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    segunda-feira, 17 de junho de 2013

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    Reinaldo Azevedo

    Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
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    Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



    17/06/2013 às 8:21

    LEIAM ABAIXO



    Com o apoio do PT, que elevou a tarifa de ônibus, fascistoides prometem parar de novo São Paulo. Movimento diz que não tem o que negociar. Secretário de Segurança cede sem pedir nada em troca;
    O VÍDEO COM AS TRÊS VAIAS COM QUE O POVO BRINDOU DILMA NO MANÉ GARRINCHA;
    Agora eu também sou progressista! De hoje em diante, sou pelo controle social — e pelo fim do lucro — dos transportes, da telefonia, da mídia, da aviação… Além, claro!, do controle social dos fetos e do orgasmo! Se Mayara convenceu o Fantástico, na Globo, quem sou eu para resistir?;
    Meus votos para São Paulo: “Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal: ainda será tratado pela TV como um Rio de Janeiro subtropical”;
    Hackers invadem páginas oficiais; imprensa abre a Caixa de Pandora;
    E o povo negou Dilma três vezes no Mané Garrincha! O que isso quer e não quer dizer;
    Os incendiários da elite não aceitam ser enquadrados pela lei que serve ao povo;
    Aos leitores, com afeto. Ou 216.516 visitas neste sabadão;
    Líder do PSDB cobra uma posição de Cardozo sobre conflitos em Brasília e espionagem da Abin;
    ELES ESTÃO ENTRE OS LÍDERES DO MOVIMENTO CONTRA A ELEVAÇÃO DA TARIFA DE ÔNIBUS Por Reinaldo Azevedo

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    17/06/2013 às 8:08
    Com o apoio do PT, que elevou a tarifa de ônibus, fascistoides prometem parar de novo São Paulo. Movimento diz que não tem o que negociar. Secretário de Segurança cede sem pedir nada em troca


    Espera-se hoje em São Paulo uma grande manifestação. Os protestos contra a elevação da tarifa de ônibus não juntaram mais do que cinco mil pessoas. Até porque a reivindicação do grupo que lidera os eventos é de tal sorte aloprada — tarifa zero — que não anima o usuário comum do serviço. A coisa se restringia a setores radicalizados da classe média e da elite paulistanas, que aprenderam com seus professores de história hipomarxistas, em escolas particulares com ar condicionado, que é preciso lutar PELO oprimido — se possível, em lugar dele, já que o dito-cujo teria tido a sua consciência sequestrada pelo capitalismo e pelo fetiche da mercadoria. O Brasil deve ser o único país do mundo em que professores de humanas ainda repetem essas porcarias. A elite brasileira deve ser a única a pagar para que seus filhos ouçam esse lixo.

    De maneira deliberada, os manifestantes optaram pelo uso sistemático da violência — assim tem sido em várias cidades, é bom que fique claro —, provocaram a reação da PM, e o resto é história miseravelmente distorcida pela imprensa engajada. Os protestos estavam sendo, em parte, levados adiante por profissionais da agitação do PSOL, do PSTU, do PCO, entre outros grupelhos. Nesta segunda, o leque de apoios se ampliou. Os petistas resolveram aderir, agora para valer, não se limitando mais à juventude do partido.

    Há uma boa chance de que estejam dando um tiro no pé. Outro protesto, que pode até se casar com o das passagens, mas que tem origem e motivação diversas, ameaça tomar corpo: contra os gastos da Copa do Mundo. As vaias dirigidas a Dilma no Mané Garrincha, no sábado, recomendariam ao PT um pouco mais de prudência. Ocorre que o partido, como o escorpião que ferroa o sapo que o leva nas costas, tem a sua natureza e não pode negá-la. Tentará converter a manifestação de hoje num ato contra a violência policial e em favor da liberdade de expressão — como se esta estivesse sendo ameaçada. Boa parte do jornalismo, insisto, perdeu o norte, o rumo, os valores, o bom senso. Considera-se, como se fosse a coisa mais normal do mundo, que um grupo de pessoas tem o direito de parar a cidade se não cometer violência — como se isso não fosse, por si, um ato violento. De resto, não custa lembrar, o movimento liderado pela turma do Passe Livre se caracterizou, desde o primeiro dia, por ser estupidamente violento. E, curiosamente, não se ouviu alarido nenhum. Um policial quase foi linchado. Não houve uma só entidade de defesa dos direitos humanos, a começar pela OAB, que emitisse um protesto. Parece que, para esses bacanas, linchar policiais é parte do preço que se paga pela democracia. Não é!

    Povo na praça nem me encanta nem me assusta. Tampouco me conduz à paralisia do pensamento. A Praça Tahrir que o diga. Olho para o resultado da chamada “Primavera Árabe” e me orgulho não do meu ceticismo ou do meu pessimismo, mas do destemor — o intelectual ao menos — de ter marchado na contramão. Digo o mesmo sobre o governo Obama. Eu não me deixo seduzir por práticas e discursos que, se generalizados e tornados uma medida, resultam em menos liberdade em vez de mais; em mais violência em vez de menos; em menos pluralidade em vez de mais. Assim, também desta vez, não me importo de me alinhar com o que parece ser uma minoria — na imprensa ao menos. O Movimento Passe Livre e aqueles que estão com ele nessa “luta” são autoritários, têm uma tese aloprada, recorrem a métodos fascistoides de ação política e parecem se orgulhar de não transigir jamais.

    Entrevista
    Neste domingo, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, concedeu uma entrevista coletiva. Acuado pela imprensa, como se, de fato, estivéssemos diante de uma luta entre o Bem (os manifestantes) e o Mal (a Polícia Militar), chamou o Passe Livre para conversar — haverá uma reunião com as lideranças (que não representam ninguém) nesta segunda. Mas já anunciou que não haverá tropa de choque na rua, que os policiais não portarão balas de borracha, que a polícia vai se limitar a garantir a segurança da manifestação etc.

    Ele só pediu uma coisa, com voz bem branda, suave, quase falando pra dentro: que seja anunciado o roteiro da manifestação para que possa haver um planejamento. Já volto ao secretário, que me parece destinado a ter vida curta do cargo — eu, pessoalmente, torço para que tenha; acho que ele comete equívocos fundamentais; trato do assunto daqui a pouco. Como se vê, a autoridade se mostra disposta ao diálogo. Já recebeu uma resposta. Nina Capello, uma das integrantes do Passe Livre, concedeu uma entrevista à Folha Online. Leiam a pergunta e a resposta. Vejam o que Nina entende por uma sociedade civilizada.

    Folha – O secretário de segurança pública, Fernando Grella Vieira, convidou o movimento para conversar hoje às 10h. Vocês vão?
    Nina Cappello- Eu não sei exatamente para o que é a reunião, mas a gente esta disposto a conversar com eles para evitar a repressão policial, que foi muito violenta no último ato [de quinta-feira (13)], que teve pessoas presas mesmo antes da manifestação começar. Vamos questionar essa criminalização do movimento. O que nós deixamos claro é que a decisão do caminho da manifestação é uma decisão política nossa, nós não vamos decidir o trajeto do movimento com eles. Mas a gente entendeu que isso não seria um problema porque a polícia tem que garantir a segurança dos manifestantes não importa o trajeto que a gente escolha fazer. Quando a gente tiver o trajeto definido nós vamos informar para eles.

    Retomo
    Nina estuda direito. Vai a uma negociação em que ela só reivindica, sem ceder nada. Não se pode criminalizar o que já é crime, a saber: jogar coquetéis molotov, depredar ônibus, prédios públicos, espancar policiais. Tudo isso fez o protesto que ela lidera — e a tanto esses patriotas não foram levadas pela violência policial. Os erros eventualmente cometidos pela PM não estão na origem desses escolhas.

    Vejam lá. Em qualquer país do mundo em que haja protestos pacíficos, o trajeto de uma passeata é negociado com as autoridades. Sólidas democracias do mundo proíbem manifestações em determinadas áreas da cidade por razões de segurança. Com Nina e o Passe Livre, não tem isso, não! Trata-se, segundo ela, de uma “decisão política”. E ela tem ideias muito claras sobre a função da Polícia: “Garantir a segurança dos manifestantes não importa o trajeto que a gente escolher”. No mundo de Nina, o transporte é gratuito — cai do céu —, e a função da polícia não é garantir a segurança de 11,5 milhões de paulistanos e seu direito constitucional de ir e vir, mas proteger os que, arvorando-se em representantes do povo, decidem levar a cidade ao colapso. No mundo de Nina, a sociedade se divide entre “nós” (os que protestam) e “eles” (o estado, a repressão, sei lá eu…).

    Não sei quais são as referências teóricas dessa moça — deve haver alguma. Mas faço votos de que não esteja aprendendo tais noções de democracia na faculdade de direito. Assim pensava o jovem Mussolini quando liderava o seu bando. Assim pensava Hitler quando conduzia a sua tropa de assalto. Isso é fascismo, não democracia. Leiam mais esta.

    Como será o protesto de hoje programado para as 17h no largo da Batata, em Pinheiros?
    Vai ser o maior protesto contra o aumento da tarifa de ônibus. A gente continua na rua até o prefeito [Fernando Haddad] e o governador [Geraldo Alckmin] decidirem revogar o aumento do ônibus e dos trens caso contrário a gente vai continuar colocando as nossas forças nas ruas, ocupando ruas importantes e parando a cidade.

    Está dado. Ou as autoridades, legitimamente eleitas, cedem, ou Nina e seu movimento prometem que a rotina de São Paulo continuará a ser um inferno. Atenção! Já há um outro protesto marcado para amanhã. Tento de novo: Geraldo Alckmin e Fernando Haddad foram eleitos — eu votei no primeiro e jamais votaria no segundo, nem que fosse para animador de festinha infantil — e têm a legitimidade e a competência legal para definir a política de transportes. Isso não implica que todos gostem ou concordem, é evidente. Mas há os caminhos igualmente democráticos para protestar. E PARAR A CIDADE NÃO É UM DELES. Nina acusa aquele “eles” genérico de criminalizar o movimento, mas é ela quem criminaliza o poder público, como se o reajuste da passagem tivesse sido decidido pela má-fé. Ora, cidade e estado fizeram um esforço adicional — usando dinheiro público, é claro! — e reajustaram a tarifa bem abaixo da inflação. Como vai negociar quem não reconhece no outro a legitimidade que lhe é conferida pela própria democracia. No fim das contas, essa moça e seus amigos não admitem é a própria democracia. E ela ainda não deu o seu melhor, que é o seu pior. Leiam.

