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    domingo, 16 de junho de 2013

    [ZP130616] O mundo visto de Roma


    ZENIT
    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 16 de Junho de 2013


    Papa Francisco
    Deus leva à vida ao passo que seguir os ídolos leva à morte
    Homilia do Papa Francisco pronunciada na Santa Missa por ocasião da Jornada pela VIda
    "Unidos no amor, com Jesus como ponto de referência"
    Francisco recebe no Vaticano o primaz anglicano Justin Welby
    Francisco termina a encíclica que Bento XVI tinha começado
    O Santo Padre fez o anúncio hoje, durante a audiência com membros da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos
    Não falem mal uns dos outros
    Homilia do Papa Francisco na missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta
    Papa Francesco conclui Encíclica iniciada pelo Papa Bento XVI
    O Santo Padre anunciou hoje durante audiência com os membros da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos
    "Nem ir para trás, nem um progressismo adolescente"
    Papa Francisco convida: Abrir-se à liberdade do Espírito Santo
    "A Igreja deve estar com as portas abertas para que todos possam entrar"
    Durante a catequese geral o Papa Francisco fala que o Povo de Deus é para todos
    Igreja rica, não; Igreja pobre, sim
    Apelo de Francisco na missa desta terça-feira na Casa Santa Marta
    Francisco: Fiquem abertos às surpresas de Deus
    O papa fala aos participantes da peregrinação a Loreto
    Levemos Deus ao mundo e o mundo a Deus
    Mensagem do papa Francisco no encerramento do congresso eucarístico alemão
    Santa Sé
    Sínodo a serviço da missão e da comunhão da Igreja como expressão da colegialidade
    O Santo Padre recebeu em audiência os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos
    Tutela da liberdade de religião para um desenvolvimento harmonioso da sociedade
    Papa Francisco recebe em audiência a presidente da Eslovênia
    Igreja e Religião
    "Na Cúria existem pessoas santas, mas... "
    De acordo com um site chileno, em uma audiência com os religiosos da América Latina, o Papa Francisco teria confirmado a presença de um lobby gay no Vaticano
    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Papa vai saudar fiéis de papamóvel em Aparecida
    As comitivas pontifícias litúrgica e de segurança estiveram no Santuário Nacional de Aparecida
    Familia e Vida
    O desaparecimento de Deus: família e religião estão ligadas entre si
    Existe uma relação entre a diminuição de casamentos e nascimentos e o declínio da fé
    Estatuto do Nascituro
    Análise do Dr. Claudio Fonteles
    Espiritualidade
    Maria, a Virgem Sacerdotisa ?
    Pe. Rafael Maria, osb, aborda o tema do sacerdócio de Nossa Senhora
    Análise
    Uma escola católica ideal
    É urgente a tarefa de catolicizar novamente a nação brasileira
    Angelus
    Papa Francisco reza por cada vida humana, especialmente a mais frágil, indefesa e ameaçada
    As palavras do Pontifice no Angelus deste domingo
    Mensagem aos leitores
    Seja Jornalista de ZENIT durante a JMJ Rio 2013
    Só uma equipe por país!



    Papa Francisco
    Deus leva à vida ao passo que seguir os ídolos leva à morte
    Homilia do Papa Francisco pronunciada na Santa Missa por ocasião da Jornada pela VIda


    CIDADE DO VATICANO, 16 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Às 10:30 de hoje, XI Domingo do Tempo Comum, na Praça de São Pedro, o Santo Padre Francisco celebrou a missa pela Jornada Evangelium Vitae, por ocasião do Ano da Fé. Apresentamos a seguir o texto da homilia pronunciada pelo Papa após a leitura do Santo Evangelho.

    Amados irmãos e irmãs!

    Esta celebração tem um nome muito belo: o Evangelho da Vida. Com esta Eucaristia, no Ano da Fé, queremos agradecer ao Senhor pelo dom da vida, em todas as suas manifestações, e ao mesmo tempo queremos anunciar o Evangelho da Vida.

    Partindo da Palavra de Deus que escutámos, gostava de vos propor simplesmente três pontos de meditação para a nossa fé: primeiro, a Bíblia revela-nos o Deus Vivo, o Deus que é Vida e fonte da vida; segundo, Jesus Cristo dá a vida e o Espírito Santo mantém-nos na vida; terceiro, seguir o caminho de Deus leva à vida, ao passo que seguir os ídolos leva à morte.

    1. A primeira leitura, tirada do Segundo Livro de Samuel, fala-nos de vida e de morte. O rei David quer esconder o adultério cometido com a esposa de Urias, o hitita, um soldado do seu exército, e, para o conseguir, manda colocar Urias na linha da frente para ser morto em batalha. A Bíblia mostra-nos o drama humano em toda a sua realidade, o bem e o mal, as paixões, o pecado e as suas consequências. Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte. Exemplo disto mesmo é o adultério do rei David. E o egoísmo leva à mentira, pela qual se procura enganar a si mesmo e ao próximo. Mas, a Deus, não se pode enganar, e ouvimos as palavras que o profeta disse a David: Tu praticaste o mal aos olhos do Senhor (cf. 2 Sam 12, 9). O rei vê-se confrontado com as suas obras de morte– na verdade o que ele fez é uma obra de morte, não de vida! –, compreende e pede perdão: «Pequei contra o Senhor» (v. 13); e Deus misericordioso, que quer a vida e sempre nos perdoa, perdoa-lhe, devolve-lhe a vida; diz-lhe o profeta: «O Senhor perdoou o teu pecado. Não morrerás». Que imagem temos de Deus? Quem sabe se nos aparece como um juiz severo, como alguém que limita a nossa liberdade de viver?! Mas toda a Escritura nos lembra que Deus é o Vivente, aquele que dá a vida e indica o caminho da vida plena. Penso no início do Livro do Génesis: Deus plasma o homem com o pó da terra, insufla nas suas narinas um sopro de vida e o homem torna-se um ser vivente (cf. 2, 7). Deus é a fonte da vida; é devido ao seu sopro que o homem tem vida, e é o seu sopro que sustenta o caminho da nossa existência terrena. Penso também na vocação de Moisés, quando o Senhor Se apresenta como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, como o Deus dos viventes; e, quando enviou Moisés ao Faraó para libertar o seu povo, revela o seu nome: «Eu sou aquele que sou», o Deus que Se torna presente na história, que liberta da escravidão, da morte e traz vida ao povo, porque é o Vivente. Penso também no dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hinoao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus,porque sóEle é o Vivente!

    2. A passagem do Evangelho de hoje permite-nos avançar mais um passo. Jesus encontra uma mulher pecadora durante um almoço em casa de um fariseu, suscitando o escândalo dos presentes: Jesus deixa-Se tocar por uma pecadora e até lhe perdoa os pecados, dizendo: «São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (Lc 7, 47). Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantasobras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo. Jesus acolhe, ama, levanta, encoraja, perdoa e dá novamente a força de caminhar, devolve a vida. Ao longo do Evangelho, vemos como Jesus, por gestos e palavras, traz a vida de Deus que transforma. É a experiência da mulher que unge com perfume os pés do Senhor: sente-se compreendida, amada, e responde com um gesto de amor, deixa-se tocar pela misericórdia de Deus e obtém o perdão, começa uma vida nova. Deus, o Vivente, é misericordioso. Estais de acordo? Digamo-lo juntos: Deus, o Vivente, é misericordioso! Todos: Deus, o Vivente, é misericordioso. Outra vez: Deus, o Vivente, é misericordioso!

    Esta foi também a experiência do apóstolo Paulo, como ouvimos na segunda leitura: «A vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). E que vida é esta? É a própria vida de Deus. E quem nos introduz nesta vida? É o Espírito Santo, dom de Cristo ressuscitado; é Ele que nos introduz na vida divina como verdadeiros filhos de Deus, como filhos no Filho Unigénito, Jesus Cristo. Estamos nós abertos ao Espírito Santo? Deixamo-nos guiar por Ele? O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros filhos. E isto significa realismo e fecundidade. Quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo é realista, sabe medir e avaliar a realidade, e também é fecundo: a sua vida gera vida em redor.

    3. Deus é o Vivente, é o Misericordioso. Jesus traz-nos a vida de Deus, o Espírito Santo introduz-nos e mantém-nos na relação vital de verdadeiros filhos de Deus. Muitas vezes, porém – sabemo-lo por experiência –, o homem não escolhe a vida, não acolhe o «Evangelho da vida», mas deixa-se guiar por ideologias e lógicas que põem obstáculos à vida, que não a respeitam, porque são ditadas pelo egoísmo, o interesse pessoal, o lucro, o poder, o prazer, e nãosão ditadas pelo amor, a busca do bem do outro. É a persistente ilusão de querer construir a cidade do homem sem Deus, sem a vida e o amor de Deus: uma nova Torre de Babel; é pensar que a rejeição de Deus, da mensagem de Cristo, do Evangelho da Vida leve à liberdade, à plena realização do homem. Resultado: o Deus Vivo acaba substituído por ídolos humanos e passageiros, que oferecem o arrebatamento de um momento de liberdade, mas no fim são portadores de novas escravidões e de morte. O Salmista diz na sua sabedoria: «Os mandamentos do Senhor são rectos, alegram o coração; os preceitos do Senhor são claros, iluminam os olhos» (Sal 19, 9). Recordemo-nos sempre disto: O Senhor é o Vivente, é misericordioso. O Senhor é o Vivente, é misericordioso.

