quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rodrigo Constantino

Reinaldo Azevedo sobre ética no Clube Militar



Rodrigo Constantino


  • Dilma quer açoitar Joaquim Barbosa? 
  • Reinaldo Azevedo no Clube Militar 
  • Aeroporto privado é acerto de Dilma 
  • Marcha contra o manicômio tributário 
  • Bolha nas artes? 
  • Nossos problemas mal começaram... 
  • Comunista gosta é de luxo 
  • Guerra entre gerações 
  • Socialismo na saúde 



Posted: 24 Jul 2013 04:28 PM PDT


Rodrigo Constantino




O Blog da Dilma postou um duro ataque ao presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. Diz o texto:




A extrema grosseria e deselegância de Joaquim Barbosa ao não cumprimentar a Presidenta Dilma na frente do Papa e de todos foi um ataque ao povo brasileiro. Ataque gratuito àquela que o povoescolheu, foi eleita. Só comprova o que muitos pensam e dizem abertamente: não está à altura do cargo. Presidente da mais alta corte do país, bate em mulher, agride juízes e repórteres, dorme no trabalho, aceita mimos, "erra" em julgamento, frequenta os globais, compra apartamento em Miami em nome de empresa. Este é o que deveria dar exemplo: chafurda a Justiça no lixo. Assista a lama.


Mas o texto não é nada se comparado à foto que o ilustra. Nela, vemos um negro açoitando um escravo negro. Qual a mensagem? A turma da Dilma deseja açoitar Joaquim Barbosa? É isso mesmo, produção? Vejam a foto abaixo, pois nunca se sabe se vão mantê-la no site.









Posted: 24 Jul 2013 03:54 PM PDT









Posted: 24 Jul 2013 01:11 PM PDT


Rodrigo Constantino


Deu no Valor: Sai o primeiro grande aeroporto privado para a aviação executiva


O primeiro grande aeroporto privado para a aviação executiva está prestes a, finalmente, sair do papel. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, assinará amanhã portaria que autoriza a construção de um projeto da Harpia Logística, controlada pelos empresários Fernando Botelho e André Skaf, no extremo sul de São Paulo. O investimento, no bairro de Parelheiros, chega a R$ 1 bilhão.

A pista do novo aeroporto terá 1.830 metros - extensão superior à do Santos Dumont e quase do tamanho da pista de Congonhas - e capacidade para até 240 mil pousos e decolagens por ano - são 657 movimentos por dia ou 27 por hora. O empreendimento, a ser construído em uma área total de 3,4 milhões de metros quadrados, terá ainda uma ligação viária com o trecho sul do Rodoanel bancada pela própria Harpia.

De acordo com o projeto enviado ao governo, serão criados 33 lotes destinados à implantação de hangares, com 491 mil metros quadrados de área. Haverá uma ampla infraestrutura no complexo: heliponto, torre de controle, terminal de passageiros, hotel e centro comercial.

A ideia é tornar-se um dos principais pontos da região metropolitana para a aviação geral, que inclui jatinhos, helicópteros e aeronaves menores. Os empresários também pretendem trabalhar com importação, exportação e armazenagem de peças de manutenção. Para isso, querem implantar áreas destinadas a órgãos públicos, como Receita Federal, Polícia Federal e Anvisa.

Em dezembro de 2012, um decreto da presidente Dilma Rousseff autorizou a exploração comercial de aeroportos privados voltados à aviação geral. Até então, nada impedia que eles fossem construídos, mas sem a cobrança de nenhum tipo de tarifa para os voos. Na prática, as operações ficavam limitadas a seus próprios donos. Só quem podia explorar comercialmente aeroportos para a aviação geral era a Infraero, com terminais como o Campo de Marte (São Paulo) e Jacarepaguá (Rio de Janeiro).






Como todos estão cansados de saber, eu sou um crítico severo do atual governo, e considero a gestão da presidente Dilma muito ruim, inclusive responsável pela crise econômica que está apenas começando. Dito isso, acho importante apontar para os (poucos) acertos também. São raros, mas não devem ser ignorados.






O governo levou tempo demais para reconhecer que não tinha condições de gerir com eficiência nossos aeroportos. Com Copa do Mundo e Olimpíadas se aproximando, a tensão aumentou. E a presidente Dilma tomou algumas medidas positivas nessa área. Uma delas foi esta, de permitir a construção de aeroportos privados para vôos executivos. No fundo, é espantoso que isso não fosse possível antes. Coisas do Brasil socialista...






