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    domingo, 2 de junho de 2013

    [ZP130602] O mundo visto de Roma


    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 02 de Junho de 2013


    Papa Francisco
    "Tudo se perde com a guerra. Tudo se ganha com a paz"
    Papa Francisco faz apelo pela paz na SÃíria
    "A alegria nos torna livres"
    Durante a missa em Santa Marta, papa Francisco lembra que é impossível anunciar o Evangelho se a pessoa está na tristeza ou desanimada
    Carta do papa Francisco a um sacerdote argentino
    Levo uma vida normal
    A solidariedade não é esmola social, e sim um valor
    O papa Francisco se dirigiu na audiência do último sábado, 25 de maio, aos participantes da conferência internacional organizada pela Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice
    Temos que nos despir da "cultura do bem-estar", que nos deixa preguiçosos, egoístas e pouco corajosos
    O papa Francisco denuncia "o fascínio do provisório", que nos anestesia contra decisões definitivas como o casamento duradouro e um segundo filho
    Não ao carreirismo na Igreja
    Exortação do Papa Francisco na missa diária celebrada na capela da Casa Santa Marta
    Santa Sé
    Papa Francisco recebe os bispos europeus
    Na berlinda, a crise e o seu impacto social
    Pregação Sagrada
    Pregação dos exercícios espirituais inacianos (2)
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo
    Igreja e Religião
    Papa Francisco propõe dois desafios para junho de 2013
    Respeito pelos povos e Nova Evangelização
    Publicados os ''Ensinamentos de Bento XVI'' (2012-2013)
    Último volume do ''Dicionário completo de temas e nomes'' dedicado ao papa emérito
    A transmissão da fé deve ser feita primeiro pela família
    Palavras do Arcebispo Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis por ocasião da 5a Peregrinação das Famílias ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
    A situação da liberdade religiosa em todo o mundo
    Dois novos relatórios mostram as duas faces da mesma moeda
    Cultura e Sociedade
    Papua-Nova Guiné: não à pena de morte
    Bispos apontam três razões para se opor à sentença capital
    Liturgia e Vida Cristã
    É possível casar-se antes no civil e depois na Igreja?
    Responde padre Edward McNamara, LC, professor de Teologia e diretor espiritual
    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Youcat, um grande best-seller na literatura católica
    Mais de 4 milhões de jovens já tem o seu em mais de 50 países
    Familia e Vida
    Corte Interamericana condena Costa Rica por não aprovar a inseminação artificial
    Um documento internacional, no entanto, defende as razões do país centro-americano
    Análise
    Vontade de potência ou vontade de verdade: o que deve orientar uma Universidade?
    O único modo de se defender a vida é, por incrível que pareça, afirmar o primado da verdade sobre ela
    Angelus
    Diante dos cinco pães, Jesus pensa: eis a Providência!
    Palavras do Papa Francisco durante o Angelus



    Papa Francisco
    "Tudo se perde com a guerra. Tudo se ganha com a paz"
    Papa Francisco faz apelo pela paz na SÃíria


    ROMA, 02 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Após a oração do Angelus, antes de saudar os peregrinos presentes na Praça de São Pedro, o Papa Francisco apelou à paz na Síria. Apresentamos a seguir as palavras pronunciadas pelo Pontífice.

    Queridos irmãos e irmãs,

    Sempre viva e sofrida é minha preocupação pela persistência do conflito que há mais de dois anos incendeia a Síria e atinge principalmente a população indefesa, que deseja uma paz na justiça e na compreensão. Esta atormentada situação de guerra leva consigo trágicas consequências: morte, destruição, danos econômicos e ambientais como também a chaga dossequestrosde pessoas. No deplorar estes fatos, desejo assegurar minha oração e minha solidariedade pelas pessoas raptadas e por seus familiares, e faço apelo à humanidade dos sequestradores para que libertem as vítimas. Rezemos sempre por nossa amada Síria.

    No mundo existem tantas situações de conflito, mas também sinais de esperanças. Gostaria de encorajar os recentes passos realizados em vários países da América Latina para a reconciliação e a paz. Acompanhamo-vos com a nossa oração.

    Esta manhã, celebrei a Missa com alguns militarese parentes de alguns mortos nas missões de paz,que visam promover a reconciliação e a paz nos paísesonde ainda se espalha tanto sangue fraterno em guerras que são sempre uma loucura. "Tudo se perde com a guerra. Tudo se ganha com a paz". Peço orações pelos falecidos,feridos e suas famílias.

    Vamos juntos, agora, em silêncio, em nossos corações - todos juntos –rezar pelos falecidos, feridos e suas famílias. Em silêncio.

    Saúdo com afeto os peregrinos presentes hoje: as famílias, os fiéis de tantas paróquias italianas e de outros países, associações e movimentos.

    Saúdo os peregrinos vindos do Canadá, da Croácia e da Bósnia Herzegovina, assim comoo grupo do Piccolo Cottolengo de Génova, da Obra de Don Orione.

    Saúdo todos. A todos um bom domingo e bom almoço!

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    "A alegria nos torna livres"
    Durante a missa em Santa Marta, papa Francisco lembra que é impossível anunciar o Evangelho se a pessoa está na tristeza ou desanimada

    Por Luca Marcolivio


    CIDADE DO VATICANO, 31 de Maio de 2013 (Zenit.org) - A alegria é uma condição necessária para a proclamação do Cristo ressuscitado. Papa Francisco já manifestou este conceito em vários momentos desde o início do seu pontificado, e esta manhã o reiterou durante a homilia na Santa Marta.

    O Papa concelebrou com o cardeal Jozef Tomko, o Arcebispo de Faridabad-Delhi, Kuriakose Bharanikulangara, e o Arcebispo de Belo Horizonte, Walmor Oliveira de Azevedo. Alguns funcionários participaram da missa, alguns dos Serviços Financeiros do Vaticano, acompanhados pelo diretor, Sabatino Napolitano, e alguns colaboradores da Guarda Suíça.

    Papa Francisco observou como a palavra "alegria" aparece seja na Primeira Leitura de hoje (Sofonias 3, 14-17) que no Evangelho (Lc 1, 39-56): este último em especial mostra o encontro entre Maria e a sua prima Isabel, cujo filho "exulta de alegria" no ventre, ao ouvir as palavras da Mãe de Deus.

    No entanto, a alegria não é algo tão óbvio na vida de tantos cristãos. "Não estamos mais acostumados a falar de alegria", e mais, "acredito que muitas vezes gostamos mais da reclamações", destacou o Papa.

    Neste sentido, o Santo Padre citou as palavras de seu predecessor Paulo VI que "dizia que não se pode levar adiante o Evangelho com cristãos tristes, desencorajados, desanimados".

    O autêntico "criador da alegria" é o Espírito Santo que "nos dá a verdadeira liberdade cristã". Sem alegria, nós cristãos "não podemos nos tornar livres", pelo contrário "nos tornamos escravos das nossas tristezas", acrescentou. A tal ponto que muitos cristãos parecem "ir mais a uma procissão fúnebre" do que "louvar a Deus".

    O louvor a Deus, explicou depois o Papa, acontece quando se sai de si mesmo "gratuitamente, como é gratuita a graça que Ele nos dá". Louvar a Deus, é algo maior do que um simples agradecimento e a eternidade consistirá precisamente no louvar a Ele: "E isso não será chato, será maravilhoso!. A alegria do louvor "nos faz livres", acrescentou.

    Modelo de alegria e de louvor a Deus é a Virgem Maria, que, não à toa, a Igreja chama "causa da nossa alegria", porque "leva a maior alegria que é Jesus", lembrou Francisco.

    O Santo Padre concluiu sua homilia pedindo para "rezar a Nossa Senhora, para que trazendo Jesus nos dê a graça da alegria, da alegria da alegria".

    (Tradução Thácio Siqueira)

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    Carta do papa Francisco a um sacerdote argentino
    Levo uma vida normal


    MADRI, 28 de Maio de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco enviou uma breve carta ao sacerdote argentino Enrique "Quique" Rodríguez, na qual fala da sua opção por "levar uma vida normal" e manter um contato contínuo com as pessoas.