    Mas grande parcela da sociedade crítica o ato, veem o movimento mais como de “baderneiros” que querem promover o vandalismo?
    É a política que eles têm de criminalizar o movimento e que acontece com os movimentos sociais principalmente nas periferias. É o jeito que eles têm para calar a nossa voz. Estamos na rua lutando por um direito, isso não é baderna é simplesmente uma manifestação legítima na luta por transporte público. O movimento não apoia vandalismo, mas a gente entende que a violência é da policia e da tarifa. Retomando o que foram as manifestações fica bem claro que houve violência por parte dos manifestantes porque teve repressão por parte da polícia.

    Não, moça! Parar a cidade não é legítimo, qualquer que seja a sua causa. Notem que, na prática, ela justifica a violência, atribuindo toda a responsabilidade à polícia. Bem, foi o que escreveu Elio Gaspari, não é? Foi o que afirmaram o Jornal Nacional na sexta e o Fantástico neste domingo. No programa dominical, o seguinte texto absurdo, especialmente quando acompanhado das imagens, foi levado ao ar:
    “A policia se precipitou, se excedeu e usou bombas de gás e balas de borracha sem que tivesse sofrido agressões. Várias pessoas ficaram feridas. Entre elas, jornalistas que estavam trabalhando. Os manifestantes responderam com pedras e fogos.”
    Enquanto se ouve a voz, em off, vê-se um dos manifestantes jogando um rojão contra a polícia — dois dias antes, uma estação do metrô havia sido depredada e foram usados coquetéis molotov nos protestos. Releiam o texto: “os manifestantes responderam com fogos”. Não se pergunta o que faziam no ato com esse artefato.

    Com a imprensa jogando no seu time, Nina se sente absolutamente à vontade para anunciar que só há um caminho para que a cidade volte à sua já caótica normalidade: o regime democrático tem de ceder à ditadura da minoria; que dois governantes eleitos se verguem à vontade de uma minoria de extremistas que se quer representante de todos os usuários de ônibus; que Haddad e Alckmin abram mão da prerrogativa que têm de ordenar a política de transportes e a transfira para gênios da raça como Nina e Vivian (ver post).

    Agora o secretário
    Espero que a gestão de Grella tenha vida curta na Secretaria de Segurança Pública. Este senhor é autor de uma portaria desastrada que proíbe os policiais militantes de socorrer vítimas — tenham sido elas alvejadas pela Polícia Militar ou não. É um despropósito no mérito e na intenção política. Começo pela segunda: lança uma sombra de suspeição sobre toda a corporação. E, evidentemente, é potencialmente danosa porque mesmo pessoas que tenham sido feridas, sei lá, numa briga de bar, sem qualquer envolvimento com forças de segurança do estado, podem ficar à espera de um socorro que tarda a chegar. Atendeu à pressão de ongueiros que acusavam a PM de matar bandidos a caminho do hospital. Havendo evidências disso, é claro que a prática deveria ter sido coibida, e os eventuais responsáveis, exemplarmente punidos. Mas atenção! Não me parece que Grella age bem ao, na prática, expor a maior risco quem NÃO É bandido para supostamente proteger bandidos que ficariam à mercê de maus policiais. A prática criminosa, se houvesse, poderia ter sido combatida sem prejuízo dos demais cidadãos. Acho a portaria, na melhor das hipóteses, burra; na pior, perigosa e contraproducente, destinada a gerar mais ressentimentos na PM do que soluções. E a força que reprime o crime, na ponta, é a Polícia Militar.

    Desta feita, só faltou a Grella prometer que os policiais militares vão levar flores para manifestantes que, como se nota acima, não estão dispostos a transigir em nada. A obrigação de uma Secretaria de Segurança Pública é usar de forma inteligente os recursos necessários. É chato lembrar, mas lá vou eu: tropa de choque, balas de borracha e demais forças e apetrechos também servem à segurança dos policiais. Devem ser usadas com inteligência. COMPROMETER-SE DE SAÍDA A NÃO EMPREGÁ-LOS DELEGA AOS MANIFESTANTES A SEGURANÇA DOS POLICIAIS, QUANDO O NORMAL, NUMA DEMOCRACIA, É O CONTRÁRIO. Se os bravos “anarquistas” do Black Bloc decidirem sair quebrando tudo, policial militar faz o quê? Cruza os braços e olha para o outro lado? Lamento ter de escrever isso, mas as garantias de Grella, dado o conjunto da obra, são absurdas. Tropa de choque e balas de borracha, bem empegados, são elementos de dissuasão. Mal empregados, servem à confusão. Eliminados da equação por princípio, dado o histórico, expõem os policiais ao arbítrio de quem os detesta.

    Caminhando para o encerramento
    De todo modo, é bem possível que não haja conflito nesta segunda, até porque, desta feita, haverá muitos “profissionais” da mobilização entre os manifestantes. Como anunciei aqui em primeira mão, os petistas decidiram aparelhar o protesto, tentando jogar para segundo plano a reivindicação principal. Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Fernando Grella Vieira, ônibus, São Paulo

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    17/06/2013 às 8:01
    O VÍDEO COM AS TRÊS VAIAS COM QUE O POVO BRINDOU DILMA NO MANÉ GARRINCHA


    Abaixo, segue um dos vídeos que estão no YouTube com as três sonoríssimas vaias com que o público do estádio Mané Garrincha brindou a presidente Dilma Rousseff no sábado, na abertura da Copa das Confederações. Vejam. Volto em seguida.

    Joseph Blatter, presidente da Fifa, ainda tenta dar uma bronca em milhares de pessoas, perguntando onde estava o respeito e o “fair play”. Aí é que o bicho pegou.

    A propósito da vaia, leiam reportagem publicada pelo UOL.
    *
    A TV Globo disponibilizou no início da tarde deste domingo para o UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, e os outros veículos de imprensa que cobrem a Copa das Confederações um vídeo com as vaias à presidente da República, Dilma Rousseff, e ao presidente da Fifa, Joseph Blatter. O vídeo foi enviado cerca de seis horas depois de o UOL publicar uma reportagem que relatava a ausência do episódio entre os seis minutos de imagens que a Globo é obrigada por lei a repassar aos veículos independentes da Fifa.

    Em resposta à reportagem do UOL, nesta tarde, a Globo reconheceu o interesse jornalístico nas vaias e pediu “desculpas pelo inconveniente”. “Nos seis minutos de imagem, a equipe responsável pelo empacotamento delas priorizou os lances do jogo. Tanto as vaias são jornalísticas que foram mencionadas pelo Galvão Bueno na transmissão e foram registradas no Jornal Nacional”, diz mensagem enviada pela área de Comunicação da Globo.

    Em todas as outras competições realizadas no país, a Lei Pelé permite que os veículos de comunicação escolham, a seu critério, os flagrantes que mereçam ser exibidos, desde que dentro de um limite de até 3% da duração total do evento.

    Aprovada pelo Congresso Nacional em 5 de maio de 2012 e sancionada pela Presidência em 6 de junho do mesmo ano, a Lei Geral da Copa muda as regras da Lei Pelé e determina que a Fifa “ou pessoa por ela indicada” (a Globo) editem e distribuam um vídeo com seis minutos a qualquer veículo que manifestar interesse. Então, os não detentores de direitos devem selecionar dentro desses 6 minutos o equivalente a 3% do tempo total do evento para publicação.
    Texto publicado originalmente às 5h24

    Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Copa das Confederações, Dilma, TV Globo

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    18 COMENTÁRIOS



    17/06/2013 às 7:53
    Agora eu também sou progressista! De hoje em diante, sou pelo controle social — e pelo fim do lucro — dos transportes, da telefonia, da mídia, da aviação… Além, claro!, do controle social dos fetos e do orgasmo! Se Mayara convenceu o Fantástico, na Globo, quem sou eu para resistir?


    Agora eu também sou do Passe Livre, nem que seja em espírito. Depois que vi no Fantástico Mayara Vivian, uma das líderes do movimento, dar uma aula sobre transporte público e cidadania, já não tenho mais dúvida. Se todo mundo muda de lado, por que não eu? Mayara é estudante de geografia e garçonete de um bar na Vila Madalena, em São Paulo. Não sei se foi na faculdade ou no boteco que suas ideias ganharam corpo. Tanto faz pra mim. Se a TV Globo que é a TV Globo fez uma edição de domingo que flerta abertamente com o “progressismo” da moça, eu é que não vou ficar fora dessa festa — ou alguém ainda acaba alimentando a ideia errada de que tenho mais motivos para ser, como é mesmo?, mais “conservador” do que a Globo. Aliás, eu estou pensando em me tornar prosélito de todas as causas “modernas” e avançadinhas do Brasil. E aí não terá pra ninguém. Na velocidade em que escrevo, serei o Rei Naldo do politicamente correto. Mas aí a minha pauta vai ser bem mais ampla do que a de Mayara.

    Dilma foi vaiada três vezes na abertura da Copa das Confederações. Milhares de pessoas, em uníssono! O Fantástico achou que não era notícia. A polícia do Rio desceu ontem o sarrafo em um grupo de manifestantes que protestava contra os gastos públicos na Copa do Mundo. A informação, ligeira, foi parar no meio de uma notícia de esportes. Mas São Paulo… Ah, São Paulo mereceu um tratamento jornalístico de gala (fica para outro post). Volto a Mayara.

    Reproduzo um primeiro trecho da reportagem do Fantástico:
    “Uma ferramenta que gente propõe à cidade é a tarifa zero, que seria o transporte público gratuito e de qualidade, e as pessoas também terem mais controle político sobre o que é sistema de transporte na cidade. O sistema de transporte, como está colocado hoje, não serve para garantir o direito do cidadão. Ele serve pra garantir o lucro dos empresários que vivem disso”, explica a militante Mayara.

