-pés realizado pelo papa, Francisco celebrará a missa no presídio do Instituto Penitencial para Menores de Casal di Marmo. O sucessor de Pedro lavará os pés dos jovens detidos. Visitar as prisões e lavar os pés dos prisioneiros é uma prática que o cardeal Bergoglio já adotava na Quinta-Feira Santaem Buenos Aires.
O mundo inteiro quer saber quem é o papa Francisco na intimidade. Seu testemunho humano e espiritual é impressionante, de um autêntico apóstolo de Cristo. Neste contexto, é interessante descobrir, por exemplo, quais são os filmes, livros e obras de arte preferidos do novo papa.
À já conhecida paixão pelo futebol e pelo tango, juntam-se às preferências do Santo Padre o filme A Festa de Babette, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987. Escrito e dirigido por Gabriel Axel, o filme se baseia na história homônima de Karen Blixen.
Na literatura, o papa Francesco é um apaixonado apreciador da Divina Comédia, de Dante Alighieri, seu poeta favorito. Quando ensinava literatura, dedicava especial intensidade às aulas sobre a Divina Comédia. Outro livro muito querido de Francisco é Os Noivos, de Alessandro Manzoni. De origens italianas, o papa parece conhecer bem a história e a literatura da Itália. Francisco tem especial apreço também por Johann Christian Friedrich Hölderlin, poeta alemão considerado entre os maiores da literatura mundial. Em várias ocasiões, Bergoglio expressou ainda seu entusiasmo por Fiódor Dostoiévski, John Ronald Reuel Tolkien e Jorge Luis Borges.
O pontífice é um grande amante e conhecedor da música. Embora goste não apenas da música clássica, seu autor preferido é Ludwig Van Beethoven.
Quanto às artes plásticas, a pintura preferida pelo papa é a Crucificação Branca, de Marc Chagall, quadro em que o Cristo crucificado usa uma túnica com as cores de Israel, em clara referência à perseguição contra os judeus.
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Francisco celebrará na Quinta-feira Santa na prisão de Menores
Depois da Missa Crismal em São Pedro, o Pontífice irá pela tarde ao Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo para a Missa in Coena Domini
ROMA, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - No dia 28 de março, Quinta-feira Santa, o Santo Padre Francisco celebrará pela manhã na Basílica de São Pedro a Missa Crismal, e à tarde irá ao Instituto Penal para Menores em "Casal del Marmo" para a celebração da "Missa da Ceia do Senhor ", às 17h30.
Como sabem, a Missa da Ceia do Senhor é caracterizada pelo anúncio do Mandamento do amor e pelo gesto do lava-pés. Em seu ministério como arcebispo de Buenos Aires, o cardeal Bergoglio celebrava tal Missa numa prissão, hospital ou hospício para pobres ou pessoas marginalizadas. Com a celebração em Casal del Marmo, o Papa Francisco continua tal costume, que deve ser caracterizado por um contexto de simplicidade.
As outras celebrações da Semana Santa se realizarão de acordo com o costume habitual, que se saberá pela Notificação do Escritório das Celebrações Litúrgicas.
Como você se lembrará, o Papa Bento XVI visitou o Instituto de Casal del Marmo 18 março de 2007, celebrando ali a Missa na Capela do "Pai Misericordioso".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Como sabem, a Missa da Ceia do Senhor é caracterizada pelo anúncio do Mandamento do amor e pelo gesto do lava-pés. Em seu ministério como arcebispo de Buenos Aires, o cardeal Bergoglio celebrava tal Missa numa prissão, hospital ou hospício para pobres ou pessoas marginalizadas. Com a celebração em Casal del Marmo, o Papa Francisco continua tal costume, que deve ser caracterizado por um contexto de simplicidade.
As outras celebrações da Semana Santa se realizarão de acordo com o costume habitual, que se saberá pela Notificação do Escritório das Celebrações Litúrgicas.
Como você se lembrará, o Papa Bento XVI visitou o Instituto de Casal del Marmo 18 março de 2007, celebrando ali a Missa na Capela do "Pai Misericordioso".
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Papa Francisco, um pastor também para a Ásia
Palavras do cardeal Oswald Gracias
ROMA, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco é um "pastor universal", inclusive da Ásia. Esta é a profunda convicção do cardeal Oswald Gracias. "Deus respondeu às nossas preces", disse o arcebispo da cidade indiana de Mumbai, antiga Bombaim, um dos 115 cardeais eleitores que participaram do conclave.
O cardeal arcebispo de Buenos Aires é o papa "de que a Igreja precisa para enfrentar os desafios de hoje", declarou Gracias à agência AsiaNews (18 de março).
De acordo com o cardeal, que também é presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI, na sigla em Inglês), o 265º sucessor de Pedro "entenderá de modo profundo a situação real dos cristãos na Ásia", até por causa da sua experiência como ordinário para os fiéis de rito oriental na Argentina.
"O Santo Padre vem de uma grande Igreja, como é o caso da argentina, que, apesar de ter fortes raízes, também enfrenta os mesmos problemas de uma Igreja jovem como a da Ásia", explicou o cardeal indiano, que se disse "convencido" de que o novo Sumo Pontífice é "plenamente consciente de todos os desafios que a Igreja, na sua totalidade, está enfrentando".
Em seu primeiro conclave, o cardeal Gracias disse que se preparou para o evento "rezando intensamente, consciente de ter uma grande responsabilidade".
O cardeal também se referiu com gratidão ao papa emérito Bento XVI, cuja renúncia fez "muitos refletirem, inclusive nestes dias". "Ele foi um ótimo guia, realmente um ótimo guia, e nós estávamos nos perguntando quem poderia assumir o ministério petrino depois de um papa como ele", disse Gracias, que nasceu em 24 de dezembro de 1944, em Bombaim.
"Nós oramos muito e, quando o papa Francisco foi eleito, entendemos que Deus respondeu às nossas preces", completou.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online O cardeal arcebispo de Buenos Aires é o papa "de que a Igreja precisa para enfrentar os desafios de hoje", declarou Gracias à agência AsiaNews (18 de março).
De acordo com o cardeal, que também é presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI, na sigla em Inglês), o 265º sucessor de Pedro "entenderá de modo profundo a situação real dos cristãos na Ásia", até por causa da sua experiência como ordinário para os fiéis de rito oriental na Argentina.
"O Santo Padre vem de uma grande Igreja, como é o caso da argentina, que, apesar de ter fortes raízes, também enfrenta os mesmos problemas de uma Igreja jovem como a da Ásia", explicou o cardeal indiano, que se disse "convencido" de que o novo Sumo Pontífice é "plenamente consciente de todos os desafios que a Igreja, na sua totalidade, está enfrentando".
Em seu primeiro conclave, o cardeal Gracias disse que se preparou para o evento "rezando intensamente, consciente de ter uma grande responsabilidade".
O cardeal também se referiu com gratidão ao papa emérito Bento XVI, cuja renúncia fez "muitos refletirem, inclusive nestes dias". "Ele foi um ótimo guia, realmente um ótimo guia, e nós estávamos nos perguntando quem poderia assumir o ministério petrino depois de um papa como ele", disse Gracias, que nasceu em 24 de dezembro de 1944, em Bombaim.
"Nós oramos muito e, quando o papa Francisco foi eleito, entendemos que Deus respondeu às nossas preces", completou.
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Agenda apertada do Papa Francisco: reitera o objetivo ecumênico e inter-religioso
Recebe Dima Roussef, Bartolomeu I, Hilarión, Di Segni e outros líderes religiosos. Amanhã, o Prêmio Nobel Pérez Esquivel
Por Sergio Mora
ROMA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco teve uma agenda cheia nesta manhã. Depois de receber no Vaticano a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, encontrou os "delegados fraternos de Igrejas e comunidades eclesiais".
Primeiro recebeu Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, que assistiu a cerimônia do início de pontificado. Em seguida, esteve com o Metropolita russo Hilarion, 'chanceler' do patriarcado de Moscou e de todas as Rússias.
Na Sala Clementina houve um encontro com líderes e representantes de outras religiões. E a última audiência foi com o diretor executivo do Latin American Jewish Congress, Claudio Epelman.
Uma programa repleto de encontros que continuará nesta quinta-feira, quando Francisco encontrará o prêmio nobel da Paz, o argentino, Pérez Esquivel, que dias atrás desmentiu categoricamente as acusações que tentavam vincular o Papa Francisco com a ditadura militar do seu país.
Na sexta-feira receberá em audiência o corpo diplomático e no sábado visitará, em Castel Gandolfo, Sua Santidade Bento XVI.
Ao meio-dia, na Sala Clementina, em um ambiente muito descontraído, celebrou-se o encontro inter-religioso. Francisco estava sentado numa cadeira estofada de cor clara, tipo Luis XII, muito mais austera do que o trono dourado que geralmente se usa, encima de uma simples plataforma. Atrás dele, em mármore, estava o escudo do Vaticano com as chaves de São Pedro.
Em nome de todos os presentes o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, cumprimentou Francisco, indicando a necessidade das igrejas de se afastarem da mundanidade e promover a unidade entre os cristãos.
Francisco, agradeceu chamando-lhe sucessor do apóstolo André, "Meu irmão André". E afirmou que graças à presença dos representantes das diferentes comunidades à Missa de ontem, sentia "de forma ainda mais forte a oração pela unidade entre os crentes em Cristo e, ao mesmo tempo, se podia entrever, de algum forma, sua realização plena que depende do plano de Deus e da nossa leal colaboração".
Também significativa a presença do metropolita Hilarión, enviado pelo Patriarcado de Moscou, levando uma carta do patriarca de todas as Russias Kirill e presenteando uma belíssima ícone de Nossa Senhora com o menino. Como se sabe, João Paulo II desejou visitar a Rússia e não foi possível. Ainda que as relações com o Patriarcado de Moscou melhoraram com Bento XVI, ainda não pôde acontecer. Esta presença do metropolita Hilarión abre de novo a esperança para os católicos russos.
Francisco manifestou "especial alegria por encontrar-me hoje com vocês, delegados das Igrejas Ortodoxas Orientais e das comunidades eclesiais do Ocidente.
O Santo Padre pronunciou com voz tranquila o seu discurso, que muitas vezes parecia mais falado do que lido.
À sua direita e esquerda sentaram-se os líderes e representantes das várias religiões, com suas vestes características: terno normal com a kipá; as túnicas negras dos ortodoxos, com o véu que lhes distingue, branco ou preto, com a sua corrente e medalhão; os muçulmanos, alguns com terno e gravata, e outros com túnica branca com fez vermelho.
O Santo Padre saudou também os membros de outras tradições religiosas, os muçulmanos "que adoram ao Deus, único vivente e misericordioso, e o invocam na oração".
"Desejo assegurar – disse aos presentes – o caminho dos meus antecessores, a firme vontade de continuar no caminho do diálogo ecumênico".
E convidou-lhes a dar "testemunho da verdade, bondade e da beleza de Deus". Reiterou o compromisso da Igreja em promover a amizade e o respeito dos povos, a unidade dos cristãos e o diálogo com as religiões monoteístas: judeus, muçulmanos. Mas também daqueles que têm outras religiões ou nenhuma.
"Depois da troca de cartas entre o bispo de Roma e o rabino Di Segni – aparece na página da comunidade judaica de Roma – e das cordiais saudações com toda a comunidade judaica da capital, houve um primeiro encontro direto". E acrescenta que "Bergoglio sublinhou a importância do diálogo com o judaísmo, confirmando a vontade de continuar na caminho do diálogo, partindo das bases colocadas pelo Concílio Vaticano II", com o desejo de encontrar-se novamente em breve para promover novos passos no caminho do diálogo".
O bispo Munib Younan, presidente da Federação Luterana Mundial disse aos microfones da Rádio Vaticana que é preciso ser realistas sobre este papa e não esperar poucas coisas. "Existem grandes expectativas por parte de todos", e que "é um bom sintoma de que o novo papa venha do Sul". Assim como a "humildade que o caracteriza e que mostra o mundo".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Primeiro recebeu Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, que assistiu a cerimônia do início de pontificado. Em seguida, esteve com o Metropolita russo Hilarion, 'chanceler' do patriarcado de Moscou e de todas as Rússias.
Na Sala Clementina houve um encontro com líderes e representantes de outras religiões. E a última audiência foi com o diretor executivo do Latin American Jewish Congress, Claudio Epelman.
Uma programa repleto de encontros que continuará nesta quinta-feira, quando Francisco encontrará o prêmio nobel da Paz, o argentino, Pérez Esquivel, que dias atrás desmentiu categoricamente as acusações que tentavam vincular o Papa Francisco com a ditadura militar do seu país.
Na sexta-feira receberá em audiência o corpo diplomático e no sábado visitará, em Castel Gandolfo, Sua Santidade Bento XVI.
Ao meio-dia, na Sala Clementina, em um ambiente muito descontraído, celebrou-se o encontro inter-religioso. Francisco estava sentado numa cadeira estofada de cor clara, tipo Luis XII, muito mais austera do que o trono dourado que geralmente se usa, encima de uma simples plataforma. Atrás dele, em mármore, estava o escudo do Vaticano com as chaves de São Pedro.
Em nome de todos os presentes o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, cumprimentou Francisco, indicando a necessidade das igrejas de se afastarem da mundanidade e promover a unidade entre os cristãos.
Francisco, agradeceu chamando-lhe sucessor do apóstolo André, "Meu irmão André". E afirmou que graças à presença dos representantes das diferentes comunidades à Missa de ontem, sentia "de forma ainda mais forte a oração pela unidade entre os crentes em Cristo e, ao mesmo tempo, se podia entrever, de algum forma, sua realização plena que depende do plano de Deus e da nossa leal colaboração".
Também significativa a presença do metropolita Hilarión, enviado pelo Patriarcado de Moscou, levando uma carta do patriarca de todas as Russias Kirill e presenteando uma belíssima ícone de Nossa Senhora com o menino. Como se sabe, João Paulo II desejou visitar a Rússia e não foi possível. Ainda que as relações com o Patriarcado de Moscou melhoraram com Bento XVI, ainda não pôde acontecer. Esta presença do metropolita Hilarión abre de novo a esperança para os católicos russos.
Francisco manifestou "especial alegria por encontrar-me hoje com vocês, delegados das Igrejas Ortodoxas Orientais e das comunidades eclesiais do Ocidente.
O Santo Padre pronunciou com voz tranquila o seu discurso, que muitas vezes parecia mais falado do que lido.
À sua direita e esquerda sentaram-se os líderes e representantes das várias religiões, com suas vestes características: terno normal com a kipá; as túnicas negras dos ortodoxos, com o véu que lhes distingue, branco ou preto, com a sua corrente e medalhão; os muçulmanos, alguns com terno e gravata, e outros com túnica branca com fez vermelho.
O Santo Padre saudou também os membros de outras tradições religiosas, os muçulmanos "que adoram ao Deus, único vivente e misericordioso, e o invocam na oração".
"Desejo assegurar – disse aos presentes – o caminho dos meus antecessores, a firme vontade de continuar no caminho do diálogo ecumênico".
E convidou-lhes a dar "testemunho da verdade, bondade e da beleza de Deus". Reiterou o compromisso da Igreja em promover a amizade e o respeito dos povos, a unidade dos cristãos e o diálogo com as religiões monoteístas: judeus, muçulmanos. Mas também daqueles que têm outras religiões ou nenhuma.
"Depois da troca de cartas entre o bispo de Roma e o rabino Di Segni – aparece na página da comunidade judaica de Roma – e das cordiais saudações com toda a comunidade judaica da capital, houve um primeiro encontro direto". E acrescenta que "Bergoglio sublinhou a importância do diálogo com o judaísmo, confirmando a vontade de continuar na caminho do diálogo, partindo das bases colocadas pelo Concílio Vaticano II", com o desejo de encontrar-se novamente em breve para promover novos passos no caminho do diálogo".
O bispo Munib Younan, presidente da Federação Luterana Mundial disse aos microfones da Rádio Vaticana que é preciso ser realistas sobre este papa e não esperar poucas coisas. "Existem grandes expectativas por parte de todos", e que "é um bom sintoma de que o novo papa venha do Sul". Assim como a "humildade que o caracteriza e que mostra o mundo".
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Papa Francisco: vivam o desejo de cuidar uns dos outros
Por telefone, o papa fala aos fiéis reunidos em Buenos Aires às 4 da manhã para acompanhar o início do seu pontificado
Por Redacao
ROMA, 19 de Março de 2013 (Zenit.org) - Reproduzimos a seguir a mensagem telefônica que o papa Francisco enviou a todos os fiéis reunidos nesta madrugada na Praça de Maio, em Buenos Aires, para acompanhar ao vivo, através de telões, a solene abertura do seu pontificado. É um resumo da sua homilia na praça de São Pedro.
* * *
"Queridos filhos, sei que estão reunidos na praça. Sei que estão rezando e fazendo orações; preciso muito delas. É tão lindo rezar! Obrigado por isso.
Quero lhes pedir um favor. Quero pedir que todos nós caminhemos juntos, cuidemos uns dos outros; cuidem-se entre vocês, não se machuquem, cuidem-se, cuidem da vida. Cuidem da família, cuidem da natureza, cuidem das crianças, cuidem dos idosos; que não exista ódio, que não exista briga. Deixem a inveja de lado, não prejudiquem ninguém. Dialoguem. Vivam o desejo de cuidar uns dos outros.
Que o seu coração vá crescendo e que vocês se aproximem de Deus. Deus é bom, sempre perdoa, compreende. Não tenham medo dele; ele é Pai. Aproximem-se dele. Que Nossa Senhora os abençoe muito. Não se esqueçam deste bispo que está longe, mas que os ama muito. Rezem por mim".
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"Queridos filhos, sei que estão reunidos na praça. Sei que estão rezando e fazendo orações; preciso muito delas. É tão lindo rezar! Obrigado por isso.
Quero lhes pedir um favor. Quero pedir que todos nós caminhemos juntos, cuidemos uns dos outros; cuidem-se entre vocês, não se machuquem, cuidem-se, cuidem da vida. Cuidem da família, cuidem da natureza, cuidem das crianças, cuidem dos idosos; que não exista ódio, que não exista briga. Deixem a inveja de lado, não prejudiquem ninguém. Dialoguem. Vivam o desejo de cuidar uns dos outros.