    "Estou perto das pessoas e levo uma vida normal: missa pública de manhã, almoço no refeitório com todos, etc. Isto me faz bem e evita o isolamento", comentou o papa Francisco na carta ao pe. Quique, que lhe havia escrito em 1° de maio.

    O sacerdote argentino comentou na rádio La Red La Rioja que, no último domingo, chegou à casa de retiros Tinkunaco, ao lado de sua paróquia, e encontrou um envelope dirigido a ele, mas sem remetente.

    "Isso me chamou a atenção e eu abri imediatamente. Aí tive a grata surpresa de ver que era a resposta do papa, que eu conheço faz muito tempo. Eu tinha escrito a ele para comentar sobre as festas da paróquia", relatou o padre. Como ele tinha recebido o envelope justo antes do início da missa, decidiu ler a missiva papal no final da celebração, o que "alegrou muito a comunidade, tanto que os fieis aplaudiram quando eu terminei de ler".

    A carta que tanta surpresa causou ao pároco argentino diz textualmente:

    "Querido Quique: Hoje recebi a carta do último 1º de maio. Ela me deu muita alegria; a descrição da Festa Patronal me trouxe ar fresco. Eu estou bem e não perdi a paz diante de um fato totalmente surpreendente, e considero isto um dom de Deus.

    Procuro manter o mesmo jeito de ser e de agir que tinha em Buenos Aires, porque se eu mudar, na minha idade, com certeza vou fazer um papel ridículo. Não quis ir morar no Palácio Apostólico, vou lá só para trabalhar e para as audiências. Fiquei morando na Casa Santa Marta, que é uma hospedaria (onde ficamos alojados durante o conclave) para bispos, padres e leigos. Estou perto das pessoas e levo uma vida normal: missa pública de manhã, almoço no refeitório com todos, etc. Isto me faz bem e evita o isolamento. Quique, saudações para os teus paroquianos. Peço, por favor, que você reze e peça para rezarem por mim. Saudações para o Carlos e o Miguel. Que Jesus o abençoe e Nossa Senhora cuide de você. Fraternalmente, Francisco. Vaticano, 15 de maio de 2013".

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    A solidariedade não é esmola social, e sim um valor
    O papa Francisco se dirigiu na audiência do último sábado, 25 de maio, aos participantes da conferência internacional organizada pela Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice


    CIDADE DO VATICANO, 27 de Maio de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco se dirigiu na audiência do último sábado, 25 de maio, aos participantes da conferência internacional organizada pela Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice. Reproduzimos a seguir seu discurso, publicado por L'Osservatore Romano.

    Senhores cardeais,
    Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,
    Ilustres e caros amigos, bom dia a todos!

    Estou muito feliz de encontrá-los por ocasião da conferência internacional da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, cujo tema foi "Repensando a solidariedade em prol do emprego: os desafios do século XXI". Saúdo cordialmente cada um de vocês e agradeço, em particular, ao seu presidente, o dr. Domingo Sugranyes, pelas suas amáveis ​​palavras.

    A Fundação Centesimus Annus foi fundada pelo beato João Paulo II, há vinte anos, e traz o nome da encíclica que ele assinou no centenário da Rerum Novarum. Sua esfera de reflexão e ação é, portanto, a da Doutrina Social da Igreja, com a qual contribuíram em muitos aspectos os papas do século passado e Bento XVI, em particular com a encíclica Caritas in Veritate, mas também com discursos memoráveis.

    Eu gostaria de começar agradecendo a vocês pelos seus esforços em aprofundar e difundir o conhecimento da doutrina social, com os seus cursos e publicações. Acho que é muito bonito e importante este seu serviço ao magistério social, como leigos que vivem na sociedade, no mundo da economia e do trabalho.

    É justamente a tratar do trabalho que se orienta esta sua convenção, na perspectiva da solidariedade, que é um valor fundamental da doutrina social, conforme fomos lembrados pelo beato João Paulo II.

    Ele, em 1981, dez anos antes da Centesimus Annus, escreveu a encíclica Laborem Exercens, inteiramente dedicada ao trabalho humano.

    O que significa "repensar a solidariedade?". Certamente, não significa pôr em discussão o magistério recente, que, aliás, demonstra cada vez mais a sua visão profunda e a sua atualidade. "Repensar" me parece, antes, que significa duas coisas: em primeiro lugar, combinar o magistério com o desenvolvimento sócio-econômico, que, por ser constante e rápido, apresenta sempre novos aspectos; em segundo lugar, "repensar" significa aprofundar, refletir mais, para fazer emergir toda a fecundidade de um valor –que é a solidariedade, neste caso–enraizado no Evangelho, ou seja, em Jesus Cristo, e que, como tal, contém potencialidades inesgotáveis.

    A atual crise econômica e social aumenta a urgência desse "repensar" e sublinha ainda mais a verdade e a atualidade de afirmações do magistério social como a que lemos na Laborem Exercens: "Ao voltarmos o olhar para toda a família humana [...] não pode deixar de atingir-nos um fato desconcertante e de proporções imensas: enquanto, por um lado, conspícuos recursos da natureza permanecem inutilizados, há, por outro, legiões de desempregados e subempregados e multidões sem fim de famintos, fato este que, sem dúvida, testemunha que [...]algo não está funcionando" (nº 18).

    É um fenômeno, o do desemprego, o da falta e da perda de trabalho, que vem se espalhando veloz por vastas áreas do ocidente e que estende de forma alarmante os limites da pobreza. E não há pior pobreza material, urge salientá-lo, que aquela que não permite ganhar o pão e que priva da dignidade do trabalho.

    Esse "algo que não está funcionando" já não diz respeito apenas ao sul do mundo, mas ao planeta inteiro. Daí a necessidade de se "repensar a solidariedade" não mais como simples assistência aos mais pobres, mas como uma revisão global de todo o sistema, como busca de caminhos para reformá-lo e corrigi-lo de modo coerente com os direitos fundamentais do homem, de todos os homens.

    Essa palavra, "solidariedade", que, como se fosse má palavra, não é bem vista pelo mundo econômico, precisa ter restaurada a sua bem merecida cidadania social. A solidariedade não é só mais uma atitude, não é uma esmola social, mas um valor social. E nos pede cidadania.

    A atual crise não é apenas econômica e financeira. Ela está enraizada em uma crise ética e antropológica. Seguir os ídolos do poder, do lucro, do dinheiro, com prioridade sobre o valor da pessoa humana, tornou-se regra básica de funcionamento e critério decisivo de organização. Foi esquecido, e ainda se esquece, que, acima dos negócios, da lógica e dos parâmetros do mercado, está o ser humano e existe algo que é devido ao homem como homem, em virtude da sua dignidade profunda: oferecer-lhe a possibilidade de viver com dignidade e de participar ativamente do bem comum.

    Bento XVI nos lembrou que toda atividade humana, inclusive a econômica, precisamente porque é humana, deve ser estruturada e institucionalizada de forma ética (cf. carta encíclica Caritas in veritate, 36). Nós devemos retornar à centralidade do homem, a uma visão mais ética das atividades e das relações humanas, sem medo de perder alguma coisa.

    Queridos amigos, obrigado mais uma vez por este encontro e pelo trabalho que vocês desenvolvem. Asseguro a cada um, à fundação, a todos os seus entes queridos, um lugar na minha oração, e, de coração, os abençoo. Obrigado.

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    Temos que nos despir da "cultura do bem-estar", que nos deixa preguiçosos, egoístas e pouco corajosos
    O papa Francisco denuncia "o fascínio do provisório", que nos anestesia contra decisões definitivas como o casamento duradouro e um segundo filho


    CIDADE DO VATICANO, 27 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Bem-estar, fascínio, riqueza. Conceitos que, na vida cotidiana, nos atraem a ponto de ser considerados valores, mas que, na vida cristã, impedem a missão fundamental: seguir Jesus Cristo.

    O papa Francisco segue adiante na formação das consciências, tarefa que ele começou há mais de dois meses com as homilias na Casa Santa Marta, e agora a enriquece com um novo elemento: ajudar-nos a entender quais são os obstáculos que nos impedem de seguir Jesus, para nos livrarmos desses impedimentos. Hoje ele abordou, em particular, a "cultura do bem-estar" e o "fascínio do provisório".