    Amados irmãos e irmãs, consideremos Deus como o Deus da vida, consideremos a sua lei, a mensagem do Evangelho como um caminho de liberdade e vida. O Deus Vivo faz-nos livres! Digamos sim ao amor e não ao egoísmo, digamos sim à vida e não à morte, digamos sim à liberdade e não à escravidão dos numerosos ídolos do nosso tempo; numa palavra, digamos sim a Deus, que é amor, vida e liberdade, e jamais desilude (cf. 1 Jo 4, 8; Jo 8, 32; 11, 2), digamos sim a Deus que é o Vivente e o Misericordioso. Só nos salva a fé no Deus Vivo; no Deus que, em Jesus Cristo, nos concedeu a sua vida com o dom do Espírito Santo e nos faz viver como verdadeiros filhos de Deus com a sua misericórdia. Esta fé torna-nos livres e felizes. Peçamos a Maria, Mãe da Vida, que nos ajude a acolher e testemunhar sempre o «Evangelho da Vida». Assim seja.

    © Copyright - Libreria Editrice Vaticana

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    "Unidos no amor, com Jesus como ponto de referência"
    Francisco recebe no Vaticano o primaz anglicano Justin Welby

    Por Luca Marcolivio


    ROMA, 14 de Junho de 2013 (Zenit.org) - A busca da unidade dos cristãos não é um objetivo de conveniência, nem puramente formal, mas algo que Deus mesmo quer com intensidade. Neste espírito, realizou-se hoje pela manhã o encontro oficial no Vaticano entre o papa Francisco e o arcebispo de Canterbury, primaz da Igreja Anglicana, Justin Welby.

    O Santo Padre recebeu o chefe da Igreja da Inglaterra na biblioteca vaticana, onde Welby entrou acompanhado pela esposa e pela comitiva.

    Dirigindo-se ao arcebispo de Canterbury, o papa Francisco recordou primeiramente o histórico encontro entre os seus respectivos antecessores, Michael Ramsey e Paulo VI, em 1966, e agradeceu ao primaz anglicano por ter rezado pelo bispo de Roma quando assumiu a liderança da Igreja da Inglaterra.

    Francisco e Justin Welby começaram o seu ministério com poucos dias de diferença, respectivamente em 13 de março e 21 de março.

    O papa evocou a história "longa e complexa" das relações entre as duas igrejas, "em que não faltaram momentos dolorosos", mas que também se caracterizou, nos últimos cinquenta anos, por um "processo de aproximação e de fraternidade", realizado tanto mediante o "diálogo teológico, com o trabalho da Comissão Internacional Anglicano-Católica", quanto com as renovadas "relações cordiais e de convivência diária", que levaram a um" profundo respeito mútuo" e a uma "sincera colaboração".

    Francisco expressou gratidão pelo "esforço sincero" da Igreja da Inglaterra para entender os motivos que levaram o papa emérito Bento XVI a criar um ordinariato para os fieis anglicanos desejosos de voltar à comunhão com Roma. "Eu tenho certeza", disse o papa, "que isso permitirá conhecer e apreciar melhor no mundo católico as tradições espirituais, litúrgicas e pastorais que compõem o patrimônio anglicano".

    A busca da unidade dos cristãos, que levou ao encontro ecumênico desta manhã, não é determinada por "razões práticas", acrescentou o papa, mas "pela vontade do Senhor Jesus Cristo", que fez dos seus seguidores "irmãos seus e filhos do único Pai".

    A oração ecumênica das Igrejas de Roma e de Canterbury "poderá encontrar expressão na cooperação em diferentes esferas da vida cotidiana", em particular no que diz respeito ao "testemunho da referência a Deus e da promoção dos valores cristãos", numa sociedade que parece colocar em discussão alguns dos "fundamentos da convivência", começando pela "santidade da vida humana" e pela "solidez da família fundamentada no casamento".

    Ambas as igrejas devem engajar-se em prol "de mais justiça social, de um sistema econômico a serviço do homem e do bem comum", especialmente "para os pobres, para que eles não sejam abandonados às leis de uma economia que às vezes parece considerar o homem apenas como consumidor".

    O papa elogiou o arcebispo de Canterbury, em especial, pelo compromisso "para promover a reconciliação e a resolução dos conflitos entre as nações", particularmente do conflito sírio. A paz e a graça, acrescentou, são dons que os cristãos só podem oferecer quando "vivem e trabalham juntos em harmonia".

    Ao terminar o discurso, o papa lembrou que a unidade entre os cristãos, "tão sinceramente desejada, é um dom que vem do alto e que se baseia em nossa comunhão de amor com o Pai, o Filho e o Espírito Santo". Por fim, Francisco exortou a todos a caminhar "unidos fraternalmente no amor, com Jesus Cristo como ponto de referência constante".

    Por sua parte, o arcebispo Welby fez referência às novas perseguições contra os cristãos no mundo. "Enquanto conversamos, os nossos irmãos e irmãs em Cristo sofrem terrivelmente a violência, a opressão, a guerra, devidas ao mau governo e a sistemas econômicos injustos. Se nós não formos seus advogados em nome de Cristo, quem vai ser?".

    Citando as palavras de Bento XVI, Welby acrescentou que, apesar das diferenças ainda significativas entre católicos e anglicanos, o "objetivo é grandioso o suficiente para justificar a fadiga do caminho".

    Após o encontro, o papa Francesco e o arcebispo Welby trocaram presentes e concluíram a reunião com uma oração em conjunto na capela Redemptoris Mater.

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    Francisco termina a encíclica que Bento XVI tinha começado
    O Santo Padre fez o anúncio hoje, durante a audiência com membros da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos


    CIDADE DO VATICANO, 14 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Nesta manhã, no Salão do Consistório do Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, reunidos em assembleia sobre o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". Após a saudação do secretário geral do Sínodo dos Bispos, dom Nikola Eterovic, o papa começou uma conversa com os bispos do conselho, depois de fazer o discurso previsto.

    O papa anunciou que irá terminar a encíclica iniciada pelo seu predecessor, o papa emérito Bento XVI. Francisco explicou que pretende trabalhar na exortação pós-sinodal dentro da "panorâmica mais ampla" que é "a evangelização em geral", retomando o sínodo sobre a Nova Evangelização, de outubro de 2012.

    O papa também expôs ao conselho ordinário o seu ponto de vista sobre as questões da próxima Assembleia Geral Ordinária da Secretaria do Sínodo dos Bispos. Em primeiro lugar, as questões da dignidade humana, da família, da tecnologia, da relação entre a Igreja e o mundo, inclusive por ocasião dos cinquenta anos da Gaudium et Spes, em 2015.

    Menção especial foi feita por Francisco à ecologia, em particular à "ecologia humana", e, no âmbito antropológico, à questão da "laicidade que se tornou laicismo", ou secularização. Por fim, o Santo Padre falou da colegialidade e da sua relação com o ministério petrino, bem como das expectativas ligadas a ela.

    ***

    Reproduzimos abaixo o texto do discurso do papa:

    Queridos irmãos no episcopado,

    Quero cumprimentá-los cordialmente, agradecendo de maneira especial a dom Nikola Eterovic, secretário geral, pelas palavras que me dirigiu. Através de vocês, estendo a minha saudação às Igrejas particulares confiadas aos seus cuidados pastorais. Sou grato a vocês pela ajuda oferecida ao bispo de Roma, no seu cargo de presidente do Sínodo dos Bispos, para a elaboração e implementação do que surgiu na XIII Assembléia Geral Ordinária. É um serviço valioso à Igreja universal, que exige disponibilidade, compromisso e sacrifício, inclusive para enfrentar viagens longas. Meus sinceros agradecimentos a cada um de vocês!

    Eu gostaria de enfatizar a importância do tema daquela assembleia: a nova evangelização para a transmissão da fé. Existe uma estreita ligação entre esses dois elementos: a transmissão da fé cristã é o objetivo da nova evangelização e de todo o trabalho de evangelização da Igreja, que existe precisamente para isto. O termo "nova evangelização" destaca a consciência cada vez mais clara de que, mesmo nos países de antiga tradição cristã, é necessário um renovado anúncio do Evangelho, para reconduzir a um encontro com Cristo que transforme de verdade a vida e não seja superficial, marcado pela rotina. E isso tem consequências para a ação pastoral.

    Como observava o Servo de Deus Paulo VI, "as condições da sociedade nos obrigam a rever os métodos, a procurar por todos os meios estudar a forma de levar a mensagem cristã ao homem moderno, na qual ele pode encontrar a resposta para as suas perguntas e a força para o seu compromisso de solidariedade humana" (discurso ao Colégio dos Cardeais, 22 de junho de 1973). O mesmo pontífice, na Evangelii nuntiandi, um texto riquíssimo que não perdeu nada da sua atualidade, nos recordava que o compromisso de anunciar o evangelho "é, sem dúvida alguma, um serviço prestado não só à comunidade cristã, mas à humanidade inteira" (nº 1).

    Gostaria de encorajar toda a comunidade eclesial a ser evangelizadora, a não ter medo de "sair de si mesma" para anunciar, confiando principalmente na presença misericordiosa de Deus, que nos guia. As técnicas são importantes, sem dúvida, mas nem mesmo as mais avançadas delas poderiam substituir a ação discreta e muito eficaz daquele que é o agente principal da evangelização: o Espírito Santo (cf. ibidem, 75). Precisamos ser conduzidos por Ele, mesmo que por estradas novas; precisam ser transformados por Ele, para que o nosso anúncio seja feito com a palavra sempre acompanhada pela simplicidade de vida, pelo espírito de oração, pela caridade para com todos, especialmente para com os pequenos e pobres, pela humildade e desprendimento de si mesmo, pela santidade de vida (cf. ibid., 76).