    Explica??? Então, segundo o Fantástico, isso é uma explicação. Mayara chama a “tarifa zero” de “ferramenta”. Ela quer a gratuidade dos transportes, suponho, porque se trata de um serviço público, exercido pela iniciativa privada por meio de concessão. A cidade gastará neste ano R$ 1,25 bilhão em subsídios para o transporte. Ela acha pouco. A “gratuidade”, como quer Mayara, custaria, estima-se, por baixo, R$ 6 bilhões. Esse dinheiro não existe. Dane-se! O papel de Mayara é reivindicar. Numa reportagem que demoniza a Polícia Militar de São Paulo, as ideias magriças da moça — uma coisa assim Marina Silva da selva de pedra pós-moderna — pareciam a voz do bom senso, da temperança, da bondade, da generosidade (num outro post, demonstro quão boazinha ela é…).

    Agora que sou do Passe Livre, vou ampliar as reivindicações de Mayara. Agora que sou um “progressista”, um “libertário”, um “pós-pós-tudo”, eu a convido a deixar de ser reacionária. Por que só o “passe livre”??? Vamos fazer o movimento em favor do “sinal livre”. O serviço de telefonia também é público, exercido por meio de concessão. Eu estou desconfiado de que empresas privadas andam tendo lucro com isso. E lucro é uma coisa muito feia, que já fez um mal enorme aos seres humanos. Como é sabido, como já está provado, como alguns doutores do Complexo Pucusp provam todos os dias, a humanidade só descobriu as vacinas e conseguiu massificá-las em razão da generosidade e do coletivismo, certo? Mas eu quero mais do que o “Sinal Livre”. Eu também quero a “Antena Livre” — ou, sei lá, as “Fibras Óticas Livres”. Por que as TVs, por exemplo, têm de dar lucro? Como Mayara, começarei a defender que a população tenha, como é mesmo?, “mais controle político sobre o que é” o sistema de radiodifusão no Brasil.

    Eu agora sou pelo controle social do transporte, da telefonia, da mídia, da propaganda, da informação, da aviação, da educação — de todos os serviços, enfim, operados sob concessão, como é o caso das TVs. E, não poderia ser diferente, passarei a defender o controle social das drogas, dos fetos e do orgasmo (já chego lá). Já que é preciso entregar tanto controle a alguém, sugiro que deixemos isso tudo para movimentos como esse tal “Passe Livre”, que outorgou a si mesmo o poder da representação, sob o aplauso quase unânime da imprensa. Como os controladores terão de controlar alguém, acho que caberá a nós o papel de controlados.

    No Fantástico, a pensadora foi adiante:
    “Existe sim uma série de partidos políticos, entidades que apoiam o movimento, tão aderindo, constroem junto e tão aí junto com a gente. O que importa agora é que o povo está na rua. É uma demonstração de força da população organizada que já está desgastada por várias questões”, analisa Mayara.

    Naquele antigo mundo que eu antes combatia — agora sou um progressista! —, as palavras tinham de fazer sentido. O verbo “analisar”, por exemplo, só era empregado quando as pessoas faziam… análise. Neste outro mundo ao qual acabo de aderir, esse substantivo pode ser empregado como sinônimo de uma confissão que deveria ser vergonhosa — mas, como se vê, não é. Os partidos políticos, no caso, são, mais ativamente, o PSOL, o PSTU e o PCO, todos eles rechaçados nas urnas. E por que não conseguem votos, mas conseguem levar o caos para as cidades? Porque, para fazê-lo, não é preciso muita coisa. Basta parar umas duas ou três vias principais na cidade e pronto!

    Mas eu estou me traindo, pô! É que ainda tudo é muito recente. Eu mudei de lado na noite deste domingo, assistindo ao Fantástico. Não desenvolvi ainda a destreza e a cara de pau dos neoconvertidos. Mas é questão de tempo. Vou me transformar num neofundamentalista do libertarismo. De agora em diante, pra mim, tudo o que for concessão pública será sinônimo de lucro zero. E já deixo claro que também começarei a lutar contra as hidrelétricas — que o Brasil seja movido a sopro —, contra o agronegócio (meu negócio agora é índio com cocar de carnaval), contra as religiões (só vou me opor às cristãs, como virou moda) e contra a família convencional. E já adianto que vou alargar a luta: além de um “não” ao preconceito de gênero, também vou me opor ao “preconceito de espécie”. Me aguardem!

    Outro dia, o pai de um remelento enviou pra cá um comentário irado — para o antigo Reinaldo, aquele “reacionário”, sabem?; agora eu mudei. Depois de deixar claro que tinha muito orgulho de seu filho participar dos quebra-quebras por aí, citou Raul Seixas (com Paulo Coelho):

    Faz o que tu queres
    Pois é tudo
    Da Lei! Da Lei!
    Viva! Viva!
    Viva A Sociedade Alternativa…

    Naquele mundo que descobriu as vacinas, pais citavam Catão para que filhos pudessem citar Raul Seixas — falo por metáforas, claro! Quando os pais citam Raul Seixas, então é hora de Mayara Vivian ser tratada pelo Fantástico como pensadora, propor a “gratuidade do transporte como ferramenta” e ser levada a sério.
    Texto publicado originalmente às 4h12 Por Reinaldo Azevedo

    Tags: São Paulo, tarifa de ônibus

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    17/06/2013 às 7:47
    Meus votos para São Paulo: “Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal: ainda será tratado pela TV como um Rio de Janeiro subtropical”


    Vejam esta foto de Domingos Peixoto, da Agência Globo.



    Vejam esta outra foto, de Pedro Kirilos.



    E vejam agora mais uma, também de Kirilos.


    Se eu fosse São Paulo, teria muita inveja do Rio. É verdade! Vejam bem! Mata-se naquele estado mais do que o dobro do que se mata em São Paulo. No entanto, Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame são considerados dois gênios da segurança pública — e as terras paulistas, como se sabe, na TV, parecem terra de ninguém. Amar o Rio é um dever nacional. Detestar São Paulo é uma obrigação.

    O pau comeu no Rio mais uma vez neste domingo. Uma manifestação pacífica contra os gastos na Copa foi reprimida com bombas de gás, de efeito moral, spray de pimenta e porrada. O Fantástico, que dedicou uma longa reportagem à criminalização da polícia de São Paulo, dedicou ao confronto do Rio… 18 segundos! O texto é rigorosamente este:

    “Ainda antes do jogo, no Rio, 600 pessoas, segundo a PM, protestaram dizendo-se contra o aumento no custo de vida. No fim, a policia dispersou o grupo com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral. Oito pessoas foram detidas, uma presa.”

    Apareceu no meio de uma reportagem de esporte, sobre o bom funcionamento dos estádios. Em seguida, o mesmo repórter continuou: “No fim da partida, torcedores felizes da vida (…)”.

    No Globo Online, no entanto, a coisa pareceu bem mais feia. Título da reportagem: “Polícia atira bombas contra manifestantes e famílias na Quinta da Boa Vista”. Leiam trecho. Volto depois:

    Uma manifestação realizada nas proximidades do Maracanã terminou com um ataque indistinto de policiais contra manifestantes e famílias que passavam o domingo na Quinta da Boa Vista. No início da tarde, o grupo de cerca de mil pessoas que tentava se aproximar do estádio, onde Itália e México se enfrentaram pela Copa das Confederações, foi dispersado, com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Os manifestantes se refugiaram na Quinta, área federal, vetada ao Batalhão de Choque, que passou a atirar mais bombas e gás de pimenta do lado de fora, atingindo também pessoas que nada tinham a ver com o protesto.

    “Estava com as minhas duas filhas, como sempre faço em alguns domingos do ano. A polícia chegou jogando bomba de efeito moral. Minhas filhas ficaram desesperadas, eu não sabia o que fazer. Moro em Madureira e não sei como vou pegar o trem para chegar em casa”, disse Alessandra Santana, que estava acompanhada das filhas de 13 e 7 anos, ambas muito nervosas. A mais nova exibia no rosto o resíduo de pó branco do spray usado pela polícia.

    A manifestação provocou a interdição de vias importantes, como as avenidas Radial Oeste e Bartolomeu de Gusmão e a Praça da Bandeira, além de provocar o fechamento da estação São Cristóvão do metrô. Os manifestantes protestavam contra o alto custo de vida nas cidades que sediarão a Copa e em favor de mais recursos para saúde e educação. Apenas às 19h15m as ruas foram totalmente abertas ao trânsito. Os manifestantes que estavam na Quinta foram escoltados pela PM até a estação da Leopoldina, onde encerraram o ato. Seis pessoas foram detidas; mais tarde, cinco delas foram liberadas. Uma foi presa em flagrante, conduzido à 20ª DP (Vila Isabel) e autuada por posse ou emprego de artefato explosivo ou incendiário.

    O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, no entanto, afirmou que não houve excesso do Batalhão de Choque na repressão aos manifestantes. O protesto teve início por volta das 15h30m, pouco antes do início da partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações da Fifa. O primeiro confronto envolveu aproximadamente 600 pessoas e policiais militares, que usaram spray de pimenta para dispersar a multidão. Este grupo foi contido na passarela que liga o estádio à estação do metrô. O clima ficou tenso e os manifestantes seguiram para a Quinta da Boa Vista. Um outro protesto também estava sendo realizado próximo à Rua São Francisco Xavier.

    Um grupo de 25 artistas do Projeto Regar, um projeto de arte cristã, também fez um ato no local. Eles faziam uma caminhada lenta, com roupas bem simples e o corpo todo pintado com uma tinta bege. De vez em quando, em silêncio, abriam cartazes com uma frase bíblica em português e inglês.

    Frequentadores da Quinta da Boa Vista contaram que viveram momentos de pânico. O garçom Frederico Júnior também disse ter se assustado com o confronto entre manifestantes e a polícia. Ele passeava com cinco crianças e a mulher grávida pelo parque quando o conflito chegou ao local. “Estou agora com as crianças e a minha mulher grávida nervosas e passando mal. As pessoas podem protestar, fazer o que quiserem, mas eles e a polícia precisam lembrar que aqui é um parque com crianças”, disse ele bastante aflito.

