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Augusto de Piabetá: Para uma comunidade aberta aos valores do Espírito
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28/04/2013 01:43:14: Para uma comunidade aberta aos valores do Espírito
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Augusto de Piabetá — 28/04/2013 01:47:11:
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Para uma comunidade aberta aos valores do Espírito
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2013-04-28 L’Osservatore Romano
Há quem enfrenta o sofrimento, mantendo viva a alegria que nasce do Espírito — como por exemplo os cristãos ainda hoje perseguidos em muitas partes do mundo — e quem, ao contrário, «usa o dinheiro para comprar favores» e negociar, ou «a calúnia para difamar e obter a ajuda dos poderosos da terra» e talvez desprezem quantos procuram viver na alegria cristã o seu próprio sofrimento. Sobre este confronto meditou o Papa Francisco na manhã de sábado 27 de Abril, durante a homilia da missa celebrada na Domus Sanctae Marthae. Entre os concelebrantes estavam o arcebispo Mário Zenari, núncio apostólico na Síria, e D. Dražen Kutleša, bispo de Poreč i Pula, na Croácia. Assistiram à missa, entre outros, os funcionários do Serviço dos Correios do Vaticano e um grupo de voluntários do dispensário pediátrico de Santa Marta» no Vaticano.
O Papa ponderou em especial sobre a página dos Actos dos Apóstolos (13, 44-52) que narra precisamente o confronto entre duas comunidades religiosas: a dos discípulos e aquela que o Pontífice definiu «dos judeus fechados, porque nem todos os judeus eram assim». Na comunidade dos discípulos, explicou, cumpria-se a vontade de Jesus — “Ide e anunciai” — e portanto pregava-se e quase toda a cidade se reunia para ouvir a palavra do Senhor. E, observou o Papa Francisco, difundiu-se entre as pessoas uma atmosfera de felicidade que «parecia que nunca seria vencida». Quando os judeus viram tanta felicidade, «encheram-se de inveja e começaram a perseguir» aquelas pessoas, que «não eram malvadas; eram pessoas boas, que tinham uma atitude religiosa».
«Por que o fizeram?», interrogou-se. Fizeram-no «simplesmente porque tinham o coração fechado, não estavam abertos à novidade do Espírito Santo. Julgavam que tudo tinha sido dito, que tudo era como eles pensavam que devia ser e, por isso, sentiam-se como que defensores da fé. Começaram a falar contra os Apóstolos, a caluniar. A calúnia». Trata-se de uma atitude que se encontra no caminho da história; é próprio dos «grupos fechados negociar com o poder; resolver as questões “entre nós”. Como fizeram aqueles que, na manhã da ressurreição, quando os soldados foram dizer-lhes: “Vimos isto”, responderam-lhes: “Calai-vos! Tomai...”, e com o dinheiro encobriram tudo. Esta é precisamente a atitude de uma religiosidade fechada, que não tem a liberdade de se abrir ao Senhor». Na sua vida pública, «para defender sempre a verdade, porque julgam defender a verdade», escolhem «a calúnia, a intriga. São deveras comunidades indiscretas, que falam contra, destroem o outro» e só pensam em si mesmas, como se fossem protegidas por um muro. «Na realidade, a comunidade livre — observou o Papa — com a liberdade de Deus e do Espírito Santo, ia em frente. Até nas perseguições. E a palavra do Senhor propagava-se por toda a região. É próprio da comunidade do Senhor ir em frente, espalhar-se, porque o bem é assim: difunde-se sempre! O bem não se fecha dentro. Este é um critério, um critério da Igreja. Também para o nosso exame de consciência: como são as nossas comunidades, as comunidades religiosas, as comunidades paroquiais? São comunidades abertas ao Espírito Santo, que nos levam sempre em frente, para difundirmos a palavra de Deus, ou são comunidades fechadas?».
A perseguição — acrescentou em seguida o Pontífice — começa por motivos religiosos, por inveja, mas também devido ao modo como se fala: «A comunidade dos crentes, a comunidade livre do Espírito Santo, fala com a alegria. Os discípulos estão cheios de alegria do Espírito Santo. Falam com a beleza, abrem caminhos: sempre em frente, não? A comunidade fechada, ao contrário, certa de si mesma, aquela que procura a segurança precisamente negociando com o poder, com o dinheiro, fala com palavras ofensivas: insultam e condenam».
E para fazer notar a falta de amor nas chamadas comunidades fechadas, o Papa Francisco sugeriu a dúvida que estas pessoas «talvez se esqueçam das carícias maternas, quando eram crianças. Estas comunidades não conhecem as carícias; conhecem o dever, o fazer, o fechar-se numa observância aparente. Jesus disse-lhes: “Vós sois como um túmulo, como um sepulcro caiado, muito bonito, mas nada mais!”. Pensemos hoje na Igreja tão bonita. Esta Igreja que vai em frente. Pensemos nos numerosos irmãos que sofrem por causa desta liberdade do Espírito e hoje padecem perseguições em muitas regiões. Mas estes irmãos, no sofrimento, vivem repletos de alegria e de Espírito Santo. Estes irmãos, estas comunidades abertas, missionárias, anunciam Jesus porque sabem que é verdade aquilo que Ele disse e que agora ouvimos: “Tudo o que pedirdes no meu nome, vo-lo farei!”. A oração é Jesus. As comunidades fechadas pedem aos poderes da terra que as ajudem. E este não é um bom caminho. Olhemos para Jesus, que nos envia a evangelizar, a anunciar o seu nome com alegria, cheios de júbilo. Não tenhamos medo da alegria do Espírito. E nunca nos misturemos com estas coisas que, a longo prazo, nos levam a fechar-nos em nós mesmos. Neste fechamento não há fecundidade, nem liberdade do Espírito».
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Conservemos viva a nossa fé por meio da oração e dos sacramentos; estejamos vigilantes, para não nos esquecermos de Deus.
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Quarta-feira, 26 de Março de 2008
Queridos irmãos e irmãs, devemos constantemente renovar a nossa adesão a Cristo morto e ressuscitado por nós: a sua Páscoa é também a nossa Páscoa, porque em Cristo ressuscitado é-nos dada a certeza da nossa ressurreição. A notícia da sua ressurreição dos mortos não envelhece e Jesus está sempre vivo; e vivo é o seu Evangelho. "A fé dos cristãos observa Santo Agostinho é a ressurreição de Cristo".
Os Actos dos Apóstolos explicam-no claramente: "Deus ofereceu a todos um motivo de crédito com o facto de O ter ressuscitado dentre os mortos" (17, 31). De facto, não era suficiente a morte para demonstrar que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus, o Messias esperado. No decorrer da história muitos consagraram a sua vida a uma causa considerada justa e morreram! E permaneceram mortos. A morte do Senhor demonstra o amor imenso com que Ele nos amou até ao sacrifício por nós; mas só a sua ressurreição é "prova certa", é certeza de que quanto Ele afirma é verdade que vale também para nós, para todos os tempos. Ressucitando-o, o Pai glorificou-o. São Paulo assim escreve na Carta aos Romanos: "Se confessares com a tua boca o Senhor Jesus e creres no teu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (10, 9).
O anúncio que ouvimos constantemente de novo nestes dias é precisamente este: Jesus ressuscitou, é o Vivente e nós podemos encontrá-Lo.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]