- SÃO MATEUS E O SEU EVANGELHO
Mateus, era um Galileu a quem Lucas e João chamam Levi e Marcos diz que é filho de Alfeu e cobrador de impostos, e foi um dos doze Apóstolos e o autor do Primeiro Evangelho, que procura apresentar Jesus como o Messias.
Dotado de certa cultura, Mateus era Publicano, isto é, exercia, em Cafamaum, a profissão pouco bem conceituada de cobrador de impostos.
Um dia, ao chamamento de Jesus, deixa tudo e segue-o, e é assim que se torna um dos doze.
Mateus foi o primeiro a recolher por escrito os acontecimentos da vida de Jesus, de que ele havia sido testemunha, e a agrupar, no quadro da vida do Mestre, todos os Seus ensinamentos, segundo diz Papias, (60-130), bispo de Hierópolis.
Segundo Eusébio (260-340), foi bispo de Cesareia.
Segundo a tradição pregou aos hebreus e pregou ainda na Judeia, na Etiópia, no Ponto, na Pérsia e no Mar Negro e teria sido martirizado num destes lugares.
A sua festa em 21 de Setembro.
1. A presente obra leva por titulo, Evangelho segundo S. Mateus.
Este título, porém, não pertence ao original.
Então, os autores não costumavam assinar os seus escritos.
Mas a Igreja, já por volta do ano 150, atribui esta obra a Mateus, um dos doze (Mt.10/3; Mc.3/18; Lc.6/15; Act. 1/13), identificado com Levi, o cobrador de impostos (Mt.9/9-13; 10/3; cf.Mc.2/13-17; Lc.5/27
` 2- Entretanto, a opinião mais corrente pensa que Mateus não escreveu este livrinho tal qual o leitor tem diante de si.
Mateus teria escrito em arameu (a língua de Jesus) uma colecção de sentenças proferidas pelo Senhor.
Essa obra primitiva teria sido largamente ampliada e transferida para grego - a única língua em que possuímos o texto original de Mateus.
Tal refundição efectuada por um ou mais cristãos, talvez da classe dirigente, é o actual Evangelho segundo Mateus.
Ignora-se o lugar onde este trabalho se verificou.
Propõe-se como mais provável a cidade de Antioquia.
Aí crescia uma das mais antigas Igrejas, onde os discípulos de Cristo recebem pela primeira vez o nome de "cristãos" (Act.11/26).
Antioquia, depois de Jerusalém, era então a Igreja mais importante (cf.Act.11/19 sg.).
3- Apesar disso, o presente Evangelho não foi escrito nos primeiros anos desta Igreja, mas quando ela já tinha umas décadas e Jerusalém já tinha caído, destruída pelos Romanos no ano 70.
Por isso, este Evangelho, ainda que venha em primeiro lugar, não é o mais antigo.
Foi precedido, ao menos, pelo de S. Marcos.
4- Este livrinho é, portanto, o testemunho da fé da Igreja de Antioquia em Jesus de Nazaré, proclamado Messias e Senhor.
Testemunho rubricado pelo Espírito Santo, no qual são manifestos os sinais da polémica entre cristãos e judeus acerca do Salvador.
Todo o livro é um esforço por demonstrar que em Jesus de Nazaré se cumpriram as Profecias.
Ele é o Salvador esperado, o Emanuel (Mt.1/23) ou "Deus connosco" presente nas reuniões litúrgicas, até à Consumação da História (Mt.28/20).(Difusora Bíblica).
Mateus escreveu para os Hebreus, apresentando Jesus como o Messias que havia de vir segundo as Escrituras hebraicas.
Em Mateus Jesus aparece como o novo Moisés, por isso começa o seu Evangelho com a árvore genealógica de Jesus, incluindo nomes como Abraão, Isaac, David, etc.
Mateus pretende fazer José a figura central da infância de Jesus e põe o Messias em paralelo com Moisés.
Falando de Moisés, põe Jesus acima de Moisés porque Jesus vem aperfeiçoar a lei.
Mateus apresenta os seguintes discursos de Jesus :
* O Sermão da Montanha (Mt.5/3-7; 27).
* O Discurso apostólico (Mt. 10/5-42).
* O sermão das parábolas (. Mt. 13/3-52).
* O Discurso eclesial (Mt. 8/3-35).
Jesus aparece como Mestre; fala a toda a comunidade como o fez Moisés, mas não precisa de receber autoridade; prega da montanha, mas com a sua autoridade.
Com a ênfase especial que dá à Lei dos judeus e aos profetas, Mateus dirige-se claramente ao povo de Israel.
Todavia, a sua atitude, por vezes, parece ambígua.
Apresenta Jesus nas suas disputas com os Fariseus, como que a sabotar o antigo rigor da lei.
Ele leva os seus discípulos a pregar a todas as nações, tanto aos judeus como aos gentios.
Mateus acusa severamente os judeus como culpados da crucifixão de Jesus :
- "Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nosso filhos".(Mt.27/25).
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]