Que o seu coração vá crescendo e que vocês se aproximem de Deus. Deus é bom, sempre perdoa, compreende. Não tenham medo dele; ele é Pai. Aproximem-se dele. Que Nossa Senhora os abençoe muito. Não se esqueçam deste bispo que está longe, mas que os ama muito. Rezem por mim".
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Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Homilia do Papa Francisco na Missa de início do Ministério Petrino
CIDADE DO VATICANO, 19 de Março de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a homilia do Santo Padre Francisco da Santa Missa de imposição do pálio, entrega do anel do pescador. Início do Ministério Petrino do Bispo de Roma.
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap.Redemptoris Custos, 1).
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d'Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap.Redemptoris Custos, 1).
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d'Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!
Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.
Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.
Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.
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Cardeal Comastri: Estamos reencontrando a simplicidade e o fervor das origens
Pontífice apresenta sacerdote uruguaio que trabalha com dependentes químicos
Por Sergio Mora
ROMA, 18 de Março de 2013 (Zenit.org) - Após a missa celebrada pelo papa Francisco na paróquia de Santa Ana, no interior do Vaticano, o cardeal concelebrante Angelo Comastri, vigário geral do papa para a Cidade do Vaticano e arcipreste da Basílica de São Pedro, tomou a palavra: "Quando Sua Santidade fez o discurso [logo após ser anunciado como o novo papa, ndr], às 19h05, porque eu olhei para o relógio, tinha que ter visto a cara dos cardeais. Durante dois mil anos, nunca tinha acontecido na Igreja que um papa se chamasse Francisco. Quem estava do meu lado me perguntou: como foi que ele disse? Francisco? Temos um papa Francisco? E os cochichos foram se espalhando".
O purpurado recordou uma passagem da sua própria vida: "Em 1993, João Paulo II foi a La Verna. Eu era bispo na Toscana e fomos buscá-lo. No grande refeitório, depois do almoço, conversando com os frades e bispos, João Paulo II falou: 'Aqui, de algum modo, nasceram os franciscanos, e, de alguma forma, também renasceu o cristianismo, reencontrando a simplicidade e o fervor das origens'".
"Santo Padre, é isto o que está acontecendo: estamos reencontrando a singeleza e o fervor dos inícios", declarou Comastri, emocionando os fiéis.
O cardeal contou que "no dia da eleição, quando fomos até a sacada e Sua Santidade apareceu para a primeira saudação, nós, cardeais, estávamos na sacada lateral. Os alto-falantes apontam para a praça e, por isso, nós não víamos nada, nem ouvíamos nada".
E prosseguiu: "Quando percebemos que todas as pessoas estavam em silêncio, rezando, não tínhamos entendido o convite e nos perguntávamos: o que aconteceu, por que todos estão em silêncio desse jeito?".
"Quando eu saí, perguntei ao primeiro que encontrei, que devia ser um operador do Centro Televisivo Vaticano, e ele me contou: 'O papa pediu para as pessoas rezarem por ele e se inclinou para receber a oração do povo. Sabe que eu senti o perfume de Belém, do evangelho? E duas lágrimas me escaparam dos olhos', me disse ele". Comastri confiou, então, aos presentes: "E eu, que me comovo facilmente, também senti as lágrimas nos meus...".
"Santo Padre, o mundo espera o perfume de Belém, o perfume do evangelho. Que a Igreja se encha do perfume do evangelho, que é o perfume de Jesus. Nós o acompanharemos. Muito obrigado".
O papa Francisco assumiu então o microfone e se voltou aos presentes: "Alguns de vocês, aqui, não são paroquianos, como estes padres argentinos que estão aqui, e o meu bispo auxiliar, que por hoje serão paroquianos".
A paróquia de Santa Ana recebe as pessoas que vivem dentro do Vaticano. Nela são administrados os sacramentos, batizados e casamentos. Entretanto, as missas são frequentadas por muita gente que vive nos arredores, e, aos domingos, até por bastante gente que mora longe.
Francisco prosseguiu: "Eu quero lhes apresentar um padre que veio de longe, que trabalha com os jovens da rua, com os usuários dependentes de drogas. Ele fez uma escola para eles, realizou muitas coisas para que eles conheçam Jesus. E todos aqueles jovens de rua agora trabalham, estudam, têm capacidade de trabalho, acreditam e amam Jesus. Gonzalo, por favor, venha saudar as pessoas".
O sacerdote, relativamente jovem, se aproximou então do papa. "Ele trabalha no Uruguai", prosseguiu Francisco, "é o fundador do liceu João Paulo II e faz esse trabalho. Eu não sei como ele chegou aqui hoje. Depois vou saber. Rezem por ele".
Os cumprimentos ao papa foram feitos desta vez no exterior da igreja e no meio do povo, com a multidão aclamando em coro: "Francesco, Francesco, Francesco!".
Cerca de cinquenta pessoas, uma por uma, se aproximaram para saudá-lo, abraçando-o e lhe beijando a mão... O papa, de pé, conversou brevemente com cada um e abençoou as crianças que estavam com seus pais, pedindo a todos para rezarem pelo papa.
Francisco se dirigiu então até o público, que se apinhava nas grades de proteção, cumprimentando e trocando apertos de mão com o povo.
Na pequena igreja de Santa Ana, o ambiente da missa dominical não é muito diferente do que foi visto neste domingo no tocante à liturgia. Mas com o papa Francisco foi tudo diferente.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online O purpurado recordou uma passagem da sua própria vida: "Em 1993, João Paulo II foi a La Verna. Eu era bispo na Toscana e fomos buscá-lo. No grande refeitório, depois do almoço, conversando com os frades e bispos, João Paulo II falou: 'Aqui, de algum modo, nasceram os franciscanos, e, de alguma forma, também renasceu o cristianismo, reencontrando a simplicidade e o fervor das origens'".
"Santo Padre, é isto o que está acontecendo: estamos reencontrando a singeleza e o fervor dos inícios", declarou Comastri, emocionando os fiéis.
O cardeal contou que "no dia da eleição, quando fomos até a sacada e Sua Santidade apareceu para a primeira saudação, nós, cardeais, estávamos na sacada lateral. Os alto-falantes apontam para a praça e, por isso, nós não víamos nada, nem ouvíamos nada".
E prosseguiu: "Quando percebemos que todas as pessoas estavam em silêncio, rezando, não tínhamos entendido o convite e nos perguntávamos: o que aconteceu, por que todos estão em silêncio desse jeito?".
"Quando eu saí, perguntei ao primeiro que encontrei, que devia ser um operador do Centro Televisivo Vaticano, e ele me contou: 'O papa pediu para as pessoas rezarem por ele e se inclinou para receber a oração do povo. Sabe que eu senti o perfume de Belém, do evangelho? E duas lágrimas me escaparam dos olhos', me disse ele". Comastri confiou, então, aos presentes: "E eu, que me comovo facilmente, também senti as lágrimas nos meus...".
"Santo Padre, o mundo espera o perfume de Belém, o perfume do evangelho. Que a Igreja se encha do perfume do evangelho, que é o perfume de Jesus. Nós o acompanharemos. Muito obrigado".
O papa Francisco assumiu então o microfone e se voltou aos presentes: "Alguns de vocês, aqui, não são paroquianos, como estes padres argentinos que estão aqui, e o meu bispo auxiliar, que por hoje serão paroquianos".
A paróquia de Santa Ana recebe as pessoas que vivem dentro do Vaticano. Nela são administrados os sacramentos, batizados e casamentos. Entretanto, as missas são frequentadas por muita gente que vive nos arredores, e, aos domingos, até por bastante gente que mora longe.
Francisco prosseguiu: "Eu quero lhes apresentar um padre que veio de longe, que trabalha com os jovens da rua, com os usuários dependentes de drogas. Ele fez uma escola para eles, realizou muitas coisas para que eles conheçam Jesus. E todos aqueles jovens de rua agora trabalham, estudam, têm capacidade de trabalho, acreditam e amam Jesus. Gonzalo, por favor, venha saudar as pessoas".
O sacerdote, relativamente jovem, se aproximou então do papa. "Ele trabalha no Uruguai", prosseguiu Francisco, "é o fundador do liceu João Paulo II e faz esse trabalho. Eu não sei como ele chegou aqui hoje. Depois vou saber. Rezem por ele".
Os cumprimentos ao papa foram feitos desta vez no exterior da igreja e no meio do povo, com a multidão aclamando em coro: "Francesco, Francesco, Francesco!".
Cerca de cinquenta pessoas, uma por uma, se aproximaram para saudá-lo, abraçando-o e lhe beijando a mão... O papa, de pé, conversou brevemente com cada um e abençoou as crianças que estavam com seus pais, pedindo a todos para rezarem pelo papa.
Francisco se dirigiu então até o público, que se apinhava nas grades de proteção, cumprimentando e trocando apertos de mão com o povo.
Na pequena igreja de Santa Ana, o ambiente da missa dominical não é muito diferente do que foi visto neste domingo no tocante à liturgia. Mas com o papa Francisco foi tudo diferente.
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Jesus tem uma capacidade especial de esquecer
Homilia do papa Francisco durante Missa na paróquia de Santa Ana
CIDADE DO VATICANO, 18 de Março de 2013 (Zenit.org) - Como é belo isto: primeiro, Jesus a sós na montanha, rezando. Orava sozinho (cf. Jo 8,1). Depois, ele voltou para o templo e todo o povo foi até ele (cf. vers. 2). Jesus em meio ao povo. No fim, eles o deixaram sozinho com a mulher (cf. vers. 9). A solidão de Jesus! Mas uma solidão fecunda: a solidão da oração com o Pai e a solidão, tão bela, e que é justamente a mensagem de hoje da Igreja, da sua misericórdia para com aquela mulher.
Também há uma diferença no meio do povo: havia todas aquelas pessoas que iam até ele; ele se sentou e começou a ensinar. O povo que queria ouvir as palavras de Jesus, o povo de coração aberto, necessitado da Palavra de Deus. E havia outros que não ouviam nada, que não podiam ouvir; e eram aqueles que tinham ido até ali com aquela mulher: "Mestre, esta é uma tal, uma qual... Temos que fazer o que Moisés mandou fazer com essas mulheres" (cf. vv. 4-5).
Nós também, acredito, somos um povo que, por um lado, quer escutar Jesus, mas, por outro, às vezes gosta de bater nos outros, de condenar os outros. A mensagem de Jesus é esta: a misericórdia. Para mim, e eu digo isso com humildade, é a mensagem mais forte de Nosso Senhor: a misericórdia. Ele mesmo disse: eu não vim para os justos; os justos se justificam sozinhos. Senhor bendito, se tu podes fazer, faz, porque eu não posso! Mas eles acreditam que podem fazê-lo. Eu vim para os pecadores (cf. Mc 2,17).
Pensem naquela conversa depois do chamado de Mateus: "Mas ele anda com os pecadores!" (cf. Mc 2, 16). E ele veio para nós, quando reconhecemos que somos pecadores. Mas se nós somos como aquele fariseu, diante do altar: "Obrigado, Senhor, porque eu não sou como todos os outros homens, nem como aquele que está à porta, como aquele publicano" (cf. Lc 18,11-12), então nós não conhecemos o coração do Senhor e nunca teremos a alegria de sentir esta misericórdia! Não é fácil confiar-se à misericórdia de Deus, porque ela é um abismo incompreensível. Mas temos que nos confiar! "Ah, padre, se o senhor conhecesse a minha vida, não diria isso". "Por quê? O que você fez?". "Ah, eu fiz tantas coisas graves". "Melhor! Vá até Jesus. Ele gosta quando você lhe conta essas coisas". Ele esquece, ele tem uma capacidade de esquecer, especial. Ele esquece, te beija, te abraça e te diz apenas: "Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante, não peques mais" (Jo 8, 11). Ele só nos dá esse conselho. Depois de um mês, já estamos de novo nas mesmas condições... Voltemos para o Senhor. O Senhor nunca se cansa de perdoar, nunca! Somos nós que nos cansamos de pedir perdão a ele. E peçamos a graça de nunca nos cansarmos de pedir perdão, porque ele nunca se cansa de perdoar. Peçamos esta graça.
Palavras no final da Santa Missa
Alguns de vocês, aqui, não são paroquianos, como estes padres argentinos que estão aqui, e o meu bispo auxiliar, que por hoje serão paroquianos. Mas eu quero lhes apresentar um padre que veio de longe, que trabalha com os jovens da rua, com os usuários dependentes de drogas. Ele fez uma escola para eles, realizou muitas coisas para que eles conheçam Jesus. E todos aqueles jovens de rua agora trabalham, estudam, têm capacidade de trabalho, acreditam e amam Jesus. Gonzalo, por favor, venha saudar as pessoas. Rezem por ele. Ele trabalha no Uruguai, é o fundador do liceu João Paulo II e faz esse trabalho. Eu não sei como ele chegou aqui hoje. Depois vou saber. Obrigado. Rezem por ele.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Também há uma diferença no meio do povo: havia todas aquelas pessoas que iam até ele; ele se sentou e começou a ensinar. O povo que queria ouvir as palavras de Jesus, o povo de coração aberto, necessitado da Palavra de Deus. E havia outros que não ouviam nada, que não podiam ouvir; e eram aqueles que tinham ido até ali com aquela mulher: "Mestre, esta é uma tal, uma qual... Temos que fazer o que Moisés mandou fazer com essas mulheres" (cf. vv. 4-5).
Nós também, acredito, somos um povo que, por um lado, quer escutar Jesus, mas, por outro, às vezes gosta de bater nos outros, de condenar os outros. A mensagem de Jesus é esta: a misericórdia. Para mim, e eu digo isso com humildade, é a mensagem mais forte de Nosso Senhor: a misericórdia. Ele mesmo disse: eu não vim para os justos; os justos se justificam sozinhos. Senhor bendito, se tu podes fazer, faz, porque eu não posso! Mas eles acreditam que podem fazê-lo. Eu vim para os pecadores (cf. Mc 2,17).
Pensem naquela conversa depois do chamado de Mateus: "Mas ele anda com os pecadores!" (cf. Mc 2, 16). E ele veio para nós, quando reconhecemos que somos pecadores. Mas se nós somos como aquele fariseu, diante do altar: "Obrigado, Senhor, porque eu não sou como todos os outros homens, nem como aquele que está à porta, como aquele publicano" (cf. Lc 18,11-12), então nós não conhecemos o coração do Senhor e nunca teremos a alegria de sentir esta misericórdia! Não é fácil confiar-se à misericórdia de Deus, porque ela é um abismo incompreensível. Mas temos que nos confiar! "Ah, padre, se o senhor conhecesse a minha vida, não diria isso". "Por quê? O que você fez?". "Ah, eu fiz tantas coisas graves". "Melhor! Vá até Jesus. Ele gosta quando você lhe conta essas coisas". Ele esquece, ele tem uma capacidade de esquecer, especial. Ele esquece, te beija, te abraça e te diz apenas: "Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante, não peques mais" (Jo 8, 11). Ele só nos dá esse conselho. Depois de um mês, já estamos de novo nas mesmas condições... Voltemos para o Senhor. O Senhor nunca se cansa de perdoar, nunca! Somos nós que nos cansamos de pedir perdão a ele. E peçamos a graça de nunca nos cansarmos de pedir perdão, porque ele nunca se cansa de perdoar. Peçamos esta graça.
Palavras no final da Santa Missa
Alguns de vocês, aqui, não são paroquianos, como estes padres argentinos que estão aqui, e o meu bispo auxiliar, que por hoje serão paroquianos. Mas eu quero lhes apresentar um padre que veio de longe, que trabalha com os jovens da rua, com os usuários dependentes de drogas. Ele fez uma escola para eles, realizou muitas coisas para que eles conheçam Jesus. E todos aqueles jovens de rua agora trabalham, estudam, têm capacidade de trabalho, acreditam e amam Jesus. Gonzalo, por favor, venha saudar as pessoas. Rezem por ele. Ele trabalha no Uruguai, é o fundador do liceu João Paulo II e faz esse trabalho. Eu não sei como ele chegou aqui hoje. Depois vou saber. Obrigado. Rezem por ele.
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Santa Sé
Argentino premiado com o Nobel da Paz é recebido em audiência privada pelo papa
Adolfo Pérez Esquivel revela que Francisco prometeu avançar na verdade, justiça e reparação dos danos das ditaduras
Por Sergio Mora
ROMA, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - Em entrevista coletiva concedida logo depois de uma audiência privada com o papa Francisco, ainda dentro do Vaticano, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, defensor histórico dos direitos humanos e dos povos originários da América, torturado pela ditadura de Videla e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, declarou: "O papa me disse que está convencido de que é necessário avançar na verdade, na justiça e na reparação dos danos causados pelas ditaduras".
Esquivel qualificou o encontro como "muito bom" e reiterou que Bergoglio nãomanteve ligações com a ditadura. "Mesmo se limitando a protestar, não é justo acusá-lo de cumplicidade", já que, "apesar de não ter sido um dosbispos que estiveram mais na vanguarda pela defesa dos direitos humanos, eleprestigiou uma diplomacia silenciosa e pediu a libertação dos presos".
"Porque ser cúmplice significa ter colaborado, coisa que alguns bispos realmente fizeram", acrescentou. "E Bergoglio, naquele tempo, nem sequer era bispo, era apenas superior provincial dos jesuítas na Argentina". Prossegue Esquivel: "Eu sei com certeza que ele tentou protestar contra a violação dos direitos humanos (...) Os fatos têm que ser contextualizados no período terrível e no clima daquela época de ditadura militar".
Perez Esquivel ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1980 pelo compromisso com a defesa da democracia e dos direitos humanos por meios não violentos, em reação às ditaduras militares na América Latina. Preso e torturado pelo regime militar, ele passou 14 meses na cadeia e outros tantos em liberdade vigiada.
Foi um dos primeiros a defender o novo papa das acusações de não ter feito o
possível para libertar dois sacerdotes sequestrados e de saber do sequestro
de bebês cometido pela ditadura.
No encontro com Francisco, relata Esquivel, "também falamos dos mártires da Igreja na América Latina, como os bispos Óscar Arnulfo Romero e Enrique Angelelli, de El Salvador e da Argentina, respectivamente". O papa "manifestou a sua preocupação" e abordou a necessidade "de reduzir os índices de pobreza no mundo, trabalhando com os pobres".