    Estas foram as duas expressões centrais da homilia desta manhã, na missa concelebrada com o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon. Participaram da celebração dom Zygmunt Zimowski, os membros do Conselho Pontifício para os Agentes de Saúde e um grupo de colaboradores dos Serviços Financeiros do governatorato vaticano.

    O papa reflete sobre o evangelho do dia, em que um jovem pergunta a Jesus o que fazer para ganhar a vida eterna e o Mestre o convida a doar toda a sua riqueza aos pobres e segui-lo. "Mas, diante destas palavras", diz o evangelista Marcos, o jovem "franziu a testa e retirou-se entristecido" (Mc 10, 17-27). O papa Francisco ressalta as palavras de Cristo aos seus discípulos: "Como é difícil, para aqueles que têm riquezas, entrar no reino de Deus!". E acrescenta: "As riquezas são um impedimento que dificulta o caminho para o Reino de Deus".

    Não se trata apenas de bens materiais: "cada um de nós tem as suas 'riquezas'", disse o Santo Padre. "Todo mundo sempre tem algo que o impede de seguir Jesus". É necessário, por isso, "fazer um exame de consciência para descobrir quais são as nossas 'riquezas'" e por que "elas nos impedem de seguir Jesus pela estrada da vida".

    Em particular, Bergoglio aponta duas que ele chama de "riquezas culturais". A primeira é a "cultura do bem-estar", que "nos anestesia", "nos deixa preguiçosos, egoístas e pouco corajosos", induzindo-nos a argumentações como: "Não, não, mais do que um filho não, porque não poderíamos tirar férias, não poderíamos ir a tal lugar, não poderíamos comprar a casa. É bom seguir Jesus, mas até certo ponto".

    "É isto o que o bem-estar provoca", diz Francisco. "Todos nós sabemos como é o bem-estar, mas ele nos joga para baixo, nos tira a coragem, aquela coragem firme para caminharmos junto com Jesus".

    Há também o "fascínio do provisório, outra 'riqueza' da nossa cultura". E nós estamos profundamente "encantados" com ela, em contraste com as "propostas definitivas" de Deus, das quais "temos medo".

    "Ele é o Senhor do tempo, e nós somos os senhores do momento. Por quê?", indaga Bergoglio. E responde: "Porque, no momentâneo, nós somos os patrões: até ali eu sigo Jesus, mas depois vou pensar. Eu já ouvi falar de um jovem que queria ser padre, mas só durante dez anos, não mais do que isso... Quantos casais, quantos casais se casam dizendo sem dizer, dizendo no coração: 'enquanto o amor durar, e depois vamos ver...'".

    Os cristãos não são assim. Os cristãos são "senhores do tempo". "Eu penso", disse o papa, "em tantos, tantos homens e mulheres que deixaram a sua terra natal e partiram como missionários para a vida toda!". Assim como em tantos homens e mulheres que "deixaram as suas casas para construir um casamento para a vida inteira. Isto é seguir Jesus de perto! Isto é o definitivo!".

    "O fascínio do provisório" e a "cultura de bem-estar" são, portanto, os dois obstáculos que, "neste momento, nos impedem de ir para frente". Até os discípulos se viram diante "do convite de Jesus" a abandonar essas duas "riquezas culturais". E, como nós, eles também ficaram "desconcertados", ou até mesmo "estupefatos" com esse discurso de Jesus.

    Peçamos ao Senhor "a coragem de ir para frente, despindo-nos dessa cultura do bem-estar". Mas peçamos "com esperança", com aquela esperança verdadeira "do fim da estrada, onde Ele nos espera, no tempo; não com a pequena esperança do momento que não serve mais".

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    Não ao carreirismo na Igreja
    Exortação do Papa Francisco na missa diária celebrada na capela da Casa Santa Marta


    ROMA, 28 de Maio de 2013 (Zenit.org) - O 'anúncio' de Jesus não é um revestimento, uma pintura, mas entra no coração e nos transforma. Foi o que disse Papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta. Ele reiterou que seguir Jesus não significa ter mais poder, porque o Seu caminho é o da Cruz.

    Da Missa, concelebrada pelo Monsenhor Rino Fisichella e Monsenhor José Octavio Ruiz Arenas, presidente e secretário do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, participou um grupo de sacerdotes do mesmo dicastério.

    Conforme relatado pela Rádio Vaticano, também participou da missa um grupo de funcionários da central termoelétrica e do laboratório de carpintaria do Governatorato do Vaticano, acompanhado pelo engenheiro Pier Carlo Cuscianna, diretor dos Serviços Técnicos do Governatorato.

    Qual será a nossa recompensa por te seguir? O Papa Francisco iniciou sua homilia a partir da pergunta que Pedro faz a Jesus e, afinal, refere-se à vida de cada cristão.E Jesus responde que aqueles que o seguirem terão "muitas coisas boas", mas sofrerão "perseguição".O caminho do Senhor, continuou ele, "é um caminho de abaixamento, um caminho que termina na Cruz".

    Por isso, acrescentou, "sempre haverá dificuldades", "perseguições". Sempre será porque "Ele fez esse caminho antes" de nós.

    "Seguir Jesus sim, mas até um certo ponto; seguir Jesus como uma forma cultural: sou cristão, tenho esta cultura...mas sem a exigência da verdadeira sequela de Jesus, a exigência de ir pelo seu caminho". "Quem acompanha Jesus como um 'projeto cultural', usa esta estrada para subir na vida, para ter mais poder. E a história da Igreja tem muito disso, começando por certos imperadores, governantes... e também alguns - não muitos, mas alguns - padres e bispos, não? Alguns deles pensam que seguir Jesus é fazer carreira".

    O Papa recordou que "na literatura dos últimos dois séculos", costumava-se falar "de uma criança que queria fazer uma carreira eclesiástica". Ele reiterou que "muitos cristãos, tentados pelo espírito do mundo, acreditam que seguir Jesus é bom porque é possível fazer carreira". Mas este não é "o espírito", pelo contrário, Jesus responde a Pedro: "Sim, eu vou te dar tudo, mas com perseguições".

    "Não é possível remover a Cruz do caminho com Jesus: está sempre ali". E, no entanto, segundo ele, isso não significa que os cristãos devem sair ressentidos. O cristão "segue Jesus por amor e quando você segue Jesus por amor, a inveja do diabo faz muitas coisas". O "espírito do mundo - destacou o Papa -não tolera isso, não tolera o testemunho".

    "Pensem em Madre Teresa: dizem que era uma bela mulher, que fez muito pelos outros, mas o espírito 'mundano' nunca disse que a Beata Teresa, todos os dias, por horas, fazia adoração... Costuma-se reduzir a atividade cristã ao bem social, como se a existência cristã fosse um verniz, uma pátina de cristianismo. O anúncio não é uma pátina: vai aos ossos, ao coração, dentro de nós e nos transforma. Isso o espírito 'mundano' não tolera e aí acontecem as perseguições".

    Aquele que deixa sua casa, família para seguir Jesus - repetiu Francisco- receberá cem vezes mais ", agora, neste momento". Cem vezes com perseguições.

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    Santa Sé
    Papa Francisco recebe os bispos europeus
    Na berlinda, a crise e o seu impacto social


    ROMA, 28 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Neste último 23 de maio, o papa Francisco recebeu em audiência privada o Comitê Executivo da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE), liderado pelo seu presidente, o cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising, na Alemanha.

    A COMECE divulgou que a audiência com o papa durou meia hora, durante a qual o papa, os bispos e seu secretário geral trataram da crise econômica atual na Europa, do seu impacto social e do desafio, para a Igreja, de transmitir uma mensagem de esperança aos cidadãos europeus.

    O santo padre expressou seu apreço pessoal pelas raízes cristãs da Europa e pediu que os bispos transmitam uma mensagem de encorajamento para todos os que trabalham em prol do projeto europeu. Francisco destacou, a este propósito, que é essencial dar testemunho de Deus, em particular na situação europeia atual.

    O papa garantiu aos bispos da COMECE o seu interesse e apoio na sua missão.

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    Pregação Sagrada
    Pregação dos exercícios espirituais inacianos (2)
    Como melhorar a pregação sagrada: coluna do Pe. Antonio Rivero, L.C., Doutor e professor de Teologia e Oratória no seminário Mater Ecclesiae de São Paulo

    Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


    SãO PAULO, 31 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Continuemos explicando a pregação dos Exercícios Espirituais inacianos. No artigo anterior vimos o que são e a sua finalidade, o modo de fazê-los e a duração, e como vivê-los.