Eis que agora teremos um aeroporto que nasce privado, voltado para o lucro. Veremos a diferença. Veremos que os empresários terão foco na eficiência, na qualidade dos serviços, pois disso dependem seus desejados lucros. Pecado algum. Ao contrário: o caminho necessário para o progresso. Privatize Já!




Posted: 24 Jul 2013 10:20 AM PDT


Rodrigo Constantino


Paulo Rabello de Castro, um dos "herdeiros" intelectuais do saudoso Roberto Campos, tem lutado a boa luta, contra este "manicômio tributário" que é nosso país. Em artigo hoje no Estadão, o economista faz uma análise interessante das manifestações recentes que tomaram as ruas do Brasil. Ele diz:


Ao marchar contra as sedes e os palácios de governos, em Brasília e em várias capitais, até mesmo contra prefeituras, deixando intactas as sedes de empresas, fábricas e templos, fica muito claro que a raiva do povo está concentrada em algo contido no trajeto entre o que o cidadão paga pelo funcionamento do País e o que recebe de volta em serviços do Estado, diretos ou concedidos.

O País vive na ditadura econômica do Estado e seu braço operacional é o sistema tributário e fiscal. Por ser complexa e abusiva, a tributação e o desperdício a ela associado se tornaram sucedâneos do autoritarismo político, ainda que camuflado pela legalidade formal das medidas provisórias (MPs), de regulamentos e circulares.






[...]





As desonerações pontuais não estabelecem um novo pacto social. É preciso dar o passo decisivo, alterar a Constituição no seu capítulo tributário, simplificando radicalmente o manicômio tributário em que se converteu o sistema atual. A reforma "fatiada" dos impostos fracassou sem ter, de fato, ao menos começado. E, por óbvio, a gestão fiscal das despesas públicas é uma tragédia completa. Aí está o nó da questão social.






[...]





Meditemos. O caráter de exploração desmedida do poder público no manicômio tributário desdobra-se em cada movimento diário do cidadão, no transporte, na casa, no trabalho, na escola, no entretenimento, até quando ele dorme! E atinge o futuro das pessoas, pela extração forçada das poupanças populares sem o lastro adequado para sua reposição no futuro. A má gestão fiscal dos recursos tributários, quando estes se transformam em despesa pública, é diretamente questionada pelo clamor das ruas. O povo quer saber por que tantos bilhões vertidos para educação, saúde e transporte viram pó antes de chegarem ao suposto beneficiário do serviço. Onde foi parar tanto dinheiro? A gestão fiscal do Estado brasileiro não tem respondido a uma pergunta central: por que o Congresso Nacional tem elevado tão agressivamente os impostos extraídos da população desde o Plano Real, se os serviços públicos vêm recuando em quantidade e qualidade? Qual o benefício prático de pagarmos cada vez mais? E quem cobra eficiência na gestão do dinheiro arrecadado?






São perguntas mais que pertinentes; são fundamentais! E Paulo Rabello de Castro não se limita a apontar o que está errado; ele tem liderado um esforço enorme, com a ajuda de empresários do renome de Jorge Gerdau, para alterar esse "manicômio tributário" e trazer mais racionalidade ao nosso sistema arrecadatório. 






O projeto do Movimento Brasil Eficiente é viável politicamente, pois tenta distribuir as perdas provenientes da redução tributária proposta ao longo do tempo e entre as diferentes esferas públicas. Paulo conclui:





A presente ditadura tributária está sendo contestada pela população. Temos a obrigação moral de fazer o clamor das ruas avançar e virar um debate transformador. É estimulante constatar que o País não é desmiolado nem invertebrado. Se o governo não quiser naufragar, deveria tentar os avanços definitivos, não os remendos.



Posted: 24 Jul 2013 09:18 AM PDT





Tela de Beatriz Milhazes vendida por US$ 2,1 milhões



Rodrigo Constantino


Uma reportagem da Folha mostra como teve crescimento rápido o mercado de artes no Brasil, e que ele pode ter chegado ao seu pico de euforia. Diz a matéria:


Novos números comprovam a sensação de euforia no mercado de arte brasileiro, que cresceu 22,5% em 2012, três vezes a média mundial, de 7%, segundo um último levantamento de dados. As galerias de arte contemporânea chegaram à arrecadação de R$ 250 milhões ao ano, enquanto preços de obras subiram em média 15%, bem acima da inflação do período.

Outro dado também surpreende. Segundo um relatório da secretaria paulista da Fazenda obtido pela Folha, a última edição da feira SP-Arte, em abril, declarou R$ 99 milhões em vendas, mais do que o dobro de 2012, quando registrou R$ 49 milhões.