Bergoglio também contou a Pérez Esquivel "o motivo do nome Francisco", que nasceu da sugestão do cardeal brasileiro Cláudio Hummes, sentado ao seu lado: quando os votos já o indicavam como papa, dom Cláudio lhe disse: "Não se esqueça dos pobres".
A audiência aconteceu na biblioteca pessoal do pontífice, no Palácio Apostólico, e durou cerca de trinta minutos, um tempo excepcional para as audiências pontifícias, que duram em geral de 15 a 20 minutos.
De acordo com Esquivel, o detrator do cardeal Bergoglio, Horacio Verbitsky, que era chefe de espionagem da guerrilha urbana Los Montoneros na década de 1970 e hoje é diretor do jornal Página12, divulgou dados que "contém erros".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Esquivel qualificou o encontro como "muito bom" e reiterou que Bergoglio nãomanteve ligações com a ditadura. "Mesmo se limitando a protestar, não é justo acusá-lo de cumplicidade", já que, "apesar de não ter sido um dosbispos que estiveram mais na vanguarda pela defesa dos direitos humanos, eleprestigiou uma diplomacia silenciosa e pediu a libertação dos presos".
"Porque ser cúmplice significa ter colaborado, coisa que alguns bispos realmente fizeram", acrescentou. "E Bergoglio, naquele tempo, nem sequer era bispo, era apenas superior provincial dos jesuítas na Argentina". Prossegue Esquivel: "Eu sei com certeza que ele tentou protestar contra a violação dos direitos humanos (...) Os fatos têm que ser contextualizados no período terrível e no clima daquela época de ditadura militar".
Perez Esquivel ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1980 pelo compromisso com a defesa da democracia e dos direitos humanos por meios não violentos, em reação às ditaduras militares na América Latina. Preso e torturado pelo regime militar, ele passou 14 meses na cadeia e outros tantos em liberdade vigiada.
Foi um dos primeiros a defender o novo papa das acusações de não ter feito o
possível para libertar dois sacerdotes sequestrados e de saber do sequestro
de bebês cometido pela ditadura.
No encontro com Francisco, relata Esquivel, "também falamos dos mártires da Igreja na América Latina, como os bispos Óscar Arnulfo Romero e Enrique Angelelli, de El Salvador e da Argentina, respectivamente". O papa "manifestou a sua preocupação" e abordou a necessidade "de reduzir os índices de pobreza no mundo, trabalhando com os pobres".
Bergoglio também contou a Pérez Esquivel "o motivo do nome Francisco", que nasceu da sugestão do cardeal brasileiro Cláudio Hummes, sentado ao seu lado: quando os votos já o indicavam como papa, dom Cláudio lhe disse: "Não se esqueça dos pobres".
A audiência aconteceu na biblioteca pessoal do pontífice, no Palácio Apostólico, e durou cerca de trinta minutos, um tempo excepcional para as audiências pontifícias, que duram em geral de 15 a 20 minutos.
De acordo com Esquivel, o detrator do cardeal Bergoglio, Horacio Verbitsky, que era chefe de espionagem da guerrilha urbana Los Montoneros na década de 1970 e hoje é diretor do jornal Página12, divulgou dados que "contém erros".
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Dilma reitera o convite para que o Papa visite o Brasil
Pontífice presenteia Dilma com o Documento de Aparecida
Por Redacao
ROMA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco encontrou nesta quarta-feira (20) a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Durante o encontro na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, que durou cerca de 15 minutos, Dilma renovou o convite ao Papa Francisco para visitar o Rio de Janeiro por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, disse o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, aos jornalistas presentes na Sala de imprensa hoje.
Após o encontro, durante uma coletiva de imprensa, Dilma falou que o Papa Francisco "é uma pessoa extremamente carismática".
Para a presidente, o grande compromisso do Papa com os pobres "torna a relação com o Brasil muito importante", pois a questão da superação da pobreza vem sendo um dos principais focos desde o governo Lula.
O Papa destacou a "importância da proteção às populações mais fragilizadas" e contou ainda que ele trabalhou com os papeleiros (catadores de papel) na Argentina; na missa de início do seu pontificado, um deles estava presente. "Eu falei que nós fazemos uma missa com os papeleiros", disse Dilma.
Sobre a Jornada Mundial da Juventude, o Papa disse à presidente que "espera a presença maciça dos jovens". "Falamos sobre a questão das drogas, do crack, do reforço de valores, de princípios e de símbolos para a juventude" – afirmou Dilma.
Papa Francisco presenteou Dilma com o Documento de Aparecida; resultado da V Conferência Geral do Episcopado da América, que teve lugar precisamente em Aparecida do Norte, de cujo encerramento participou Bento XVI.
O documento de Aparecida marca as diretrizes para a nova evangelização na América e contém uma análise detalhada da situação no Novo Mundo. Papa Francisco, ao tempo, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, desempenhou um papel significativo na elaboração do documento. O mesmo presente foi dado à presidente da Argentina Cristina Kirchner.
Sobre uma possível visita do Papa Francisco ao santuário de Nossa Senhora Aparecida, Pe. Lombardi disse que ainda não tinha detalhes sobre a agenda de sua visita ao Brasil.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Durante o encontro na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, que durou cerca de 15 minutos, Dilma renovou o convite ao Papa Francisco para visitar o Rio de Janeiro por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, disse o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, aos jornalistas presentes na Sala de imprensa hoje.
Após o encontro, durante uma coletiva de imprensa, Dilma falou que o Papa Francisco "é uma pessoa extremamente carismática".
Para a presidente, o grande compromisso do Papa com os pobres "torna a relação com o Brasil muito importante", pois a questão da superação da pobreza vem sendo um dos principais focos desde o governo Lula.
O Papa destacou a "importância da proteção às populações mais fragilizadas" e contou ainda que ele trabalhou com os papeleiros (catadores de papel) na Argentina; na missa de início do seu pontificado, um deles estava presente. "Eu falei que nós fazemos uma missa com os papeleiros", disse Dilma.
Sobre a Jornada Mundial da Juventude, o Papa disse à presidente que "espera a presença maciça dos jovens". "Falamos sobre a questão das drogas, do crack, do reforço de valores, de princípios e de símbolos para a juventude" – afirmou Dilma.
Papa Francisco presenteou Dilma com o Documento de Aparecida; resultado da V Conferência Geral do Episcopado da América, que teve lugar precisamente em Aparecida do Norte, de cujo encerramento participou Bento XVI.
O documento de Aparecida marca as diretrizes para a nova evangelização na América e contém uma análise detalhada da situação no Novo Mundo. Papa Francisco, ao tempo, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, desempenhou um papel significativo na elaboração do documento. O mesmo presente foi dado à presidente da Argentina Cristina Kirchner.
Sobre uma possível visita do Papa Francisco ao santuário de Nossa Senhora Aparecida, Pe. Lombardi disse que ainda não tinha detalhes sobre a agenda de sua visita ao Brasil.
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Papa Francisco telefonou a Bento XVI
Papa emérito festeja o seu onomástico, São José
ROMA, 19 de Março de 2013 (Zenit.org) - Hoje à tarde, pouco depois das 17h, o Papa Francisco telefonou ao Papa emérito, Bento XVI, para desejar-lhe os melhores votos por ocasião da festa de São José, seu onomástico, celebrada hoje. E manifestou ao Papa emérito sua gratidão e de toda a Igreja pelo seu serviço.
O Papa emérito Bento XVI acompanhou com grande interesse os eventos desses dias e especialmente a celebração de início do pontificado do Papa Francisco, nesta manhã, na Praça São Pedro, e garantiu ao seu sucessor sua proximidade contínua na oração.
A notícia divulgada pelo VIS informou que a conversa foi ampla e afável.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online O Papa emérito Bento XVI acompanhou com grande interesse os eventos desses dias e especialmente a celebração de início do pontificado do Papa Francisco, nesta manhã, na Praça São Pedro, e garantiu ao seu sucessor sua proximidade contínua na oração.
A notícia divulgada pelo VIS informou que a conversa foi ampla e afável.
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Pregação Sagrada
Diferentes tipos de pregação
Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
Por Pe. Antonio Rivero, L.C.
SãO PAULO, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - Depois de vermos a figura do pregador, vejamos agora os diferentes tipos de pregação sagrada.
Veremos os seguintes tipos de pregação:
Homilia.
Palestra ou discurso explicativo.
Palestra ou discurso persuasivo.
Palestra ou discurso emotivo.
Palestra ou discurso demonstrativo.
Reflexão evangélica diante de Cristo Eucaristia.
Meditação num dia de retiro espiritual.
Pregação de exercícios espirituais.
Pregações circunstanciais: batismo, casamento, exéquias, festa, brinde.
Tema apologético.
Panegírico.
Congresso.
Rádio.
Televisão.
Para começar, digamos que em toda pregação deveríamos seguir este esquema:
Primeiro, uma introdução ou exórdio. Isto é, um começo atraente, original, com alguma anedota, estatística, um fato, um acontecimento, um evento... que capte a atenção dos ouvintes, e sempre relacionado logicamente com a ideia ou tema que será tratado.
Segundo, um desenvolvimento das ideias. Temos que oferecer uma só ideia, para não causar uma indigestão nos ouvintes com muitas ideias inconexas. Ideia desenvolvida em dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados. Ideia expressa com força, convicção, entusiasmo, originalidade, imaginação, vivacidade. Uma imagem ou metáfora pode ajudar muito para explicar essa ideia que estamos comentando. Usar uma linguagem concreta que toque a vida e o coração dos ouvintes. Ser sempre positivo e motivador. Com uma citação de um Santo Padre ou de um santo da Igreja, para dar peso a essa ideia.
E, finalmente, uma conclusão ou peroração, que resume em poucas palavras o discurso e a pregação. Terminemos invocando à Virgem Santíssima para que nos ajude na vivência desse tema tratado.
E agora vamos começar com os tipos de pregação.
HOMILIA
Finalidade da homilia: levar a mensagem bíblica da liturgia desse dia para a vida dos ouvintes para que toque as suas vidas e se convertam, ou melhorem a sua vida espiritual.
Como preparar uma homilia:
Parte-se dos textos bíblicos da liturgia, tirando uma só ideia para os meus ouvintes: por exemplo, a conversão, a esperança, a alegria, a oração, etc... Mas, uma só ideia.
Depois essa ideia é desenvolvida em dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados, tirados dos textos bíblicos dessa missa. Também é bom que essa ideia esteja apoiada em alguma citação dos Santos Padres que comentem essa ideia e que dará peso à nossa homilia. Citar os Santos Padres é subir em ombros de gigantes.
Mais tarde, tentemos trazer essa mensagem divina para a vida concreta dos ouvintes: vida familiar, laboral, profissional, estudantil... O citar um fato da vida de um santo com relação à essa ideia que estou comentando seria excelente, pois os santos nos incentivam a viver essas verdades.
Tipos de homilias:
Está, primeiramente, a homilia evangelizadora que desperta e incrementa a fé do ouvinte. Temos também a homilia catequética, que aprofunda a fé à luz da história da salvação nos diferentes períodos litúrgicos. E claro que também há homilias proféticas que provocam uma resposta de conversão ao plano de Deus desde os textos bíblicos. Está a homilia mistagógica que explica esse sacramento que está sendo celebrado (confirmação, batismo, casamento, unção dos enfermos, ordem sacerdotal, etc...) para que o valorizem e o amem mais e melhor. E finalmente temos a homilia temática: quando o sacerdote fica vários anos numa paróquia, pode aproveitar de segunda a sexta para ter homilias temáticas. Foi o que fiz numa paróquia de Buenos Aires na qual estive doze anos como vigário paroquial. Depois dos primeiros cinco anos em que dava a homilia sobre a liturgia do dia, comecei a fazer homilias temáticas, e tive muito resultado. Temas que duravam até meses: expliquei o credo, os sacramentos, os mandamentos, a oração, a liturgia, Nossa Senhora, a Missa, o terço, as virtudes, os vícios capitais, as obras de misericórdia, etc...
Ofereço-lhes este esquema de uma possível homilia: o tema da liturgia de hoje é a conversão (só um tema). (1) A conversão consiste, seguindo a primeira leitura lida, em abandonar nossos ídolos, infidelidades e pecados (enumerar esses possíveis ídolos das nossas vidas). (2) Essa conversão tem que passar pela cruz, como nos diz São Paulo na segunda leitura (concretizar essa cruz na nossa vida). (3) E finalmente, a conversão irá trazer alguns frutos maravilhosos na vida pessoal, familiar, laboral, como nos fala o Evangelho (listar esses frutos). Santo Agostinho resume este tema da conversão com esta frase ou com este fato de vida.
O artigo da semana passada pode ser lido clicando aqui.
Padre Antonio Rivero tem licenciatura e doutorado em Teologia Espiritual pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma. Atualmente exerce seu ministério sacerdotal como professor de teologia e oratória, e diretor espiritual no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.
Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.
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Homilia.
Palestra ou discurso explicativo.
Palestra ou discurso persuasivo.
Palestra ou discurso emotivo.
Palestra ou discurso demonstrativo.
Reflexão evangélica diante de Cristo Eucaristia.
Meditação num dia de retiro espiritual.
Pregação de exercícios espirituais.
Pregações circunstanciais: batismo, casamento, exéquias, festa, brinde.
Tema apologético.
Panegírico.
Congresso.
Rádio.
Televisão.
Para começar, digamos que em toda pregação deveríamos seguir este esquema:
Primeiro, uma introdução ou exórdio. Isto é, um começo atraente, original, com alguma anedota, estatística, um fato, um acontecimento, um evento... que capte a atenção dos ouvintes, e sempre relacionado logicamente com a ideia ou tema que será tratado.
Segundo, um desenvolvimento das ideias. Temos que oferecer uma só ideia, para não causar uma indigestão nos ouvintes com muitas ideias inconexas. Ideia desenvolvida em dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados. Ideia expressa com força, convicção, entusiasmo, originalidade, imaginação, vivacidade. Uma imagem ou metáfora pode ajudar muito para explicar essa ideia que estamos comentando. Usar uma linguagem concreta que toque a vida e o coração dos ouvintes. Ser sempre positivo e motivador. Com uma citação de um Santo Padre ou de um santo da Igreja, para dar peso a essa ideia.
E, finalmente, uma conclusão ou peroração, que resume em poucas palavras o discurso e a pregação. Terminemos invocando à Virgem Santíssima para que nos ajude na vivência desse tema tratado.
E agora vamos começar com os tipos de pregação.
HOMILIA
Finalidade da homilia: levar a mensagem bíblica da liturgia desse dia para a vida dos ouvintes para que toque as suas vidas e se convertam, ou melhorem a sua vida espiritual.
Como preparar uma homilia:
Parte-se dos textos bíblicos da liturgia, tirando uma só ideia para os meus ouvintes: por exemplo, a conversão, a esperança, a alegria, a oração, etc... Mas, uma só ideia.
Depois essa ideia é desenvolvida em dois ou três aspectos claros, lógicos e estruturados, tirados dos textos bíblicos dessa missa. Também é bom que essa ideia esteja apoiada em alguma citação dos Santos Padres que comentem essa ideia e que dará peso à nossa homilia. Citar os Santos Padres é subir em ombros de gigantes.
Mais tarde, tentemos trazer essa mensagem divina para a vida concreta dos ouvintes: vida familiar, laboral, profissional, estudantil... O citar um fato da vida de um santo com relação à essa ideia que estou comentando seria excelente, pois os santos nos incentivam a viver essas verdades.
Tipos de homilias:
Está, primeiramente, a homilia evangelizadora que desperta e incrementa a fé do ouvinte. Temos também a homilia catequética, que aprofunda a fé à luz da história da salvação nos diferentes períodos litúrgicos. E claro que também há homilias proféticas que provocam uma resposta de conversão ao plano de Deus desde os textos bíblicos. Está a homilia mistagógica que explica esse sacramento que está sendo celebrado (confirmação, batismo, casamento, unção dos enfermos, ordem sacerdotal, etc...) para que o valorizem e o amem mais e melhor. E finalmente temos a homilia temática: quando o sacerdote fica vários anos numa paróquia, pode aproveitar de segunda a sexta para ter homilias temáticas. Foi o que fiz numa paróquia de Buenos Aires na qual estive doze anos como vigário paroquial. Depois dos primeiros cinco anos em que dava a homilia sobre a liturgia do dia, comecei a fazer homilias temáticas, e tive muito resultado. Temas que duravam até meses: expliquei o credo, os sacramentos, os mandamentos, a oração, a liturgia, Nossa Senhora, a Missa, o terço, as virtudes, os vícios capitais, as obras de misericórdia, etc...
Ofereço-lhes este esquema de uma possível homilia: o tema da liturgia de hoje é a conversão (só um tema). (1) A conversão consiste, seguindo a primeira leitura lida, em abandonar nossos ídolos, infidelidades e pecados (enumerar esses possíveis ídolos das nossas vidas). (2) Essa conversão tem que passar pela cruz, como nos diz São Paulo na segunda leitura (concretizar essa cruz na nossa vida). (3) E finalmente, a conversão irá trazer alguns frutos maravilhosos na vida pessoal, familiar, laboral, como nos fala o Evangelho (listar esses frutos). Santo Agostinho resume este tema da conversão com esta frase ou com este fato de vida.
O artigo da semana passada pode ser lido clicando aqui.
Padre Antonio Rivero tem licenciatura e doutorado em Teologia Espiritual pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum em Roma. Atualmente exerce seu ministério sacerdotal como professor de teologia e oratória, e diretor espiritual no Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.
Caso você queira se comunicar diretamente com o Pe. Antonio Rivero escreva para arivero@legionaries.org e envie as suas dúvidas e comentários.
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Igreja e Religião
Comovedora celebração na paróquia do papa
Os vizinhos de Flores realizaram uma procissão em honra de Francisco
BUENOS AIRES, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - Sairam da Igreja San José, onde o Papa tomou a decisão de ser sacerdote. A procissão, que convocou centenas de pessoas, percorreu o bairro até chegar ao primeiro lar do pontífice.
Centenas de fieis católicos, a maioria dos quais moradores do bairro de Flores, Buenos Aires, Argentina, realizaram nesta terça-feira, uma procisão pelas ruas até finalizar na Igreja de San José, a mesma em que aos 17 anos o papa Francisco decidiu que encararia a tarefa pastoral.