    Hoje vamos dar mais alguns passos. Veremos quais são os temas que o pregador sagrado tem que tratar nos Exercícios Espirituais, se queremos chamá-los de Exercícios Inacianos.

    Primeiro, uma anotação preliminar. Para obter o resultado e a finalidade desejadas, Santo Inácio usa só umas poucas palavras, mas estas são selecionadas para produzir uma profunda impressão na mente e, se são seriamente meditadas pelo exercitante e fomentadas na sua alma, logo chegarão a ser poderosos pensamentos e se converterão numa fonte de grande iluminação espiritual e consequentemente de sinceras e enérgicas resoluções da vontade. Porém, ainda que o método de Santo Inácio deixa os exercitantes pensar por si mesmos, o autor não pretende que eles devam fazê-lo sem guia. Ele coloca o "Livro dos Exercícios" nas mãos de um diretor – nosso pregador -, e coloca nas suas mãos o exercitante, com o qual deveria reunir-se ao final do dia para repassar juntos os afetos, as consolações e desolações do coração do exercitante. Ele lhe ensina como guiar uma alma na eleição do estado de vida e na tarefa de auto-reforma. As anotações, que são a chave para os "Exercícios", destinam-se mais especialmente para o diretor. A maioria delas - a segunda, sexta, sétima, oitava, nona, décima, décima segunda, décima terceira, décima quarta, décima quinta, décima sétima, décima oitava, um total de doze de vinte – estão escritas para "aquele que dá os Exercícios". A décima quinta o aconselha a proceder com grande discrição, para não interferir entre o Criador e a criatura, e a abster-se, especialmente no caso de um retiro de eleição, de qualquer sugestão relativa à determinação que deve tomar, ainda quando fosse, falando estritamente, para o melhor. Este conselho mostra o quão falsamente algumas críticas dos Exercícios os representam como levando indevida influência para conduzir a vontade, com o objetivo de escravizá-la ou paralizá-la. Nada disso. Pelo contrário, o diretor, respeita a liberdade da alma, uma liberdade já regularizada pela autoridade da Igreja, da qual ele é o representante.

    Segundo, vejamos os temas que devem ser meditados durante as semanas ou dias dos Exercícios.

    TEMAS DA PRIMEIRA SEMANA

    Na primeira semana – ou no primeiro dia, se os Exercícios são de três dias; ou nos três primeiros dias se são de oito dias – o pregador oferece meditações sobre o Princípio e Fundamento da nossa vida, ou falado de outra forma, o Plano de Deus para o homem: de onde viemos, para onde vamos e para que estamos na terra, e qual foi a resposta do homem a esse plano de Deus. Sempre com textos bíblicos, logicamente. Nessa meditação mental procura-se pensar com a mente nessa verdade; essa verdade é baixada ao coração para ser sentida e amada, e depois convida-se a vontade para que aceite essa verdade na liberdade e amor com todas as suas conseguências. As três faculdades do homem colocadas em ação durante a meditação: mente, coração e vontade.

    Essa verdade do Princípio e Fundamento se resume assim: Deus nos criou, por isso viemos Dele, e nos criou para Ele, por isso vamos a Ele, e estamos na terra para conhecê-lo, amá-lo e serví-lo com amor e livremente, para fazer a sua Santíssima Vontade onde Ele quer – como leigo, como consagrado, como sacerdote -, ser felizes e alcançar a salvação eterna. Este é o plano de Deus para todo homem.

    Nessa semana também se medita na resposta do homem, o pecado, ou seja, a desobediência a Deus para seguir o seu próprio plano egoísta. O pregador meditará com o exercitante na realidade do pecado e nas suas conseguências, e no que a tradição da Igreja chamou as verdades eternas ou os novíssimos: morte, juízo, purgatório, inferno e céu. Termina essa semana contemplando a misericórdia de Deus em Cristo Jesus que nos espera e que nos perdoa. Por isso, ao final desta primeira fase ou semana, é muito aconselhável que o dirigido faça uma boa confissão geral, de toda a vida (se é a primeira vez que faz Exercícios), ou do ano. Seria sintoma de que os Exercícios Espirituais estão tendo um efeito positivo e sanante na alma do exercitante.

    Continuaremos...

    (Tradução Thácio Siqueira)

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    Igreja e Religião
    Papa Francisco propõe dois desafios para junho de 2013
    Respeito pelos povos e Nova Evangelização

    Por Frédéric Fornos, SJ


    ROMA, 31 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Todo mês, o papa nos confia duas intenções de oração, dois "desafios" que ele indica para o nosso mundo e para a missão da Igreja. Neste domingo, 2 de junho, para a adoração eucarística que será feita no mundo inteiro pela solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização nos convida a rezar pelas intenções do papa. Nelas, Francisco convida toda a Igreja a orar, durante o mês de junho, por duas intenções particulares:

    Intenção de oração universal – O respeito pelos povos: oremos para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, de escuta e de respeito recíproco.

    Intenção de oração pela evangelização – A nova evangelização: oremos para que, nos lugares onde a influência da secularização é mais forte, as comunidades cristãs saibam promover eficazmente uma nova evangelização.

    "Comecem pelo respeito!"

    Medos, ignorância, mal-entendidos, são obstáculos no diálogo entre os povos. Sim, o caminho do diálogo, da escuta e do respeito recíproco é difícil. Embora as nossa telas, televisores, tablets, smarts e iPhones pareçam nos aproximar uns dos outros, e que as semelhanças entre nós nunca tenham sido tão fortes, ainda assim nós nos entendemos mal. E sabemos: tudo começa em nosso coração.

    Regularmente, as nossas telas nos transmitem cenas da Síria, de Israel e da Palestina, do Sudão, do Tibete e da China, e de tantas outras nações. Conflitos entre os povos, ou no seio de um mesmo povo. Como é que pode ser tão difícil nos compreendermos, encontrar caminhos de diálogo, de respeito e de amizade, quando todos nós os desejamos? Todos?... Pode ser que não. Há muitos interesses em jogo. Há também muitos sofrimentos, ligados ao peso da história...

    Mesmo com uma grande benevolência, porém, dialogar, escutar, respeitar o outro nem sempre é fácil. Isto nós verificamos em nossos encontros pessoais, em particular quando o outro é de uma cultura diferente. Eu fiz a experiência, na Amazônia, de que o respeito não vem pela força. E dentro de um mesmo e pequeno país, como na Bélgica, onde duas ou três culturas se roçam, há uma fonte de enriquecimento recíproco, mas também uma fonte de tensões. Como avançar no respeito pelas histórias de cada um e no diálogo sem radicalizar as opiniões?

    Hoje nós vivemos uma mistura cultural e religiosa sem precedentes na história da humanidade. "Caminhamos rumo a uma modernidade 'mestiça', mais rica, mais diversa do que antes", diz Jean-Claude Guillebaud. Mas o nascimento para este "novo" mundo acontece em dores de parto. É necessário, mais do que nunca, intensificar o encontro entre as culturas e as religiões, assim como com os "não crentes", diz o papa Francisco: "para que as diferenças que separam e ferem nunca dominem, mas sim, inclusive na diversidade, que vença o desejo de construir laços de amizade verdadeira entre todos os povos".

    O desafio deste mês diz respeito à relação entre povos diferentes, mas como não pensar, também, no "debate" que vivemos durante os últimos meses na França sobre questões fundamentais da sociedade? Diálogo, escuta, respeito? Numerosas pessoas se sentiram ignoradas ou menosprezadas, tanto dentre as que já vivem uma relação homossexual quanto dentre as que discordam do projeto de lei. Sem contar as feridas e as divisões causadas no próprio seio da comunidade cristã.

    Neste mês do Coração de Jesus, oremos para conseguir, conforme o convite do papa Francisco, promover uma verdadeira cultura do diálogo, que constrói uma ponte entre os povos. Ela começa já nas nossas relações cotidianas, com a profunda benevolência para com o outro.

