quarta-feira, 10 de julho de 2013

[Catolicos a Caminho] Bento XVI escreveu 1ª encíclica de Francisco











Bento XVI escreveu 1ª encíclica de Francisco
Estilo e autores citados indicam que texto estava pronto quando o papa renunciou


06 de julho de 2013 | 10h 05



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OCIMARA BALMANT


Foi publicada ontem a primeira encíclica de Francisco. Mas, do atual papa, a única coisa certa é a assinatura, dizem os especialistas. O texto Lumen Fidei – Luz da Fé, em português – traz o estilo do papa que renunciou em fevereiro, quando a obra estava inconclusa.






Da linguagem aos teólogos citados, tudo indica que foi Bento XVI o autor da encíclica – carta que o papa escreve aos bispos e fiéis. Mesmo porque a explanação sobre a fé completa a tríade que ele iniciou durante seu pontificado (2005-2013), quando já havia escrito sobre as virtudes da caridade e da esperança.





"É uma encíclica filosófica, com citações eruditas, não tem o 'cheiro de ovelha' (referência ao contato próximo com o fiel) de Francisco. Além disso, traz excertos de Santo Agostinho. E Ratzinger (Bento XVI) é um agostiniano nato", afirma Fernando Altemeyer, teólogo da PUC-SP.






Se há a mão de Francisco, é muito difícil de detectar, afirma o diretor do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba. "Definitivamente, não se pode dizer que foi feita a quatro mãos." O teólogo acredita que cabe a Francisco duas passagens em que aparece o pronome eu – Bento costuma escrever em terceira pessoa –, além da referência a São Francisco de Assis, de quem o atual papa "emprestou" o nome ao se tornar sucessor de Pedro.






Assinar o texto do antecessor, diz Borba, não é nenhum demérito. "Ao contrário, é sinal de comunhão entre eles."






Luz. Ao tratar da fé, o texto – composto de 60 itens dispostos em 4 capítulos – deixa claro, desde o início, que não abordará o tema sob o prisma de um conjunto de princípios doutrinais. O objetivo é que o fiel enxergue sua fé como sinalização do amor de Deus pelo homem. "A fé nasce no encontro com o Deus vivo, que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida", diz.






Essa construção textual, explica Borba, se opõe à visão proposta pela modernidade, que via a fé como contraposição à razão. "O que a encíclica diz é que a função do credo não é dizer no que se deve acreditar, mas introduzir a pessoa em um contexto em que ela possa entender o amor de Deus."






"Não é um exercício teórico. É a fé como uma experiência pessoal, o que cada um de nós acredita", completa Altemeyer.






Em conversa com o Estado na tarde de ontem, o cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, avaliou que o documento foi publicado em momento oportuno, já que a Igreja celebra em 2013 o ano da fé. "Bento XVI havia escrito sobre a caridade e a esperança. Faltava então uma encíclica sobre a fé, para completar a trilogia das virtudes teologais", comentou. "E então ela veio, só que com o papa Francisco. E será muito útil para viver bem o ano da fé, voltar a valorização da fé no seu sentido genuíno. Naturalmente, agora precisamos ler, estudar, absorver aquilo que a encíclica nos traz."






D. Odilo afirmou que ainda não é possível dizer o que na encíclica é de Bento XVI e o que é de Francisco. "Como não havia tido contato com a encíclica antes da publicação, ainda não foi possível fazer essa análise", disse. COLABOROU EDISON VEIGA







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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]