Por volta das 18h, a caminhada saiu da igreja carregando a imagem de São José, que andou pelo bairro até passar pela frente da casa em que o cardeal Jorge Bergoglio morou na sua infância e juventude, na rua Membrillar 531.
Depois de pouco mais de duas horas de peregrinação, onde se cantaram cânticos religiosos e aplaudiram o novo papa, os fieis chegaram novamente à Igreja, situada na Avenida Rivadavia 6900.
Na frente da sede religiosa, na tradicional Praça Flores, foram colocados uma série de fogos de artifícios que iluminaram o céu por volta das 20h20, coroando a jornada com emoção.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Centenas de fieis católicos, a maioria dos quais moradores do bairro de Flores, Buenos Aires, Argentina, realizaram nesta terça-feira, uma procisão pelas ruas até finalizar na Igreja de San José, a mesma em que aos 17 anos o papa Francisco decidiu que encararia a tarefa pastoral.
Por volta das 18h, a caminhada saiu da igreja carregando a imagem de São José, que andou pelo bairro até passar pela frente da casa em que o cardeal Jorge Bergoglio morou na sua infância e juventude, na rua Membrillar 531.
Depois de pouco mais de duas horas de peregrinação, onde se cantaram cânticos religiosos e aplaudiram o novo papa, os fieis chegaram novamente à Igreja, situada na Avenida Rivadavia 6900.
Na frente da sede religiosa, na tradicional Praça Flores, foram colocados uma série de fogos de artifícios que iluminaram o céu por volta das 20h20, coroando a jornada com emoção.
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Mais de três mil adultos britânicos não anglicanos se incorporam à Igreja católica
Eles serão batizados na páscoa, na Igreja da Inglaterra e de Gales
Por Redacao
ROMA, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - Nas semanas da quaresma, os adultos que se preparam para ser batizados como católicos, ou que vêm de outras Igrejas cristãs e querem entrar em plena comunhão com a Igreja católica, participam dos ritos de apresentação perante o bispo e a comunidade.
Algumas conferências episcopais divulgam os números de adultos que devem incorporar-se à Igreja na páscoa.
Nas dioceses da Inglaterra e de Gales, são 3.080 os adultos que participam dos ritos de iniciação, cuja culminação é o seu batismo ou plena incorporação. É uma quantidade 12% menor que a de 2012, quando 415 adultos a mais que neste ano passaram a professar a fé católica. Em 2011, ano da visita do papa ao Reino Unido, foram 3.943 os adultos ingleses e galeses que se tornaram católicos.
Estes dados não incluem as pessoas de tradição anglicana que ingressam na Igreja Católica através do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, presidido pelo bispo Keith Newton, antes anglicano, que conserva elementos da liturgia e da herança anglicana dentro da Igreja católica.
Em 2012, o Ordinariato cresceu com a incorporação de 200 adultos. Em 2011 tinham sido 796 os adultos que ingressaram nele. Não há informações ainda sobre as previsões de novos ingressos ao Ordinariato nesta páscoa.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Algumas conferências episcopais divulgam os números de adultos que devem incorporar-se à Igreja na páscoa.
Nas dioceses da Inglaterra e de Gales, são 3.080 os adultos que participam dos ritos de iniciação, cuja culminação é o seu batismo ou plena incorporação. É uma quantidade 12% menor que a de 2012, quando 415 adultos a mais que neste ano passaram a professar a fé católica. Em 2011, ano da visita do papa ao Reino Unido, foram 3.943 os adultos ingleses e galeses que se tornaram católicos.
Estes dados não incluem as pessoas de tradição anglicana que ingressam na Igreja Católica através do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, presidido pelo bispo Keith Newton, antes anglicano, que conserva elementos da liturgia e da herança anglicana dentro da Igreja católica.
Em 2012, o Ordinariato cresceu com a incorporação de 200 adultos. Em 2011 tinham sido 796 os adultos que ingressaram nele. Não há informações ainda sobre as previsões de novos ingressos ao Ordinariato nesta páscoa.
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A democracia na Igreja
Na Igreja, determinados assuntos não são objeto do crivo democrático, mas do crivo divino
Por Edson Sampel
SãO PAULO, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - Em tempos de conclave, surgiram, aqui e acolá, pleitos por "maior democracia" na Igreja. Os reclamantes afirmam que o modelo atual, "monárquico absolutista", precisa terminar. É necessária, dizem, uma descentralização do poder romano. Quando leio ou ouço esses argumentos, pergunto-me: qual é a ideia que tais pessoas nutrem a respeito da Igreja?
A Igreja católica, composta de clérigos (diáconos, padres e bispos) e de leigos (cristãos comuns), é uma sociedade totalmente alicerçada na pessoa de seu divino fundador, Jesus Cristo. A mensagem católica é imutável, porque Deus e sua doutrina são imutáveis. O papa, que faz as vezes de Jesus (vigário de Cristo), apenas comunica o evangelho. Todo o manancial de encíclicas, constituições apostólicas, decretos etc., emanados do sumo pontífice, constituem somente uma explicitação ou atualização da boa nova anunciada por Jesus. Tanto quanto possível, traz-se Jesus à contemporaneidade, por intermédio do magistério papal. A Igreja, ao largo desses dois mil anos de história, jamais criou uma doutrina sequer. Ela cumpre sua missão excelsa de propor à humanidade os valores morais do cristianismo. Além disso, a Igreja administra os sete sacramentos, todos instituídos por Jesus; nenhum por ela.
Passa pela minha cabeça, amiúde, se os indigitados "democratas" creem seja factível dividir a potestade do sucessor de são Pedro com alguns prelados, ou, ainda, que os bispos reunidos em concílio ecumênico, ou mesmo isoladamente, deliberem sem o papa, no que tange à fé e aos costumes. Ou, então, hipótese mais esdrúxula: que, "democraticamente", se discutam dogmas "ultrapassados". Tudo isto é um absurdo! O modelo jurídico da Igreja é obra de Jesus Cristo. Aliás, não existe nada mais bíblico que a hierarquia eclesiástica. Basta compararmos o relacionamento hodierno entre o papa e os bispos com as interações que havia entre o apóstolo são Pedro e os outros apóstolos, narradas nas escrituras santas. Depois da morte e ressurreição de Jesus, nada de importante se executava sem o beneplácito de são Pedro, que era, indiscutivelmente, o chefe do grupo.
Nos Estados, é extremamente salutar que o poder advenha do povo (democracia). Desta feita, a Igreja, através da sua doutrina social, é a instituição do planeta que maiormente defendeu e defende o regime democrático para as sociedades políticas. No seio da Igreja, também pode e deve medrar a democracia, quando, por exemplo, os católicos de uma diocese elegem as prioridades pastorais (saúde, moradia, emprego), conforme sói ocorrer na Arquidiocese de São Paulo.
Na Igreja, determinados assuntos não são objeto do crivo "democrático", mas do crivo divino. Nesse sentido, por exemplo, o parecer negativo sobre o homossexualismo estriba-se diretamente nos ensinamentos de Jesus, bem como nas sagradas tradição e bíblia. O mesmo ocorre com o aborto, a indissolubilidade do casamento ou com o uso de pílulas anticoncepcionais, ou, ainda, com a ordenação de mulheres. A Igreja, precipuamente, por meio do novo papa, continuará a vociferar um non possumus diante de petições desse jaez. Não é tanto não querer; é não poder alterar o "depósito da fé", as cláusulas pétreas do catolicismo.
Questões distintas são o alargamento do diálogo, a disponibilidade para parlamentar com acatólicos e agnósticos. É mister, igualmente, descobrir novas formas de proclamar o evangelho. Pode-se, outrossim, perscrutar com maior profundidade certas situações na Igreja, como a dos católicos em segunda união nupcial. Estes pontos, sim, têm de evoluir!
Não é a doutrina da Igreja católica que deve mudar! É a humanidade que necessita se converter a Cristo, a fim de que haja vida abundante para todos (Jo 10,10). Neste diapasão, mesmo que se concretize o vaticínio dalguns "teólogos" de mau agouro, e a Igreja perca vastas fileiras de fiéis, não importa! Se ela encetou sua jornada com um grupinho de doze, quiçá finde com um número diminuto de católicos praticantes. É-nos defeso escrutar os insondáveis arcanos de Deus!
Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT).
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online A Igreja católica, composta de clérigos (diáconos, padres e bispos) e de leigos (cristãos comuns), é uma sociedade totalmente alicerçada na pessoa de seu divino fundador, Jesus Cristo. A mensagem católica é imutável, porque Deus e sua doutrina são imutáveis. O papa, que faz as vezes de Jesus (vigário de Cristo), apenas comunica o evangelho. Todo o manancial de encíclicas, constituições apostólicas, decretos etc., emanados do sumo pontífice, constituem somente uma explicitação ou atualização da boa nova anunciada por Jesus. Tanto quanto possível, traz-se Jesus à contemporaneidade, por intermédio do magistério papal. A Igreja, ao largo desses dois mil anos de história, jamais criou uma doutrina sequer. Ela cumpre sua missão excelsa de propor à humanidade os valores morais do cristianismo. Além disso, a Igreja administra os sete sacramentos, todos instituídos por Jesus; nenhum por ela.
Passa pela minha cabeça, amiúde, se os indigitados "democratas" creem seja factível dividir a potestade do sucessor de são Pedro com alguns prelados, ou, ainda, que os bispos reunidos em concílio ecumênico, ou mesmo isoladamente, deliberem sem o papa, no que tange à fé e aos costumes. Ou, então, hipótese mais esdrúxula: que, "democraticamente", se discutam dogmas "ultrapassados". Tudo isto é um absurdo! O modelo jurídico da Igreja é obra de Jesus Cristo. Aliás, não existe nada mais bíblico que a hierarquia eclesiástica. Basta compararmos o relacionamento hodierno entre o papa e os bispos com as interações que havia entre o apóstolo são Pedro e os outros apóstolos, narradas nas escrituras santas. Depois da morte e ressurreição de Jesus, nada de importante se executava sem o beneplácito de são Pedro, que era, indiscutivelmente, o chefe do grupo.
Nos Estados, é extremamente salutar que o poder advenha do povo (democracia). Desta feita, a Igreja, através da sua doutrina social, é a instituição do planeta que maiormente defendeu e defende o regime democrático para as sociedades políticas. No seio da Igreja, também pode e deve medrar a democracia, quando, por exemplo, os católicos de uma diocese elegem as prioridades pastorais (saúde, moradia, emprego), conforme sói ocorrer na Arquidiocese de São Paulo.
Na Igreja, determinados assuntos não são objeto do crivo "democrático", mas do crivo divino. Nesse sentido, por exemplo, o parecer negativo sobre o homossexualismo estriba-se diretamente nos ensinamentos de Jesus, bem como nas sagradas tradição e bíblia. O mesmo ocorre com o aborto, a indissolubilidade do casamento ou com o uso de pílulas anticoncepcionais, ou, ainda, com a ordenação de mulheres. A Igreja, precipuamente, por meio do novo papa, continuará a vociferar um non possumus diante de petições desse jaez. Não é tanto não querer; é não poder alterar o "depósito da fé", as cláusulas pétreas do catolicismo.
Questões distintas são o alargamento do diálogo, a disponibilidade para parlamentar com acatólicos e agnósticos. É mister, igualmente, descobrir novas formas de proclamar o evangelho. Pode-se, outrossim, perscrutar com maior profundidade certas situações na Igreja, como a dos católicos em segunda união nupcial. Estes pontos, sim, têm de evoluir!
Não é a doutrina da Igreja católica que deve mudar! É a humanidade que necessita se converter a Cristo, a fim de que haja vida abundante para todos (Jo 10,10). Neste diapasão, mesmo que se concretize o vaticínio dalguns "teólogos" de mau agouro, e a Igreja perca vastas fileiras de fiéis, não importa! Se ela encetou sua jornada com um grupinho de doze, quiçá finde com um número diminuto de católicos praticantes. É-nos defeso escrutar os insondáveis arcanos de Deus!
Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT).
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Um abraço histórico entre a Igreja Oriental e a Igreja Ocidental
O patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado.
Por P. Fadi Rahi, C.Ss.R
ROMA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - Em 1054, o grande cisma entre o Oriente e o Ocidente deixou a Igreja dividida entre católica e ortodoxa. Durante este milênio, houve na história das duas Igrejas períodos frios e quentes, de conflito e de amizade, de partilha e de divisão, de comunhão e de excomunhão.
A Igreja no Oriente, depois do cisma, foi chamada de Igreja ortodoxa, e a do Ocidente de Igreja católica. No início do século XVIII, muitos missionários ocidentais foram enviados ao Oriente para evangelizar, e, como frutos da sua evangelização, nasceram as várias Igrejas católicas orientais.
13 de março de 2013 foi um dia histórico para a Igreja católica universal com a eleição do novo bispo de Roma, Sua Santidade Francisco. Desde o primeiro dia do pontificado, o papa Bergoglio impactou crentes e não crentes do mundo inteiro, inclusive o patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, que decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado. Foi uma decisão histórica porque, desde 1054, nunca tinha havido na Igreja católica a participação do patriarca universal ortodoxo.
O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu I deram testemunho à Igreja universal, declarando que a Igreja de Deus é aquela que acredita e testemunha o mesmo Jesus que sofreu, morreu e ressuscitou. O encontro entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa foi uma graça de Deus para a sua Igreja durante a quaresma, foi um presente de Jesus para os seus seguidores e foi uma virtude do Espírito Santo para cada pessoa que acredita na Trindade.
Depois de quase mil anos de divisão entre as duas grandes igrejas, muitas pessoas ontem e hoje estão se fazendo as mesmas perguntas: quando a Igreja de Deus será uma só? Por que há várias igrejas se Jesus Cristo é o mesmo? Que testemunho damos aos outros na nossa divisão? Quando será o dia em que celebraremos a unidade da Igreja universal? É possível que, em 2054, se restaure o vínculo entre a Igreja ortodoxa e a Igreja católica? Este grande passo dado pelo patriarca ortodoxo pode ser um começo para a unidade na fé e na história? Jesus está feliz ao ver a sua Igreja dividida? Se a nossa fé na Trindade é uma, por que então essa divisão?
Esperemos e oremos juntos para que todas as igrejas separadas, clero e fiéis, possam um dia chegar à plena unidade da Igreja seguindo o exemplo da unidade da Santíssima Trindade.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online A Igreja no Oriente, depois do cisma, foi chamada de Igreja ortodoxa, e a do Ocidente de Igreja católica. No início do século XVIII, muitos missionários ocidentais foram enviados ao Oriente para evangelizar, e, como frutos da sua evangelização, nasceram as várias Igrejas católicas orientais.
13 de março de 2013 foi um dia histórico para a Igreja católica universal com a eleição do novo bispo de Roma, Sua Santidade Francisco. Desde o primeiro dia do pontificado, o papa Bergoglio impactou crentes e não crentes do mundo inteiro, inclusive o patriarca universal da Igreja ortodoxa, Bartolomeu I, que decidiu participar pessoalmente da abertura solene do novo pontificado. Foi uma decisão histórica porque, desde 1054, nunca tinha havido na Igreja católica a participação do patriarca universal ortodoxo.
O papa Francisco e o patriarca Bartolomeu I deram testemunho à Igreja universal, declarando que a Igreja de Deus é aquela que acredita e testemunha o mesmo Jesus que sofreu, morreu e ressuscitou. O encontro entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa foi uma graça de Deus para a sua Igreja durante a quaresma, foi um presente de Jesus para os seus seguidores e foi uma virtude do Espírito Santo para cada pessoa que acredita na Trindade.
Depois de quase mil anos de divisão entre as duas grandes igrejas, muitas pessoas ontem e hoje estão se fazendo as mesmas perguntas: quando a Igreja de Deus será uma só? Por que há várias igrejas se Jesus Cristo é o mesmo? Que testemunho damos aos outros na nossa divisão? Quando será o dia em que celebraremos a unidade da Igreja universal? É possível que, em 2054, se restaure o vínculo entre a Igreja ortodoxa e a Igreja católica? Este grande passo dado pelo patriarca ortodoxo pode ser um começo para a unidade na fé e na história? Jesus está feliz ao ver a sua Igreja dividida? Se a nossa fé na Trindade é uma, por que então essa divisão?
Esperemos e oremos juntos para que todas as igrejas separadas, clero e fiéis, possam um dia chegar à plena unidade da Igreja seguindo o exemplo da unidade da Santíssima Trindade.
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Cesare Cicconi: ''Estou feliz de verdade e ainda emocionado''
Doente de esclerose lateral amiotrófica beijado pelo papa Francisco: recebido em festa pela sua cidade natal
Por Nieves San Martín
ROMA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - "Em 1982, numa audiência privada com os fiéis de San Benedetto del Tronto, João Paulo II me beijou. Agora eu recebi um novo beijo na testa, do papa Francisco. E eu estou feliz de verdade e ainda emocionado". Cesare Cicconi, 50 anos, afetado pela esclerose lateral amiotrófica (SLA), levou o pontífice a descer do jeep branco em que percorria a praça de São Pedro para abençoá-lo e beijá-lo.
A cara de felicidade de Cesare iluminava todos os que contemplavam aquela cena do papa samaritano, que sentiu a necessidade de descer da sua "cavalgadura" diante de um ferido encontrado no caminho.
"Eu sou católico praticante", explica Cesare aos jornalistas. "E sou sócio desde sempre da Unitalsi [União Italiana de Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais] porque os meus pais faziam parte da associação".
A mãe, Sandra, 72 anos, falecida há poucos meses, era quem cuidava de Cesare, que tem o corpo completamente paralisado, com exceção de uma mão. Agora a protetora é sua irmã Cinzia, 43 anos, e "todos os amigos da Unitalsi, que são de casa", enfatiza.
Os pais descobriram que Cesare sofria de SLA quando ele tinha oito meses. Mesmo precisando ser transportado de maca, Cesare não se dá por vencido e, na medida do possível, tenta continuar aproveitando as pequenas satisfações da vida.
Ele conta, ainda emocionado, o que viveu ontem: "O papa Francisco parou, apontou para mim e desceu do jeep. Me deu um beijo na testa e pediu para mim e para os meus amigos: 'rezem por mim'".