    Já o metalúrgico José Carlos Gomes, de 60 anos, foi comemorar o aniversário do pai em sua casa no Maracanã. Morador de Tomás Coelho, em Belford Roxo, ele saiu mais cedo da festa com a filha para evitar o fluxo maior após o jogo na volta para casa. No entanto, nada adiantou. Ele deixou a filha na Estação da Mangueira, onde ela pegaria o trem para casa, e seguiu para a Estação de São Cristóvão, que ficou fechada das 4h30m às 5h50m. Ele contou que chegou ao local às 5h e só conseguiu embarcar 50 minutos depois.

    Os amigos Maycon Diniz e Graciane Alves, de Niterói, que levaram a amiga Adriele Cristina, de Goiás, para conhecer o Maracanã pela primeira vez neste domingo, ficaram assustados com o confronto entre manifestantes e policiais. “ Estou muito assustada e com medo de que aconteça algo com a gente e, principalmente, com o Maycon, que é cadeirante. As pessoas vêm ao estádio para conhecer e acabam encontrando essa situação. Não somos contra a manifestação, desde que seja pacífica e não atrapalhe quem quer se divertir”, afirma Graciane.

    Durante o confronto, o fotojornalista Luiz Roberto Lima, que trabalha para as agências Globo e Estado precisou do auxilio de um bombeiro após passar mal com os gases de efeito moral lançados pela policia. Após o tumulto, o fotografo sentia dificuldade de respirar e enxergar. “ Não estou nem conseguindo abrir meus olhos”, reclamou Lima, que foi socorrido por jornalistas e por um bombeiro.
    (…)

    Voltei
    Que fique claro! Os manifestantes do Rio não estavam quebrando nada, não estavam espancando ninguém, não estavam depredando o patrimônio público.

    Evidentemente, como sempre, ninguém se ocupou de ouvir Sérgio Cabral ou José Mariano Beltrame.


    Policias fazem poesia no Rio, em foto de Pedro Kirilos (Agência O Globo). Fossem paulistas, estariam reprimindo uma manifestação pacífica


    Pessoas passam mal por causa do gás lacrimogêneo, em foto de Rodrigo Betolucci. Acontece…

    Texto publicado originalmente às 5h03 Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Copa das Confederações, Fantástico, protestos, Rio

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    17/06/2013 às 5:51
    Hackers invadem páginas oficiais; imprensa abre a Caixa de Pandora


    Certa imprensa está abrindo a Caixa de Pandora e flertando com táticas fascistoides — nas ruas ou na Internet. Vários sites oficiais foram hackeados ontem. Alguns já estão fora do ar. Outro ainda exibem a imagem abaixo.



    Aquele textinho verde que vai lá no alto fica correndo a tela de um lado para outro: “Abaixo a ditadura moderna! Liberdade de expressão! Mídia honesta já!”.

    Embora, como é evidente, a esmagadora maioria da tal “mídia” esteja com eles, isso ainda lhes parece pouco.

    O que será a “ditadura moderna”? Não sei! Vou perguntar para a tal Mayara Vivian. Ela deve saber. Sim, eu apaguei da mensagem um palavrão dirigido a Dilma. Por Reinaldo Azevedo

    Tags: hackers, protestos, tarifa de ônibus

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    16/06/2013 às 7:11
    LEIAM ABAIXO


    E o povo negou Dilma três vezes no Mané Garrincha! O que isso quer e não quer dizer;
    Os incendiários da elite não aceitam ser enquadrados pela lei que serve ao povo;
    Aos leitores, com afeto. Ou 216.516 visitas neste sabadão;
    Líder do PSDB cobra uma posição de Cardozo sobre conflitos em Brasília e espionagem da Abin;
    ELES ESTÃO ENTRE OS LÍDERES DO MOVIMENTO CONTRA A ELEVAÇÃO DA TARIFA DE ÔNIBUS;
    Coisa de Estado policial – PM de Pernambuco prende 4 agentes da Abin que espionavam o governador Eduardo Campos;
    Uso da força em protestos não é nem ilegítimo nem autoritário;
    Protesto pacífico no DF é reprimido com bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Cadê José Eduardo Cardozo? Ou repressão promovida por petista é poesia de resistência?;
    Dilma leva três sonoras vaias no Mané Garrincha, na abertura da Copa das Confederações;
    ATENÇÃO! PT VAI ENTRAR DE CABEÇA NA PANTOMIMA! APARELHOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES ESTÃO LIBERADOS PARA IR ÀS RUAS NA SEGUNDA: A ORDEM É NÃO TOCAR NO VALOR DA TARIFA E SE MANIFESTAR CONTRA A PM E CONTRA ALCKMIN. MILHÕES DE PESSOAS SÃO VÍTIMAS DE UMA TRAMOIA ELEITORAL;
    Descoberta a origem de mais um grupo que ajuda a tocar o terror em São Paulo. Vejam! Ou: Eles trocaram Marx por uma mistura de Lafargue com Bakunin!;
    Este é um dos seres angelicais, segundo setores da imprensa brasileira;
    Produtores rurais de 9 estados protestam contra a indústria das invasões indígenas! É raro haver protesto de quem trabalha, produz e arrecada impostos, né? No Brasil, os vagabundos é que lideram a cultura da reclamação;
    Tarifa zero: descoberto o emplastro que vai livrar o Brasil da melancolia;
    A violência em São, no Rio e a cobertura jornalística. Noticiário da própria Folha desmente versão de que “foi a polícia que começou”;
    Em vez de se esconder debaixo da cama e de se acovardar diante do alarido, o governador Alckmin fala e defende a lei, a democracia e o estado de direito. É assim que se faz!;
    E Cardozo, o pré-candidato, continua a tirar uma casquinha dos conflitos em SP! É o fim da picada!;
    Desistam! Neste blog, vândalos e baderneiros não se criam! Param no mata-burro. Vão procurar a sua turma! Ou: Um pouco de memória a um veterano e venerando;
    Em nota, Petrobras diz que contrato com ONG que é dona do domínio “Passe Livre” já foi encerrado; entidade tira logos oficiais de sua página;
    Como a metafísica petista criou a violência dos Remelentos e das Mafaldinhas incendiários. Ou: O casamento do estado-babá com o estado prevaricador;
    Como o Brasil não tem uma lei antiterrorismo, que se aplique contra os desordeiros a Lei de Segurança Nacional, que está em vigência, sim!;
    Terroristas nas ruas – Atenção, leitor! Um promotor de SP tenta provar que trouxa é você, que segue a lei. O papel dele, pelo visto, é ser babá de criminoso Por Reinaldo Azevedo

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    16/06/2013 às 7:05
    E o povo negou Dilma três vezes no Mané Garrincha! O que isso quer e não quer dizer


    Neste sábado, antes do jogo, perto de 500 pessoas tentaram protestar contra o uso de dinheiro público na Copa do Mundo. Diziam que ele deveria ser direcionado para saúde e educação. Era uma manifestação pacífica, sem armas, sem lança-chamas, sem coquetéis molotov. Mesmo assim, a Polícia Militar do Distrito Federal, governado pelo PT, desceu o sarrafo na turma. Até quando escrevo, a OAB não deu um pio, o José Eduardo Cardozo não deu um pio. As sedizentes organizações de defesa dos direitos humanos não deram um pio. Quando o PT bate em alguém, certamente é por bons motivos, certo? Os que se manifestavam também expressaram seu apoio ao movimento contra a elevação de tarifas de ônibus Brasil afora. Dentro do estádio, o povo — ao menos aquele que foi ver o jogo entre as seleções do Brasil e do Japão — vaiou Dilma três vezes. É grande a tentação para juntar mal-estares “diferentes e combinados”, como diria o companheiro Trotsky, num único movimento. Se caímos nessa tentação, acabamos por obscurecer a realidade. Então tentarei fazer as distinções.

    Começo pelas vaias a Dilma. É claro que existe um grande eleitorado que se opõe ao governo. O que tem faltado nesses 10 anos é oposição. Pirandello cuidou das seis personagens em busca de um autor. No Brasil, há milhões de eleitores em busca de quem os represente com clareza. E não encontram. As forças políticas que não aderiram ao governismo têm se mostrado tímidas; uma parcela, eleita para se opor, traiu o eleitor e se bandeou para o poder. O eleitorado que disse “não” ao PT tem motivos de sobra para se sentir pouco representado. Mas seu descontentamento continua.

    Cumpre lembrar alguns números. Em 2010, havia 135,8 milhões de eleitores no país. No segundo turno, Dilma foi eleita com 55.752.529 votos, contra 43.711.388 do tucano José Serra. Percebam: apenas 41% dos brasileiros aptos a votar a escolheram. Os outros 59% preferiram a oposição, a abstenção ou o voto branco ou nulo. No primeiro turno, a petista obteve 47.651.434 votos. Ou por outra: apenas 35% do eleitorado a tinham como primeira opção. É claro que Dilma é uma presidente legítima, escolhida segundo as regras do jogo. Mas dava para perceber de saída que estava longe de constituir uma unanimidade. A política é que deveria ter se encarregado de manter mais ou menos mobilizada uma fatia que fosse daqueles que ativamente disseram “não” à candidata do PT. Isso não aconteceu, como sabemos.

    É bobagem supor que o estádio inteiro vaiou Dilma e que não havia lá pessoas que apoiam o governo. É até possível que, fosse aquele o colégio eleitoral, ela ainda se sagrasse vitoriosa. Impossível saber. Uma coisa, no entanto, é certa: os que a reprovam — ou, ao menos, repudiam a exploração política de um evento esportivo — estavam lá em número suficiente para se fazer ouvir. Com certeza absoluta, a porcentagem de eleitores de oposição no Mané Garrincha é bem superior à de oposicionistas no Congresso. Pode-se inferir mais: a porcentagem de eleitores de oposição no Brasil como um todo é certamente maior do que a de parlamentares oposicionistas. Afinal, estamos lidando com um dado da história: pessoas eleitas para se opor acabaram virando casaca.