    Um pensamento também sobre o Sínodo dos Bispos. Ele foi, com certeza, um dos frutos do concílio Vaticano II. Graças a Deus, nestes quase cinquenta anos, pudemos experimentar os benefícios desta instituição, que, de modo permanente, se coloca a serviço da comunhão e da missão da Igreja, como expressão da colegialidade. Isto eu posso testemunhar com base na minha experiência pessoal, por ter participado de várias assembleias sinodais. Abertos à graça do Espírito Santo, alma da Igreja, temos a confiança de que o Sínodo dos Bispos viverá novos desenvolvimentos para favorecer ainda mais o diálogo e a colaboração entre os bispos e entre eles e o bispo de Roma.

    Queridos irmãos, o seu encontro nesta semana em Roma tem por finalidade ajudar-me na escolha do tema da próxima assembleia geral ordinária. Agradeço pelas propostas apresentadas pelas instituições com que a Secretaria Geral do Sínodo está em comunicação: os Sínodos das Igrejas Orientais Católicas sui iuris, as Conferências Episcopais, os Dicastérios da Cúria Romana, a Presidência da União dos Superiores Gerais. Tenho certeza de que, com o discernimento acompanhado pela oração, este trabalho trará frutos abundantes para toda a Igreja, que, fiel ao Senhor, deseja anunciar Jesus Cristo com renovada coragem aos homens e mulheres do nosso tempo. Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14, 6) para todos e cada um.

    Confiando o seu serviço eclesial à intercessão maternal da bem-aventurada Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização, concedo de coração, a vocês, aos seus colaboradores e às suas Igrejas particulares, a bênção apostólica.

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    Não falem mal uns dos outros
    Homilia do Papa Francisco na missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta


    CIDADE DO VATICANO, 13 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Que Deus nos conceda a graça de prestar atenção aos comentários que fazemos sobre os outros: esta foi a ideia central da homilia do papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta.

    O papa fez a homilia em espanhol, com a presença dos funcionários das embaixadas e consulados da Argentina na Itália e junto à FAO. "Desde o dia 26 de fevereiro que eu não celebrava a missa em espanhol", disse o papa. "Estou muito feliz", completou, e agradeceu aos participantes pelo trabalho que fazem em prol do seu país.

    "Que a sua justiça seja maior que a dos fariseus": Francisco explicou sua homilia partindo da exortação que Jesus fez aos discípulos. Palavras que vêm depois das bem-aventuranças e depois de Jesus afirmar que não veio para dissolver a lei, mas para levá-la a cumprimento. A reforma de Cristo, destacou o papa, "é uma reforma que não rompe, uma reforma na continuidade: da semente até o fruto". Aquele que "entra na vida cristã tem exigências superiores às dos outros; não tem vantagens superiores", advertiu.

    Jesus menciona algumas dessas necessidades e toca em particular "no tema da relação negativa com os irmãos". Quem fala mal dos outros, diz Jesus, "merece o inferno". Se no seu coração existe "algo de negativo" no tocante ao seu irmão, então "existe algo que não funciona. Você tem que se converter, tem que mudar". E mais: "A ira é um insulto contra o irmão, é algo que o mata". Francisco observou também que, em especial na tradição latina, existe uma certa "criatividade maravilhosa" para inventar qualificativos: "Quando esse apelido é amistoso, tudo bem; o problema é quando existe o outro tipo de apelidos", quando acontece "o mecanismo do insulto, uma forma de denegrir os outros".

    "Não há necessidade de consultar um psicólogo para saber que quando você denigre o outro é porque você mesmo não consegue crescer e precisa que o outro seja rebaixado para você se sentir alguém". E este é "um mecanismo feio". Jesus, "com toda a simplicidade, afirma: 'Não falem mal uns dos outros. Não se denigram, não se desqualifiquem'. E isto", completou o papa, "porque, no fim das contas, nós estamos todos caminhando pela mesma estrada, todos seguimos esse caminho que nos levará até o final". Portanto, "se não caminhamos de um jeito fraterno, vamos todos acabar mal: aquele que insulta e aquele que é insultado". Francisco destacou que "se você não é capaz de dominar a língua, você se perde". Além disso, "a agressividade natural, aquela que Caim teve contra Abel, se repete ao longo da história". Não é que sejamos maus, disse o papa: "somos frágeis e pecadores". Por isso, é "muito mais fácil tentar arrumar uma situação com um insulto, com uma calúnia, com uma difamação, do que solucioná-la por bem". "Eu queria pedir ao Senhor, para todos nós, a graça de prestar mais atenção à língua, àquilo que nós dizemos dos outros. É 'uma pequena penitência', mas dá bons resultados".

    Às vezes "ficamos com fome" ao nos abster de comentários sobre o próximo e pensamos: "Que pena que eu não experimentei aquele gosto de um delicioso comentário sobre o outro"... Mas no fim, "essa fome frutifica e nos faz bem". Por isso, temos que pedir ao Senhor esta graça: adaptar a nossa vida "a esta nova lei, que é a lei da mansidão, a lei do amor, a lei da paz, e pelo menos 'podar' um pouco a nossa língua, 'podar' um pouco os comentários que fazemos sobre os outros e as explosões que nos levam ao insulto e à ira fácil. Que Deus conceda esta graça a todos nós!".

    "Eu gostaria de agradecer a nosso Senhor", concluiu o papa, "também pela feliz coincidência de que o arcebispo maior dos ucranianos, dom Sviatoslav Shevchuk, que foi bispo em Buenos Aires, esteja em Roma hoje para a reunião da Secretaria do Sínodo e tenha podido participar conosco desta nostalgia argentina".

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    Papa Francesco conclui Encíclica iniciada pelo Papa Bento XVI
    O Santo Padre anunciou hoje durante audiência com os membros da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos


    CIDADE DO VATICANO, 13 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Esta manhã, na Sala do Consistório do Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, reunidos em Assembleia sobre: A nova evangelização para a transmissão da fé. Após a saudação do Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Mons. Nikola Eterovic, o Papa instaurou um diálogo com os bispos do Conselho.

    Papa Francesco anunciou que irá completar a Encíclica iniciada por seu predecessor, o Papa emérito Bento XVI. Ele explicou que pretende trabalhar na Exortação pós-sinodal numa "moldura mais ampla", que é "a evangelização em geral", retomando o Sínodo sobre a Nova Evangelização de outubro de 2012.

    O Papa também expressou ao Conselho Ordinário, reunido nestes dias, o seu ponto de vista sobre as questões da próxima Assembleia Geral Ordinária da Secretaria do Sínodo dos Bispos. Sobretudo, temas sobre a dignidade humana, a família, a tecnologia, a relação entre a Igreja e o mundo, também por ocasião dos 50 anos da Gaudium et Spes, que ocorrerá em 2015.

    Uma menção especial à questão da ecologia e, em particular ''ecologia humana" e, a nível antropológico, a questão da secularização. Por fim, o Santo Padre deteve-se sobre o tema da sinodalidade e a relação com o ministério petrino e as expectativas ligadas a este.

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    "Nem ir para trás, nem um progressismo adolescente"
    Papa Francisco convida: Abrir-se à liberdade do Espírito Santo

    Por Redacao


    ROMA, 12 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Não devemos ter medo da liberdade que o Espírito Santo nos dá. Este foi um dos destaques da homilia do papa Francisco na missa de hoje, celebrada na Casa Santa Marta. Francisco ressaltou que a Igreja precisa ter cuidado com duas tentações: a de voltar para trás e a do "progressismo adolescente".

    Concelebraram com o papa o cardeal emérito Bernard Agre, da Costa do Marfim, e o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e para as Sociedades de Vida Apostólica. Também participou um grupo de presbíteros, religiosos e leigos deste mesmo dicastério.

    Maduros perante a lei

    "Não pensem que eu vim suprimir a lei". Francisco desenrolou a homilia a partir destas palavras de Jesus aos discípulos e indicou que esta passagem segue a das bem-aventuranças, "expressão da nova lei", mais exigente que a de Moisés. Esta lei, acrescentou o papa, é "o fruto da aliança" e não pode ser entendida sem ela. "Esta aliança, esta lei, é sagrada porque levava as pessoas para Deus". Francisco comparou a "maturidade desta lei" com o "broto que surge e se transforma em flor". Jesus "é a expressão da maturidade da lei", disse o pontífice, e Paulo nos fala de dois tempos "sem ruptura da continuidade" entre a lei da história e a lei do Espírito:

    "O tempo do cumprimento da lei, o momento em que a lei alcança a maturidade, é a lei do Espírito. Avançar neste caminho é um pouco arriscado, mas é a única forma de amadurecer, para superar as vezes em que não fomos maduros. Neste caminho para a maturidade da lei, que é indicado precisamente pela pregação de Jesus, sempre existe o medo, o medo da liberdade que o Espírito nos dá. A lei do Espírito que nos torna livres! Esta liberdade nos dá um pouco de medo, porque temos medo de confundir a liberdade do Espírito com outra liberdade humana".

    Não voltar para trás

    A lei do Espírito, reforçou o papa, "nos guia por uma estrada de contínuo discernimento para fazer a vontade de Deus e isto nos dá medo". Um medo que "tem duas tentações". A primeira é a de "voltar para trás", de dizer "até aqui nós podíamos chegar, mas não podemos ir até lá, vamos ficar por aqui". Esta é "a tentação do medo da liberdade, do medo do Espírito Santo (...) É melhor ficar naquilo que é seguro". O papa contou então o caso de um superior geral que, nos anos 1930, "prescreveu todo tipo de regras anti-carisma" para os seus religiosos, "um trabalho de anos". Quando chegou a Roma, um abade beneditino lhe disse, depois de ouvir este fato, que ele teria "matado o carisma da congregação", "teria matado a liberdade", já que "este carisma dá frutos na liberdade e ele tinha freado o carisma".