Muitos dos voluntários da Unitalsi agradeceram ao papa, que respondeu: "Não, obrigado a vocês".
À 1h30 de ontem, Cesare pretendia voltar da Cidade do Vaticano para San Benedetto del Tronto, sua pequena cidade na região das Marcas, onde uma grande festa já estava anunciada para ele.
Cesare tem uma grande capacidade de se integrar às marchas da vida e nunca se entregou: "Sou torcedor do Ascoli e vou até ao estádio". Queria voar, o que não é fácil para quem tem que se ver reduzido a uma maca. Mas, em 2010, conseguiu realizar seu sonho. Graças à ajuda da companhia aérea, "eu entrei no avião e participei da peregrinação nacional a Lourdes", relata ele à agência ANSA.
"Todos nós enxergamos nesse beijo do papa em Cesare", declara o padre Vincenzo, da Unitalsi de San Benedetto do Tronto, "aquela passagem do evangelho em que Jesus se aproxima da sogra de Pedro, doente, se inclina, pega a mão dela e a levanta. Parecia justamente aquela passagem do evangelho".
A comitiva da Unitalsi, comovida, emocionada e "cheia de energia", voltou ontem para casa com um lindo presente recebido do papa Francisco.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online A cara de felicidade de Cesare iluminava todos os que contemplavam aquela cena do papa samaritano, que sentiu a necessidade de descer da sua "cavalgadura" diante de um ferido encontrado no caminho.
"Eu sou católico praticante", explica Cesare aos jornalistas. "E sou sócio desde sempre da Unitalsi [União Italiana de Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais] porque os meus pais faziam parte da associação".
A mãe, Sandra, 72 anos, falecida há poucos meses, era quem cuidava de Cesare, que tem o corpo completamente paralisado, com exceção de uma mão. Agora a protetora é sua irmã Cinzia, 43 anos, e "todos os amigos da Unitalsi, que são de casa", enfatiza.
Os pais descobriram que Cesare sofria de SLA quando ele tinha oito meses. Mesmo precisando ser transportado de maca, Cesare não se dá por vencido e, na medida do possível, tenta continuar aproveitando as pequenas satisfações da vida.
Ele conta, ainda emocionado, o que viveu ontem: "O papa Francisco parou, apontou para mim e desceu do jeep. Me deu um beijo na testa e pediu para mim e para os meus amigos: 'rezem por mim'".
Muitos dos voluntários da Unitalsi agradeceram ao papa, que respondeu: "Não, obrigado a vocês".
À 1h30 de ontem, Cesare pretendia voltar da Cidade do Vaticano para San Benedetto del Tronto, sua pequena cidade na região das Marcas, onde uma grande festa já estava anunciada para ele.
Cesare tem uma grande capacidade de se integrar às marchas da vida e nunca se entregou: "Sou torcedor do Ascoli e vou até ao estádio". Queria voar, o que não é fácil para quem tem que se ver reduzido a uma maca. Mas, em 2010, conseguiu realizar seu sonho. Graças à ajuda da companhia aérea, "eu entrei no avião e participei da peregrinação nacional a Lourdes", relata ele à agência ANSA.
"Todos nós enxergamos nesse beijo do papa em Cesare", declara o padre Vincenzo, da Unitalsi de San Benedetto do Tronto, "aquela passagem do evangelho em que Jesus se aproxima da sogra de Pedro, doente, se inclina, pega a mão dela e a levanta. Parecia justamente aquela passagem do evangelho".
A comitiva da Unitalsi, comovida, emocionada e "cheia de energia", voltou ontem para casa com um lindo presente recebido do papa Francisco.
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Cardeal Grocholewski: o papa Francisco é um presente do Espírito Santo para hoje
João Paulo II uniu e entusiasmou; Bento XVI convenceu com a razão; Francisco fala aos corações
Por Sergio Mora
ROMA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - O cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica, polonês, 72 anos, começou a trabalhar na cúria romana antes de João Paulo II. Ontem, depois da missa de início de pontificado de Francisco, em encontro casual, ZENIT conversou com o purpurado, que afirmou: "O de Francisco será um grande pontificado". Ligamos então o gravador:
Por que o senhor acha que será um grande pontificado?
Cardeal Grocholewski: Pela simplicidade e pelo modo de falar dele, profundo e claro. Eu acho que, hoje, a Igreja precisa ter esta simplicidade, não falar "acima das cabeças", mas direto para os corações, e este papa sabe falar para os corações dos homens.
O senhor teve que suspender uma viagem à América do Sul por causa do conclave, não foi?
Cardeal Grocholewski: Eu tinha que ir para a Argentina e acabei renunciando à minha viagem para estar presente no conclave, mas espero poder ir logo para lá.
Não se considerava um "papável"?
Cardeal Grocholewski: Sou polonês, faz relativamente pouco tempo que João Paulo II foi eleito, não devia ser outro do meu país. Estou muito contente por ter sido um papa de outro continente. Isto é muito importante para mostrar que a Igreja é universal, não é italiana e europeia. Eu me alegro muito porque elegemos este magnífico papa. Desejo também que seja motivo de alegria na fé para os argentinos.
Se Karol Wojtyla tivesse participado deste conclave, ele teria sido eleito? Ou cada papa é para uma determinada circunstância histórica?
Cardeal Grocholewski: É o Espírito Santo quem elege o papa. Primeiro, precisávamos de um papa como João Paulo II, que deu coragem, ânimo, entusiasmo para a Igreja. Depois foi necessário um papa intelectual, para convencer o mundo sobre a racionalidade da fé, sobre a cultura, a razão, a ciência, etc. Agora precisamos de um papa que fale para os corações dos homens, que demonstre que a força da Igreja não se volta só para os nossos cérebros e para a nossa inteligência.
O que o papa Francisco destaca mais?
Cardeal Grocholewski: A força da Igreja é Cristo. O papa Francisco já destacou isto muitas vezes. E eu gosto muito de ver que ele acredita na força da oração e pede para todos rezarem. Acredito que vai ser um grande pontificado.
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Cardeal Grocholewski: Pela simplicidade e pelo modo de falar dele, profundo e claro. Eu acho que, hoje, a Igreja precisa ter esta simplicidade, não falar "acima das cabeças", mas direto para os corações, e este papa sabe falar para os corações dos homens.
O senhor teve que suspender uma viagem à América do Sul por causa do conclave, não foi?
Cardeal Grocholewski: Eu tinha que ir para a Argentina e acabei renunciando à minha viagem para estar presente no conclave, mas espero poder ir logo para lá.
Não se considerava um "papável"?
Cardeal Grocholewski: Sou polonês, faz relativamente pouco tempo que João Paulo II foi eleito, não devia ser outro do meu país. Estou muito contente por ter sido um papa de outro continente. Isto é muito importante para mostrar que a Igreja é universal, não é italiana e europeia. Eu me alegro muito porque elegemos este magnífico papa. Desejo também que seja motivo de alegria na fé para os argentinos.
Se Karol Wojtyla tivesse participado deste conclave, ele teria sido eleito? Ou cada papa é para uma determinada circunstância histórica?
Cardeal Grocholewski: É o Espírito Santo quem elege o papa. Primeiro, precisávamos de um papa como João Paulo II, que deu coragem, ânimo, entusiasmo para a Igreja. Depois foi necessário um papa intelectual, para convencer o mundo sobre a racionalidade da fé, sobre a cultura, a razão, a ciência, etc. Agora precisamos de um papa que fale para os corações dos homens, que demonstre que a força da Igreja não se volta só para os nossos cérebros e para a nossa inteligência.
O que o papa Francisco destaca mais?
Cardeal Grocholewski: A força da Igreja é Cristo. O papa Francisco já destacou isto muitas vezes. E eu gosto muito de ver que ele acredita na força da oração e pede para todos rezarem. Acredito que vai ser um grande pontificado.
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Desafios do músico católico
Entrevista com Augusto Cezar, um dos fundadores da banda DOM
Por Thácio Lincon Soares de Siqueira
BRASíLIA, 20 de Março de 2013 (Zenit.org) - Quais os maiores desafios do músico católico? Quais as principais características do serviço musical ministerial? De que forma o músico pode fazer do exercício dos seus dons um caminho de santidade para si e toda a Igreja? São algumas das perguntas que Augusto Cezar responde no seu livro "Quem canta reza duas vezes", lançado sábado passado, 16 de março, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo.
Augusto Cezar nasceu em 1970, no Rio de Janeiro, com uma deficiência física, e é filho e neto de músicos. Graduou-se em música, com habilitação em violão clássico, pela UFRJ. Em 1999, formou, com Fred Pacheco e Filipe Freire, o trio DOM (Deo Optimum Maximum, em português: "Para Deus o máximo") , grupo musical que, ao longo de mais de uma década, gravou 4 CDs e 1 DVD. Casado com Aline, é compositor da música O céu em você e autor do livro Dentro de mim mora uma canção.
Em exclusiva, Augusto Cezar concedeu-nos uma entrevista sobre a sua mais recente obra: "Quem canta reza duas vezes". Acompanhe-a a seguir:
ZENIT: Por que você acredita na música como forma de contemplação?
Augusto Cezar: São João da Cruz diz que a contemplação é a "linguagem calada do Amor". A música possibilita a experiência de enxergar o transcendente no cotidiano. Calarmos aquilo que nos distrai para ouvirmos o que nos é essencial. Ao mergulharmos na dimensão poética da música; onde todo ativismo e toda preocupação instrumentalista do nosso dia a dia não pode nos alcançar, voltamos todo nosso ser: corpo, alma e coração para aquilo que nos é essencial e que mora dentro de nós. Não se trata de fuga, mas de uma necessidade de fazer respirar o que de nós fica escravizado pelo temporal e material.
ZENIT: Como surge a inspiração num músico católico?
Augusto Cezar: A inspiração do músico católico é tudo o que participa da sua vida interior em Cristo. Suas aspirações e desejos, medos e fracassos, sons e silêncios do seu coração. A vida de oração, a frequência aos sacramentos, a experiência da vida em comunidade (Igreja), a escuta da palavra e a reta intenção de servir são pré-requisitos fundamentais para alimentar de inspirações e horizonte todo músico cristão.
ZENIT: Qual a importância da formação teológica do músico e compositor para poder evangelizar?
Augusto Cezar: A formação teológica ao mesmo tempo em que capacita para uma adequada missão evangelizadora em uníssono com os ensinamentos da igreja também aprofunda no músico as questões fundamentais para qualquer católico.
ZENIT: Por que a arte musical pode tocar as pessoas e ajudar na sua conversão?
Augusto Cezar: A música, como toda forma de arte, é expressão de beleza. Toda beleza de alguma forma aponta para o Verdadeiramente Belo. A música, nas suas características específicas expressa de forma particular a beleza de Deus. Nos detalhes de uma canção podemos escutar a voz Daquele que nos criou. Um grande maestro, Ricardo Muti diz: Deus mora nos detalhes.
ZENIT: Você saberia dizer se Jesus ou os apóstolos cantaram para evangelizar? O que significa para você o "quem canta reza duas vezes"?
Augusto Cezar: Os salmos são canções e fazem parte da tradição judaica. Desde os tempos mais antigos a Igreja abriu espaço para esta forma de expressão. Santo Agostinho cita em suas confissões o impacto dos cânticos que ouvira em Milão, na época de Santo Ambrósio (santo este a quem é atribuído uma forma chamada "canto ambrosiano"): Eis que redobrava minhas lágrimas ao ouvir teus cânticos...
A expressão "Quem Canta Reza Duas Vezes" (que em latim originalmente é "Qui bene cantat, bis ora" - quem canta bem, reza duas vezes), eu penso que se refere a cantar com os lábios e com a vida. Integrando em todas as dimensões do meu ser um louvor ao Cristo Ressuscitado.
ZENIT: Qual a mensagem que quis passar com esse seu último livro?
Augusto Cezar: Este livro é uma partilha. Mesmo as citações de Santo Agostinho não pretendem ter um tom professoral. O bispo de Hipona mesmo afirma: na escola do Senhor somos todos condiscípulos. Nesta partilha quis oferecer algo que me é próximo, um olhar sobre a espiritualidade do músico católico, daquele que entrega em serviço seus dons, não em proveito ou prazer pessoal, mas para edificação da Igreja. Por isso, a presença deste santo que é um marco no pensamento da história da humanidade, mesmo para os que não são católicos. Ele mesmo nos deixou a verdadeira dimensão de todo fazer ministerial: Pouco importa quanto fazes e sim o quanto amas!
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Augusto Cezar nasceu em 1970, no Rio de Janeiro, com uma deficiência física, e é filho e neto de músicos. Graduou-se em música, com habilitação em violão clássico, pela UFRJ. Em 1999, formou, com Fred Pacheco e Filipe Freire, o trio DOM (Deo Optimum Maximum, em português: "Para Deus o máximo") , grupo musical que, ao longo de mais de uma década, gravou 4 CDs e 1 DVD. Casado com Aline, é compositor da música O céu em você e autor do livro Dentro de mim mora uma canção.
Em exclusiva, Augusto Cezar concedeu-nos uma entrevista sobre a sua mais recente obra: "Quem canta reza duas vezes". Acompanhe-a a seguir:
ZENIT: Por que você acredita na música como forma de contemplação?
Augusto Cezar: São João da Cruz diz que a contemplação é a "linguagem calada do Amor". A música possibilita a experiência de enxergar o transcendente no cotidiano. Calarmos aquilo que nos distrai para ouvirmos o que nos é essencial. Ao mergulharmos na dimensão poética da música; onde todo ativismo e toda preocupação instrumentalista do nosso dia a dia não pode nos alcançar, voltamos todo nosso ser: corpo, alma e coração para aquilo que nos é essencial e que mora dentro de nós. Não se trata de fuga, mas de uma necessidade de fazer respirar o que de nós fica escravizado pelo temporal e material.
ZENIT: Como surge a inspiração num músico católico?
Augusto Cezar: A inspiração do músico católico é tudo o que participa da sua vida interior em Cristo. Suas aspirações e desejos, medos e fracassos, sons e silêncios do seu coração. A vida de oração, a frequência aos sacramentos, a experiência da vida em comunidade (Igreja), a escuta da palavra e a reta intenção de servir são pré-requisitos fundamentais para alimentar de inspirações e horizonte todo músico cristão.
ZENIT: Qual a importância da formação teológica do músico e compositor para poder evangelizar?
Augusto Cezar: A formação teológica ao mesmo tempo em que capacita para uma adequada missão evangelizadora em uníssono com os ensinamentos da igreja também aprofunda no músico as questões fundamentais para qualquer católico.
ZENIT: Por que a arte musical pode tocar as pessoas e ajudar na sua conversão?
Augusto Cezar: A música, como toda forma de arte, é expressão de beleza. Toda beleza de alguma forma aponta para o Verdadeiramente Belo. A música, nas suas características específicas expressa de forma particular a beleza de Deus. Nos detalhes de uma canção podemos escutar a voz Daquele que nos criou. Um grande maestro, Ricardo Muti diz: Deus mora nos detalhes.
ZENIT: Você saberia dizer se Jesus ou os apóstolos cantaram para evangelizar? O que significa para você o "quem canta reza duas vezes"?
Augusto Cezar: Os salmos são canções e fazem parte da tradição judaica. Desde os tempos mais antigos a Igreja abriu espaço para esta forma de expressão. Santo Agostinho cita em suas confissões o impacto dos cânticos que ouvira em Milão, na época de Santo Ambrósio (santo este a quem é atribuído uma forma chamada "canto ambrosiano"): Eis que redobrava minhas lágrimas ao ouvir teus cânticos...
A expressão "Quem Canta Reza Duas Vezes" (que em latim originalmente é "Qui bene cantat, bis ora" - quem canta bem, reza duas vezes), eu penso que se refere a cantar com os lábios e com a vida. Integrando em todas as dimensões do meu ser um louvor ao Cristo Ressuscitado.
ZENIT: Qual a mensagem que quis passar com esse seu último livro?
Augusto Cezar: Este livro é uma partilha. Mesmo as citações de Santo Agostinho não pretendem ter um tom professoral. O bispo de Hipona mesmo afirma: na escola do Senhor somos todos condiscípulos. Nesta partilha quis oferecer algo que me é próximo, um olhar sobre a espiritualidade do músico católico, daquele que entrega em serviço seus dons, não em proveito ou prazer pessoal, mas para edificação da Igreja. Por isso, a presença deste santo que é um marco no pensamento da história da humanidade, mesmo para os que não são católicos. Ele mesmo nos deixou a verdadeira dimensão de todo fazer ministerial: Pouco importa quanto fazes e sim o quanto amas!
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Bispos do CELAM afirmam sua lealdade ao Santo Padre
Episcopado recorda o otimismo de Aparecida
ROMA, 18 de Março de 2013 (Zenit.org) - A presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano, CELAM, enviou uma carta ao papa Francisco por ocasião da sua eleição como bispo de Roma e sucessor de Pedro.
Apresentamos a seguir o texto da missiva, enviada em nome de todos os bispos e prelados do continente.
* * *
Santo Padre,
Reunidos em Bogotá, no Encontro da Presidência e Diretoria do CELAM com os secretários gerais das vinte e duas conferências episcopais da América Latina e do Caribe, queremos lhe manifestar, neste Ano da Fé, o nosso sincero afeto no Senhor, a nossa adesão e a nossa lealdade.
Vivemos a experiência da sua eleição como bispo de Roma e sucessor de Pedro, em um ambiente de colegialidade episcopal. Este fato nos encheu de uma profunda alegria e de ação de graças a Deus pelo que representa para a Igreja inteira, e, de maneira muito especial, para as Igrejas que peregrinam na América Latina e no Caribe.
Neste contexto, as suas palavras em uma entrevista concedida ao deixar a presidência da Conferência Episcopal Argentina adquirem, para todos nós, uma especial e significativa conotação: "O CELAM se transformou em algo inspirador. A última Conferência do Episcopado em Aparecida é fermento de inspiração, é um chamamento à criatividade, traça linhas de ação missionária; não termina com um documento, como as conferências anteriores, mas culmina com uma missão. Isso é muito importante".
Queremos expressar, Santo Padre, que nos identificamos plenamente com a sua primeira mensagem, quando afirma: "E agora, começamos o nosso caminho: bispo e povo. Este caminho da Igreja de Roma, que preside na caridade todas as Igrejas. Um caminho de irmandade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós: um pelo outro. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade".