Essa é apenas uma fração do total dos negócios da feira, já que só as comercializações com isenção de impostos estaduais --no caso, as vendas de algumas obras importadas-- precisam ser declaradas dessa forma. O faturamento total pode ter superado R$ 300 milhões porque essas transações respondem por pouco menos de um terço do total das galerias.





[...]

"As vendas têm sido bem firmes, mas é fato que o gelo da festa acabou", diz Marcia Fortes, sócia da galeria Fortes Vilaça. "Artistas jovens no Brasil custam muito caro, então a tendência é estabilizar."

Ou seja, após atingir um pico, o mercado está mais maduro, com crescimento "consistente e linear", segundo Ana Letícia Fialho, do projeto Latitude. Mas galeristas preveem uma desaceleração.






O preço de uma obra de arte costuma ser um bom sinal para bolhas especulativas, pois se trata de um ativo difícil de mensurar o valor, uma vez que ele não tem yield, fluxo de caixa. Além disso, esse é um mercado visto por muitos como "reserva de valor", especialmente quando se trata de artista renomado. Há, ainda, facilidade em lavagem de dinheiro por meio desse mercado, justamente porque ninguém sabe ao certo qual seria o valor justo de uma obra de arte.






Enfim, a valorização excessiva e rápida demais de obras de arte costuma estar atrelada ao ciclo de bolhas especulativas, quando há fartura de crédito e abundância de recursos em busca de retorno extra. É cedo dizer se foi isso que ocorreu no Brasil. Mas há sinais preocupantes, como este, retratado em outra matéria do jornal:





Na última edição da feira SP-Arte, um galerista queria mostrar poder e pediu a um amigo colecionador que cedesse uma pintura de Alfredo Volpi ao seu estande.

O objetivo não era vender, apenas impressionar. Para convencer o colecionador, o galerista pediu que ele estipulasse um preço impraticável para a obra. Colocada à venda por US$ 1 milhão (R$ 2,2 milhões), a obra acabou saindo logo no primeiro dia do evento.






É uma montanha de dinheiro por aquelas bandeirinhas coloridas! Todo alerta é pouco. Estamos diante de mais um indício de que o país viveu uma fase de excessos insustentáveis, e que a fatura está chegando. Vai machucar todo mundo. Mesmo os artistas descolados, normalmente de esquerda, que "abominam" o capitalismo e o lucro - dos outros.






PS: Com as obras de arte se valorizando, o olho gordo aumenta. Segundo a Folha, os advogados querem criar o "Ecad" das artes visuais: "Num cenário de hipervalorização das obras de arte, advogados querem tentar fazer valer o direito de sequência, ou seja, o repasse de 5% do lucro sobre a peça para o artista ou seus herdeiros a cada vez que ela trocar de mãos". Mais estatização, mais governo, mais impostos ou taxas. 






No mais, escapa-me a compreensão de porque o artista ou seus herdeiros teriam algum tipo de direito sobre a valorização de suas obras no mercado. Quando eles aceitaram vendê-la na primeira vez, isso já foi uma troca voluntária, onde eles julgaram receber um valor suficiente pelo que deram em troca, caso contrário a transação não ocorreria. O ganho posterior é de quem apostou na obra, correu riscos, especulou. O artista, a meu ver, não teria mais direito financeiro algum sobre isso.








Posted: 24 Jul 2013 08:31 AM PDT


Rodrigo Constantino


O ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, tem sido um dos maiores críticos do modelo econômico do governo Dilma. Alguns chegaram a atribuir suas duras críticas à demissão do Banco Santander. Ela ocorreu após episódio em que o então presidente da Petrobras ficou constrangido diante das perguntas feitas pelo economista em um evento, expondo os malabarismos contábeis do governo. Tudo seria, então, fruto do "ressentimento".


Como fica claro, não era nada disso. Era uma análise acurada que o economista fazia do quadro econômico. Tenho orgulho de dizer que estive do seu lado esse tempo todo, quando éramos minoria e muitos ainda celebravam as "maravilhas" do "novo" modelo desenvolvimentista. Enquanto a turma soltava fogos de artifícios, nós e mais alguns outros apontávamos para o crescente e visível risco de inflação à frente. 


Agora que os alertas se concretizaram, o governo e os desenvolvimentistas não jogaram a toalha, não admitiram seus equívocos, não fizeram uma mea culpa, nada disso. Eles optaram pela negação da realidade, e insistem no erro. Essa é uma atitude acovardada e perigosa. Por isso é tão importante, do nosso lado, insistir nos alertas. Até a ficha cair de verdade do lado de lá.