    "Existe essa tentação de voltar para trás, porque nos achamos mais 'seguros' lá atrás: mas a segurança plena está no Espírito Santo que nos leva para frente. E o que nos dá essa confiança, como diz São Paulo, é o Espírito, que é mais exigente, porque Jesus nos diz: 'Em verdade vos digo: até não passarem os céus e a terra, não passará um ápice da lei'. É mais exigente! Mas não nos dá aquela segurança humana. Não podemos controlar o Espírito Santo: esse é o 'problema'! Isto é uma tentação".

    A tentação do relativismo

    Há também, prosseguiu Francisco, outra tentação: a do "progressismo adolescente", que nos faz "sair da estrada".

    "Pegamos de um lado ou de outro os valores dessa cultura... Querem fazer essa lei? Então que seja feita essa lei. Querem levar adiante aquilo outro? Então vamos alargar um pouco mais o caminho. No fim, isso não é um verdadeiro progressismo. É um progressismo adolescente: como os adolescentes que querem ter tudo, com entusiasmo, e no final? Tropeçam... É como a estrada quando está congelada e o carro desliza e sai da pista... É outra tentação deste momento! Nós, neste momento da história da Igreja, não podemos voltar atrás nem sair da estrada!".

    O caminho, disse o papa, "é o da liberdade no Espírito Santo, que nos torna livres; do contínuo discernimento sobre a vontade de Deus para seguir em frente neste caminho, sem ter que voltar para trás e sem sair da estrada". Peçamos ao Senhor "a graça que o Espírito Santo nos dá para seguir adiante".

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    "A Igreja deve estar com as portas abertas para que todos possam entrar"
    Durante a catequese geral o Papa Francisco fala que o Povo de Deus é para todos

    Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


    BRASíLIA, 12 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Com a praça de São Pedro repleta de peregrinos e fiéis de todo o mundo, o Papa Francisco, entre momentos de grande espontaneidade, como é do seu feitio, continuou a sua catequese sobre a Igreja. Dessa vez aprofundando no termo do Concílio Vaticano II, "Povo de Deus".

    Significado

    O que significa "Povo de Deus"?, perguntou o Papa. "Antes de mais nada quer dizer que Deus não pertence propriamente a nenhum povo" porque a "misericórdia de Deus 'quer a salvação para todos' (1 Tim 2, 4). "Jesus não diz para os apóstolos e para nós de formarmos um grupo exclusivo, um grupo de elite". E falando a todos os que se sentem distante da Igreja, disse o Papa, "O Senhor também te chama para fazer parte do seu povo e o faz com grande respeito e amor!"

    Batismo

    É nascendo do alto, pela água e pelo Espírito, por meio do "Batismo", que se entra para fazer parte desse Povo. Nesse sentido o Papa nos convidou a fazer um exame: "como faço para crescer na fé que recebi no meu Batismo?".

    Lei do amor

    Um povo que tem uma lei: o amor a Deus e ao próximo. "Amor que não é estéril sentimentalismo ou algo vago, mas que é reconhecer a Deus como único Senhor da vida e, ao mesmo tempo, acolher o outro como verdadeiro irmão superando divisões, rivalidades, incompreensões, egoísmos".

    Deixando de lado o texto da catequese e dirigindo-se à multidão, disse que ainda hoje há muitas guerras "entre cristãos", "dentro do Povo de Deus", nos bairros, no trabalho, na própria família, "por inveja, ciúme". Peçamos ao Senhor que compreendamos a lei do amor.

    Interrompido pelos aplausos acrescentou: "que bonito é que aprendamos a nos amar como verdadeiros irmãos". E convidou-nos a um propósito concreto: "rezar por aqueles com os quais estamos bravos é um excelente passo nessa lei do amor".

    Missão do Povo de Deus

    A missão desse povo "é levar ao mundo a esperança e a salvação de Deus". Se abrirmos um jornal, disse o Papa, vemos a presença do mal, "o Diabo atua". Mas afirmou em alta voz: "Deus é mais forte! E sabeis por que é mais forte? Porque Ele é o Senhor, o único Senhor".

    Utilizando a imagem de um estado de futebol – "pensemos em Roma no Olímpico ou naquele de San Lorenzo em Buenos Aires"- numa noite escura, onde uma só pessoa acende uma luz dentro desse estádio. É quase imperceptível. Porém, se num estádio cheio, todos acenderem, se notará realmente uma grande diferença. Dessa forma "façamos que a nossa vida seja luz de Cristo; juntos levaremos a luz do evangelho a toda realidade".

    Finalidade desse Povo

    A finalidade desse povo é o Reino de Deus, "a comunhão plena com o Senhor, a familiaridade com o Senhor, onde viveremos a alegria do seu amor sem medida, uma alegria plena".

    Portanto, ser Igreja, concluiu o Pontífice, é "ser o fermento de Deus nesta nossa humanidade" por meio do anúncio. Que a Igreja "seja lugar da misericórdia e da esperança de Deus, onde cada um possa se sentir acolhido, amado, perdoado, encorajado". Mas, para isso, "a Igreja deve estar com as portas abertas, para que todos possam entrar. E nós devemos sair por aquelas portas para anunciar o Evangelho".

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    Igreja rica, não; Igreja pobre, sim
    Apelo de Francisco na missa desta terça-feira na Casa Santa Marta


    ROMA, 11 de Junho de 2013 (Zenit.org) - "Não levem consigo nem ouro nem prata, nem dinheiro em seus alforjes": o papa Francisco desenrolou a sua homilia de hoje partindo da exortação feita por Jesus aos apóstolos, enviados a proclamar o Reino de Deus. Um anúncio que nosso Senhor "quer que proclamemos com simplicidade". Esta simplicidade "abre passagem para a força da Palavra de Deus", porque, se os apóstolos não tivessem "confiança na Palavra de Deus", "talvez tivessem ido fazer outra coisa". O papa identifica a "palavra-chave" da tarefa confiada por Jesus: "[Vocês] receberam gratuitamente, deem gratuitamente". Tudo é graça, acrescentou, e "quando o que queremos é agir de modo que a graça seja deixada um pouco de lado, o evangelho não é eficaz".

    "A pregação do evangelho nasce da gratuidade, do assombro diante da salvação que vem, e aquilo que me foi dado de graça, eu tenho que doar também de graça. E desde o início foi assim. São Pedro não tinha conta bancária, e, quando teve que pagar impostos, Jesus o mandou pescar no mar e encontrar a moeda dentro do peixe, para pagar. Felipe, quando se encontrou com o ministro de economia da rainha Candace, não pensou 'Ah, vamos fazer uma organização para sustentar o evangelho!'. Não! Ele não fez negócios com ele: ele pregou para o ministro, o batizou e foi embora".

    O Reino de Deus, continuou o papa, "é um presente". E destacou que, desde o início da comunidade cristã, essa atitude tem sido submetida à tentação. "É a tentação de procurar a força" fora da gratuidade, embora "a nossa força seja a gratuidade do evangelho". Por outro lado, ele destacou que "sempre, na Igreja, houve essa tentação". E isto gera "um pouco de confusão", porque "o anúncio parece proselitismo, e assim não dá". Nosso Senhor, prosseguiu ele, "nos convidou a pregar, não a fazer proselitismo". Citando Bento XVI, Francisco insistiu: "A Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração". E essa atração, disse o papa, vem do testemunho "daqueles que, na gratuidade, anunciam a gratuidade da salvação".

    "Tudo é graça. Tudo. E quais são os sinais de que um apóstolo vive essa gratuidade? Há muitos, mas eu insisto em só dois: em primeiro lugar, a pobreza. O anúncio do evangelho tem que seguir o caminho da pobreza. O testemunho dessa pobreza: eu não tenho riquezas, a minha riqueza é somente o dom que eu recebi, Deus. Essa gratuidade, esta é a nossa riqueza! E esta pobreza nos livra de virar organizadores, empresários... As obras da Igreja têm que ser realizadas, e algumas são um pouco complicadas, mas com um coração de pobreza, não com um coração de investidor ou de empresário, não é mesmo?".

    "A Igreja não é uma ONG: ela é outra coisa, mais importante, e nasce dessa gratuidade. Recebida e anunciada". A pobreza, reiterou Francisco, "é um dos sinais desta gratuidade". O outro sinal "é a capacidade de louvor: quando um apóstolo não vive essa gratuidade, ele perde a capacidade de louvar o Senhor". Louvar o Senhor "é essencialmente gratuito, é uma oração gratuita: não pedimos, só louvamos".

    "Estes são os dois sinais de que um apóstolo vive esta gratuidade: a pobreza e a capacidade de louvar o Senhor. E quando encontramos apóstolos que querem fazer uma Igreja rica e uma Igreja sem a gratuidade do louvor, a Igreja envelhece, a Igreja vira uma ONG, a Igreja não tem vida. Peçamos hoje ao Senhor a graça de reconhecer esta gratuidade: Vocês receberam de graça, deem de graça. Reconhecendo esta gratuidade, este dom de Deus. E nós também, vamos seguir em frente na pregação do evangelho com esta gratuidade".

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    Francisco: Fiquem abertos às surpresas de Deus
    O papa fala aos participantes da peregrinação a Loreto


    ROMA, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - No último sábado, às nove da noite, o papa Francisco se dirigiu por telefone, ao vivo, às dezenas de milhares de fiéis reunidos no Estádio Helvia Recina, de Macerata, na Itália, que, após a celebração da missa, participariam da peregrinação a pé até o santuário de Loreto, organizada pelo movimento Comunhão e Libertação.