    O padreFrédéric Fornos, SJ, é coordenador europeu do Apostolado da Oração

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    Publicados os ''Ensinamentos de Bento XVI'' (2012-2013)
    Último volume do ''Dicionário completo de temas e nomes'' dedicado ao papa emérito


    ROMA, 29 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Acaba de ser publicado o oitavo tomo dos "Ensinamentos de Bento XVI" (2012-2013).

    Desde que o papa Ratzinger chegou ao pontificado, a coleção publicada pela Edibesa apresenta um "Dicionário completo de temas e nomes" que proporciona uma visão de conjunto do magistério de Bento XVI.

    Os autores, José Antonio Martínez Puche, OP, e Juan Gil Aguilar, O. Carm, destacam as dez entradas mais importantes do oitavo tomo, que são Jesus Cristo, oração, paz, ecumenismo, Maria, bispos, doutores da Igreja, Vaticano II, fé e caridade.

    O papa Ratzinger contou com o trabalho dos sacerdotes para levar até cada católico a Palavra de Deus, capaz de canalizar os melhores anseios dos homens, necessitados de paz. Uma paz que só pode ser conseguida por meio da oração, à qual o papa emérito dedica os seus últimos anos, ensinando-nos, assim, com sua vida e com suas palavras.

    O casamento e a família também foram objetivo privilegiado dos seus esforços apostólicos, que encontraram na eucaristia o centro e a fonte da vida cristã, sem esquecer um dos seus temas preferidos: Deus é caridade e amor. E é nesse amor de Deus que se alicerça a esperança do homem e, muito especialmente, os mais elevados almejos da juventude.

    Estes são alguns dos muitos temas presentes no exaustivo dicionário do magistério de Bento XVI na última etapa do seu pontificado.

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    A transmissão da fé deve ser feita primeiro pela família
    Palavras do Arcebispo Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis por ocasião da 5a Peregrinação das Famílias ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida


    APARECIDA DO NORTE, 27 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Neste domingo (26) aconteceu a 5a Peregrinação das Famílias ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Conforme nota publicada no site oficial da Arquidiocese, apresentamos as palavras do Arcebispo Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis aos presentes.

    Com grande satisfação, dou as boas vindas a todos, em especial, aos que vieram ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, como família, em peregrinação. Esta é a 5a Peregrinação Nacional das Famílias. O tema escolhido para esta peregrinação, em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude e com o Ano da Fé, é "A transmissão e a educação da fé cristã na Família".

    Estamos hoje celebrando a solenidade da Santíssima Trindade. Com esta celebração, somos convidados a contemplar o mistério da Santíssima Trindade e a compreender melhor como nossa relação com Deus é marcada pelo mistério de sua vida íntima, pela sua Trindade de Pessoas.

    Na segunda leitura, na carta aos Romanos, S. Paulo afirma, referindo-se a Cristo: "Por Ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus"(5,2). Aqui se encontra a indicação clara do modo como nossa relação de comunhão com Deus é estabelecida e fundamentada: "Por Ele tivemos acesso a esta graça". A graça é a nossa condição de cristãos. E esta graça, como ensina S. Paulo, nós a recebemos na fé, ou seja, pelo batismo e pela vida nova que este sacramento nos comunica. Por sermos batizados, com Cristo somos filhos de Deus, estamos em relação de familiaridade com o Pai, e somos habitados pelo Espírito Santo, o Espírito da Verdade, que nos conduz à verdade plena, como nos ensina o Evangelho de hoje (Jo 16,13).

    Desse modo, somos orientados corretamente para o mistério de Deus. Não se trata de termos que decifrar intelectualmente o mistério trinitário de Deus. Trata-se de o contemplarmos a partir da experiência de comunhão com esse mistério, que nos é comunicada nos sacramentos, na liturgia e em nossa vida espiritual.

    O início de tudo, em nossa vida de fé, é o batismo. Com esse sacramento, somos marcados com o sinal de nossa salvação: a Cruz de Cristo, pela qual fomos resgatados do pecado e postos em uma relação de amor e amizade com Deus. E somos também postos sob a marca do Nome Santo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Ter a marca de um nome sobre nós indica que pertencemos a Ele.

    Ao fazermos sobre nós o sinal da Cruz, no início do dia, no início de nossas celebrações e orações, antes de nossas refeições e de todas as atividades importantes, nós estamos recordando o mistério dessa pertença amorosa a Deus e estamos procurando viver em profunda sintonia com a graça batismal, que nos transformou profundamente.

    Assim, compreendemos que se trata, em primeiro lugar, de vivenciarmos a relação de comunhão, na fé e no amor, com Deus que, como nos diz a primeira leitura, do livro dos Provérbios, se alegra em estar na companhia das pessoas humanas (8,31).

    "A transmissão e a educação da fé cristã na família", este é o tema da 5a Peregrinação das Famílias ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. O tema recorda que essa é uma missão da família. Este tema foi aprofundado ontem, durante o 3o Simpósio Nacional da Família, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a Família. Essa Comissão expressa a solicitude de toda a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Igreja no Brasil pela Família, e por seu papel insubstituível na vida de cada um de nós, na vida da Igreja e na vida social.

    Recordemo-nos que a transmissão da fé deve ser feita primeiro pela família. De fato, não basta transmitir a vida biológica; é necessário , por meio da educação, ensinar o modo correto para viver bem. Não basta ensinar a viver bem neste mundo; é necessário transmitir também o significado eterno da vida humana, que se encontra na fé em Deus e na comunhão com Ele. Transmitir a fé e educar nela é parte fundamental da missão da família cristã.

    Muitas vezes, durante as celebrações, vemos os pais ou avós, tendo nos braços seu filhinho ou netinho, no início da celebração, depois de ter feito sobre si mesmos o sinal da cruz, tomarem a mão da criancinha e a ajudá-la a traçar também esse sinal; ou vemos, durante a oração do Pai Nosso, segurarem para o alto uma das mãozinhas da criança, enquanto rezam. Quando já estão maiorzinhas, vemos essas crianças tentarem fazer sozinhas o sinal da cruz ou elevarem as mãos durante o Pai Nosso. Desajeitadamente, muitas vezes, mas tentando fazer certo. E as vemos olhar para os olhos de seus pais ou avós, buscando aquele sinal de aprovação e aquela confirmação que os faz ir adiante e progredir no caminho da fé.

    São sinais exteriores, mas importantes. Como ontem, no Simpósio, quero recordar aqui, uma das perguntas que se faz aos noivos durante a celebração do sacramento do Matrimônio: "estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, e a educá-los na lei de Cristo e da Igreja?". Quando assistimos a cenas como as que acabo de descrever, temos alegre convicção de que sim, a família cristã continua fiel a sua missão, embora tenha que enfrentar desafios para isso. E se é verdade que muitos pais já não se preocupam tanto em transmitir e educar na fé os seus filhos, em diversos casos, os avós ainda o procuram fazer, como nos recordou há poucos dias o Papa Francisco, lembrando-se de sua própria avó. E cresce o número dos que descobrem que educar na fé é garantia segura de um futuro melhor para seus filhos.

    Queridos irmãos e irmãs, desejo a todos que a experiência de ser família e de procurar viver em família a fé cristã, os faça progredir no conhecimento amoroso do mistério de Deus e, por este caminho da fé e da graça, os faça famílias felizes e comprometidas com o Evangelho.

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    A situação da liberdade religiosa em todo o mundo
    Dois novos relatórios mostram as duas faces da mesma moeda

    Por John Flynn, LC


    ROMA, 27 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Segunda-feira, 20 de maio, o Departamento dos EUA divulgou o seu relatório anual sobre a liberdade religiosa, que abrange todo 2012.

    Durante a coletiva de imprensa de apresentação do relatório, Suzan J. Cook, embaixador dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, pediu aos governos para condenar a intolerância religiosa e para tomar medidas contra aqueles que cometem crimes motivados pelo fanatismo religioso.

    Infelizmente, observou Cooke, em um certo número de países, a intolerância contra as minorias religiosas está aumentando, e é uma intolerância que muitas vezes resulta em violência.

    "O direito à liberdade religiosa diz respeito a cada ser humano", diz o relatório. Um direito que, no entanto, em 2012, ainda não é respeitado por muitas nações.

    No relatório não há mudanças relacionadas aos oito países já identificados pelo Departamento de Estado como sendo os que causam "especial preocupação": Birmânia, China, Irã, Coréia do Norte, Arábia Saudita, Sudão e Uzbequistão.