Em sua coluna na Folha hoje, Schwartsman vai na mesma linha do meu artigo no GLOBO de ontem, ao mostrar como o governo sofre do que chamei de "fatofobia". Diz o economista:


Desde 2010, a inflação é (bastante) superior à meta (o desvio médio por ano foi de 1,6%), e, pior, espera-se que continue acima dela nos próximos anos: a inflação esperada entre 2014 e 2017 é, em média, 5,5% ao ano.

À luz desses desenvolvimentos, o que se espera da responsável pela política econômica não é a reafirmação do que já sabemos, mas, sim, o que será feito para trazer a inflação para o valor prometido à nação pelo próprio governo.

Nesse aspecto, a fala se encaixou bem no perfil do "Conselhão": entre generalidades e a negação da realidade (o gasto federal, supostamente controlado, está no nível mais alto da história), nada foi dito que sinalizasse uma estratégia consistente para lidar com a inflação alta e o crescimento baixo.

Pelo contrário, incapaz de escapar das armadilhas ideológicas em que se meteu e pressionado pela queda de popularidade, a tendência é de isolamento crescente, uma espécie de "autismo econômico" em que a realidade tem que ser ignorada a todo custo.

Serve para produzir discursos para o "Conselhão"; jamais para resolver um problema de verdade.






Concordo, claro. E por isso repito: nossos problemas não foram resolvidos. Na verdade, posso dizer que eles mal começaram... 




Posted: 24 Jul 2013 08:03 AM PDT



Rodrigo Constantino




Deu na Folha: Ministro levou família a Cuba em jato oficial


O ministro Aldo Rebelo (Esporte) usou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir a Cuba no Carnaval com a mulher, o filho e assessores.

Ele esteve em Havana em missão oficial e justificou a carona à mulher e ao filho dizendo que ambos também foram convidados pelo governo cubano.

Nenhum dos dois representou o governo brasileiro na missão. Quando o ministério publicou nota sobre a viagem de Aldo, em fevereiro, o nome deles não constava na lista oficial da comitiva.

A mulher do ministro, Rita, é coordenadora na Secretaria da Mulher do governo do Distrito Federal, controlada pelo PC do B, mesmo partido de Aldo. Já o filho, de 21 anos, é estudante universitário e estagiário.






Só o fato de o Brasil ainda ter um partido oficial que leva comunismo no nome é algo assustador. Some-se a isso o fato de tal partido fazer parte do governo, com ministros e tudo, temos um quadro bizarro. É como ter um partido nazista em pleno século 21, fazendo parte da aliança no poder. Coisas de país tupiniquim.






Não bastasse tudo isso, ainda temos que aturar esse ministro desse partido comunista usar o nosso dinheiro para ir visitar Cuba, a ilha-presídio caribenha, a mais longa e cruel ditadura do continente. Isso já é uma afronta, um desrespeito a todos os pagadores de impostos. 






Esses comunistas adoram luxo, e vão passear em Cuba, sob o pretexto de trabalhar parcerias (levando filho e esposa?), com jatinho "particular" e tudo mais que o nosso dinheiro pode pagar.






Eu até aceito o governo bancar a viagem em jato da FAB para o comunista visitar Cuba; desde que seja passagem só de ida!




Posted: 24 Jul 2013 06:49 AM PDT


Rodrigo Constantino

O Papa Francisco está no Brasil para falar da juventude. Esse foi o tema da coluna de Miriam Leitão hoje no GLOBO. Os jovens sofrem com a falta de um futuro promissor como nunca antes visto. Há o problema cultural, de degradação de valores, e há os riscos de violência. Sem falar da questão gravíssima do desemprego. Esse foi, aliás, o foco do artigo da colunista. Curiosamente, ela não cita o welfare state uma única vez. Vamos aos fatos:

O desemprego de jovens chega ao ponto calamitoso de 54% na Espanha. Na Grécia, quase 60%, em Portugal, 42%. A média da Europa supera 20%. Fora dessa devastação, só a Alemanha, com 7%, um número melhor do que o do Brasil, que, em maio, registrou 13,6% de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos. A taxa geral do país foi 5,8%.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um estudo recente mostrando que a taxa mundial de desemprego entre quem tem 15 e 24 anos está em 12,6%. Ao todo, são 73,4 milhões de jovens sem emprego. Como as estatísticas só registram os que procuram trabalho, o número é pior porque muitos jovens nem procuraram. O desalento, a gravidez precoce, as drogas são algumas das causas. Um estudo do Ipea registra que em 2010 havia oito milhões e oitocentos mil jovens brasileiros, de 15 a 29 anos, que nem estudavam nem trabalhavam.