    Estas foram as palavras do santo padre: "Queridos jovens amigos, boa noite! Sei que vocês são muitos aqui no estádio de Macerata, dezenas de milhares de pessoas, vindas de todas as partes da Itália e também do exterior, para a 35ª Peregrinação a Pé até Loreto. Sei que vocês vão caminhar vinte e oito quilômetros, durante toda a noite, rezando o terço, cantando juntos, guiados. Isso é tão bonito porque é o paradigma da vida! Toda a vida é uma peregrinação! O importante é o encontro com Jesus no caminho da vida, o encontro com Ele, e isso é a fé que nos dá, porque é Ele quem nos dá a fé. Deixem-se guiar por Jesus, deixem-se guiar por Jesus! Muitas vezes, para nós, a fé é um pressuposto óbvio da vida: dizemos "creio em Deus", e isso é bom, mas como é que vivemos isso no caminho da vida? É necessário que a fé vire uma experiência presente! Quando nos encontramos com Deus, ele nos surpreende! Nosso Senhor pode ser chamado de Senhor das surpresas. Fiquem abertos às surpresas de Deus! Obrigado!".

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    Levemos Deus ao mundo e o mundo a Deus
    Mensagem do papa Francisco no encerramento do congresso eucarístico alemão


    ROMA, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - "Todos nós temos o compromisso de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus", declarou o papa Francisco na mensagem que foi lida ontem pela manhã, antes da missa de encerramento do Congresso Eucarístico Nacional alemão, realizado na cidade de Colônia com o tema "Senhor, a quem iremos?", do qual participaram tanto católicos alemães quanto fiéis de países vizinhos.

    A celebração eucarística foi presidida pelo cardeal Paul Josef Cordes, presidente emérito do Conselho Pontifício "Cor Unum" e enviado especial do santo padre.

    "Senhor, a quem iremos?" é a pergunta do apóstolo Pedro, porta-voz dos seguidores fiéis, perante a incompreensão de muitas pessoas que escutavam Jesus e queriam se aproveitar dele por egoísmo. Ao nos fazermos esta pergunta, escreve o papa na mensagem, embora ela "talvez seja mais titubeante em nossa boca do que nos lábios de Pedro, a nossa resposta, como a do apóstolo, só pode ser a pessoa de Jesus", que "viveu há dois mil anos", mas a quem "podemos encontrar também no nosso tempo quando escutamos a sua Palavra e quando estamos perto dele, de modo único, na eucaristia".

    Daí o convite de Francisco: "Não vamos deixar a nossa santa missa cair numa rotina superficial! Que ela seja cada vez mais profunda para nós!" O papa explica que é precisamente a sua profundidade o que nos insere na imensa obra de salvação de Cristo, para afinarmos a nossa "visão espiritual" graças ao seu amor. E acrescenta que é preciso "aprender a viver a missa", como pedia o beato João Paulo II, "recordando que, para isto, contamos com o auxílio da adoração perante o Senhor eucarístico no tabernáculo e com o recebimento do sacramento da reconciliação".

    O papa Francisco observa ainda que a mesma pergunta, "Senhor, a quem iremos?", "é feita por alguns contemporâneos que, lucidamente ou com um pressentimento obscuro, continuam em busca do Pai de Jesus Cristo". E completa que o "Redentor quer ir ao encontro deles através de nós, que, graças ao batismo, nos tornamos seus irmãos e irmãs, e que, na Eucaristia, recebemos a força para viver, juntamente com Ele, a sua missão de salvação".

    O santo padre afirma também que "todos nós, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos, temos o compromisso de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus". Francisco encerra afirmando que "encontrar a Cristo, confiar-se a Cristo, anunciar a Cristo, são os pilares da nossa fé, que se concentram, sempre, no ponto focal da Eucaristia".

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    Santa Sé
    Sínodo a serviço da missão e da comunhão da Igreja como expressão da colegialidade
    O Santo Padre recebeu em audiência os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos


    CIDADE DO VATICANO, 13 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Na manhã de hoje, o Santo Padre recebeu em audiência os membros do XIII Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, reunidos em Roma para escolher com o papa o tema da próxima Assembléia Geral Ordinária.

    A XIII Assembleia Geral do Sínodo, realizada em outubro passado, no Vaticano, teve como tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã".

    "Existe uma estreita ligação entre esses dois elementos", disse o papa. "A transmissão da fé cristã é o objetivo da nova evangelização e de todo o trabalho de evangelização da Igreja, que existe precisamente para isto. O termo 'nova evangelização' destaca a consciência cada vez mais clara de que, mesmo em países de antiga tradição cristã, é necessário um renovado anúncio do Evangelho para promover um encontro com Cristo que realmente transforme a vida e não seja superficial, marcado pela rotina. E isto tem consequências para a atividade pastoral".

    O papa Francisco citou as palavras do Servo de Deus Paulo VI em seu discurso ao colégio cardinalício em 1973: "As condições da sociedade nos obrigam a rever os métodos, a procurar por todos os meios estudar a forma de levar ao homem moderno a mensagem cristã, na qual ele pode encontrar a resposta para as suas perguntas e a energia para o seu compromisso de solidariedade humana". E acrescentou: "Eu gostaria de incentivar a comunidade eclesial inteira a ser evangelizadora, a não ter medo de sair às ruas para anunciar, confiando principalmente na presença misericordiosa de Deus, que nos guia. As técnicas são importantes, mas nem as mais avançadas delas poderiam substituir a ação discreta e muito eficaz daquele que é o principal agente da evangelização: o Espírito Santo. Precisamos ser conduzidos por ele, mesmo que seja por estradas novas; precisamos ser transformados por Ele, para que o nosso anúncio seja feito com a palavra sempre acompanhada pela simplicidade de vida, pelo espírito de oração, pela caridade para com todos, especialmente para com os pequenos e pobres, pela humildade e pelo desprendimento, pela santidade de vida".

    O Sínodo dos Bispos "foi um dos frutos do concílio Vaticano II" e, "graças a Deus, nestes quase cinquenta anos, pudemos experimentar os benefícios desta instituição, que, de modo permanente, se coloca a serviço da missão e da comunhão da Igreja, como expressão da colegialidade. (...) Abertos à graça do Espírito Santo, alma da Igreja, temos a confiança de que o Sínodo dos Bispos viverá novos desenvolvimentos que vão incentivar ainda mais o diálogo e a colaboração dos bispos entre si e entre eles e o bispo de Roma".

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    Tutela da liberdade de religião para um desenvolvimento harmonioso da sociedade
    Papa Francisco recebe em audiência a presidente da Eslovênia


    CIDADE DO VATICANO, 13 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Na manhã de 13 de junho de 2013, no Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência a Presidente do Governo da República da Eslovênia, Sra. Alenka Bratušek, que posteriormente se reuniu com o cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, acompanhado pelo Monsenhor Antoine Camilleri, Sub-Secretário para as Relações com os Estados.

    Conforme nota do serviço de informação do Vaticano, durante o cordial colóquio foram registradas as boas relações existentes entre a Santa Sé e a República da Eslovênia e foi confirmado o desejo comum de prosseguir um diálogo construtivo sobre temas referentes às relações bilaterais entre as comunidades eclesiais e civis, com particular referência à contribuição histórica da Igreja Católica na vida do país e a importância que a tutela da liberdade de religião desempenha hoje para um desenvolvimento harmonioso da sociedade eslovena.

    Foram destacados ainda os desafios que o país enfrenta na atual crise econômica e a ajuda que a comunidade católica, em cooperação com as instituições estatais, pode fornecer para o apoio social da população e para a educação dos jovens.

    A nota informa que ao final foram revistos brevemente alguns desafios e problemas de caráter internacional.

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    Igreja e Religião
    "Na Cúria existem pessoas santas, mas... "
    De acordo com um site chileno, em uma audiência com os religiosos da América Latina, o Papa Francisco teria confirmado a presença de um lobby gay no Vaticano

    Por Salvatore Cernuzio


    ROMA, 12 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Em três meses de Pontificado, o Papa Francisco pronunciou várias expressões originais, discursos eficazes, catequeses profundas. Porém, bastaram duas palavrinhas publicadas por um desconhecido site chileno para fazer ressoar uma frase do Santo Padre em todos os cantos do globo: "lobby gay". Dentro do Vaticano por acréscimo.

    A expressão fatídica, de acordo com o site Reflexion y Liberación, teria sido pronunciada pelo Papa durante a audiência de cerca de uma hora com os delegados da Confederação dos Religiosos da América Latina e do Caribe (Clar), no passado dia 6 de junho, depois de ter sido interrogado sobre a sua vontade de reforma da Cúria Romana. Uma medida invocada de forma unânime por todo o colégio dos Cardeais durante as Congregações gerais que preparavam o Conclave.

    Para esssa questão, Papa Francisco teria respondido: "Sim, é difícil. Na Curia há pessoas santas, santas realmente. Mas existe também uma corrente de corrupção, também esta existe, é verdade. Fala-se de um lobby gay e é verdade, está lá... Agora temos que ver o que podemos fazer sobre isso".

    "Não posso ser eu que faça a reforma, trata-se de questões de gestão e eu sou muito desorganizado, nunca fui bom nisso", acrescentou o Papa, justificando portanto a sua decisão de instituir uma equipe de cardeais para que o ajudassem nesta difícil missão. Sobre isso – sempre em base às informações do site chileno – o Santo Padre teria destacado: "Ali (na comissão dos cardeais) temos Rodriguez Maradiaga, que é latinoamericano, e que dirige a orquestra, está também Errazuriz, e são muito ordenados. Também aquele de Mônaco da Baviera (Reinhard Marx) é muito ordenado: eles saberão levá-la adiante".