    Por que estão descontentes? Há uma penca de razões: inflação, corrupção, ineficiência, restrições de natureza ideológica, que são legítimas, sei lá eu…

    Agora os protestos
    A vaia no estádio nos lembra que existem, sim, eleitores de oposição no país. E cumpre que não misturemos o descontentamento desse cidadão pacífico, pagador de impostos, trabalhador dedicado, com algumas manifestações de rua, degenerem ou não em violência. O movimento contra os gastos na Copa mistura algumas palavras de ordem que estão hoje na boca de partidos à esquerda do PT com outras que poderiam ser encampadas por pessoas comuns, orientadas apenas pela vergonha na cara: contra a roubalheira, por mais transparência etc. Mas o sotaque, é inequívoco, o coloca naquele tronco ideológico da cultura da reclamação, que acaba, no fim das contas, servindo à esquerda. Notem que o repúdio de muitos a Dilma não os impediu de assistir ao jogo. Ou por outra: o movimento que protesta contra os gastos com a Copa do Mundo não resultará, necessariamente, numa corrente de oposição à Dilma.

    E o mesmo se diga sobre os baderneiros de classe média que decidiram botar fogo em algumas cidades brasileiras. O Movimento Passe Livre e partidecos de esquerda que lideram essa pantomima violenta podem até considerar adversários os petistas, mas, ATENÇÃO!, TRATA-SE DE DIVERGÊNCIAS no campo dito “progressista”. Num eventual segundo turno entre Dilma e um “candidato da direita” (como eles dizem lá em sua linguagem perturbada), já sabemos como se comportam os radicais: acabam voltando momentaneamente para a nave-mãe, o PT. Os que hoje pedem a redução da tarifa de ônibus em São Paulo — ou a sua gratuidade — exigem um partido mais radical, mais à esquerda, mais comprometido com o que chamam “lutas populares”.

    Esses militantes não se misturam com aqueles eleitores de oposição que, percebam, são de oposição justamente porque repudiam parte da agenda petista. À diferença dos incendiários que estão nas ruas, o Brasil oposicionista (o do estádio, não necessariamente o do Congresso) quer mais ordem, não menos; quer mais respeito às leis, não menos; quer indivíduos mais independentes, não menos. Essas agendas não se misturam. Dado o ponto de vista que adoto, que é o de um liberal, as vaias no estádio e a luta pelo “passe livre” são manifestações que estão em polos distintos, antagônicos mesmo. As vaias traduzem um anseio, entendo, de “despetização” do país. O Passe Livre está aí a cobrar que o petismo seja ainda mais…petista! Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Dilma, Eleições 2014, vaia

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    16/06/2013 às 6:55
    Os incendiários da elite não aceitam ser enquadrados pela lei que serve ao povo


    Vejam esta foto, publicada na VEJA desta semana.



    Contei aqui outro dia que tomei umas borrachadas invadindo um prédio do Crusp, na USP. Doeu, mas não fui chorar no colo de mamãe. A PM estava lá para proteger o dito-cujo e impedir a invasão. A gente decidiu levar a operação adiante. O que esperar? A polícia tentou impedir no corpo a corpo, não conseguiu, houve uns safanões, e a invasão se consumou. Ficamos lá dentro por um bom tempo. Depois de uma negociação, o prédio foi desocupado. Ninguém portava paus, pedras, lança-chamas, rojões, coquetel molotov, porrete, nada disso. O Brasil vivia a fase já da ditadura esculhambada, mas ditadura era. Nem por isso, cobríamos o rosto como bandidos do Comando Vermelho ou do PCC ou usávamos máscaras. No tempo em que fiquei na USP, não me lembro de uma só dessas ações — incluindo umas três invasões à Reitoria — que tivesse resultado em danos ao patrimônio da universidade. Ao contrário: havia a orientação para que não se quebrasse nada. As pichações eram feitas em papéis de rolo, afixados depois às paredes. Nada parecido com a nojeira que vi nas invasões em anos recentes. Ação política, mesmo quando equivocada, não pode se confundir com banditismo.

    Voltemos, então, à foto lá do alto. Quem leva um lança-chamas para uma manifestação está em busca de quê? De paz? Não me parece. Também se viram coquetéis molotov, rojões, paus, pedras e o infalível spray, que vai sujando tudo. Quase 300 ônibus foram depredados. Duas estações de metrô foram seriamente danificadas. Desde o primeiro dia, os líderes das manifestações deram inúmeras declarações afirmando que a manifestação seria pacífica, sim, desde que a polícia se comportasse. O que isso quer dizer? O óbvio: serão pacíficos desde que possam fazer o que lhes der na telha. Ou, então, partem, como partiram, para a porrada. E depois saem por aí exercitando o discurso das vítimas.

    Jornalistas também resolveram surfar na onda. Ora, se estão metidos no que acabou virando um campo de batalha, é grande o risco de que sejam atingidos. É lamentável? É, sim, mas esse risco é parte do ofício. Quando policiais, na quarta jornada de manifestações sabidamente violentas, fazem revistas em manifestantes, estão apenas cumprindo a sua função. Há inúmeros vídeos no YouTube com provocações baratas, feitas por profissionais de imprensa. Lamento! Deveriam estar lá como juízes isentos do confronto. Se deixam claro que têm lado — e que, pois, o policial será necessariamente demonizado —, estão se comportam, eles também, como manifestantes. Não podem aspirar às duas coisas: à imunidade da profissão e ao furor da causa.

    Traço de classe
    E os manifestantes? É notável como alguns truculentos, que se comportam como horda fascistoide, viram, de súbito, bebês chorões. Embora falem como oprimidos, estão, na verdade, acostumados a um país em que as leis existem para os outros — quase sempre, para os pobres. Acham que podem sair por aí quebrando, incendiando e pichando sem que nada lhes aconteça. Por alguma razão, acreditam ter direito a uma espécie de imunidade.

    Aliás, esse comportamento não se verifica só nesse caso. Não faz tempo, vimos alguns grupos organizados na USP em defesa do seu suposto direito de fumar maconha nas dependências da universidade. Também queriam que a Polícia Militar fosse impedida de entrar no campus, como se aquele fosse um outro território, apartado do Brasil; como se a Constituição e o Código Penal não tivessem vigência naquele lugar. Em nome dos “direitos”, advogam é uma sociedade de privilégios.

    Não, não estou associando uma militância à outra. Estou apenas demonstrando que certas camadas sociais no Brasil não querem jamais ser alcançadas pela lei. Basta-lhes não gostar da legislação em vigor para, então, se sentir no direito de desrespeitá-la. E não deixam de ser bem-sucedidas em suas incursões no mundo da delinquência. Tão logo o “estado repressor” se manifesta — segundo códigos legais —, uma pletora de entidades, inclusive a OAB (o que é uma vergonha), corre em seu socorro. São tratados como verdadeiros heróis. Ou como bibelôs do “progressismo”.

    “Vai pegar bandido!”
    Muitos desses que se conferem todos os direitos não têm vergonha nenhuma de exercitar seu preconceito: “Por que a polícia não vai pegar bandido?”, indagava um. “Eu não sou bandido!’, vociferava outro. Não??? Indivíduos que, de forma deliberada, levam a cidade ao colapso, interditando vias; que saem por aí metendo fogo no que encontram pela frente; que depredam prédios públicos e privados, é preciso reconhecer, são, sim, BANDIDOS!

    Tudo às claras
    Polícia e Ministério Público já conhecem as lideranças, já sabem quem faz o quê, quem comanda os extremistas. Agora é preciso tomar as providências para que aquelas ações não restem impunes.

    Que ideia na cabeça tem o rapaz com um lança-chamas na mão?

    Por Reinaldo Azevedo

    Tags: tarifa de ônibus

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    16/06/2013 às 6:51
    Aos leitores, com afeto. Ou 216.516 visitas neste sabadão


    Só neste sábado, este blog teve 216.516 visitas. Escrevi ontem um post afirmando que poderíamos chegar a 200 mil. Superamos. Obra de vocês! Por Reinaldo Azevedo

    Tags: leitores

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    15/06/2013 às 18:10
    Líder do PSDB cobra uma posição de Cardozo sobre conflitos em Brasília e espionagem da Abin


    Recebo um e-mail da liderança do PSDB com a seguinte mensagem.

    Para o Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) precisa esclarecer à sociedade quais são as ações que serão adotadas pela Polícia Federal para combater a onda de protesto que toma conta de Brasília. “A segurança pública na capital é custeada pela União, o que torna obrigatória uma resposta do governo federal. Esperamos que o ministro analise o ocorrido e, se necessário, acione a Polícia Federal para ajudar Brasília”, avaliou.

    Neste sábado, centenas de manifestantes protestaram em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, palco da abertura da Copa das Confederações. Eles criticavam os gastos excessivos para realização do evento – a obra custou R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. Os policiais chegaram a disparar bomba de gás lacrimogênio contra a multidão e spray de pimenta. Ontem, em outro protesto, a avenida Eixo Monumental foi interditada após manifestantes queimarem pneus.

    Sampaio pede ainda esclarecimentos do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general José Elito Siqueira. Na avaliação do Líder, a Agência Brasileira de Inteligência, ao invés de monitorar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deveria concentrar esforços para manter a ordem pública na abertura desse importante evento. “Onde está a inteligência do governo que não previu esses protestos na véspera da abertura do evento? Não quero acreditar que estava concentrada em investigar políticos e adversários”, disse. Por Reinaldo Azevedo

    Tags: José Eduardo Cardozo, PSDB

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    15/06/2013 às 18:03
    ELES ESTÃO ENTRE OS LÍDERES DO MOVIMENTO CONTRA A ELEVAÇÃO DA TARIFA DE ÔNIBUS


    A VEJA São Paulo desta semana traz o perfil de quatro lideranças do movimento contra o aumento das passagens de ônibus. Embora eles participem de ações que têm feito um mal imenso à cidade e aos cidadãos, contenham-se. Nada de ofensas pessoais. Cumpre ao estado brasileiro, que dispõe de leis democráticas, proteger os interesses da maioria dos brasileiros.
    Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Movimento Passe Livre, tarifa de ônibus

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    15/06/2013 às 17:53
    Recorde


    Este blog deve ter hoje o seu recorde de visitas para um sábado: perto de 200 mil. Obrigado!