    Com exceção de alguns países específicos, o relatório observa uma constante relacionada com as leis contra a blasfêmia e apostasia, que são frequentemente utilizados de forma discriminatória.

    O relatório também denuncia um contínuo crescimento do anti-semitismo, especialmente na Venezuela, Egito e Irã.

    Por ocasião do relatório, o Secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou que Ira Forman, ex-líder do Conselho Nacional Democrático Judeu, estará operacional como enviado especial para o monitoramento e combate ao anti-semitismo.

    No que diz respeito aos relatórios sobre os piores inimigos da liberdade religiosa, nota-se que, apesar de algumas notícias positivas da Birmânia, como a liberação de alguns monges presos após os protestos pró-democráticos em 2007, o respeito pela liberdade religiosa por parte do governo não mudou significativamente ao longo de 2012.

    As organizações religiosas continuam a ser monitoradas pelo governo, enquanto continuam as restrições à liberdade de reunir-se e de expressar as próprias opiniões. Mesmo a proibição de construção ou renovação de novos edifícios para o culto ainda está em vigor.

    Também na China continua o controle do Estado sobre a religião. As autoridades locais, muitas vezes fazem pressão aos cidadãos para aderirem à Associações patrióticas oficialmente aprovadas, enquanto são penalizadas as pessoas que pertencem a grupos religiosos não registrados.

    Tais inscrições em seminários ou instituições relacionadas com as associações patrióticas são exigidas pelo governo para demonstrar a "confiança política".

    No geral, o relatório observa que o respeito pela liberdade religiosa por parte do governo está bem abaixo dos padrões internacionais.

    Entre as medidas utilizadas para pressionar os membros de grupos religiosos não registrados, existem campos de trabalho e os hospitais psiquiátricos.

    As minorias religiosas, como os budistas tibetanos ou os muçulmanos uigures, continuam a sofrer discriminação, seja pela crença religiosa que ao seu status de minoria étnica.

    Um outro país em que no 2012 a liberdade religiosa dolorosamente está ausente é o Irã. O relatório refere-se ao fato de que o respeito pela liberdade religiosa por parte do governo diminuiu ainda mais no ano passado. As condições das prisões pioraram para aqueles que estão detidos por atividades religiosas, enquanto a prisão e perseguição das minorias religiosas estão crescendo.

    A retórica do governo e os meios de comunicação controlados pelo regime continuam a ameaçar as minorias religiosas e a promover campanhas de difamação contra elas. Também aconteceu uma discriminação contra as minorias em áreas como o emprego, a educação e a habitação.

    Além da política do governo, o relatório evidencia que a constituição iraniana e as leis ordinárias são severamente restritivas da liberdade religiosa. A constituição não permite que os muçulmanos mudem de religião e a apostasia do Islã é punível com a morte. Mesmo o proselitismo por parte dos não-muçulmanos é sujeito à pena de morte.

    O segundo relatório divulgado na semana passada - também esse na segunda-feira, 20 de maio – fala dos casos de intolerância e discriminação contra cristãos relativos a 2012 e realizado pelo Observatório sobre a intolerância e a Discriminação contra os Cristãos da Europa, com base na Áustria.

    O documento aborda temas como a objeção de consciência em assuntos como o aborto, a eutanásia e a pesquisa com células-tronco. Está em andamento – afirma o relatório – uma virulenta campanha por parte de alguns grupos de pressão para sabotar o direito à objeção de consciência.

    Muitas leis contra a incitação do ódio são muitas vezes usadas contra os Cristãos, especialmente em duas áreas: o Islã e a homossexualidade.

    "O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem demonstrou um crescente apoio à censura dos argumentos", diz o relatório.

    A proteção da liberdade de expressão não é isenta de riscos, afirma o relatório, no entanto, se aceitarmos a ideia de que o Estado deva censurar o debate público, então corre-se o risco de não existir limites às idéias a serem sufocadas.

    Invocar o princípio da igualdade também levou a restrições na liberdade religiosa, diz o relatório. O princípio da igualdade perante a lei já foi estendido para a arena das escolhas morais e a como as pessoas deveriam tratar-se mutuamente.

    Isto levou a uma amarga legislação anti-discriminatória em vários países. Essas leis dizem respeito a pessoas que alugam quartos ou salas para celebrações. Também afetam as organizações, no momento da contratação de novos funcionários. Mesmo as agências matrimoniais cristãs estão na mira das autoridades.

    Embora a discriminação sofrida pelos Cristãos na Europa Ocidental tenha diferentes conotações com relação à descrita pelo Departamento de Estado, trata-se, porém, de uma real ameaça à liberdade religiosa, ainda em constante crescimento.

    (Tradução Thácio Siqueira)

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    Cultura e Sociedade
    Papua-Nova Guiné: não à pena de morte
    Bispos apontam três razões para se opor à sentença capital


    ROMA, 28 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Os bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão reiteram o seu "não" à pena de morte, enquanto o país debate uma nova lei de segurança nacional.

    A pena de morte já está prevista no Código Penal de Papua-Nova Guiné, mas se limita ao caso de "assassinato voluntário". Nunca foi executada na prática, embora haja alguns presos no corredor da morte.

    O governo considera a possibilidade de estender a pena de morte a outros delitos graves, como o estupro, o assassinato, o assassinato por bruxaria e o desvio de verbas públicas.

    De acordo com a agência Fides, o pe. Victor Roche, SVD, secretário geral da Conferência Episcopal, publicou uma nota divulgando que a Igreja local oferece ao debate público três razões para rejeitar a pena de morte.

    A primeira é que a pena de morte contraria a bíblia e os princípios cristãos, dado o mandamento "Não matarás". Posto que Deus é o autor da vida, "nem o poder judiciário nem o governo têm o poder de tirar a vida de alguém".

    A segunda razão é que "a pena de morte não diminui a taxa de criminalidade nos países em que é adotada, e Papua-Nova Guiné não será uma exceção". "Melhorar o sistema de justiça e dar a certeza do castigo são elementos de dissuasão muito melhores para o crime", indicam os bispos.

    Em terceiro lugar, a Igreja pergunta: "Quem vai executar os criminosos condenados à morte em Papua-Nova Guiné? Serão cidadãos nossos ou serão contratados verdugos estrangeiros? Se forem concidadãos, poderiam ocorrer assassinatos por vingança contra a família dos verdugos". A medida, neste caso, poderia "detonar lutas tribais" que comprometeriam a harmonia na sociedade.

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    Liturgia e Vida Cristã
    É possível casar-se antes no civil e depois na Igreja?
    Responde padre Edward McNamara, LC, professor de Teologia e diretor espiritual

    Por Pe. Edward McNamara, L.C.


    ROMA, 31 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Um leitor dos EUA fez a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:

    A minha noiva quer casar-se com rito religioso católico. Ela é cidadã irlandesa e eu americano. Por motivos burocráticos, estamos planejando nos casar primeiro civilmente nos EUA e, em seguida, com rito católico na Irlanda. Tememos porém que a cerimônia civil possa comprometer o matrimônio religioso. O sacramento do matrimônio é muito importante para nós. Não queremos estragar tudo. Portanto, nossa questão é se a igreja permite que primeiro se case no civil antes de unir-se no matrimônio com rito religioso? - UE, Arlington, Massachusetts (EUA)

    Publicamos abaixo a resposta do Padre McNamara:

    Um primeiro princípio a ter em mente é que a Igreja não reconheça a validade do matrimônio civil entre dois católicos. Todos os católicos devem seguir os procedimentos descritos no Direito canônico, também se em casos especiais o bispo tem a autoridade de dispensar de alguns requisitos.

    A questão da relação entre o casamento civil e a celebração sacramental depende das leis de cada País. Geralmente, as possibilidades são duas:

    A primeira situação é aquela em que o matrimônio religioso, normalmente, tem efeitos civis. Este é o caso dos Estados Unidos, Irlanda, Itália e de muitos Países. Em cada País existe um processo específico que deve ser seguido pelas autoridades civis, mas no final há uma só cerimônia de casamento.