    Não é a primeira vez que se fala de homossexualidade nos Palácios Sagrados. Há anos que essas vozes passeiam por dentro e por fora dos muros leoninos. E aumentou de forma considerável quando alguns insiders teriam confirmado que a questão ocupava boa parte das 300 páginas do Dossiê entregue a Bento XVI pelos três "cardeais 007" contratados pelo mesmo Papa emérito: Julián Herranz, Josef Tomko e Salvatore De Giorgi.

    Para "colocar mais lenha na fogueira" acrescentaram ainda rumores que diziam da forte presença de um suposto "lobby gay" na Secretaria de Estado.Um fato que estimulou o apetite jornalístico – se não a fantasia – de vários meios de comunicação, que diziam que a descoberta tinha chateado Ratzinger, ao ponto de levá-lo a renunciar ao ministério petrino, como dito pelo próprio Papa ao irmão Georg, alguns meses antes do escândalo Vatileaks.

    Até à data, a Santa Sé não confirmou ou negou nada sobre o assunto. Questionado sobre os fatos, o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou: "Foi um encontro de caráter privado. Portanto, não tenho nenhuma declaração a fazer sobre o conteúdo da conversa".

    Uma resposta veio, no entanto, da Presidência da CLAR, que disse que "lamenta profundamente a publicação de um texto com referência à conversa mantida com o Santo Padre Francisco" e "a confusão que pôde provocar".

    A conversa, disse a presidente irmã Mercedes Leticia Casas Sanchez, FSpS ", "se desenvolveu a partir de perguntas feitas ao Papa pelos presentes". Naquela circunstância, refere o comunicado da Confederação, "não foi feita nenhuma gravação da conversa, mas logo depois foi elaborado um resumo da mesma em base ao que os participantes lembravam".

    Tal resumo, no entanto, "não inclui as questões colocadas ao Santo Padre" e "foi destinado à memória pessoal dos participantes e por nenhum motivo à publicação, para a qual, de fato, não foi pedida nenhuma autorização". Com base nisso, portanto, "não é possível atribuir ao Santo Padre, com certeza, as expressões singulares contidas no texto, mas apenas o seu sentido geral".

    O espírito e a alegria do Papa Francisco trouxeram, em menos de 100 dias de Pontificado, nova luz sobre a Barca de Pedro. Parecia que já se tinham passado vários anos de quando se falava do Vaticano somente pelos seus escândalos internos. Mas sabe-se, o demônio, o "príncipe do mundo", que Bergoglio nomeia muitas vezes, não está parado, "anda por aí como leão rugente procurando alguém para devorar", como diz São Paulo.

    O próprio Papa Francisco na Audiência geral desta manhã afirmou: "A presença do mal existe, o Diabo atua". Porém, disse em voz alta o Santo Padre: "Deus é mais forte! Porque Ele é o Senhor, é o único Senhor!".

    Traduçao Thácio Siqueira

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    Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
    Papa vai saudar fiéis de papamóvel em Aparecida
    As comitivas pontifícias litúrgica e de segurança estiveram no Santuário Nacional de Aparecida


    RIO DE JANEIRO, 11 de Junho de 2013 (Zenit.org) - As comitivas pontifícias litúrgica e de segurança estiveram no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, para acertar os detalhes da visita do Papa Francisco. O Santo Padre vai percorrer trajeto de papamóvel pela cidade com duração de 45 minutos.

    A Comitiva Litúrgica do Vaticano, presidida pelo mestre de cerimônias pontifícias, monsenhor Guido Marini, esteve na última quinta-feira, 6, em Aparecida (SP).

    Uma das solicitações da comitiva, apresentadas nesta segunda-feira, 10, foi a retirada de quebra-molas das ruas e avenidas por onde o papamóvel vai circular. Antes de começar as atividades oficiais da JMJ, o Papa Francisco vai visitar o Santuário na quarta-feira, 24 de julho. Foi realizada coletiva à imprensa para apresentar as definições.

    Segundo o bispo auxiliar da arquidiocese de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, todos os fiéis verão o Santo Padre quando ele passar de papamóvel. "Será um trajeto bem lento, para que todos tenham a oportunidade de vê-lo. O público ficará distante alguns metros, devido às barreiras, mas todos verão o Pontífice passar", garantiu durante coletiva à imprensa.

    A coletiva contou ainda com a participação do Cardeal-arcebispo, Dom Raymundo Damasceno, e do reitor do Santuário, padre Domingos Sávio. Ainda segundo os bispos, se a Missa presidida pelo Papa for celebrada no interior da basílica, os fiéis passarão por detectores de metais para garantir a segurança.

    Antes da celebração, no entanto, o Sumo Pontífice vai venerar a réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida na Capela dos Apóstolos."O Papa quer que esta visita seja um momento íntimo, como devoto de Nossa Senhora. Vemos nisso uma vontade do Papa em renovar seu pontificado e oferecê-lo à Santa", disse Dom Damasceno.

    A celebração, que seguirá a liturgia da Festa da padroeira do Brasil, será concelebrada pelos bispos que vão acompanhar a visita. "Evidentemente, nós entendemos que o número de concelebrantes não será tão grande, já que a maioria já estará no Rio de Janeiro, em razão da JMJ", destacou o cardeal.

    Dom Damasceno disse ainda que "será uma festa própria de Nossa Senhora Aparecida, com paramentos brancos, já que será uma Missa solene, típica do dia 12 de outubro".

    A comitiva litúrgica do Vaticano, presidida pelo monsenhor Guido Marini, voltará ao santuário dois dias antes da chegada do Papa Francisco para ensaiar a cerimônia com acólitos e diáconos.

    "Todos os diáconos, padres e bispos que chegarem perto do Pontífice estarão credenciados, além dos que vão atendê-lo no seminário. Autoridades que participarão, como governador e o prefeito, serão credenciados também", explicou Dom Damasceno.

    A noticia foi publicada no site oficial da JMJ com informações da TV Aparecida.

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    Familia e Vida
    O desaparecimento de Deus: família e religião estão ligadas entre si
    Existe uma relação entre a diminuição de casamentos e nascimentos e o declínio da fé

    Por John Flynn, LC


    ROMA, 11 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Como e por que o cristianismo está em declínio em muitos países do Ocidente? Esta é a pergunta central do último livro de Mary Eberstadt, How the West Really Lost God, publicado pela Templeton Press.

    Diversos estudos têm demonstrado que a fé e a prática religiosa cristã diminuíram em quase todos os países europeus e que a percentagem de pessoas que não creem tem aumentado também nos Estados Unidos.

    A respeito da causa desse declínio da religiosidade existem várias teorias, como a urbanização, a industrialização, a tecnologia e assim por diante. Eberstadt vê uma ligação entre essas mudanças e a secularização, mas destaca um fator de vital importância que normalmente não é levado em conta: a família.

    Tem sido frequentemente sugerido que o declínio da família é consequência do enfraquecimento da religião, mas a tese proposta no livro é que o enfraquecimento da vida familiar é que contribui para o declínio da religião.

    Conforme Eberstadt, nós somos, talvez, as pessoas mais livres da história da humanidade, mas também os mais pobres de laços familiares e de fé, vínculos que eram firmes nas gerações anteriores.

    Depois de alguns capítulos iniciais que examinam o processo de secularização e algumas das hipóteses mais comuns que tentam oferecer uma explicação a respeito, os capítulos seguintes fornecem os embasamentos da teoria da estudiosa norte-americana sobre a interação entre a família e a religião.

    Eberstadt começa analisando as evidências empíricas da ligação entre fé e família. Citando vários estudos, ela observa que, quanto menos filhos há numa família, menor a tendência da família a ir à igreja. Por exemplo, um homem casado e com filhos tem uma inclinação mais do que duas vezes maior a ir à igreja do que um homem não casado e sem filhos. A convivência pré-marital também tem forte impacto negativo na prática religiosa.

    "Em outras palavras, o que você decide fazer no tocante à sua família, se ter uma, se casar, se ter filhos e quantos ter, tudo isso são fortes indicadores de quanto tempo você vai dedicar ou não a ir à igreja", acredita a autora.

    Mas por que existe essa interdependência? Eberstadt propõe que a religiosidade está associada a casamentos e a taxas maiores de fertilidade. Em vez de assumir, no entanto, que a fé venha primeiro e depois venha a família, ela argumenta que o que torna as pessoas mais religiosas são as famílias mais numerosas e mais sólidas.

    A tese de que as pessoas constituam famílias só por serem religiosas não explica por que muitos cristãos cujas igrejas permitem a contracepção e o aborto ainda têm famílias maiores do que os não-crentes.

    Eberstadt admite que a correlação não significa necessariamente causalidade, mas a opinião comum de que a secularização tenha levado a mudanças na vida familiar também se baseia em uma relação implícita de causa e efeito.

    Ao longo do tempo, as taxas de fertilidade caíram em muitos países ocidentais, mais e mais pessoas começaram a viver juntas em vez de se casar e muitas outras deixaram de ir à igreja. Essas tendências se reforçam mutuamente, declara Eberstadt.

    A urbanização e a industrialização são frequentemente citadas como fatores de enfraquecimento da religião, mas a estudiosa ressalta que eles também estão associados a um enfraquecimento da vida familiar e à queda na taxa de natalidade. Esta mudança na família pode ter sido um passo intermediário para a perda de religião, diz ela.

    Mais crianças e mais casamentos significam mais Deus, conclui Eberstadt, depois de descrever uma série de mudanças demográficas na história recente.

    Em comparação com outras teorias, admitir um papel da família na determinação da religiosidade explica melhor algumas mudanças, sustenta Eberstadt em um dos capítulos do livro. Por exemplo, o fato de que as mulheres são religiosamente mais praticantes do que os homens.