    Por Reinaldo Azevedo

    Tags: leitores

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    15/06/2013 às 17:50
    Coisa de Estado policial – PM de Pernambuco prende 4 agentes da Abin que espionavam o governador Eduardo Campos


    A VEJA desta semana traz uma reportagem do balacobaco, de autoria de Hugo Marques e Rodrigo Rangel. A Polícia Militar de Pernambuco prendeu quatro agentes da Abin que atuavam disfarçadamente no Porto de Suape, em Pernambuco, com o objetivo de espionar as ações do governador do Estado, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República. Atenção! Não há nada de errado em haver agentes do serviço de Inteligência acompanhando movimentos sociais que potencialmente perigosos para a segurança pública ou do estado. As melhores democracias do mundo fazem isso. Ocorre que não é esse o caso. Leiam trecho da reportagem. A íntegra segue na edição impressa.
    *
    É colossal o esforço do governo para impedir que decolem as candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da ex-senadora Marina Silva (sem partido). Nos últimos meses, a presidente Dilma Rousseff reacomodou no ministério caciques partidários que ela havia demitido após denúncias de corrupção, loteou cargos de peso entre legendas desgarradas da base aliada e pressionou governadores do próprio PSB a minar os planos de Campos. Sob a orientação do ex-presidente Lula, Dilma trabalha para Montar a maior coligação eleitoral da historia e, assim, impedir que eventuais rivais tenham com quem se aliar. A maior parte dessa estratégia é posta em pratica a luz do dia, como a volta dos “faxinados” PR e PDT a Esplanada, mas ha também uma face clandestina na ofensiva governista, com direito a espionagem perpetrada por agentes do estado. Um dos alvos dessa ação foi justamente Eduardo Campos, considerado pelo PT um estorvo à reeleição de Dilma pela capacidade de dividir com ela os votos dos eleitores do Nordeste, região que foi fundamental para assegurar a vitória da presidente em 2010.

    0 Porto de Suape, no Recife, carro- chefe do processo de industrialização de Pernambuco, serviu de arena para o até agora mais arrojado movimento envolvendo essa disputa pré-eleitoral. No dia 11 de abril, a Policia Militar deteve quatro espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que fingiam trabalhar no local, mas há semanas se dedicavam a colher informações que pudessem ser usadas contra Campos. A Secretaria de Segurança Pública estadual já monitorava os agentes travestidos de portuários fazia algum tempo. Disfarçados, eles estavam no estacionamento do porto quando foram abordados por seguranças. Apresentaram documentos de identidade e se disseram operários. Acionada logo depois, a PM entrou em cena. Diante dos policiais, os espiões admitiram que eram agentes da Abin, que estavam cumprindo uma missão sigilosa e pediram que não fossem feitos registros oficiais da detenção. 0 incidente foi documentado em um relatório de uma página, numa folha de papel sem timbre, arquivada no Gabinete Militar do governador. Contrariado com a espionagem, Eduardo Campos ligou para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jose Elito Siqueira, a quem o serviço secreto do governo está subordinado.

    Em uma reunião com aliados do PPS, o governador contou que o general garantiu que não houve espionagem de cunho político, ou de viés eleitoral, mas apenas um trabalho rotineiro. “Nos fazemos apenas monitoramento de cenários para a presidenta”. ponderou o chefe do GSI. Apesar da gravidade do incidente, o caso foi dado como encerrado pelos dois lados. Poucas pessoas souberam da história. A elas, Campos explicou que não queria tornar público o episódio para não “atritar” ainda mais a relação com o Palácio do Planalto nem causar um rompimento entre as partes. Mas houve desdobramentos. “Tive de prender quatro agentes da Abin que estavam me monitorando”. Revelou Eduardo Campos. E ainda desabafou: “Isso é coisa de quem não gosta de democracia, de um governo policialesco”. Pediu aos aliados que o assunto fosse mantido em segredo. “Não tenho nada a dizer sobre isso”, desculpou-se na semana passada o deputado Roberto Freire, presidente da legenda, que estava presente a reunião.

    Os agentes detidos no Porto de Suape trabalham na superintendência da Abin em Pernambuco. São eles: Mario Ricardo Dias de Santana, Nilton de Oliveira Cunha Junior, Renato Carvalho Raposo de Melo e Edmilson Monteiro da Silva. No dia da detenção, usavam um Palio (JCG-1781) e um Peugeot (KHI-1941). A placa do Pálio é fria, não existe. Já a do Peugeot é registrada em nome da própria Abin. Na semana passada, o agente sênior Mario Santana se aposentou. Nilton Junior e Renato de Melo davam expediente normalmente na superintendência. Já Edmilson Silva, na quinta-feira, estava escalado para o plantão noturno. Nada mais natural. Edmilson Silva tem uma dupla jornada de trabalho. Além de espião, é vereador, eleito pelo PV, no município de Jaboatão dos Guararapes. Vive, portanto, urna situação curiosa. Durante o dia, como vereador, é um defensor das liberdades. Às escuras, como araponga, une-se aos colegas de repartição para violá-las. “Fui ao Porto de Suape algumas vezes apenas para visitar amigos”, disse a VEJA o agente-vereador.
    (…) Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Abin, Eduardo Campos, Eleições 2014

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    15/06/2013 às 17:36
    Uso da força em protestos não é nem ilegítimo nem autoritário


    Na VEJA.com:
    Na manhã desta sexta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, autorizou o início de uma investigação para averiguar se houve excessos da PM durante a última passeata do Movimento Passe Livre na capital do estado. É provável que a investigação da Corregedoria da PM traga à tona erros cometidos na operação para conter e dispersar os manifestantes. Na internet espalham-se imagens de pessoas que alegam ter sido agredidas de maneira arbitrária. Notoriamente, há déficits no treinamento dos policiais brasileiros. Uma análise, ainda que não muito profunda, dos confrontos de quinta-feira mostra que não foram seguidas à risca diversas recomendações do Código de Conduta para Agentes de Segurança Pública das Nações Unidas, uma espécie de código internacional para ações policiais durante manifestações públicas. Isso não significa, no entanto, que tenha sido ilegítima a ação da PM na marcha de São Paulo. É uma questão de princípios. “No Estado de Direito, a Polícia tem autorização para usar a força a fim de garantir a ordem e a segurança”, diz Maria Stela Grossi Porto, socióloga e membro do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança da Universidade de Brasília. “Mais ainda, o uso da força é monopólio dela.”

    A tentativa de fazer da ação da PM um exemplo de autoritarismo comparável à repressão dos tempos de regime militar no Brasil, ou à ação das polícias de regimes ditatoriais, é um evidente absurdo, uma vez que o país não vive um regime de exceção. Mais razoáveis seriam comparações com embates ocorridos nos Estados Unidos e na Europa – ou seja, em nações democráticas – em anos recentes. Londres, Madri, Nova York, Toronto são apenas algumas das metrópoles que foram palco de choques entre a polícia e ativistas inspirados por ideais não muito diferentes daqueles abraçados por quem protesta em São Paulo – a rejeição ao “sistema”, em algum de seus aspectos particulares ou de maneira genérica.

    Em novembro de 2011, por exemplo, durante a desmonte dos acampamentos de manifestantes do Ocupe Wall Street, em Nova York, ao menos 300 pessoas foram presas. Houve uma larga discussão sobre “uso abusivo da força” e dois oficiais se tornaram emblemas desse hipotético excesso, pelo uso indiscriminado de spray de pimenta. Eles foram submetidos a sindicâncias e punições, mas nenhum deles sofrera uma ação criminal, como foi decidido em meados de abril deste ano. Em reportagem sobre o caso, o jornal The New York Times ouviu um especialista em direito penal que ressaltou a dificuldade em se processar policiais envolvidos em situações “caóticas” como a de uma manifestação de rua. “Seria preciso provar, para além de qualquer dúvida razoável, que o polícial usou a força em total desacordo com as suas atribuições”, disse o ex-promotor Thomas J. Curran. “Ocorre que o uso da força é parte das suas atribuições.” Quando posta em movimento, nenhuma polícia é angelical.

    Uso da força
    “É muito tênue o limite do que é legítimo e do que não é em situações de multidão”, diz Maria Stela Grossi Porto. “Os casos precisam ser sempre analisados individualmente.” Os possíveis exageros e erros da quinta-feira não devem, portanto, colocar em xeque o direito e o dever policial de zelar pela ordem durante uma passeata. A sua presença é a única maneira de garantir a segurança dos transeuntes, do patrimônio público e, em certas circunstâncias, até mesmo dos manifestantes — uma vez que as marchas costumam reunir um público heterogêneo, como sem dúvida foi o caso nos últimos dias em São Paulo. Isso não está em contradição com a necessidade – também ela permanente – de aprimorar e “civilizar” as forças policiais.

    Num ato de rua, ditam os protocolos, a polícia deve seguir três passos: esclarecimento, contenção e repressão. Num primeiro momento, há que se coletar informações sobre o movimento e negociar locais e itinerários com os manifestantes. Isso foi feito na quinta-feira em São Paulo, e um dos motivos da situação ter fugido ao controle foi a tentativa de alguns líderes da passeata de mudar o trajeto combinado e furar ou contornar o bloqueio policial. A fase de contenção é preparada para quando a manifestação pode evoluir a um tumulto. Nessa situação, a tropa de choque se posiciona de maneira ostensiva para tentar dissuadir os manifestantes. Entre esse momento e os primeiros atos de repressão, uma série de medidas dissuasórias deve ser empregada.

    Segundo José Inácio Cano, do Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), reclamações sobre o uso abusivo da força policial durante manifestações são comuns no mundo todo. “É importante que fique claro apenas uma questão: a primeira abordagem policial tem de ser sempre pacífica, a tentativa de ganhar os manifestantes pela conversa, pela negociação.” Um histórico de manifestações anteriores não deve justificar ações açodadas. “A polícia não pode dar início a uma ação repressiva com base em algo anterior. Assim como tem o direito de usar a força, o policial é profissional e deve ser treinado para não agir no impulso.”

