POSSESSÃO DIABÓLICA
E EXORCISMO !
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A Possessão diabólica, é uma condição ou um estado de uma pessoa em que o controlo do seu espírito ou do seu corpo está afectado por um ou mais demónios.
O Novo Testamento apresenta alguns casos de Possessão Diabólica :
- "Ao entardecer, apresentaram-Lhe muitos possessos, e Ele, com a Sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam enfermos". (Mt. 8,16).
- "Curou muitos enfermos atormentados por diversos males e expulsou muitos demónios..." (Mc.1,34) (cf.Lc.7,21; Act.5,16).
O Novo Testamento, apresenta alguns casos de possessos do demónio que foram curados, em que houve certas manifestações de especial interesse, como na Liturgia da Palavra de hoje em que O espírito "impuro" confessa que é Jesus :
- "Que tens tu a ver connosco, Jesus de Nazaré. Vieste para nos perder ? Sei quem Tu és : o Santo de Deus". (Mc. 1,23). (cf. Lc.4,33).
O remédio essencial contra a possessão e outras tentações do demónio é a invocação do Nome de Jesus Cristo.
A autoridade do Nome de Jesus Cristo é apresentada como o poder de Deus através de Jesus Cristo, que torna efectiva a vitória da Cruz sobre Satã e o seu reino neste mundo.
* Os possessos de Gerasa (ou Gadara) viviam nos cemitérios, exibiam uma força extraordinária, confessaram que Jesus era filho de Deus e foram enviados para um vara de porcos:
- "Chegado à outra margem, à região dos Gadarenos, vieram ao Seu encontro dois possessos, que habitavam nos sepulcros [...]- Que temos nós contigo, Filho de Deus[...] Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos". (Mt. 8,28-30).
* Segundo Marcos, tratava-se de uma "legião" de demónios :
- "Qual é o teu nome ? Respondeu : Legião é o meu nome". (Mc. 5,9).
* Para Lucas, trata-se de um demónio mudo :
- "Jesus estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou..". (Lc.11,14).
* Ao jovem "lunático" que os Apóstolos não conseguiram curar, e que exibia sintomas especiais, chamou-se epiléptico.
E Jesus disse que era preciso oração e jejum :
- "Senhor, tem piedade de meu filho que é lunático e está muito mal ([...)Apresentei-o aos Teus discípulos mas eles não puderam curá-lo[...] Jesus falou-lhe severamente e o demónio saiu do jovem[...] Esta espécie de demónios não se expulsa senão à força de oração e de jejum".(Mt.17,14-22).(cf. Mc.9,14-29; Lc.9,37-43).
É chocante talvez para um homem do século XXI encontrar nos Evangelhos tantos casos de Possessão Diabólica.
Neste último texto fala-se de um lunático.
Isto leva a pensar que, na mentalidade de então, certas doenças naturais, como a epilepsia, a neurose, a esquizofrenia e outras enfermidades afins, eram ingenuamente atribuídas ao demónio.
Os gregos chamavam-lhes "enfermidades sagradas".
Jesus e os Evangelistas acomodaram-se ao modo de sentir, de dizer e de pensar próprios daquele tempo.
Mas o que está em questão não é propriamente o género de doença, mas o poder de Jesus para a curar, como aconteceu sempre.
Ainda hoje pode haver casos de Possessão Diabólica, para a qual a Igreja tem uma fórmula própria no seu Ritual que se chama :
EXORCISMO
Esta expressão refere-se à prática pela qual o demónio é expulso de pessoas possessas ou energúmenos.
Esta prática do Exorcismo era muito vulgar na Mesopotâmia e no Egipto no século III a.C., uma prática, todavia, muito diferente da que temos hoje no Ritual.
Era rara na Grécia clássica, mas entre os Helenistas as práticas da magia eram bastante comuns e difundiram-se por todas as religiões greco-romanas.
Esta prática é muito conhecida e desenvolvida na literatura judaica a partir de três séculos antes do nascimento de Cristo.
Durante o período do Judaísmo, desenvolveu-se uma forte convicção de que Deus vinha finalmente conquistar Satã e todas as formas de mal, e a Sua vitória significava a completa derrota do reino das trevas e da morte.
O Messias, como eles acreditavam, seria o grande campeão de Deus sobre todo o poder material e espiritual.
É no ministério de Jesus de Nazaré e da Igreja que os judeus põem toda a sua esperança escatológica, pelo cumprimento das profecias :
- "Ela dará à luz um filho e pôr-Lhe-á o nome de Jesus; porque Ele salvará o povo dos seus pecados". (Mt.1,21).
Jesus curou alguns possessos, como foi o caso da Liturgia da Palavra de hoje :
- "Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha o espírito dum demónio impuro, o qual se pôs a bradar : - "Que tens tu a ver connosco, Jesus de Nazaré. Vieste para nos perder ? Sei quem Tu és : o Santo de Deus". (Mc. 1,23). (cf. Lc.4,33).
Com o ministério de Jesus, o reino de Satanás estaria a chegar ao fim, como Jesus advertiu :
- "Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido, e não poderá subsistir; é o seu fim..." (Mc.3,26).
O mundo, completamente sob a escravidão das forças do mal, hostis a Deus e à vida humana, começou a ser conquistado pelo Filho de Deus; os testemunhos da Sagrada Escritura do Novo Testamento são de que os Exorcismos são a manifestação da soberania do reino de Deus e do poder para conquistar os estrangulados pelo pecado, pela doença, por todos os males e, finalmente por Satanás, que pretende arrastar a humanidade, que foi criada à imagem de Deus para viver com Ele para sempre no Seu amor.
Por esta razão, o Catecismo da Igreja Católica também nos fala dos Exorcismes :
1673. - Quando a Igreja pede publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objecto seja protegido contra a acção do Maligno e subtraído ao seu domínio, fala-se do Exorcismo. Jesus praticou-o e é d'Ele que a Igreja obtém o poder e encargo de Exorcisar. Sob uma forma simples, faz-se o Exorcismo na celebração do Baptismo. O Exorcismo solene, chamado "grande Exorcismo", só pode ser feito por um sacerdote e com licença do bispo. Deve proceder-se a ele com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O Exorcismo tem por fim expulsar os demónios ou libertar do poder diabólico, e isto em virtude da autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Muito diferente é o caso das doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. Por isso, antes de se proceder ao Exorcismo, é importante ter a certeza de que se trata duma presença diabólica e não dum caso clínico.
É no livro litúrgico chamado Ritual Romano que se encontram as instruções e as formas usadas para os Exorcismes.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]