    "Explicar essa diferença com base na inferioridade feminina não funciona", afirma Eberstadt. Talvez o que explique a diferença é que a experiência da família e dos filhos é mais imediata na mulher do que no homem.

    Mas quais são os fatores que vinculam família e religião? Eberstadt cita vários. Um fator é que ter filhos leva os pais a participar da igreja pela necessidade de encontrar um lugar adequado para a educação e para a comunidade. O amor familiar, afirma ela, dá às pessoas um incentivo extra para contemplar a eternidade.

    Além disso, o cristianismo é uma história contada através da perspectiva de uma família de 2000 anos atrás. Em uma sociedade individualizada, com muitas famílias desestruturadas, é mais difícil dar sentido a uma tradição religiosa baseada em dinâmicas familiares.

    Eberstadt considera ainda que as pessoas não gostam de ouvir que estão erradas ou que os seus entes queridos cometeram erros. O cristianismo não poderia deixar de transmitir essa mensagem sem deixar de lado alguns preceitos fundamentais, numa época de famílias "não-tradicionais".

    Entre as notas negativas, Eberstadt observa que as tendências familiares que subvertem o cristianismo não dão mostras de enfraquecimento no Ocidente. No entanto, ela também abre espaço para uma visão otimista, argumentando que uma virada na vida de família é muito plausível: o cristianismo tem uma história de renascimentos em situações difíceis e sabe adaptar-se a novas circunstâncias.

    Em conclusão, a autora afirma que o cristianismo e as famílias saudáveis representam uma grande vantagem para a sociedade. Resta o problema de enxergar como e quando as tendências negativas das últimas décadas serão revertidas.

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    Estatuto do Nascituro
    Análise do Dr. Claudio Fonteles

    Por Claudio Fonteles


    BRASíLIA, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Dada a recente aprovação do Estatuto do Nascituro no Brasil pela Comissão de Finanças e Tributação (Cfr. http://www.zenit.org/pt/articles/estatuto-do-nascituro-e-aprovado-no-brasil-pela-comissao-de-financas-e-tributacao), ZENIT recebeu esse artigo do nosso colaborador habitual, Dr. Claudio Fonteles, ex-sub procurador Geral da República

    Neste artigo o Dr. Claudio explica a "imperiosa exigência de se ter o Estatuto do Nascituro", já que o nascituro não é um "amontoado desconexo de células", e ao final esclarece a questão, tornada polêmica pelos detratores do Estatuto, do assim chamado "bolsa estupro".

    Acompanhe o artigo a seguir:

    ***

    Correto que o legislador brasileiro empenhe-se, em linha de coerência, por dedicar ao ser humano, nas diversas etapas de sua cronologia, que são marcadas por clara necessidade de proteção, estatutos próprios a cumprir com esse fundamental objetivo: o cuidado e a preservação da vida.

    Digna de elogios, portanto, a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso.

    A completar esse quadro normativo, a imperiosa exigência de se ter o Estatuto do Nascituro.

    Com efeito, o nascituro não é "amontoado desconexo de células".

    O avanço da ciência médica, que até consolida novo ramo da medicina, dedicado exclusivamente à saúde do feto, do nascituro portanto, que no exato momento da fecundação – a união dos gametas masculino e feminino – tem definido, para sempre, o seu código genético e, por si só, inicia, dentro do ventre materno, mas não pelo ventre materno condicionado, processo de formação autônomo de seus sistemas vitais, o avanço da ciência médica confere ao nascituro, em eloquente demonstração tecnológica advinda da ultrassonografia, sua natureza humana.

    Repito: o acompanhamento mensal, feito por qualquer obstetra, no desenvolvimento do nascituro, à luz dos procedimentos tecnológicos hoje tão em voga, constatando a paulatina formação de todos os seus sistemas vitais e expressões corpóreas, por óbvio impossibilita a afirmação, que assim atinge as raias do ridículo, de que se tem: "amontoado desconexo de células".

    Portanto, em perfeita sintonia científica, o artigo 3º, do Estatuto do Nascituro, juridicamente bem preceitua que:

    "Art. 3º: O nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua natureza humana é reconhecida desde a concepção, conferindo-lhe proteção jurídica através deste estatuto e da lei civil e penal."

    Isso estabelecido, sem sobressaltos ou incoerências, alinha-se perfeitamente o que prescreve o artigo 13 ao texto principiológico, que venho de contemplar no retro transcrito artigo 3º.

    Está no artigo 13:

    "Art. 13: O nascituro concebido em um ato de violência sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos, assegurando-lhe, ainda, os seguintes:

    I – direito prioritário à assistência pré-natal com acompanhamento psicológico da gestante;

    II – direito à pensão alimentícia equivalente a 1 ( um ) salário mínimo, até que complete dezoito anos;

    III – direito prioritário à adoção, caso a mãe não queira assumir a criança após o nascimento.

    Parágrafo único: Se for identificado o genitor, será ele o responsável pela pensão alimentícia a que se refere o inciso II deste artigo.

    Tratar o artigo 13 como "bolsa estupro" é descarregar, absurdamente, todo o preconceito contra a mulher violentada e o nascituro em demonstração claríssima de sociedade machista agressiva, virulenta e desumana, por corifeus, travestidos ou às claras, desse tipo segregador de sociedade.

    O artigo 13, no mesmo patamar, dedica à gestante e a seu filho total acolhida e proteção na prioridade conferida à assistência pré-natal e ao acompanhamento psicológico. Assegura-lhes apoio financeiro. À mulher, deixa-a livre para exercer, se o desejar, a maternidade, nessa situação, mas preserva a vida do nascituro, encaminhando-o à adoção.

    Por fim, o estuprador, sem que isso signifique, obviamente, levá-lo ao convívio com a mulher, que vitimou, e seu filho, e também não lhe conferindo qualquer direito, a propósito, impõe-se-lhe a obrigação pecuniária, de par com outras, ainda de natureza civil, e a responsabilização criminal.

    É cabalmente insano falar-se de "bolsa estupro", como insano é o viés, reitero, de odioso machismo a inspirar, nesse passo, os detratores do Estatuto do Nascituro.

    Importa que construamos e estabeleçamos a sociedade humanista.

    Importa que fixemos e vivamos palavras plenas de sabedoria do filósofo humanista Emmanuel Mounier:

    "Pela experiência interior a pessoa surge-nos como uma presença voltada para o mundo e para as outras pessoas, sem limites, misturadas com elas numa perspectiva de universalidade. As outras pessoas não a limitam, fazem-na ser e crescer. Não existe senão para os outros, não se conhece senão pelos outros, não se encontra senão nos outros. A experiência primitiva da pessoa é a experiência da segunda pessoa. O "tu" e, adentro dele, o "nós", precede o "eu", ou pelo menos acompanha-o."

    ( leia-se: O Personalismo – pg. 45-46 )

    E, definitivo, arremata o filósofo:

    "Quando a comunicação se enfraquece ou se corrompe perco-me profundamente eu próprio: todas as loucuras são uma falha nas relações com os outros – o alter torna-se alienus, torno-me também estranho a mim mesmo, alienado. Quase se poderia dizer que só existo na medida em que existo para os outros, ou numa frase-limite: ser é amar.

    (leia-se: O Personalismo: pg. 46).

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    Espiritualidade
    Maria, a Virgem Sacerdotisa ?
    Pe. Rafael Maria, osb, aborda o tema do sacerdócio de Nossa Senhora

    Por Pe. Rafael Maria, osb


    RECIFE, 10 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Em uma das lições do nosso «Curso de Cultura Mariológica I» (cf. www.cursoscatolicos.com.br), abordamos o tema de estudo sobre o sacerdócio de Nossa Senhora e que desejamos compartilhar agora em síntese.

    Um tema antigo e que foi tema na Sorbone (França) de tese doutoral volta, procuramos explorar para entender seu sentido teológico. O caminho iluminativo é o da simbologia de alguns animais que eram utilizados como sacrifícios no Templo (cf. Lv 21, 17.18.21.23; 22, 20.21.25), aplicados da tempos remotos, a Maria de Nazaré pelos Santos Padres. Tal metáfora depende das metáforas aplicadas a Jesus seu filho: Cordeiro, Touro, Novilho, etc As analogias, não foram refletidas de modo isolado, mas em relação ao sacrifício redentor do Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.

    Títulos como "Mariaa Cordeira, a Ovelha etc, presente nos escritos e pensamentos de diversos autores do Oriente e do Ocidente, se inicia no século II sempre em contexto litúrgico. É muito sugestivo, pois vemos que a Theotókos, na exegese patrística é colocada ao nível de colaboradora, sócia, discípula e companheira no sacrifício redentor do Cordeiro Imaculado (1Pd 1,19; Ex 12,5). Tal associação aplicada a Maria, não quer de modo algum dizer que ela está ao nível do único sacrifício redentor de Cristo, mas nos indica o testemunho dos autores antigos de que, com seu exemplo de unir-se como serva e discípula ao sacrifício do Filho, sua função de cooperadora na obra da salvação é única em modo perfeito na história da salvação.

    Tomamos como ponto de estudos a exegese patrística tão rica em símbolos e teologia mariana, rica de espiritualidade e aprofundamento para a vida da comunidade eclesial de ontem e de hoje. Nesta perspectiva Maria é vista como a mulher Eucarística e Sacerdotal por excelência: a primeira na comunidade dos fiéis a Cristo, a Virgem da escuta da Palavra de Deus, a que preparou a vítima para o sacrifício associando-se em modo pleno e definitivo a obra da salvação (Marialis Cultus 17-18.20-21), assim como modelo sacerdotal.