    (Des)preparo
    “O policial precisa ser mais bem treinado, precisa de educação continuada e de socialização. Infelizmente, isso ainda não atinge aquele policial que está na linha de frente”, diz Maria Stela. Uma medida relativamente simples de aprimoramento, testada em outros países e ainda de maneira incipiente no Brasil, é a criação de relatórios diários. Em linhas gerais, isso significa que o policial, após um dia de trabalho, deve relatar por escrito o que aconteceu e como atuou em cada ocorrência. “Esse é um caminho eficiente, usado em países estrangeiros, para que o policial reflita sobre seus atos e tenha um retorno sobre se agiu, ou não, corretamente.” Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Polícia Militar, protestos

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    15/06/2013 às 17:23
    Protesto pacífico no DF é reprimido com bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Cadê José Eduardo Cardozo? Ou repressão promovida por petista é poesia de resistência?


    Cavalos da PM do Distrito Federal fazem poesia com manifestantes no Distrito Federal. Cardozo vê aí a expressão da democracia? (Ueslei Marcelino/Reuters)

    Um grupo de 500 pessoas decidiu organizar um protesto — ATENÇÃO, PACÍFICO!!! — em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, que abriga o jogo de abertura da Copa das Confederações. A Polícia do Distrito Federal, governado pelo petista Agnelo Queiroz, desceu o sarrafo: cassetete, bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha, spray de pimenta e 25 pessoas presas. Regra de três simples: se 500 rendem 25 presos, quantos teriam sido se houvesse 5 mil, como em São Paulo? Resposta: 250! Ou por outra: a PM do Distrito Federal prendeu mais gente, proporcionalmente, do que a de São Paulo no protesto de quinta, quando 230 foram detidos. Diferença fundamental: o protesto de Brasília era realmente pacífico. Os manifestantes não portavam lança-chamas, paus, pedras, nada disso. Só palavra. Foram duramente reprimidos. Um dele foi atropelado por uma motocicleta da polícia e preso em seguida. José Eduardo Cardozo, cadê você?

    Estão começando a pipocar país afora manifestações contra o uso de dinheiro público na Copa do Mundo. O mote é mais ou menos este: “Da Copa eu abro mão, quero dinheiro para saúde e educação”. Essa relação não é assim tão direta, mas é um jeito de ver o mundo. Seria esse protesto uma variante de um mesmo e difuso mal-estar, que incluiria em seu repertório o protesto contra a elevação das tarifas de ônibus? Tenho dificuldades de lidar com esferas de sensações a conduzir a história. Parece-me que são protestos com origens distintas e, fica evidente, com formas igualmente distintas de expressão. A Avenida Paulista abrigou manifestação com conteúdo idêntico: pacífica e serena. Ninguém portava armas ou buscava confronto com a polícia.

    Muito bem! Movimentos organizados, que usam com destreza as redes sociais, se encarregaram de transformar os episódios de São Paulo num caso de lesa democracia, como se não coubesse à polícia reprimir quem vai para as ruas para o tudo ou nada. A repercussão cresceu exponencialmente quando a militância petista entrou na parada, como se o protesto, originalmente, não tivesse como alvo, principalmente, a política de transportes do prefeito Fernando Haddad, que é do partido.

    Os episódios do Distrito Federal — e também há pessoas feridas com balas de borracha —certamente terão repercussão bem menor. O petismo se encarregará de tentar abafá-los nas redes sociais, embora, reitero, as ações sejam incomparáveis. Até agora, os que protestam contra o uso de recursos públicos na Copa do Mundo não apelaram à linguagem da violência. E espero que não o façam.

    PS – Vamos ver que tratamento as TVs darão à questão. Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Agnelo Queiroz, Copa do Mundo de 2014, José Eduardo Cardozo, PT, violência

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    133 COMENTÁRIOS



    15/06/2013 às 16:08
    Dilma leva três sonoras vaias no Mané Garrincha, na abertura da Copa das Confederações


    Joseph Blatter, presidente da Fifa, discursou na abertura da Copa das Confederações, no estádio Mané Garricha, em Brasília. O jogo de estreia é Brasil contra o Japão. Estava ao lado de Dilma Rousseff. Tão logo citou o nome da presidente, explodiu uma sonora vaia no estádio. As autoridades brasileiras, definitivamente, se arriscam em situações assim. Lula, que é Lula — transformado no demiurgo nacional —, foi vaiado em pleno Maracanã, na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Dilma, diga-se, já tinha sido vaiada quando teve o nome anunciado pelo sistema de som e voltou a ouvir a manifestação de descontentamento quando ela própria falou.

    Os petistas podem tentar citar Nelson Rodrigues — “Brasileiro vaia até minuto de silêncio” — ou podem achar que está em curso algum desconforto com o governo. E olhem que o jogo se dá em Brasília, não é?, que tem a renda per capita mais alta do país.

    A vaia quer dizer alguma coisa e aponta para 2014? Não dá para saber. As pesquisas indicam que a popularidade da presidente é alta, mas está em queda. Lula, como lembrei, foi vaiado em 2007 e, como se sabe, elegeu sua sucessora. Vamos ver.

    Ah, sim: Neymar abriu o placar aos três minutos do primeiro tempo. Por Reinaldo Azevedo

    Tags: Dilma, futebol

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    574 COMENTÁRIOS



    15/06/2013 às 7:31
    LEIAM ABAIXO


    ATENÇÃO! PT VAI ENTRAR DE CABEÇA NA PANTOMIMA! APARELHOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES ESTÃO LIBERADOS PARA IR ÀS RUAS NA SEGUNDA: A ORDEM É NÃO TOCAR NO VALOR DA TARIFA E SE MANIFESTAR CONTRA A PM E CONTRA ALCKMIN. MILHÕES DE PESSOAS SÃO VÍTIMAS DE UMA TRAMOIA ELEITORAL;
    Descoberta a origem de mais um grupo que ajuda a tocar o terror em São Paulo. Vejam! Ou: Eles trocaram Marx por uma mistura de Lafargue com Bakunin!;
    Este é um dos seres angelicais, segundo setores da imprensa brasileira;
    Mais um revés – STF agora quebra o sigilo de empresa contratada por Lindbergh;
    Produtores rurais de 9 estados protestam contra a indústria das invasões indígenas! É raro haver protesto de quem trabalha, produz e arrecada impostos, né? No Brasil, os vagabundos é que lideram a cultura da reclamação;
    Tarifa zero: descoberto o emplastro que vai livrar o Brasil da melancolia;
    Fôlego do governo brasileiro está acabando, diz FT;
    Justiça recua e permite que Petrobras volte a importar;
    A violência em São, no Rio e a cobertura jornalística. Noticiário da própria Folha desmente versão de que “foi a polícia que começou”;
    Em vez de se esconder debaixo da cama e de se acovardar diante do alarido, o governador Alckmin fala e defende a lei, a democracia e o estado de direito. É assim que se faz!;
    E Cardozo, o pré-candidato, continua a tirar uma casquinha dos conflitos em SP! É o fim da picada!;
    Desistam! Neste blog, vândalos e baderneiros não se criam! Param no mata-burro. Vão procurar a sua turma! Ou: Um pouco de memória a um veterano e venerando;
    Em nota, Petrobras diz que contrato com ONG que é dona do domínio “Passe Livre” já foi encerrado; entidade tira logos oficiais de sua página;
    Como a metafísica petista criou a violência dos Remelentos e das Mafaldinhas incendiários. Ou: O casamento do estado-babá com o estado prevaricador;
    Como o Brasil não tem uma lei antiterrorismo, que se aplique contra os desordeiros a Lei de Segurança Nacional, que está em vigência, sim!;
    Terroristas nas ruas – Atenção, leitor! Um promotor de SP tenta provar que trouxa é você, que segue a lei. O papel dele, pelo visto, é ser babá de criminoso Por Reinaldo Azevedo

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    15/06/2013 às 7:21
    ATENÇÃO! PT VAI ENTRAR DE CABEÇA NA PANTOMIMA! APARELHOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES ESTÃO LIBERADOS PARA IR ÀS RUAS NA SEGUNDA: A ORDEM É NÃO TOCAR NO VALOR DA TARIFA E SE MANIFESTAR CONTRA A PM E CONTRA ALCKMIN. MILHÕES DE PESSOAS SÃO VÍTIMAS DE UMA TRAMOIA ELEITORAL


    Decidi manter este post no alto por mais algum tempo

    Isto é uma informação, não uma interpretação. O PT liberou a tigrada para ir às ruas na segunda-feira. Os sindicatos de trabalhadores e estudantes dominados pelo partido estão sendo convocados a participar do que pretendem que seja uma megamanifestação, aí não mais contra a tarifa de ônibus, mas contra a Polícia Militar e contra o governo de São Paulo. A ordem, aliás, é focar o menos possível no valor da passagem de ônibus. Por óbvio, a questão pode arranhar a imagem de Fernando Haddad. Os petistas estão vendo na questão uma chance de ouro de realizar uma dupla operação:
    a: diluir o mal-estar com a elevação da tarifa;
    b: mudar definitivamente o sentido dos protestos.

    O movimento é organizado, veio de cima. O próprio Haddad saiu na frente. Foi a primeira autoridade petista, já na noite de ontem, a criticar “a violência” da polícia. Ele o fez depois de conversar com a cúpula partidária. Gilberto Carvalho — que comanda a pasta que, na prática, “organiza” os índios — está sabendo de tudo. É ele quem faz a interlocução com os movimentos sociais.

    Os petistas tentam “assumir a liderança” do movimento em São Paulo, que consideram perigosamente fora do controle. Ao assumi-la, por intermédio dos movimentos sociais e lhe dar uma direção, pretendem mudar o eixo dos protestos. Observem que José Eduardo Cardozo também atacou a polícia. Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, defendeu “o direito à manifestação”, como se alguém estivesse a contestá-lo.

    PCdoB
    O PCdoB também está chamando a sua turma. Membros da Juventude Socialista já andaram aparecendo nos protestos. Na segunda, haverá uma espécie de adesão formal. Não se esqueçam de que o partido tem a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão.