Mas por que esse desemprego tão alto, especialmente entre os jovens? A jornalista não arrisca uma resposta, e não menciona "estado de bem-estar social" hora alguma. Só que esse é o cerne da questão: os países desenvolvidos vivem, atualmente, uma guerra entre gerações, e os jovens saem perdendo. Principalmente quando a demografia joga contra.






As crescentes "conquistas" trabalhistas, por exemplo, acabam criando uma enorme barreira de entrada no mercado de trabalho. Os jovens, mais inexperientes, com produtividade menor (pois estão começando suas carreiras), não conseguem competir de igual para igual com os mais velhos, já estabelecidos em seus empregos. Como o custo de demissão é gigantesco, e como o treinamento custa caro, as empresas acabam optando pelos funcionários já empregados.






Salário mínimo, férias remuneradas, vales de tudo que é tipo, tudo isso vai blindando quem já possui emprego à custa de quem pretende entrar no mercado de trabalho. Os sindicatos poderosos são verdadeiras máquinas de proteção daqueles com empregos, em detrimento dos que procuram empregos. Esses são, na maioria dos casos, os mais jovens.






Para piorar, todos os outros gastos explosivos do estado de bem-estar social, que tendem a aumentar com o envelhecimento populacional, recaem sobre os mais jovens indiretamente, por meio de mais impostos. Para sustentar um mecanismo previdenciário que é uma grande pirâmide Ponzi, o governo precisa avançar sobre o bolso de todos, arrecadando parcelas enormes do que é produzido. Esse custo pesado penaliza os mais jovens.






Em resumo, são várias causas dessa situação preocupante em que a juventude se encontra hoje. Uma delas, sem dúvida, tem caráter econômico, e sua origem está no modelo de welfare state. Para bancar tantas regalias dos mais velhos, os mais jovens precisam pagar o pato. O estado de bem-estar social acabou criando um clima de guerra entre as gerações. A saída é resgatar os valores liberais, que depositam a responsabilidade por seu futuro no próprio indivíduo.




Posted: 24 Jul 2013 05:41 AM PDT


Rodrigo Constantino


O setor de saúde no Brasil está cada vez mais socializado. Segundo matéria no jornal O GLOBO, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que as instituições privadas de ensino que estiverem dispostas a fazer doações ao Sistema Único de Saúde (SUS), na forma de investimentos em prédios ou equipamentos, terão vantagens na disputa para abrir novas faculdades de Medicina no país. 


Diz o jornal: "As doações ao SUS e o preço das mensalidades serão critérios para o governo estabelecer os vencedores dos editais que serão abertos para a criação de cursos privados de Medicina".


O MEC mudou o sistema de criação de faculdades de Medicina no país. Pelo modelo anterior, considerado pelo MEC um "balcão de negócios", cabia às instituições de ensino indicar o local onde gostaria de abrir cursos, e o ministério se limitava a avaliar a qualidade das propostas. 


Pelo novo sistema, "só poderão ser criadas faculdades de Medicina em municípios determinados pelo governo, que levará em conta a demanda por médicos e a infraestrutura de saúde disponível". 


Isso é um absurdo. Isso é um regime praticamente socialista. O livre mercado passa mais longe desse modelo do que Plutão da Terra. Pela ótica liberal, como deveria funcionar? Ora, abre faculdade de Medicina quem quiser, inclusive grupos estrangeiros. Cabe ao MEC, se for o caso, somente avaliar a qualidade técnica do curso, e olha lá. 


Normalmente, o próprio mercado é melhor juiz, pois a faculdade "caça-níquel" que oferecer curso de péssima qualidade será punida pelos próprios usuários. Médicos "formados" nesses cursos não vão conseguir bons empregos em lugares decentes, tampouco passar em concursos públicos. 


Mas o governo detesta a liberdade do mercado. Ele quer não só dizer quem pode abrir um curso, como onde abri-lo, usando ainda por cima um critério absolutamente ridículo de exigir contrapartida de investimento no SUS (chantagem financeira, o que só favorece grandes grupos e prejudica a concorrência, criando cartéis no setor).


O Brasil caminha cada vez mais, sob o governo do PT, na direção socialista. O governo quer controlar tudo, intervir em tudo, nos mínimos detalhes. Sabemos que isso não tem como funcionar. Já conhecemos de antemão o resultado dessas medidas: a deterioração na qualidade do ensino, o aumento da corrupção, decisões eleitoreiras na hora de conceder o direito de abrir um novo curso etc.


Socialismo nunca funcionou nem na produção de papel higiênico. Não é diferente para produzir bons cursos de Medicina. A socialização da Medicina é a pá de cal que faltava para piorar ainda mais esse sensível setor. A sociedade vai pagar o preço, como sempre.





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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]