domingo, 14 de julho de 2013

Padre Alberto Gambarini






Padre Alberto Gambarini




ANO DA FÉ – MISSA PARTE POR PARTE: CREDO

Posted: 13 Jul 2013 09:17 AM PDT



Nos domingos e outras solenidades, depois da homilia é sempre recitado o Credo ou profissão de fé. A palavra Credo, início da profissão de fé, vem do latim "credere", isto é, ter como verdadeiro. Quando recitamos o Credo declaramos nossa confiança na obra de Deus realizada em nosso favor. Aí temos um resumo das verdades da fé do cristianismo. É a nossa resposta à Palavra de Deus proclamada e explicada. Ao recitar o Credo estamos dizendo: nós cremos, nós aderimos com todo o coração a Deus que nos fala na Palavra e por meio da Igreja.

O Credo também nos mantém unidos à graça do nosso batismo, onde morremos e ressuscitamos com Cristo para a nova vida. Recitar estas palavras é manter viva em nossa mente e coração, de Páscoa a Páscoa, de domingo a domingo, o dia bendito em que nos tornamos filhos de Deus, discípulos de Cristo, templos do Espírito Santo e membros da Igreja.

O Credo nos convida não só a renovar a profissão de fé, feita pela primeira vez em nosso batismo, mas também a testemunhar a unidade da Igreja, manifestada na celebração da Eucaristia. São Paulo escreveu em 1 Cor 10, 17: "Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão.". Ao dizer Creio demonstramos a vontade de comungar e viver na fé da Igreja una, santa, católica e apostólica.

O Credo é uma herança recebida dos primeiros cristãos. Aqueles que se preparavam para o batismo eram instruídos a aprender de memória o seu conteúdo. Por quê? Para serem o ponto de referência da fé por toda a vida. E assim, se evitava a influência doutrinas estranhas à mensagem cristã. Existem duas formulações da profissão de fé: o Credo dos Apóstolos e o Niceno Constantinopolitano.

O Credo dos apóstolos é o mais curto, teria sido escrito pelos próprios apóstolos, e foi o único rezado durante os primeiros 300 anos de cristianismo. Santo Ireneu (140-202) escreveu: “A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e Onipotente, que fez o céu e a terra (…).Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua. (Adv. Haer.1,9). São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, esclarece sobre a origem: “Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira, de onde se recolheu o que existe de mais importante para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém, em um pequeníssimo grão, um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra, em algumas palavras, todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento (Catech. ill. 5,12).

O Niceno Constantinopolitano, surge no 4º século, como resultado da doutrina proveniente dos Concílios de Nicéia (325 dC) e Constantinopla (381 dC), para corrigir os erros doutrinários de algumas heresias a respeito da divindade de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Nestes Concílios foi definido que Jesus é "Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, consubstancial ao Pai."(Concílio de Nicéia), e "nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus"( Concílio Constantinopla). Diante das dúvidas sobre a divindade do Espírito Santo, o Concílio de Constantinopla declarou que Espírito Santo é uma pessoa, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, um só Deus com o Pai e o Filho. E no Credo se reza "procede do Pai e do Filho e é adorado e glorificado". Este Credo tem os mesmos artigos da fé do Credo dos Apóstolos, somente detalhando mais no que se refere à divindade de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

No Catecismo da Igreja temos uma orientação importante: “Nenhum dos símbolos das diferentes etapas da vida da Igreja pode ser considerado como ultrapassado e inútil. Eles nos ajudam a tocar e a aprofundar, hoje, a fé de sempre por meio dos diversos resumos que dela têm sido feitos” (CIC § 193).



Credo dos apóstolos

Creio em Deus Pai todo-poderoso,criador do céu e da terra.

E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,

que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;

nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos,

foi crucificado, morto e sepultado.

Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia,

subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,

donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja católica;

na comunhão dos santos; na remissão dos pecados;

na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém



Credo Niceno Constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, / Criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: / Deus de Deus, / luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, / consubstancial ao Pai. / Por Ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, / desceu dos céus: (Todos se inclinam) e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da virgem Maria, / e se fez homem. (Retorna-se à posição anterior). Também por nós foi crucificado / sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. / E de novo há de vir, em sua glória, / para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, / Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, /una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo / para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo que há de vir. Amém.





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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]