    Pusilanimidade
    Haddad, diga-se, convidou o Movimento Passe Livre para um papinho. Quer ouvir as suas propostas. A menos que o grupo tenha mudado a agenda, sei qual é: transporte gratuito para todos. A turma tem uma máxima bucéfala: se é público, por que é pago? Entenderam? Eles fingem não entender que tudo, rigorosamente tudo, o que é é público é… pago! Alguém sempre arca com os custos.

    É um caso evidente de pusilanimidade política. Ao receber pessoalmente os representantes do Passe Livre, o prefeito estará endossando seus métodos: depredação, quebra-quebra, coquetel molotov, porrada.

    É preciso deixar claro: ao aderir aos protestos e tentar mudar a sua natureza, evidencia-se o caráter político-eleitoral dos protestos. O PT e o PCdoB enxergaram no episódio uma janela de oportunidades e decidiram tomar a rédea dos protestos, tirando-o da condução da turma do Passe Livre, PSOL e PCO. Ainda que, num dado momento, todos se entendam, têm lá suas diferenças de estratégia.

    Violência
    Os petistas graúdos passaram a considerar também que é fundamental que não haja violência na segunda-feira. Na fórmula de um deles, a manifestação só será bem-sucedida se for grande e pacífica e se concentrar suas palavras de ordem em favor da liberdade de expressão (como se ela estivesse sob ameaça), contra a violência policial e contra o governo Alckmin.

    É assim que o PT faz política. É assim que sempre fez. E assim fará enquanto existir. Não é uma questão de escolha, mas de natureza. Podem contar: na segunda, os petistas param São Paulo. E tentarão provar que é para o bem dos paulistanos.

    Para encerrar
    Ao saber que jornalistas haviam sido feridos nos confrontos dessa quinta, um petista de alto coturno quase soltou rojão. Anteviu uma reação corporativista, como de fato aconteceu, e comemorou: “Agora eles [os jornalistas] vêm pro nosso lado!”. Como se a maioria já não tivesse ido…
    Texto publicado às 20h12 desta sexta Por Reinaldo Azevedo

    Tags: protesto, PT

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    711 COMENTÁRIOS



    15/06/2013 às 7:15
    Descoberta a origem de mais um grupo que ajuda a tocar o terror em São Paulo. Vejam! Ou: Eles trocaram Marx por uma mistura de Lafargue com Bakunin!


    Ai, ai… As coisas vão ficando cada vez mais divertidas. Nos distúrbios de rua, especialmente em São Paulo, a gente nota a presença ostensiva de bandeiras amarelas. Vejam.





    Há ali a assinatura de um “movimento”, que tem página na Internet: chama-se “Juntos”. O endereço é juntos.org.br. Mais uma vez, fui fazer a divertida brincadeira de saber quem e o dono do registro. Tchan, tcha, tcham!



    Sim, trata-se de Luciana Genro, militante do PSOL, filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Ela anda um tanto afastada da política por razões de saúde, mas o vereador Pedro Ruas, de Porto Alegre, dá toda força à turma e a substitui com sobras. O “Juntos” é uma espécie de movimento social do PSOL. No “Quem somos”, eles se revelam (em vermelho):

    “Juntos! é um movimento nacional de juventude. Surgiu no início de 2011 em São Paulo e vem conquistando a simpatia de jovens de todo o Brasil. Surgimos em um novo momento no mundo. O mar da história está agitado, já diria Maiakovski. Representamos uma nova geração de lutadores dispostos a construir um mundo radicalmente novo. Juntos! é a juventude em movimento pela educação de qualidade, em defesa do meio ambiente, contra o preconceito e por uma sociedade com igualdade e liberdade para todos.

    Juntos! construímos o nosso I Encontro Nacional que deu o ponta-pé inicial pra nossa empreitada de organizar as lutas onde quer que estejam.

    Juntos! é a juventude dos indignados: dos tunisianos, egípcios, espanhóis, chilenos. Somos aqueles que estão sem emprego, sem educação, sem cultura, sem casa, mas também sem medo de lutar! Somos aqueles que estão em defesa da Amazônia nos atos contra a construção de Belo Monte e contra o novo código (anti-)florestal! Somos aqueles que estão nas lutas contra toda forma de preconceito, seja de genêro, etnia, idade, credo. Somos aqueles que estavam nas Marchas da Liberdade, das Vadias, no #ForaRicardoTeixeira, contra a corrupção, nas paradas LGBT. Somos aqueles que #TomamosAsRuas e lutamos por uma #DemocraciaRealJá!

    Voltei
    Como se vê, para que alguém pertença ao “Juntos”, basta que tenha uma causa, qualquer uma, e que se indigne com alguma coisa. Boa parte dos “revolucionários” modernos, estes que promovem a baderna em várias cidades brasileiras, com destaque para São Paulo e Rio, não têm mais, a exemplo de seus congêneres do passado, Karl Marx como referência. O marxismo, já afirmei aqui algumas vezes, é difícil. A leitura da teoria propriamente dita é chata. É diferente do Marx divertido de “O 18 Brumário” ou de “A Ideologia Alemã” — ainda assim, também esses livros são ignorados.

    A “moçada” que está nas ruas tem pressa demais para se ater a textos de referência. Bastam-lhes as opiniões dos amigos no Facebook e algumas irresponsabilidades daquele professor “bacana” de história que os incita ao ativismo. Teoria pra quê? Mesmo os vermelhos que tentam organizar a turma (PSOL, PCO e congêneres), lembrou um amigo ao telefone nesta sexta, estão menos para Marx do que para uma mistura, assim, de Paul Lafargue, que escreveu um panfletozinho chamado “O Direito à Preguiça”, com Bakunin, o anarquista. Ao mesmo tempo em que parecem rejeitar o estado, exigem que ele se comporte como o grande provedor. Tempos de obstipação ideológica!

    Tenho combatido, desde o primeiro dia, como evidenciam os textos que estão em arquivo, certo esforço que anda por aí de emprestar aos violentos distúrbios de rua — promovidos principalmente por jovens de classe média alta (as roupas o denunciam) — um alcance mais profundo, como se fossem eventos da superfície a denunciar um movimento de placas tectônicas da sociedade brasileira. Será mesmo?

    São Paulo tem 11,5 milhões de habitantes; o Rio, 5,5 milhões. O movimento contra o reajuste da passagem de ônibus deve ter reunido pouco mais de 5 mil pessoas na primeira cidade — 0,05% da população — e de 2 mil na segunda: 0,04%. É mais do que o suficiente para provocar o caos. Aliás, a depender da leniência da polícia ou da violência dos que protestam, dá para provocar um desastre na cidade com muito menos gente do que isso. Basta que dois ou três malucos resolvam se deitar no meio da avenida, sem que ninguém os tire de lá, e pronto!

    Mas por que o transporte virou uma espécie de fetiche? Por que essa luta “pegou” — ainda que nesse universo restrito de uns poucos milhares numa cidade de muitos milhões — e conta, segundo pesquisas, com o apoio de boa parte da população. Porque, se formos pensar, de todos os serviços públicos, é aquele cujo pagamento é mais visível. É diário — ainda que não forma de cartão. E também é o que rende menos satisfação. A educação pública até o ensino médio é uma lástima, mas é gratuita. A saúde, idem, idem. Boa ou má, não se paga de modo perceptível por segurança pública. Há outros serviços oferecidos por concessionárias que causam satisfação imediata: é o caso da energia elétrica ou da telefonia. Mesmo havendo reclamações às pencas, o fato é que o serviço está disponível na esmagadora maioria das vezes.

    Com o transporte público, a coisa é diferente. O serviço nas grandes cidades é mesmo precário, ainda que tenha melhorado muito (falo de São Paulo, que conheço) nos últimos 20 anos. Tanto é um ponto nevrálgico que Fernando Haddad transformou a questão numa bandeira de campanha. E foi eleitoralmente bem-sucedido. Que o seu “bilhete mensal” fosse só uma tramoia de marketing, isso era evidente. Bastava refletir um pouco. Mas a tese seduziu muita gente, especialmente jornalistas. Assim, é fácil entender que um movimento que se oponha à elevação do preço da passagem — e que prega, na verdade, tarifa zero — conte com a simpatia de muita gente.

    Nada de bom
    Não há nada de bom, reitero o que escrevi na manhã de ontem, nesse movimento. Ao contrário. Assistimos ao casamento do estado-babá com o estado prevaricador. Os “lafarguistas” brasileiros estão tentando transformar num valor, numa cláusula pétrea do caráter nacional, o “direito à preguiça”, ao “almoço grátis”. Querem que o estado forneça de camisinha a aborto, tudo graciosamente — tratar-se-ia, asseguram, de “direitos”. E tem sido esse o mais permanente sinal das ditas políticas de inclusão social, que tendem a criar, dada a forma como se exercem, clientelas políticas. E qual a causa da violência? Ora, a experiência indica que os “oprimidos” — ou aqueles que falam em seu nome — têm assegurado o direito à transgressão. Não tem sido assim com o MST e com os índios, por exemplo?

    Mas vai mudar
    A partir de segunda, no entanto, a pauta deve sofrer uma torção. O PT decidiu aderir às manifestações de rua, mudando a sua agenda, que é ruim para Fernando Haddad. Em vez de protesto contra a elevação da tarifa, os alvos serão a Polícia Militar e o governo de São Paulo.

    Ontem, a vastíssima rede do PT na Internet, incluindo os blogs e sites sujos financiados pelo governo federal, por gestões petistas e por estatais, entraram firme no apoio ao protesto de segunda. O PT tem experiência nisso. Sua ala sindical deve ir à rua, inclusive para tentar impedir que a coisa degenere para a violência.

    Ingênuo ou espontâneo, esse movimento nunca foi, como este post prova mais uma vez. Ele só se dava um tanto à margem do petismo. Mas, agora, o partido decidiu deglutir o processo.
    Texto publicado originalmente às 6h32 Por Reinaldo Azevedo

    Tags: democracia, estado de direito, tarifa de ônibus

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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

    Ave-Maria

    A Paixão de Cristo