Nas mãos de Maria, Mãe da Igreja e Estrela da Nova Evangelização, colocamos o seu ministério petrino para que ela mantenha em seu coração o espírito de seu Filho Jesus, pobre e humilde, nosso Bom Pastor.
Imploramos, com humildade, a sua bênção apostólica para a Igreja da América Latina e do Caribe.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Apresentamos a seguir o texto da missiva, enviada em nome de todos os bispos e prelados do continente.
* * *
Santo Padre,
Reunidos em Bogotá, no Encontro da Presidência e Diretoria do CELAM com os secretários gerais das vinte e duas conferências episcopais da América Latina e do Caribe, queremos lhe manifestar, neste Ano da Fé, o nosso sincero afeto no Senhor, a nossa adesão e a nossa lealdade.
Vivemos a experiência da sua eleição como bispo de Roma e sucessor de Pedro, em um ambiente de colegialidade episcopal. Este fato nos encheu de uma profunda alegria e de ação de graças a Deus pelo que representa para a Igreja inteira, e, de maneira muito especial, para as Igrejas que peregrinam na América Latina e no Caribe.
Neste contexto, as suas palavras em uma entrevista concedida ao deixar a presidência da Conferência Episcopal Argentina adquirem, para todos nós, uma especial e significativa conotação: "O CELAM se transformou em algo inspirador. A última Conferência do Episcopado em Aparecida é fermento de inspiração, é um chamamento à criatividade, traça linhas de ação missionária; não termina com um documento, como as conferências anteriores, mas culmina com uma missão. Isso é muito importante".
Queremos expressar, Santo Padre, que nos identificamos plenamente com a sua primeira mensagem, quando afirma: "E agora, começamos o nosso caminho: bispo e povo. Este caminho da Igreja de Roma, que preside na caridade todas as Igrejas. Um caminho de irmandade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós: um pelo outro. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade".
Nas mãos de Maria, Mãe da Igreja e Estrela da Nova Evangelização, colocamos o seu ministério petrino para que ela mantenha em seu coração o espírito de seu Filho Jesus, pobre e humilde, nosso Bom Pastor.
Imploramos, com humildade, a sua bênção apostólica para a Igreja da América Latina e do Caribe.
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Cultura e Sociedade
Polonesa recebe cidadania israelense honorária por ter salvo uma família judia
Stanislawa Szlamowie e sua família esconderam e ajudaram judeus durante as perseguições da Segunda Guerra Mundial
Por Don Mariusz Frukacz
ROMA, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - Uma polonesa "justa entre as nações" recebeu o título de cidadã honorária de Israel. Stanislawa Szlamowie, de Jaskrów, perto de Czestochowa, salvou vários judeus com a ajuda da família durante a Segunda Guerra Mundial.
O reconhecimento foi entregue em Czestochowa pelo embaixador israelense na Polônia, Zvi Rav-Ner. Na cerimônia, o diplomata estava acompanhado por Michaela Linial, filha de Mordechai Lichter, um dos judeus salvos por Stanislawa. Michaela afirmou que a família de Stanislawa salvou seus entes queridos "sem aceitar nenhuma compensação material".
Stanislawa Włodarz, por sua vez, declarou com emoção ao receber o prêmio: "Temos que nos lembrar das vítimas, mas também das muitas pessoas que ajudaram e salvaram com coragem os judeus e as pessoas que sofriam, durante a Segunda Guerra Mundial".
Marianna e Stanislaw Szlamowie viviam com seus filhos Stanisława e Janek em um vilarejo chamado Cykarzew, perto de Czestochowa. Na véspera do Natal de 1942, bateram à sua porta quatro judeus: Mordechai Lichter e Moshe Lichter, este último com suas duas filhas. Eles tinham conseguido escapar durante a viagem forçada para o campo de extermínio de Treblinka.
Durante cerca de dois meses, os Lichter ficaram escondidos nos bosques, mas o inverno gelado já os ameaçava de morte. Decidiram procurar refúgio em uma casa e encontraram a família Szlamowie, que preparou um esconderijo, comida e roupas para os fugitivos. Stanislawa era a responsável pela comida da família Lichter.
Em 1944, os alemães chegaram ao vilarejo. A família Lichter teve que fugir da casa de seus protetores e voltar a se esconder nos bosques próximos. Mesmo lá, a família Szlamowie lhes entregava grandes pacotes de alimentos uma vez por semana, em um local secreto combinado previamente.
Com a ajuda da família polonesa, os Lichter conseguiram sobreviver, ainda que na clandestinidade, até a libertação, em janeiro de 1945. Por gratidão, antes de partirem para Israel, Moshe Lichter ofereceu à família de Stanislawa todas as suas propriedades, incluindo bens imóveis, mas os Szlamowie gentilmente recusaram a oferta. Em 24 de fevereiro de 1988, o Instituto Yad Vashem concedeu a Marianna e Stanislaw Szlam e à sua filha Stanisława o título de "Justos entre as Nações".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online O reconhecimento foi entregue em Czestochowa pelo embaixador israelense na Polônia, Zvi Rav-Ner. Na cerimônia, o diplomata estava acompanhado por Michaela Linial, filha de Mordechai Lichter, um dos judeus salvos por Stanislawa. Michaela afirmou que a família de Stanislawa salvou seus entes queridos "sem aceitar nenhuma compensação material".
Stanislawa Włodarz, por sua vez, declarou com emoção ao receber o prêmio: "Temos que nos lembrar das vítimas, mas também das muitas pessoas que ajudaram e salvaram com coragem os judeus e as pessoas que sofriam, durante a Segunda Guerra Mundial".
Marianna e Stanislaw Szlamowie viviam com seus filhos Stanisława e Janek em um vilarejo chamado Cykarzew, perto de Czestochowa. Na véspera do Natal de 1942, bateram à sua porta quatro judeus: Mordechai Lichter e Moshe Lichter, este último com suas duas filhas. Eles tinham conseguido escapar durante a viagem forçada para o campo de extermínio de Treblinka.
Durante cerca de dois meses, os Lichter ficaram escondidos nos bosques, mas o inverno gelado já os ameaçava de morte. Decidiram procurar refúgio em uma casa e encontraram a família Szlamowie, que preparou um esconderijo, comida e roupas para os fugitivos. Stanislawa era a responsável pela comida da família Lichter.
Em 1944, os alemães chegaram ao vilarejo. A família Lichter teve que fugir da casa de seus protetores e voltar a se esconder nos bosques próximos. Mesmo lá, a família Szlamowie lhes entregava grandes pacotes de alimentos uma vez por semana, em um local secreto combinado previamente.
Com a ajuda da família polonesa, os Lichter conseguiram sobreviver, ainda que na clandestinidade, até a libertação, em janeiro de 1945. Por gratidão, antes de partirem para Israel, Moshe Lichter ofereceu à família de Stanislawa todas as suas propriedades, incluindo bens imóveis, mas os Szlamowie gentilmente recusaram a oferta. Em 24 de fevereiro de 1988, o Instituto Yad Vashem concedeu a Marianna e Stanislaw Szlam e à sua filha Stanisława o título de "Justos entre as Nações".
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Liturgia e Vida Cristã
A cor para cobrir a cruz na Sexta-Feira Santa
Quem explica é o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual
Por Pe. Edward McNamara, L.C.
ROMA, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - Um leitor dos EUA apresentou a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:
"No Novo Missal Romano, a cor para cobrir a cruz é o roxo, mas a cor dos paramentos é o vermelho. Notei que várias igrejas usam o vermelho, inclusive o Vaticano. Qual é a cor correta para se cobrir a cruz na Sexta-Feira Santa?" M.P., St. Petersburg, Flórida
Publicamos abaixo a resposta do padre Edward McNamara.
O Missal Romano diz textualmente o seguinte para o quinto domingo da quaresma:
"O costume de cobrir as cruzes e as imagens da igreja pode ser observado se a conferência episcopal assim decidir. As cruzes permanecem cobertas até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, mas as imagens permanecem cobertas até o início da Vigília Pascal".
Nenhuma cor específica é mencionada, mas é razoável assumir que seja o roxo, porque é a cor tradicional e corresponde ao tempo litúrgico.
O missal é mais específico no tocante ao primeiro modo de mostrar a cruz na Sexta-Feira Santa: "O diácono, acompanhado por ministros idôneos, vai à sacristia e, acompanhado por dois ministros com as velas acesas, parte em procissão carregando a cruz, coberta por um pano roxo, pela nave central da igreja".
Na forma extraordinária, o roxo é prescrito tanto para a Sexta-Feira Santa quanto para cobrir todas as imagens e cruzes expostas à veneração pública, antes das vésperas que precedem o primeiro domingo da Paixão (quinto domingo da quaresma no calendário atual). Imagens como as da via-crúcis, bem como pinturas, mosaicos e outras obras de arte colocadas em áreas das paredes, não precisam ser cobertas.
Como apontado pelo nosso leitor, no entanto, o Santo Padre tem usado um pano vermelho, nos últimos anos, durante a celebração da Sexta-Feira Santa. Este pode ser considerado um uso especial da liturgia papal, semelhante à tradição que indica os paramentos vermelhos para serem usados no funeral de um papa.
De acordo com o grande historiador da liturgia, mons. Mario Righetti, a origem da prática de ocultar as imagens deriva provavelmente de um costume, em uso na Alemanha a partir do século IX, de estender um grande pano diante do altar no início da quaresma. Esse tecido, chamado Hungertuch ("pano da fome"), escondia o altar inteiramente durante a quaresma e só era removido durante a leitura da Paixão, na Quarta-Feira Santa, com as palavras "o véu do templo se rasgou em dois".
Alguns autores acreditam que havia uma razão prática para este costume: os fiéis, muitos deles analfabetos, precisavam de um modo para saber que se estava na quaresma. Outros argumentam que era um resquício da antiga prática da penitência pública, durante a qual os penitentes eram ritualmente expulsos da igreja no início da quaresma. Quando o ritual da penitência pública caiu em desuso e toda a congregação entrou simbolicamente na ordem dos penitentes ao receber as cinzas, deixou de ser possível "expulsá-los" do recinto da igreja. Em vez disso, o altar ou "Santo dos Santos" passou a ser escondido da vista de todos até a reconciliação com Deus na Páscoa.
Por razões semelhantes, mais tarde, na Idade Média, as imagens de cruzes e santos também começaram a ser cobertas desde o início da quaresma. A regra de limitar o costume ao tempo da Paixão veio mais tarde e não apareceu antes da publicação do Cerimonial dos Bispos, no século XVII.
Depois do Vaticano II, houve movimentos para abolir a cobertura das imagens, mas a prática tem sobrevivido, ainda que de forma mitigada.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online "No Novo Missal Romano, a cor para cobrir a cruz é o roxo, mas a cor dos paramentos é o vermelho. Notei que várias igrejas usam o vermelho, inclusive o Vaticano. Qual é a cor correta para se cobrir a cruz na Sexta-Feira Santa?" M.P., St. Petersburg, Flórida
Publicamos abaixo a resposta do padre Edward McNamara.
O Missal Romano diz textualmente o seguinte para o quinto domingo da quaresma:
"O costume de cobrir as cruzes e as imagens da igreja pode ser observado se a conferência episcopal assim decidir. As cruzes permanecem cobertas até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa, mas as imagens permanecem cobertas até o início da Vigília Pascal".
Nenhuma cor específica é mencionada, mas é razoável assumir que seja o roxo, porque é a cor tradicional e corresponde ao tempo litúrgico.
O missal é mais específico no tocante ao primeiro modo de mostrar a cruz na Sexta-Feira Santa: "O diácono, acompanhado por ministros idôneos, vai à sacristia e, acompanhado por dois ministros com as velas acesas, parte em procissão carregando a cruz, coberta por um pano roxo, pela nave central da igreja".
Na forma extraordinária, o roxo é prescrito tanto para a Sexta-Feira Santa quanto para cobrir todas as imagens e cruzes expostas à veneração pública, antes das vésperas que precedem o primeiro domingo da Paixão (quinto domingo da quaresma no calendário atual). Imagens como as da via-crúcis, bem como pinturas, mosaicos e outras obras de arte colocadas em áreas das paredes, não precisam ser cobertas.
Como apontado pelo nosso leitor, no entanto, o Santo Padre tem usado um pano vermelho, nos últimos anos, durante a celebração da Sexta-Feira Santa. Este pode ser considerado um uso especial da liturgia papal, semelhante à tradição que indica os paramentos vermelhos para serem usados no funeral de um papa.
De acordo com o grande historiador da liturgia, mons. Mario Righetti, a origem da prática de ocultar as imagens deriva provavelmente de um costume, em uso na Alemanha a partir do século IX, de estender um grande pano diante do altar no início da quaresma. Esse tecido, chamado Hungertuch ("pano da fome"), escondia o altar inteiramente durante a quaresma e só era removido durante a leitura da Paixão, na Quarta-Feira Santa, com as palavras "o véu do templo se rasgou em dois".
Alguns autores acreditam que havia uma razão prática para este costume: os fiéis, muitos deles analfabetos, precisavam de um modo para saber que se estava na quaresma. Outros argumentam que era um resquício da antiga prática da penitência pública, durante a qual os penitentes eram ritualmente expulsos da igreja no início da quaresma. Quando o ritual da penitência pública caiu em desuso e toda a congregação entrou simbolicamente na ordem dos penitentes ao receber as cinzas, deixou de ser possível "expulsá-los" do recinto da igreja. Em vez disso, o altar ou "Santo dos Santos" passou a ser escondido da vista de todos até a reconciliação com Deus na Páscoa.
Por razões semelhantes, mais tarde, na Idade Média, as imagens de cruzes e santos também começaram a ser cobertas desde o início da quaresma. A regra de limitar o costume ao tempo da Paixão veio mais tarde e não apareceu antes da publicação do Cerimonial dos Bispos, no século XVII.
Depois do Vaticano II, houve movimentos para abolir a cobertura das imagens, mas a prática tem sobrevivido, ainda que de forma mitigada.
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Pequeninos do Senhor
A catequese de Francisco
Coluna de orientação catequética aos cuidados de Rachel Lemos Abdalla
Por Rachel Abdalla
CAMPINAS, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - No seu terceiro Tweet, postado logo após a sua primeira missa, no dia 19 de março de 2013, o Papa Francisco declarou: "O verdadeiro poder é o serviço. O Papa deve servir a todos, especialmente aos mais pobres, aos mais fracos, aos mais pequeninos".
Que nobre, sensata e genuína lição cristã! Aí se encontra a catequese de São Francisco de Assis, de São Francisco Xavier, de Francisco I: a humildade no serviço a Deus e ao próximo.
Nossas crianças, que vivem na contemporaneidade de um mundo fugaz onde tudo se alcança com muita rapidez e imediatismo, crescem sem conhecer o que é servir ou fazer algo para alguém. Tudo já vem muito pronto e demanda pouco esforço. Porém, ao mesmo tempo em que a praticidade da vida facilita o acesso aos bens materiais, ela também afasta o contato com o outro, a percepção do homem como ser humano capaz de amar e se doar.
Francisco I, com suas atitudes, está voltando o seu olhar para um novo horizonte, dando passos para um caminho que vai de encontro ao próximo. E, por ser um líder, e principalmente um líder cristão, ele está seguindo os passos do Mestre.
Como anda a brincadeira de 'Siga o mestre' que as crianças gostam tanto? A quem elas estão seguindo ou se espelhando no modo de viver?
A escola está para a formação cultural, para o que pode ser provado cientificamente, tocado na sua materialidade. A sociedade está para se relacionar com o outro, aquele que é mais um no universo de interesses comuns, parceiros ou concorrentes entre si.
Porém a família está para educar, para formar o ser humano na sua totalidade e exclusividade, inserir valores na vida para serem vividos, praticados e espalhados no mundo. E a família cristã tem o compromisso com Deus de educar na fé os seus filhos e viver em harmonia e coerentemente com os ensinamentos de Cristo que ensina o amor através do serviço e da humildade junto ao próximo.
Jesus foi o Homem mais poderoso na face da Terra, pois sendo Deus tudo podia, mas preferiu ser o menor, o mais humilde dos homens para dar exemplo e ensinar a catequese através da prática do amor a Deus e aos irmãos, dedicando-se, principalmente, aos mais fracos, perseguidos e marginalizados que vivem à beira da sociedade.
O homem precisa de exemplos para seguir, de setas que apontem a direção, de trilhas para caminhar, por isso, o nosso Francisco de hoje é tão importante e vem nos trazer novos ânimos e muita esperança para o futuro das nossas crianças. Que a catequese que está florescendo com os seus gestos e atitudes, seja um modelo a ser seguido por toda a Igreja, despertando vocações e tornando-se exemplo para todos, principalmente para os pequeninos que estão crescendo também na fé. Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar. Provérbios 22,6.
*Rachel Lemos Abdalla é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; Coordenadora da Catequese da Família da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas; e é membro da 'Equipe de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo – Brasil.
Site: www.pequeninosdosenhor.org
Se desejar enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela coluna organizada por Rachel Lemos Abdalla, enviar email para: contato@pequeninosdosenhor.org
Para ler o artigo anterior clique aqui.
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Nossas crianças, que vivem na contemporaneidade de um mundo fugaz onde tudo se alcança com muita rapidez e imediatismo, crescem sem conhecer o que é servir ou fazer algo para alguém. Tudo já vem muito pronto e demanda pouco esforço. Porém, ao mesmo tempo em que a praticidade da vida facilita o acesso aos bens materiais, ela também afasta o contato com o outro, a percepção do homem como ser humano capaz de amar e se doar.
Francisco I, com suas atitudes, está voltando o seu olhar para um novo horizonte, dando passos para um caminho que vai de encontro ao próximo. E, por ser um líder, e principalmente um líder cristão, ele está seguindo os passos do Mestre.
Como anda a brincadeira de 'Siga o mestre' que as crianças gostam tanto? A quem elas estão seguindo ou se espelhando no modo de viver?
A escola está para a formação cultural, para o que pode ser provado cientificamente, tocado na sua materialidade. A sociedade está para se relacionar com o outro, aquele que é mais um no universo de interesses comuns, parceiros ou concorrentes entre si.
