segunda-feira, 16 de setembro de 2013

[Catolicos a Caminho] MORTE E VIDA ETERNA Som !

 












  • MORTE E VIDA ETERNA




A Liturgia da Palavra de hoje apresenta-nos Jesus que, sem que ninguém lho pedisse, se encheu de misericódia e ressuscitou o filho único de uma pobre mulher que já era viuva.

Para além de um acto de misericórdia, Jesus pretende recomendar-nos que devemos pensar na morte como porta aberta para a Vida eterna, que o mesmo é dizer, como prova de fé.

Na sua epístola diz S. Tiago :

- "Assim como o corpo sem alma é morto, assim a fé sem obras é morta". (Tg.2/26).

Era este o conceito que tinham as pessoas já desde o Antigo Testamento a respeito da morte : a separação da alma do corpo . 
Elias ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, orando assim :

- "Senhor, meu Deus, fazei que a alma deste menino volte a entrar nele". (1 Reis 17/21).

Embora haja uma certa repugnância ou medo de pensar na morte, ela é uma verdade eterna a que ninguém pode escapar, nem mesmo aqueles que, por falta de fé ou por superstição, preferem a cremação a uma sepultura normal.

Jesus, antes de morrer, exclamou :

- "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". (Lc.23/46).

A Morte é um acontecimento pessoal : o fim da vitalidade e o fim da existência pessoal e histórica de uma pessoa.

Na morte, o princípio espiritual da pessoa humana assume uma relação diferente para com o corpo da pessoa.

A nível pessoal, a Morte é o fim da auto-realização pessoal livre; na Morte a alma é atraída para mais perto de Deus do que antes e é o princípio da eternidade.

Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1006. - "É em face da morte que o enigma da condição humana mais se adensa" (GS 18). Num certo sentido, a morte do corpo é natural; mas, à face da fé, a morte é, de facto, "salário do pecado" (Rom.6/23). E para aqueles que morrem na graça de Cristo, é uma participação na Morte do Senhor, a fim de poder participar na sua Ressurreição.

Uma reflexão sobre a natureza da Morte revela-nos que ela contém o mistério da pessoa humana, porque a morte de Cristo foi o acontecimento mais importante de toda a história.

O Antigo Testamento diz que a Morte é a consequência do pecado, segundo a lei que Deus deu a Adão e Eva :

- "Podemos comer o fruto das árvores do jardim, mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse : "Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis"..(Gen. 3/2).

O Novo Testamento afirma também que a Morte é a consequência do pecado :

- "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim também a morte penetrou em todos os homens, pois todos pecaram". (Rom.5/12). (cf. CIC 1008).

A raça humana foi criada imortal, mas a vida vem através de Cristo :

- "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo, todos serão vivificados". (1Cor. 15/22).

A Morte é o último adversário confrontado e vencido por Cristo :

- "É necessário que Ele reine, "até que haja posto todos os inimigos debaixo dos Seus pés". O último inimigo a ser destruído será a morte". (1 Cor. 15/25).

A Igreja ensina que a morte não é o fim último porque a raça humana foi criada para uma felicidade eterna após a morte corporal e todos devem aspirar a alcançar essa felicidade :

- Enquanto, diante da morte, qualquer imaginação se revela impotente, a Igreja, ensinada pela revelação divina, afirma que o homem foi criado por Deus para um fim feliz, para além dos limites da miséria terrena. (GS 18).

Ensina ainda que após a morte há o juízo particular onde fica logo definida a sorte eterna de cada um, como diz o Catecismo da Igreja Católica :

1021. - A morte põe termo à vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou rejeição da graça divina, manifestada em Jesus Cristo. O N. Testamento fala do juízo, principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na sua segunda vinda...

Todos os homens estão sujeitos à lei da Morte, e os Cristãos negam a noção de transmigração das almas, porque a Morte é o fim da história pessoal de cada um, não pode haver Reencarnação.

1681. - O sentido da morte é revelado à luz do Mistério Pascal da Morte e Ressurreição de Cristo, em quem pomos a nossa única esperança. O cristão que morre em Cristo Jesus "abandona este corpo para estar junto do Senhor".(2 Cor.5/8).

Pensemos, pois, na morte mas com os olhos fitos na Vida Eterna.. 


John

Nascimento







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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]