    Há alguns casos em que a Igreja celebra um matrimônio com efeitos somente sacramentais. Por exemplo, quando um casal já unido pelo matrimônio civil sucessivamente deseja regularizar a sua situação diante de Deus. Desta forma poderão participar plenamente na vida da Igreja, e especialmente, poderão novamente receber a Comunhão.

    Nas situações mencionadas acima, em que a celebração religiosa tem efeitos civis, o matrimônio civil não é uma válida opção para um católico. Ao mesmo tempo, uma união civil anterior não é, como tal, um impedimento para um casal que quer unir-se em matrimônio sacramental.

    A situação é diferente nos Países onde a cerimônia religiosa não é civilmente reconhecida. Nestes casos, geralmente há duas "bodas", uma civil e outra religiosa. Este é o caso em muitos países europeus e da América Latina.

    Na maioria dos casos a celebração civil precede a religiosa. O intervalo entre as duas cerimônias pode ser de apenas algumas horas, alguns dias, mas ainda mais. Uma vez que a Igreja não reconhece a cerimônia civil, os católicos não devem começar a vida conjugal a não ser depois da celebração sacramental.

    Embora não reconheça o casamento civil, em alguns países as autoridades eclesiásticas não permitem a celebração religiosa, até depois do casamento civil. Trata-se principalmente de uma decisão pastoral para garantir a plena protecção jurídica de ambas as partes, e a manutenção de eventuais filhos em caso de ruptura e separação.

    Se esta precaução não fosse tomada, uma pessoa - homem ou mulher - poderia encontrar-se vinculada em consciência pela união matrimonial mas com limitados recursos legais para proteger a custódia dos filhos, bens ou outros responsabilidade compartilhadas decorrentes do seu casamento.

    No que diz respeito ao caso particular do nosso leitor, eu acho que se ele cumpre bem com suas obrigações legais e fornece toda a documentação necessária, não haja nenhuma razão para que um casamento religioso civilmente reconhecido na Irlanda não seja reconhecido legalmente nos Estados Unidos.

    No entanto, se há dificuldades específicas (por exemplo, se o processo burocrático do matrimônio em outro país envolve dificuldades, tempos e custos desproporcionados às possibilidades do casal), então pode-se consultar o seu bispo local para realizar a parte civil no seu próprio país.

    ***

    Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org. Pede-se gentilmente de mencionar a palavra "Liturgia" no campo do objeto. O texto deveria incluir as iniciais, o nome da cidade e o estado, província ou nação. Pe. McNamara só pode responder uma pequena seleção das muitas perguntas que recebe.

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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Youcat, um grande best-seller na literatura católica
    Mais de 4 milhões de jovens já tem o seu em mais de 50 países

    Por Redacao


    BRASíLIA, 29 de Maio de 2013 (Zenit.org) - O Catecismo Jovem, conhecido como Youcat, alcançou mais de 2 milhões de exemplares vendidos e uma média de 2,3 milhões de exemplares distribuídos pela fundação AIS..

    A obra já foi publicada em 28 línguas e está em mais de 50 países. De acordo com o "diretor executivo do Youcat Center em Augsburg, Bernhard Meuser - informa o site do projeto - 'totalizam-se mais de 4 milhões de exemplares do YOUCAT, porque temos números de que 2,3 milhões de exemplares também foram distribuídos gratuitamente por meio da Fundação – AIS: 700 mil exemplares distribuídos na JMJ Madri (2011); 50 mil exemplares em árabe, na visita do Papa Emérito Bento XVI ao Líbano em setembro de 2012; 50 mil exemplares em espanhol para dioceses da América Latina. E a mais expressiva das distribuições: 1, 5 milhão exemplares em português desde 2012 para a juventude brasileira em preparação para a JMJ-Rio2013'.

    Ir. Darlei Zanon, diretor do projeto em língua portuguesa disse que "a coisa mais importante a saber sobre o YOUCAT é que ele não é um livro. Ou não é apenas um livro. É um projeto muito maior que tem como objetivo principal ajudar os jovens a responderem ao desafio lançado pelo Papa Emérito Bento XVI: saberem o que creem e conhecerem a fé que professam".

    Para maiores informações:

    http://www.catecismojovem.com.br/

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    Familia e Vida
    Corte Interamericana condena Costa Rica por não aprovar a inseminação artificial
    Um documento internacional, no entanto, defende as razões do país centro-americano

    Por Ilaria Nava


    ROMA, 27 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Médicos, filósofos, biólogos e, especialmente, juristas estão entre os signatários de um novo e importante documento de bioética elaborado a propósito de um caso internacional. Trata-se da Declaração de Guanajuato, de 20 de abril, firmada na cidade mexicana homônima por uma equipe multidisciplinar. Em seguida, a declaração foi aberta às assinaturas de todos os que queiram apoiar o seu conteúdo.

    O documento é o resultado da análise da sentença do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, que, em 28 de novembro de 2012, condenou a Costa Rica por ter rejeitado a inseminação artificial. No pequeno país da América Central, qualquer forma de fertilização in vitro está hoje proibida. A decisão da Corte Suprema da Costa Rica, em 15 de março de 2000, declarou inconstitucional o decreto que regulamentava tais técnicas, sancionando assim a sua proibição.

    Um recente projeto de lei que pretende reintroduzir a inseminação artificial no país foi rejeitado pelo Legislativo em junho de 2011. Mas o recurso de alguns casais contra o Estado levou o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o país por ter proibido a fertilização in vitro. A Declaração de Guanajuato analisa o julgamento, destacando diversos aspectos de legitimidade duvidosa tanto do ponto de vista científico quanto jurídico, sujeitando-os à atenção da comunidade internacional. Por causa desses erros, os signatários da carta afirmam que o seu valor se limita ao caso concreto e não tem força vinculativa para o Estado.

    "O termo 'concepção', referido no artigo 4.1 da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, deve ser entendido da mesma forma com que foi definido quando da sua assinatura em 1969, isto é, como a união de óvulo e espermatozoide. O argumento de que a implantação no útero seria o fato definidor da concepção é falso; a implantação termina o ciclo da concepção, que, entre outras coisas, permite diagnosticar a gravidez. A prática de fertilização in vitro mostra que o desenvolvimento do embrião começa no momento da fecundação".

    Na pequena república centro-americana, que é um dos países mais avançado do mundo na proteção dos direitos das pessoas com deficiências e no qual o aborto é proibido, a sentença do tribunal acendeu as reações da opinião pública. A procuradora da República, Ana Lorena Brenes, continua defendendo a tese da proibição da inseminação artificial: "O embrião tem direito à vida e nós estamos surpresos de ter sido condenados por proteger a sua existência".

    O jornal local Diario Extra já tinha condenado duramente as pressões exercidas sobre o país pela Corte Interamericana em favor da introdução das técnicas de inseminação artificial. O presidente da Conferência Episcopal da Costa Rica e arcebispo de San José, dom Hugo Barrantes Ureña, tinha manifestado as razões pelas quais convidava o legislativo a não aprovar a normativa: "É uma técnica que, para atingir os seus objetivos, elimina, em seu processo, um grande número de embriões fecundados, ou seja, vidas humanas nascentes".

    Além disso, ao expressar "solidariedade aos cônjuges que não podem satisfazer o desejo legítimo de ter filhos", ele destacou que "uma criança é sempre um dom" e, portanto, nunca um meio para "satisfazer uma necessidade ou um desejo, porque a sua dignidade inviolável de pessoa exige que ela sempre seja tratada como um fim".

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    Análise
    Vontade de potência ou vontade de verdade: o que deve orientar uma Universidade?
    O único modo de se defender a vida é, por incrível que pareça, afirmar o primado da verdade sobre ela

    Por Pe. Anderson Alves


    ROMA, 29 de Maio de 2013 (Zenit.org) - Cada vez fica mais evidente a atual crise das Universidades. Essa não se refere a fatores econômicos, nem mesmo ao fato dos jovens chegarem ao ensino superior com um nível de aprendizagem cada vez mais baixo, mas sim a uma verdadeira crise de identidade. A pergunta séria, que muitos querem silenciar, é simplesmente: para que serve uma Universidade? É interessente a questão sobre o que deveria inspirar uma Universidade, algo que não é de hoje, pois foi colocada por diversos pensadores do século passado. Damos uma resposta aqui a partir das reflexões do filósofo e teólogo alemão Romano Guardini, que se dedicou ao ensino universitário por mais de 60 anos, desde o início do século XX[i].