Porém a família está para educar, para formar o ser humano na sua totalidade e exclusividade, inserir valores na vida para serem vividos, praticados e espalhados no mundo. E a família cristã tem o compromisso com Deus de educar na fé os seus filhos e viver em harmonia e coerentemente com os ensinamentos de Cristo que ensina o amor através do serviço e da humildade junto ao próximo.
Jesus foi o Homem mais poderoso na face da Terra, pois sendo Deus tudo podia, mas preferiu ser o menor, o mais humilde dos homens para dar exemplo e ensinar a catequese através da prática do amor a Deus e aos irmãos, dedicando-se, principalmente, aos mais fracos, perseguidos e marginalizados que vivem à beira da sociedade.
O homem precisa de exemplos para seguir, de setas que apontem a direção, de trilhas para caminhar, por isso, o nosso Francisco de hoje é tão importante e vem nos trazer novos ânimos e muita esperança para o futuro das nossas crianças. Que a catequese que está florescendo com os seus gestos e atitudes, seja um modelo a ser seguido por toda a Igreja, despertando vocações e tornando-se exemplo para todos, principalmente para os pequeninos que estão crescendo também na fé. Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar. Provérbios 22,6.
*Rachel Lemos Abdalla é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; Coordenadora da Catequese da Família da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas; e é membro da 'Equipe de Trabalho' do 'Ambiente Virtual de Formação' da Arquidiocese de Campinas, São Paulo – Brasil.
Site: www.pequeninosdosenhor.org
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Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
JMJ Rio 2013 lança selo
Missa celebrada por Dom Orani Tempesta às 9h
RIO DE JANEIRO, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - A Jornada Mundial da Juventude Rio2013 lança selo dos Correios neste sábado (23). Será celebrada uma Santa Missa, presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, às 9h, na Paróquia de Santa Clara, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Após a Missa, Dom Orani irá obliterar o selo, oficializando o lançamento do produto.
O novo selo dos Correios traz os elementos da logomarca da JMJ Rio2013, que simboliza o coração do discípulo que acolhe Jesus. Na última Jornada, em Madrid (2011), também foi emitido um selo por ocasião do evento.
No Brasil, o selo da JMJ Rio2013 terá o valor facial de 1º Porte da Carta Comercial (R$ 1,20) e pode ser adquirido pela loja virtual, pela Agência de Vendas à Distância ou nas agências dos Correios. Foram produzidos 600 mil selos, que serão comercializados por todo país. Logo após a missa, estarão disponíveis no local. A Paróquia de Santa Clara está localizada na Estrada do Magarça, nº. 3678, em Guaratiba.
O SELO E A LOGOMARCA
Ao centro, destaca-se o Cristo Redentor, ícone turístico do Rio de Janeiro e do Brasil, ultrapassando a figura e representando a acolhida do povo brasileiro. Na parte superior do coração, encontra-se o desenho do Pão de Açúcar, símbolo universal da capital fluminense. A cruz contida no canto superior esquerdo do selo intensifica o sentido do território brasileiro, representando a fé e a religiosidade de nosso País. As formas que finalizam a imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral do Brasil.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online O novo selo dos Correios traz os elementos da logomarca da JMJ Rio2013, que simboliza o coração do discípulo que acolhe Jesus. Na última Jornada, em Madrid (2011), também foi emitido um selo por ocasião do evento.
No Brasil, o selo da JMJ Rio2013 terá o valor facial de 1º Porte da Carta Comercial (R$ 1,20) e pode ser adquirido pela loja virtual, pela Agência de Vendas à Distância ou nas agências dos Correios. Foram produzidos 600 mil selos, que serão comercializados por todo país. Logo após a missa, estarão disponíveis no local. A Paróquia de Santa Clara está localizada na Estrada do Magarça, nº. 3678, em Guaratiba.
O SELO E A LOGOMARCA
Ao centro, destaca-se o Cristo Redentor, ícone turístico do Rio de Janeiro e do Brasil, ultrapassando a figura e representando a acolhida do povo brasileiro. Na parte superior do coração, encontra-se o desenho do Pão de Açúcar, símbolo universal da capital fluminense. A cruz contida no canto superior esquerdo do selo intensifica o sentido do território brasileiro, representando a fé e a religiosidade de nosso País. As formas que finalizam a imagem do coração possuem a cor azul, representando o litoral do Brasil.
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"Quero mais JMJ": uma maneira de contribuir na construção da Jornada
Uma campanha com objetivo contribuir para a realização do evento
RIO DE JANEIRO, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - Voluntários e peregrinos, todos querem ver o Rio de Janeiro ser o palco de uma festa marcante e gloriosa, um encontro inesquecível de juventude, confraternização e fé. No entanto, um evento da magnitude da JMJ Rio2013 requer uma ajuda adicional da parte de todos. Pensando nisso, o setor de Campanhas de Comunicação da Jornada lança o movimento "Quero Mais JMJ".
A Jornada Mundial da Juventude tem como principal fonte de financiamento as contribuições que os participantes (voluntários e peregrinos) fazem à organização para custear suas próprias despesas, além da colaboração das empresas patrocinadoras.
A campanha tem como objetivo contribuir para a realização do evento. Todos ajudam na construção da Jornada e, com o movimento "Quero Mais JMJ", direcionado somente ao público nacional, é possível contribuir livremente, através de boleto bancário ou cartão de crédito. Mais informações e um vídeo explicativo sobre como participar do Movimento "Quero Mais JMJ" e como contribuir com a Jornada estão disponíveis no canal: www.rio2013.com/queromaisjmj.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online A Jornada Mundial da Juventude tem como principal fonte de financiamento as contribuições que os participantes (voluntários e peregrinos) fazem à organização para custear suas próprias despesas, além da colaboração das empresas patrocinadoras.
A campanha tem como objetivo contribuir para a realização do evento. Todos ajudam na construção da Jornada e, com o movimento "Quero Mais JMJ", direcionado somente ao público nacional, é possível contribuir livremente, através de boleto bancário ou cartão de crédito. Mais informações e um vídeo explicativo sobre como participar do Movimento "Quero Mais JMJ" e como contribuir com a Jornada estão disponíveis no canal: www.rio2013.com/queromaisjmj.
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Homens e Mulheres de Fé
Vítimas de perseguição na Venezuela e no Paraguai devem a vida a Bergoglio
Revelações do jesuíta Luis Ugalde, de Caracas
Por Redacao
ROMA, 21 de Março de 2013 (Zenit.org) - O sacerdote jesuíta Luis Ugalde, diretor do Centro de Reflexão e Planejamento Educativo, de Caracas, conheceu o papa Francisco há trinta anos, em 1983. De acordo com o jornal venezuelano El Nacional, o padre, que dirige um dos centros mais prestigiosos de pesquisa social da Venezuela, relatou uma série de episódios em que o atual papa Francisco salvou a vida de vários perseguidos políticos.
Eles aprofundaram a amizade e o intercâmbio epistolar no fim da década de 1980. Mas foi entre 2002 e 2003, em plena crise política venezuelana, que Jorge Bergoglio, a pedido do padre Ugalde, estendeu a mão para vários venezuelanos que precisaram sair do país, entre eles Asdrúbal Aguiar, intelectual com breve passagem pela política no partido social cristão COPEI e atualmente professor de Direito Internacional Público na Universidade Católica Andrés Bello, na Venezuela, regida pelos jesuítas.
Bergoglio mostrou então uma das qualidades que, de acordo com o padre Ugalde, o ajudarão na tarefa de liderar a Igreja em tempos de turbulência: o trato humano "simples e cálido" e a capacidade de "se colocar na pele dos outros".
"Coração amigo e mão firme" resumem, nas palavras de Ugalde, o perfil do papa Francisco. Ambas as ferramentas são indispensáveis para encarar os desafios que aguardam a religião católica.
Ugalde recorda que o seu primeiro encontro com o papa Francisco foi na congregação geral dos jesuítas. "Nós nos conhecemos quando ele deixou de ser provincial dos jesuítas na Argentina, na década de 70, e eu estava começando a ser provincial dos jesuítas na Venezuela, em 1983. Participamos juntos da congregação geral, em que elegemos como superior geral o pe. Peter-Hans Kolvenbach. Nosso encontro não foi tão pessoal, porque havia mais duzentos delegados".
O sacerdote relata que, pouco depois, no fim dos anos 80, teve a oportunidade de conhecer melhor o papa Francisco. "Ubaldo Calabresi tinha sido núncio apostólico na Venezuela. Eu tive uma relação muito especial com ele porque ele nos ajudou muito numa época de tensão, quando eu era diretor do Centro Gumilla. Depois, no final dos 80, Calabresi foi nomeado núncio na Argentina e eu viajei para dar umas conferências. Ele me convidou para almoçar junto com Jorge Bergoglio. Foi um momento especial, almoçamos os três juntos e conversamos durante um longo tempo".
Ugalde diz que, entre 2002 e 2003, escreveu várias vezes a Bergoglio pedindo ajuda para venezuelanos em situação política difícil. "Eu queria muito que, entre outros, ele recebesse Asdrúbal Aguiar, e ele o recebeu de maneira muito pessoal, que é uma das dimensões do novo pontífice: essa atenção especial, de afeto, que ele tem no trato com as pessoas".
O jesuíta conta que outra qualidade do papa são as suas convicções e a sua firmeza interior: "O mundo espera que ele pregue o evangelho com firmeza, mas que, ao mesmo tempo, não atropele quem pensa diferente. Isso nós pudemos ver outro dia, na reunião dele com os jornalistas, quando, em lugar de dar a bênção cristã, ele ofereceu uma bênção interior, em respeito a quem era não crente".
Sobre as críticas contra o papa na Argentina, pela situação dos jesuítas perseguidos durante a ditadura, o pe. Ugalde recorda que o prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel declarou abertamente que o pe. Bergoglio não foi cúmplice dos militares. O jesuíta espanhol José Luis Caravias, expulso do Paraguai pelo ditador Stroessner, afirmou que ainda está vivo graças a Bergoglio.
"Em geral, com raras exceções, a hierarquia católica argentina não esteve à altura [do papel que se esperava dela] durante a ditadura. Bergoglio sempre disse que fez o que pôde, e, numa ditadura tão brutal como a argentina, nunca se sabe se você fez tudo o que podia. Ele disse que gostaria de ter feito mais. Pelo que eu li, os jesuítas foram brutalmente tratados pelo governo e alguns se valem disso para atacá-lo, porque ele era o superior dos jesuítas na época. Você tem que considerar que os governos não fazem o que você pede. E eu poderia contar casos muito concretos da Venezuela, quando eu tive que falar com um ministro do Interior e saí com a certeza de que eles não me deram a mínima. E isso que [a Venezuela] não teve o grau de repressão e de ditadura de lá [na Argentina]".
No tocante ao nome escolhido pelo pontífice, o pe. Ugalde o considera o melhor dos sinais: "Em primeiro lugar, Francisco de Assis é um santo muito eloquente. São Francisco chega até o coração das pessoas mais simples. É uma escolha que eu acho extraordinária porque ela é um símbolo em que só o nome já vale mais do que todas as pregações. É um santo muito doce, mas de convicções evangélicas muito radicais".
O jesuíta acrescenta que o papa Francisco tem a tarefa de mudar muitas coisas na Igreja: "Algumas coisas foram se acumulando ao longo de mil anos, uma corte palaciana no seu estilo externo, que nem sempre deixa ver e traduzir o evangelho; o símbolo de São Francisco é muito importante para isto".
São Francisco resume, na opinião de Ugalde, o caráter e a firmeza, mas, ao mesmo tempo, a singeleza e a austeridade. "Vamos ter um papa que não vai ser cortesão nem palaciano, que vai tentar se aproximar dos homens e das mulheres nas ruas", conclui.
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Eles aprofundaram a amizade e o intercâmbio epistolar no fim da década de 1980. Mas foi entre 2002 e 2003, em plena crise política venezuelana, que Jorge Bergoglio, a pedido do padre Ugalde, estendeu a mão para vários venezuelanos que precisaram sair do país, entre eles Asdrúbal Aguiar, intelectual com breve passagem pela política no partido social cristão COPEI e atualmente professor de Direito Internacional Público na Universidade Católica Andrés Bello, na Venezuela, regida pelos jesuítas.
Bergoglio mostrou então uma das qualidades que, de acordo com o padre Ugalde, o ajudarão na tarefa de liderar a Igreja em tempos de turbulência: o trato humano "simples e cálido" e a capacidade de "se colocar na pele dos outros".
"Coração amigo e mão firme" resumem, nas palavras de Ugalde, o perfil do papa Francisco. Ambas as ferramentas são indispensáveis para encarar os desafios que aguardam a religião católica.
Ugalde recorda que o seu primeiro encontro com o papa Francisco foi na congregação geral dos jesuítas. "Nós nos conhecemos quando ele deixou de ser provincial dos jesuítas na Argentina, na década de 70, e eu estava começando a ser provincial dos jesuítas na Venezuela, em 1983. Participamos juntos da congregação geral, em que elegemos como superior geral o pe. Peter-Hans Kolvenbach. Nosso encontro não foi tão pessoal, porque havia mais duzentos delegados".
O sacerdote relata que, pouco depois, no fim dos anos 80, teve a oportunidade de conhecer melhor o papa Francisco. "Ubaldo Calabresi tinha sido núncio apostólico na Venezuela. Eu tive uma relação muito especial com ele porque ele nos ajudou muito numa época de tensão, quando eu era diretor do Centro Gumilla. Depois, no final dos 80, Calabresi foi nomeado núncio na Argentina e eu viajei para dar umas conferências. Ele me convidou para almoçar junto com Jorge Bergoglio. Foi um momento especial, almoçamos os três juntos e conversamos durante um longo tempo".
Ugalde diz que, entre 2002 e 2003, escreveu várias vezes a Bergoglio pedindo ajuda para venezuelanos em situação política difícil. "Eu queria muito que, entre outros, ele recebesse Asdrúbal Aguiar, e ele o recebeu de maneira muito pessoal, que é uma das dimensões do novo pontífice: essa atenção especial, de afeto, que ele tem no trato com as pessoas".
O jesuíta conta que outra qualidade do papa são as suas convicções e a sua firmeza interior: "O mundo espera que ele pregue o evangelho com firmeza, mas que, ao mesmo tempo, não atropele quem pensa diferente. Isso nós pudemos ver outro dia, na reunião dele com os jornalistas, quando, em lugar de dar a bênção cristã, ele ofereceu uma bênção interior, em respeito a quem era não crente".
Sobre as críticas contra o papa na Argentina, pela situação dos jesuítas perseguidos durante a ditadura, o pe. Ugalde recorda que o prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel declarou abertamente que o pe. Bergoglio não foi cúmplice dos militares. O jesuíta espanhol José Luis Caravias, expulso do Paraguai pelo ditador Stroessner, afirmou que ainda está vivo graças a Bergoglio.
"Em geral, com raras exceções, a hierarquia católica argentina não esteve à altura [do papel que se esperava dela] durante a ditadura. Bergoglio sempre disse que fez o que pôde, e, numa ditadura tão brutal como a argentina, nunca se sabe se você fez tudo o que podia. Ele disse que gostaria de ter feito mais. Pelo que eu li, os jesuítas foram brutalmente tratados pelo governo e alguns se valem disso para atacá-lo, porque ele era o superior dos jesuítas na época. Você tem que considerar que os governos não fazem o que você pede. E eu poderia contar casos muito concretos da Venezuela, quando eu tive que falar com um ministro do Interior e saí com a certeza de que eles não me deram a mínima. E isso que [a Venezuela] não teve o grau de repressão e de ditadura de lá [na Argentina]".
No tocante ao nome escolhido pelo pontífice, o pe. Ugalde o considera o melhor dos sinais: "Em primeiro lugar, Francisco de Assis é um santo muito eloquente. São Francisco chega até o coração das pessoas mais simples. É uma escolha que eu acho extraordinária porque ela é um símbolo em que só o nome já vale mais do que todas as pregações. É um santo muito doce, mas de convicções evangélicas muito radicais".
O jesuíta acrescenta que o papa Francisco tem a tarefa de mudar muitas coisas na Igreja: "Algumas coisas foram se acumulando ao longo de mil anos, uma corte palaciana no seu estilo externo, que nem sempre deixa ver e traduzir o evangelho; o símbolo de São Francisco é muito importante para isto".
São Francisco resume, na opinião de Ugalde, o caráter e a firmeza, mas, ao mesmo tempo, a singeleza e a austeridade. "Vamos ter um papa que não vai ser cortesão nem palaciano, que vai tentar se aproximar dos homens e das mulheres nas ruas", conclui.
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São José
O santo por excelência
Por Isabel Orellana Vilches
MADRI, 19 de Março de 2013 (Zenit.org) - São Pedro Crisólogo afirmou: "José foi um homem perfeito, possuidor de todo gênero de virtudes". Desnecessário, portanto, na data de hoje, procurar qualquer outro modelo mais sublime para a vida espiritual do que o do Santo Patriarca. Contamos apenas com os dados sumários que o Evangelho nos oferece a respeito da sua gloriosa vida envolta em silêncio, mas, ao longo da tradição, foram ressaltados matizes dele que nos chamam de modo especial à atenção.
Acham-se, em qualquer santoral, referências proporcionadas por santos e santas cujas meditações nos foram sendo transmitidas ao passarem os séculos. É o caso de Tomás de Aquino, Gertrude, Vicente Ferrer, Bernardo, Brígida da Suécia, Francisco de Sales e Bernardino de Sena. Em numerosas ocasiões, eles, e tantos outros, transportaram para os seus escritos os frutos de sua reflexão e pregaram em seus sermões as excelsas virtudes que o adornaram. São Bernardino de Sena proclamou num de eles: "A norma geral que regula a concessão das graças singulares a uma criatura racional determinada é que, quando a graça divina escolhe alguém para lhe doar uma graça singular ou para colocá-lo em preferente situação, a esse lhe concede todos aqueles carismas que são necessários para o ministério que houver de desempenhar. Esta norma se verifica de modo excelente em São José, pai adotivo de nosso Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do universo e Senhora dos anjos. José foi escolhido pelo Pai eterno como protetor e fiel guardião dos seus principais tesouros, seu Filho e sua Esposa, e cumpriu seu encargo com insubornável fidelidade. Por isso, o Senhor lhe diz: 'Servo bom e fiel, entra no regozijo do teu Senhor'".