    O presente trabalho se volta à missão de todo sacerdote e tomamos a figura de Maria, Mãe do Eterno Sacerdote Jesus Cristo. Ela é o modelo da vida sacerdotal e o Refugium peccatorum, aquela que ajuda o povo de Deus e sacerdotal a progredir passo a passo no caminho da conversão e da salvação.

    O que dizer deste belo panorama da exegese patrística e da tradição da Igreja sobre Maria, mulher Eucarística e Sacerdotal? Na nossa pobre visão de povo sacerdotal não podemos negar que Maria foi e é a única na história da salvação que nos estimula, nos encoraja a seguir o Sumo e eterno Sacerdote, Salvador do gênero humano. Ela a primeira no discipulado se associa no único sacrifico do Redentor como modelo perfeito de serviço na doação imaculada e perene na causa da obra da salvação do seu Filho.

    Maria como a primeira na comunidade dos filhos de Deus dispersos é a mulher Eucarística por excelência. Mulher de perene ação de graças pela obra estabelecida e consumada por Jesus Cristo. Mulher sacerdotal que escuta e vive a palavra das Escrituras em forma categórica e incondicional, cooperando assim ao projeto de Deus. Mulher sacerdotal na oferta do seu único Filho no patíbulo da cruz e na oferta de si mesma à luz do Servo sofredor (Lc 1,26; Jo 19,25-27). Mulher sacerdotal que insiste e persiste a convidar o povo de Deus sacerdotal em se oferecer como vítima de colaboração na obra do Cordeiro Imolado.

    As mariofanias reconhecidas oficialmente pela Igreja, nada mais são que o exercício deste sacerdócio mariano presente em todos os cristãos batizados. Nossa Senhora insiste na conversão e reconciliação, na oferta de si mesmos para expiar e contribuir no plano salvífico do Senhor. Tais convites à luz da palavra e da tradição é o exercício sacerdotal mariano que estimula o povo de Deus: leigos, sacerdotes e bispos, a tomarem parte e decisão firme no serviço do Senhor e salvar os irmãos dispersos.

    A Igreja reconhece a verdade do sacerdócio mariano e oferece ao povo de Deus uma fórmula de oração fundamentando-se na crença de autores antigos renomados, assim como a voz do magistério. É ela que nos emprestam sua voz neste louvor à Virgem Sacerdotal.

    ORAÇÃO A MARIA "VIRGO SACERDOS"
    indulgenciada por S. Pio X

    Ó Maria, Mãe de misericórdia, Mãe e Filha daquele que é Pai das misericórdias e Deus de toda consolação [Ricardo de S. Lourenço], Dispensadora dos tesouros do teu Filho [S. Bernardino de Sena], Ministra de Deus [S. Bernardino de Buste] Mãe do Sumo Sacerdote Cristo, e Tu ao mesmo tempo Sacerdote e Altar [S. Epifânio de Salamina], Templo imaculado do Verbo de Deus [Blósio], Mestra dos Apóstolos e dos Discípulos de Cristo [S. Tomás de Vilanova], protege o Sumo Pontífice, intercedei por nós e pelos nossos Sacerdotes, afim que o Sumo-sacerdote Cristo Jesus purifique os nossos corações, e possamos assim nos aproximar dignamente e plenamente do seu sagrado altar.

    Ó Virgem Imaculada, que não só nos destes o Pão do céu, Cristo, para remissão dos pecados [S. Epifânio de Salamina], mas tu mesma és Vítima imolada aceitíssima por Deus [S. André de Creta] e glória do Sacerdócio [S. Efrém]! e que, por testemunho do bem-aventurado servo S. Antonino "ainda que não revestida do sacramento da Ordem, fostes todavia repleta de toda dignidade e graças, que tal Sacramento confere, disto com razão te se dá o título de Virgem e Sacerdote" [Carta de SS. Pio IX, 25/08/1873]; olha para nós piedosamente e aos sacerdotes de teu Filho; salvai-nos, purificai-nos e santificai-nos, a fim que possamos santamente participar dos tesouros inefáveis dos Sacramentos, e merecer conseguir a eterna saúde das nossas almas. Assim seja.

    Ó Mãe de Misericórdia, Mãe do Eterno Sacerdote, rogai por nós.

    (Concedemos 300 dias de indulgencia a todos que recitarem com piedade e devoção esta oração)

    9 de Maio de 1906. Pius P. P. X.

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    Análise
    Uma escola católica ideal
    É urgente a tarefa de catolicizar novamente a nação brasileira

    Por Edson Sampel


    SãO PAULO, 13 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Neste país, laico graças a Deus, os variegados credos fruem de liberdade constitucional para erigir escolas nas quais os correligionários são adestrados segundo princípios religiosos. Assim procedem os judeus e os protestantes, entre outros. Os católicos, também, possuímos nossos estabelecimentos de ensino, onde se inoculam os valores evangélicos.

    Falta, contudo, um ateneu confessional que, sobre industriar as matérias normais, lecione outrossim disciplinas estritamente conectadas ao catolicismo. Posto isto, neste artigo, desejo apresentar o escorço do que reputo seja uma escola católica ideal. Quem sabe um dia tenhamos algo parecido na Terra de Santa Cruz!

    Toda sala de aula dessa escola católica portará um crucifixo e uma imagem de nossa Senhora. Os professores terão de ser católicos praticantes (E não me venham dizer que isso é inconstitucional, porque não é!). Docentes e alunos realizarão um retiro inaciano uma vez por ano. Missa diária. Os discentes usarão uniforme. Este jaez de escola católica se incumbirá de ofertar uma excelente formação nas matérias usuais do currículo acadêmico exigido pelo Estado. Em princípio, a escola ora descrita atuará no denominado ensino médio.

    Matricular-se-ão nessa escola quaisquer pessoas, independentemente da confissão religiosa, máxime os filhos dos católicos das comunidades paroquiais, indicados pelos párocos.

    O objetivo dessa escola consistirá em preparar católicos convictos, conhecedores de sua religião, além de cidadãos politicamente comprometidos com a erradicação da pobreza no Brasil.

    Para levar a cabo tão celso múnus, a escola católica que estou a idear funcionará em turno integral. Eis as cadeiras extras, de frequência compulsória, imediatamente votadas ao catolicismo: 1) Doutrina Social da Igreja; 2) História da Igreja; 3) Doutrina católica; 4) Moral. Observe-se que as disciplinas ora elencadas serão ministradas nos três anos do curso médio.

    É urgente a tarefa de catolicizar novamente nossa nação, vinda à luz sob os esplêndidos influxos de uma santa missa, dita aos 26 de abril de 1500 por um dos integrantes da esquadra de Cabral, frei Henrique Soares de Coimbra, OFM. Desde então, a religião católica permeou as entranhas do nosso povo. Nalguns setores, ela está um tanto quanto obnubilada. Noutros rincões, a santa fé resta entorpecida pelas seitas. Todavia, bastará o surgimento de uma nova geração de católicos conhecedores dos tesouros de sua crença, para que as heresias principiem a esboroar para longe do quadro social.

    Ter espírito ecumênico é assaz benéfico e se traduz num comportamento consentâneo com o Concílio Vaticano II. Sem embargo, viver sob a égide do ecumenismo não significa perder a identidade católica. Temos de resgatar essa identidade urgentemente. A escola católica, nos padrões aqui expostos a título de exemplo, decerto outorgará um relevante contributo para atingirmos esse escopo divinal.

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    Angelus
    Papa Francisco reza por cada vida humana, especialmente a mais frágil, indefesa e ameaçada
    As palavras do Pontifice no Angelus deste domingo


    CIDADE DO VATICANO, 16 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as palavras do Papa Francisco dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro neste domingo 16 de junho.

    Queridos irmãos e irmãs!

    No final desta Eucaristia dedicada ao Evangelho da Vida, tenho o prazer de lembrar que ontem, em Carpi, foi proclamado Bem-aventurado Odoardo Focherini, marido e pai de sete filhos, um jornalista. Capturado e aprisionado por causa do ódio à fé católica, morreu no campo de concentração de Hersbruck em 1944, aos 37 anos. Ele salvou muitos judeus da perseguição nazista. Juntamente com a Igreja em Carpi, damos graças a Deus por este testemunho do Evangelho da Vida!

    Agradeço de coração a todos vocês que vieram de Roma e de tantas partes da Itália e do mundo, especialmente as famílias e aqueles que trabalham mais diretamente para a promoção e proteção da vida.

    Saúdo cordialmente os 150 membros da Associação "Grávida" - Argentina, reunidos na cidade de Pilar. Muito obrigado pelo que vocês fazem! Coragem e sigam em frente!

    Por fim, saúdo os participantes do encontro motociclístico Harley-Davidson e também ao Motoclub da Polícia do Estado.

    Voltemo-nos agora à Virgem Maria, confiando cada vida humana, especialmente a mais frágil, indefesa e ameaçada, à sua proteção maternal.

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    Mensagem aos leitores
    Seja Jornalista de ZENIT durante a JMJ Rio 2013
    Só uma equipe por país!

    Por Redacao


    RIO DE JANEIRO, 15 de Junho de 2013 (Zenit.org) - Queridos (as) leitores (as) de ZENIT,

    Próximo mês será a JMJ Rio 2013. Você vai participar do evento?

    Gostaria de ajudar como jornalista voluntário da edição portuguesa de ZENIT?

    Para isso, forme uma equipe de 4 pessoas e inscreva-se no link abaixo.

    ¡Seja rápido, só teremos 1 Equipe por país!

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    "See You In Rio!"
    http://seeyouinrio2013.com/

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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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