    Para ele, a Universidade é o lugar por excelência onde se pode dizer e escutar a verdade. De modo que essa instituição «adoece quando a verdade deixa de ser o ponto de referência principal do saber universitário» (pg. 40). Quando Guardini defendeu essa tese, trazia na memória as experiências sofridas durante a tirania nazista, na qual muitos intelectuais se comprometeram com uma ideologia que aparentemente queria aplicar uma verdade, mas que vivia da mentira e da violência. Para ele, a causa da traição de vários intelectuais daquele período foi a tese de que a verdade existe para servir à vida. O filosofia vitalista de F. Nietzsche, de fato, defendia que a verdade nada mais era do que um conjunto de metáforas, uma invenção dos débeis para dominar os mais fortes.

    Para a dita filosofia a verdade deve servir à vida, à produção, ao sucesso (também do Estado), em uma palavra, a tudo o que é útil à vida. E o que seria útil à vida? Isso seria decidido pela vontade mesma. Surgia assim a tirania da «vontade de poder», uma vontade forte desligada do compromisso para com a verdade e para com o bem de todos. Nesse contexto, a Universidade nada mais seria do que uma peça da engrenagem da máquina estatal para transmitir os "novos valores" ao povo alemão. O Estado seria o detentor único de uma filosofia superior que afirmaria a supremacia da vida do novo homem.

    Para Guardini, essa doutrina é falsa e destrutiva, e isso pode ser demonstrado não só filosoficamente, mas também através da história. Pois o homem vive daquilo que está acima dele. O homem é como uma árvore invertida, que possui suas raízes no Céu, como bem viu Platão[ii]. A vida não pode ser o valor supremo, pois essa tem em si aspectos contraditórios. Os animais são governados pelo instinto, mas o homem pode dizer não a eles. O homem é um ser livre e pode querer inclusive o que vai contra a sua própria vida própria e a do seu próximo. No ser humano há não só a vontade de viver, mas também o instinto de morte. Como poderia, pois, a verdade servir à vida, sendo que essa possui um caráter contraditório?

    Historicamente se viu que quando a vida é colocada acima da verdade, paradoxalmente, surge todo tipo de atrocidade. Quando uma vida ideal – a ideologia da segurança e do bem-estar a todo custo – é buscada independentemente da verdade, os homens reais correm o risco de sofrer todo tipo de brutalidade. A busca por um "super-homem" foi uma ilusão que causou o extermínio de milhões de seres humanos reais, e deveríamos aprender algo com a história.

    Sendo assim, o único modo de se defender a vida é, por incrível que pareça, afirmar o primado da verdade sobre ela. Somente em relação à verdade a vida humana se torna justa e reta. «Acima da vida deve estar algo que não depende dela, que não a serve, mas que tem em si mesmo uma excelência: a verdade. Saber isso, descobrir isso em modo sempre novo, experimentá-lo, anunciá-lo: eis o papel das Universidades. Se isso é esquecido, a Universidade perde o seu sentido. Torna-se uma escola profissionalizante entre outras, que possui um significado prático, mas não um valor espiritualmente essencial» (p. 27).

    A Universidade deve servir à busca da verdade por si mesma. A razão da crise de identidade das Universidades atuais consiste no fato de que as ciências busquem a verdade, mas culturalmente somos levados a crer que a verdade não existe. Muitas vezes o dogma da inexistência da verdade é "ensinado" nas mesmas Universidades, as quais deveriam alimentar nos alunos o desejo de descobrir e de servir à verdade. Surge assim uma tensão na comunidade acadêmica: entre os que buscam a verdade por si mesmo e os que se deixam seduzir pelo ceticismo, o qual se manifesta em uma destrutiva «vontade de poder».

    Certamente, só quando a Universidade busca a verdade por si mesma pode contribuir para salvaguardar a dignidade inalienável da pessoa humana e a sua própria identidade. O risco da Universidade é o de colocar-se ao serviço de algo que seja inferior à verdade mesma: seja ao Estado, seja aos interesses de mercado. Uma Universidade digna desse nome deve guiar-se pela vontade sincera de verdade e não pela «vontade de poder», de sucesso político ou de lucro. Só assim ela continuará sendo um verdadeiro caminho verso algo de único (uni-versus), a verdade, que é objetiva e a única a garantir realmente a defesa da dignidade da vida humana.

    Pe. Anderson Alves, sacerdote da diocese de Petrópolis – Brasil. Doutorando em Filosofia na Pontificia Università della Santa Croce em Roma.

    [i] R. Guardini, Tre scritti sull'università, Morcelliana, Brescia 1999. O terceiro texto do livro é uma das últimas conferências de Guardini e tem o título: "Vontade de poder ou vontade de verdade? Um interrogativo para a Universidade".

    [ii] Platão, Timeo, 90a. O filósofo francês Rémi Brague (1947), vencedor do prêmio Ratzinger 2012 retormou recentemente esse tema platônico, dizendo que o homem tem suas âncoras no céu. Cfr. R. Brague, Ancore nel cielo. L'infrastruttura metafisica, Vita e Pensiero, Milano 2011.

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    Angelus
    Diante dos cinco pães, Jesus pensa: eis a Providência!
    Palavras do Papa Francisco durante o Angelus


    ROMA, 02 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco pronunciadas da janela do Palácio Apostólico, neste domingo, aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de Sao Pedro para a tradicional oraçao mariana do Angelus.

    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    Quinta-feira passada comemoramos a festa de Corpus Christi, que na Itália e em outros países foi transferida para este domingo. É a festa da Eucaristia, Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo.

    O Evangelho narra o milagre da multiplicação dos pães (Lucas 9,11-17); gostaria de deter-me sobre um aspecto que sempre me impressiona e me faz pensar. Estamos à beira do lago da Galiléia, a noite se aproxima; Jesus se preocupa com as pessoas que há tantas horas estão com Ele: são milhares, e eles estão com fome. O que fazer? Os discípulos levantam a questão, e dizem a Jesus: "Despede a multidão"para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida. Mas Jesus diz: "Dai-lhes vós mesmos de comer" (v. 13). Os discípulos ficam confusos, e respondem:"Só temos cinco pães e dois peixes",como dizer: apenas o suficiente para nós.

    Jesus sabe bem o que fazer, mas quer envolver os seus discípulos, quer educá-los. A reação dos discípulos é a atitude humana que procura a solução mais realista, que não crie muitos problemas: Despede a multidão – dizem - cada um cuide de si mesmo como pode, de resto já fez muito por eles: pregou, curou os doentes ... Despede a multidão!

    A atitude de Jesus é completamente diferente, e é ditada por sua união com o Pai e compaixão pelo povo, a piedade de Jesus para com todos nós: Jesus ouve nossos problemas, as nossas fraquezas, as nossas necessidades. Diante dos cinco pães, Jesus pensa:eis a Providência! A partir deste pouco, Deus pode dar o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai celeste, sabe que para Ele tudo é possível. Por isto diz aos discípulos para fazer as pessoas se sentarem em grupos decinquenta. E não é por acaso pois isto significa que não são mais uma multidão, mas se tornam comunidade, nutrida pelo Pão de Deus. E depois toma os pães e os peixes, levanta os olhos ao céu e abençoa – é uma clara referência a Eucaristia -, depois os parte e começa a dar aos discípulos, e os discípulos os distribuem....e os pães e os peixes não acabam,não acabam! Eis o milagre: mais que uma multiplicação é uma partilha, motivada pela fé e pela oração. Todos comeram e vai mais além: é o sinal de Jesus, pão de Deus para a humanidade.

    Os discípulos viram, mas não entenderam bem a mensagem. Eles foram tomados, como a multidão, pelo entusiasmo do sucesso. Mais uma vez seguiram lógica humana e não a de Deus, que é a do serviço, do amor e da fé. A festa de Corpus Christinos convida a convertermos afé na Providência, saber partilhar o pouco que somos e temos e não nos fecharmos nunca em nós mesmos.

    Peçamos a nossa Mãe Maria para nos ajudar nesta conversão, para seguir verdadeiramente, sempre mais, este Jesus que adoramos na Eucaristia.

    Assim seja.

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    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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