Deste homem justo por excelência, esposo virginal da Virgem Maria, custódio da Sagrada Família, enalteceram-se à saciedade as incontáveis virtudes. Junto às teologais, listam-se ainda, alçadas em sua santa vida, a fidelidade, a inocência evangélica, a fortaleza, a docilidade, a prontidão, a pureza, a generosidade, a prudência, a disponibilidade, a singeleza, a temperança, a obediência, a pobreza, a humildade, a discrição, a justiça, a honestidade, a diligência, a paciência, etc. Ele esteve adornado por todas, impossíveis, portanto, de se condensarem. E hoje, como então, continuam mostrando a grandeza deste pai e guardião da Igreja, advogado da boa morte, que viveu cada instante do existir com inquebrantável adequação da sua vontade à divina, indicando-nos o caminho que havemos de trilhar. Santo Afonso Maria de Ligório cantou o trato familiar que ele teve com Jesus, ressaltando o que pôde significar aquele eminentíssimo vínculo entre ambos para a santidade do pai, que, durante um tempo, o acompanhou na terra: "José, durante aqueles trinta anos, foi o melhor amigo, o companheiro de trabalho com quem Jesus conversava e orava. José escutava as palavras de vida eterna de Jesus, observava o seu exemplo de perfeita humildade, de paciência e de obediência, aceitava sempre a ajuda serviçal de Jesus nos afazeres e nos deveres do cotidiano. Por tudo isto, não podemos duvidar que, enquanto José viveu na companhia de Jesus, cresceu tanto em méritos e santificação que sobrepujou todos os santos".
Os pontífices também se comoveram com o exemplo do Santo Patriarca. João XXIII iniciava e culminava a sua jornada pondo-se sempre ao seu amparo.Ele o proclamou padroeiro do concílio Vaticano II.Paulo VI, em 19 de março de 1969, afirmou: "São José é a prova de que, para sermos bons e autênticos seguidores de Cristo, não necessitamos de 'grandes coisas', mas somente das virtudes comuns, humanas, simples, que, porém, são verdadeiras e autênticas". João Paulo II dedicou a ele a exortação apostólica Redemptoris custos, de 15 de agosto de 1989. Nela, qualificava a "fé, sustentada pela oração", como "o tesouro mais valioso que São José nos transmite". Por sua vez, Bento XVI reparou em especial no seu silêncio. E assim, voltou-se aos fiéis em um dos seus ângelus de 2005 dizendo:"Deixemo-nos invadir pelo silêncio de São José!". Sisto IV incluiu a festa de São José no calendário romano em torno de 1479. Pio IX o proclamou padroeiro da Igreja universal em 1870. Leão XIII precisou os fundamentos deste patrocínio em 15 de agosto de 1889, e Pio XII, em 1955, determinou o dia 1º de maio como a festa de São José Operário.
Os carmelitas sempre deram grande impulso à devoção a São José. Talvez por isso, impregnada deste carisma que abraçara, a grande santa castelhana Teresa de Jesus foi uma das suas maiores propagadoras. Agraciada por ele em grave situação de doença, ela desde então o tomou por protetor e lhe pôs sob a tutela as numerosas fundações que instituiu. Dizia Teresa: "Outros santos parece que têm especial poder para solucionar certos problemas. Mas, a São José, Deus concedeu um grande poder para ajudar em tudo". "Parece que Jesus Cristo quer demonstrar que, assim como São José o tratou tão sumamente bem sobre esta terra, Ele agora lhe concede no céu tudo quanto pede para nós. Peço a todos que façam a prova e hão de perceber quão vantajoso é ser devotos deste santo Patriarca". Durante quatro décadas, todos os anos, recorria a ele pontualmente lhe solicitando "alguma graça ou favor especial", e ele sempre lhe atendia. Por isso, insistia: "Digo aos que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo, e verão que grandes frutos conseguirão".
Fernando Rielo também infundiu nos filhos da sua congregação o amor por São José: "Tende muita devoção a São José. Qualquer problema, qualquer coisa: bens materiais e bens espirituais, especialmente a santidade […]. Pedi-lhe a conversão da humanidade, suplicai-lhe a santidade da Igreja, rogai-lhe a comunhão de todos os cristãos".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Acham-se, em qualquer santoral, referências proporcionadas por santos e santas cujas meditações nos foram sendo transmitidas ao passarem os séculos. É o caso de Tomás de Aquino, Gertrude, Vicente Ferrer, Bernardo, Brígida da Suécia, Francisco de Sales e Bernardino de Sena. Em numerosas ocasiões, eles, e tantos outros, transportaram para os seus escritos os frutos de sua reflexão e pregaram em seus sermões as excelsas virtudes que o adornaram. São Bernardino de Sena proclamou num de eles: "A norma geral que regula a concessão das graças singulares a uma criatura racional determinada é que, quando a graça divina escolhe alguém para lhe doar uma graça singular ou para colocá-lo em preferente situação, a esse lhe concede todos aqueles carismas que são necessários para o ministério que houver de desempenhar. Esta norma se verifica de modo excelente em São José, pai adotivo de nosso Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do universo e Senhora dos anjos. José foi escolhido pelo Pai eterno como protetor e fiel guardião dos seus principais tesouros, seu Filho e sua Esposa, e cumpriu seu encargo com insubornável fidelidade. Por isso, o Senhor lhe diz: 'Servo bom e fiel, entra no regozijo do teu Senhor'".
Deste homem justo por excelência, esposo virginal da Virgem Maria, custódio da Sagrada Família, enalteceram-se à saciedade as incontáveis virtudes. Junto às teologais, listam-se ainda, alçadas em sua santa vida, a fidelidade, a inocência evangélica, a fortaleza, a docilidade, a prontidão, a pureza, a generosidade, a prudência, a disponibilidade, a singeleza, a temperança, a obediência, a pobreza, a humildade, a discrição, a justiça, a honestidade, a diligência, a paciência, etc. Ele esteve adornado por todas, impossíveis, portanto, de se condensarem. E hoje, como então, continuam mostrando a grandeza deste pai e guardião da Igreja, advogado da boa morte, que viveu cada instante do existir com inquebrantável adequação da sua vontade à divina, indicando-nos o caminho que havemos de trilhar. Santo Afonso Maria de Ligório cantou o trato familiar que ele teve com Jesus, ressaltando o que pôde significar aquele eminentíssimo vínculo entre ambos para a santidade do pai, que, durante um tempo, o acompanhou na terra: "José, durante aqueles trinta anos, foi o melhor amigo, o companheiro de trabalho com quem Jesus conversava e orava. José escutava as palavras de vida eterna de Jesus, observava o seu exemplo de perfeita humildade, de paciência e de obediência, aceitava sempre a ajuda serviçal de Jesus nos afazeres e nos deveres do cotidiano. Por tudo isto, não podemos duvidar que, enquanto José viveu na companhia de Jesus, cresceu tanto em méritos e santificação que sobrepujou todos os santos".
Os pontífices também se comoveram com o exemplo do Santo Patriarca. João XXIII iniciava e culminava a sua jornada pondo-se sempre ao seu amparo.Ele o proclamou padroeiro do concílio Vaticano II.Paulo VI, em 19 de março de 1969, afirmou: "São José é a prova de que, para sermos bons e autênticos seguidores de Cristo, não necessitamos de 'grandes coisas', mas somente das virtudes comuns, humanas, simples, que, porém, são verdadeiras e autênticas". João Paulo II dedicou a ele a exortação apostólica Redemptoris custos, de 15 de agosto de 1989. Nela, qualificava a "fé, sustentada pela oração", como "o tesouro mais valioso que São José nos transmite". Por sua vez, Bento XVI reparou em especial no seu silêncio. E assim, voltou-se aos fiéis em um dos seus ângelus de 2005 dizendo:"Deixemo-nos invadir pelo silêncio de São José!". Sisto IV incluiu a festa de São José no calendário romano em torno de 1479. Pio IX o proclamou padroeiro da Igreja universal em 1870. Leão XIII precisou os fundamentos deste patrocínio em 15 de agosto de 1889, e Pio XII, em 1955, determinou o dia 1º de maio como a festa de São José Operário.
Os carmelitas sempre deram grande impulso à devoção a São José. Talvez por isso, impregnada deste carisma que abraçara, a grande santa castelhana Teresa de Jesus foi uma das suas maiores propagadoras. Agraciada por ele em grave situação de doença, ela desde então o tomou por protetor e lhe pôs sob a tutela as numerosas fundações que instituiu. Dizia Teresa: "Outros santos parece que têm especial poder para solucionar certos problemas. Mas, a São José, Deus concedeu um grande poder para ajudar em tudo". "Parece que Jesus Cristo quer demonstrar que, assim como São José o tratou tão sumamente bem sobre esta terra, Ele agora lhe concede no céu tudo quanto pede para nós. Peço a todos que façam a prova e hão de perceber quão vantajoso é ser devotos deste santo Patriarca". Durante quatro décadas, todos os anos, recorria a ele pontualmente lhe solicitando "alguma graça ou favor especial", e ele sempre lhe atendia. Por isso, insistia: "Digo aos que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo, e verão que grandes frutos conseguirão".
Fernando Rielo também infundiu nos filhos da sua congregação o amor por São José: "Tende muita devoção a São José. Qualquer problema, qualquer coisa: bens materiais e bens espirituais, especialmente a santidade […]. Pedi-lhe a conversão da humanidade, suplicai-lhe a santidade da Igreja, rogai-lhe a comunhão de todos os cristãos".
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Familia e Vida
Lançamento da Pastoral Familiar - DVD "Sim aceito"
DVD traz 12 documentários para preparar casais ao matrimônio
Por Redacao
BRASíLIA, 22 de Março de 2013 (Zenit.org) - Com o apoio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar da CNBB, um novo subsídio para apoiar párocos, agentes de pastorais e os mesmos casais, na preparação para o matrimônio e a vida em família, chega ao Brasil. É o DVD "Sim Aceito".
Um DVD duplo, com doze documentários de doze minutos cada, aborda detalhes sobre o caminho para o casamento e o dia-a-dia da vida familiar. Com linguagem leve e moderna, aborda temas como a necessidade ou não de se casar, o sacramento do matrimônio, a educação de filhos e a relação entre felicidade e valores no casamento.
Os documentários foram organizados por 30 especialistas em orientação familiar, teologia, direito e ética familiar dos cinco continentes e também conta com testemunhos de casados e noivos. Entre os especialistas estão o presidente da Subcomissão Episcopal para a Família da Espanha, dom Juan Antonio Reig Pla; o diretor do Instituto Espanhol de Investigações Psiquiátricas, Enrique Rojas; o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois; e o Arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
O material é voltado, principalmente, para as pastorais familiares e os párocos com desejo de apoiar a formação dos noivos que estão no caminho de preparação para o matrimônio. Porém, também são muito úteis para namorados, noivos e casados em busca de conteúdo fiel ao Magistério da Igreja, com um estilo moderno e atrativo.
O DVD deve ser lançado em abril com o apoio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar.
Confira o trailer (http://youtu.be/ECFfncX1v5k) do DVD.
O DVD "Sim Aceito", é um DVD duplo com 12 documentários de 12 minutos cada. Seu tempo total de duração é de 155 minutos.
O temas abordados são:
. "Sei com quem vou me casar?";
. "Namoro sem sexo?"
. "Casamento? Para quê?"
. "O amor pode acabar?"
. "Para que serve o sacramento?"
. "Casamento: mais que uma festa?"
. "Como os esposos se amam?"
. "Quantos filhos?"
. "Nós nos entendemos bem?"
. "Que perigos nos rondam?"
. "Existe felicidade sem valores?"
. "Como educar os filhos?".
O DVD já pode ser reservado. Atualmente já tem quase 700 reservas para todo o Brasil. Para reservas e encomendas: queroreservar@cnpf.org.br
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Um DVD duplo, com doze documentários de doze minutos cada, aborda detalhes sobre o caminho para o casamento e o dia-a-dia da vida familiar. Com linguagem leve e moderna, aborda temas como a necessidade ou não de se casar, o sacramento do matrimônio, a educação de filhos e a relação entre felicidade e valores no casamento.
Os documentários foram organizados por 30 especialistas em orientação familiar, teologia, direito e ética familiar dos cinco continentes e também conta com testemunhos de casados e noivos. Entre os especialistas estão o presidente da Subcomissão Episcopal para a Família da Espanha, dom Juan Antonio Reig Pla; o diretor do Instituto Espanhol de Investigações Psiquiátricas, Enrique Rojas; o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois; e o Arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
O material é voltado, principalmente, para as pastorais familiares e os párocos com desejo de apoiar a formação dos noivos que estão no caminho de preparação para o matrimônio. Porém, também são muito úteis para namorados, noivos e casados em busca de conteúdo fiel ao Magistério da Igreja, com um estilo moderno e atrativo.
O DVD deve ser lançado em abril com o apoio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar.
Confira o trailer (http://youtu.be/ECFfncX1v5k) do DVD.
O DVD "Sim Aceito", é um DVD duplo com 12 documentários de 12 minutos cada. Seu tempo total de duração é de 155 minutos.
O temas abordados são:
. "Sei com quem vou me casar?";
. "Namoro sem sexo?"
. "Casamento? Para quê?"
. "O amor pode acabar?"
. "Para que serve o sacramento?"
. "Casamento: mais que uma festa?"
. "Como os esposos se amam?"
. "Quantos filhos?"
. "Nós nos entendemos bem?"
. "Que perigos nos rondam?"
. "Existe felicidade sem valores?"
. "Como educar os filhos?".
O DVD já pode ser reservado. Atualmente já tem quase 700 reservas para todo o Brasil. Para reservas e encomendas: queroreservar@cnpf.org.br
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Mensagem aos leitores
Campanha vídeo: "Bem-vindo, Papa Francisco"
Mensagem aos leitores
Por Redacao
ROMA, 19 de Março de 2013 (Zenit.org) - Olá leitores ZENIT,
Milhares de pessoas na Praça de São Pedro tiveram a oportunidade de cumprimentar a Sua Santidade, o Papa Francisco. Agora é a sua vez!
Envie-nos um vídeo YouTube de 20 segundos com a sua saudação ao Pontífice. Vamos escolher os melhores e postá-los na página oficial de ZENIT no YouTube para todo o mundo ver.
Envie o link do seu vídeo para: ciaopapafrancesco@gmail.com
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Milhares de pessoas na Praça de São Pedro tiveram a oportunidade de cumprimentar a Sua Santidade, o Papa Francisco. Agora é a sua vez!
Envie-nos um vídeo YouTube de 20 segundos com a sua saudação ao Pontífice. Vamos escolher os melhores e postá-los na página oficial de ZENIT no YouTube para todo o mundo ver.
Envie o link do seu vídeo para: ciaopapafrancesco@gmail.com
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Testemunho
Brasileiro anda de ônibus com o Papa Francisco um dia após eleição
Membro da Comunidade Canção Nova acompanhava os cardeais brasileiros
Por Mirticeli Dias de Medeiros
ROMA, 18 de Março de 2013 (Zenit.org) - Já imaginou ser surpreendido pelo Papa te pedindo carona? Em primeiro momento, pode parecer algo impossível, mas foi o que aconteceu com o brasileiro Frederico Henrique de Oliveira, de 35 anos.
Em um belo dia, aqui em Roma, ele estava acompanhando os cardeais brasileiros até o Vaticano, um dia após a eleição do Papa Francisco. Os prelados saíam do Colégio Pio Brasileiro em direção ao Domus Santa Marta – local onde os cardeais ficam hospedados durante o Conclave – para participarem da Santa Missa que seria presidida pelo Santo Padre, na Capela Sistina. De repente, o ônibus, que já está estava no Santa Marta, foi abordado por alguém que ninguém poderia esperar: Papa Francisco.
"O ônibus já estava para sair. De repente, o Santo Padre saiu do Santa Marta dizendo que queria ir naquele ônibus e, simplesmente, entrou", narrou Frederico.
De acordo com o rapaz, que é leigo comprometido na Comunidade Católica Canção Nova – associação privada internacional de fiéis de direito pontifício -, além de colaborador da arquidiocese de São Paulo-SP, todos os que estavam no ônibus foram tomados por uma imensa alegria e, ao mesmo tempo, por uma grande admiração diante da simplicidade do Sumo Pontífice.
"Seus atos traduzem o que ele realmente é", enfatizou.
Além deste momento um tanto quanto inusitado, Frederico, que é casado, teve um momento pessoal com o Papa, o qual o levou a tomar uma importante decisão.
"Eu tive a oportunidade dizer a ele: 'Santo Padre, sou Frederico, membro da Comunidade Canção Nova. Minha esposa está grávida e nosso filho agora irá se chamar Francisco. O Papa sorriu e disse: 'Grazie' ".
Read it online | Envie a um amigo | Comenta online Em um belo dia, aqui em Roma, ele estava acompanhando os cardeais brasileiros até o Vaticano, um dia após a eleição do Papa Francisco. Os prelados saíam do Colégio Pio Brasileiro em direção ao Domus Santa Marta – local onde os cardeais ficam hospedados durante o Conclave – para participarem da Santa Missa que seria presidida pelo Santo Padre, na Capela Sistina. De repente, o ônibus, que já está estava no Santa Marta, foi abordado por alguém que ninguém poderia esperar: Papa Francisco.
"O ônibus já estava para sair. De repente, o Santo Padre saiu do Santa Marta dizendo que queria ir naquele ônibus e, simplesmente, entrou", narrou Frederico.
De acordo com o rapaz, que é leigo comprometido na Comunidade Católica Canção Nova – associação privada internacional de fiéis de direito pontifício -, além de colaborador da arquidiocese de São Paulo-SP, todos os que estavam no ônibus foram tomados por uma imensa alegria e, ao mesmo tempo, por uma grande admiração diante da simplicidade do Sumo Pontífice.
"Seus atos traduzem o que ele realmente é", enfatizou.
Além deste momento um tanto quanto inusitado, Frederico, que é casado, teve um momento pessoal com o Papa, o qual o levou a tomar uma importante decisão.
"Eu tive a oportunidade dizer a ele: 'Santo Padre, sou Frederico, membro da Comunidade Canção Nova. Minha esposa está grávida e nosso filho agora irá se chamar Francisco. O Papa sorriu e disse: 'Grazie' ".
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]