domingo, 1 de setembro de 2013

[ZP130901] O mundo visto de Roma


ZENIT

O mundo visto de Roma
Serviço semanal - 01 de Setembro de 2013


Papa Francisco 
Para que os homens e mulheres redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos 
Intenções de oração do Papa Francisco para o mês de julho 
Papa Francisco: trabalho intenso enquanto a Itália está de férias 
Entre as atividades do papa, uma nomeação, uma audiência com o padre Pepe e o anúncio da visita ao centro de refugiados Astalli 
Papa Francisco telefona para uma vítima de estupro 
Depois de escrever ao Santo Padre contando seu drama, a mulher argentina se declara tocada pela mão de Deus 
Jovens, "nadem contra a corrente", "sejam corajosos", "façam barulho"! 
Na audiência de hoje, no Vaticano, com 500 peregrinos de Piacenza, em Roma para o Ano da Fé, o Papa Francisco exortou os jovens a "construir um futuro de beleza, bondade e verdade" 
A encíclica Lumen Fidei se torna bestseller em apenas um mês 
Esperadas agora a nova encíclica Bem-aventurados os pobres e a exortação pós-sinodal sobre a nova evangelização 
Papa Francisco reza pela Igreja na Coreia 
Mensagem do Santo Padre por ocasião do mês dos mártires na arquidiocese de Seul 
Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado 
Palavras do Papa Francisco antes da oração do Angelus neste domingo 
" Pai da Igreja , pai para a sua diocese , pai para várias pessoas": Papa Francisco recordou o cardeal Martini 
Um ano depois da morte do cardeal, foi apresentado hoje ao Papa a " Fondazione Carlo Maria Martini", uma iniciativa da Companhia de Jesus , em colaboração com a Arquidiocese de Milão 
Santa Sé 
Consequências do motu proprio do papa Francisco sobre o combate à lavagem de dinheiro 
Vaticano adota as normas para as organizações sem fins lucrativos 
O rei Abdullah II da Jordânia será recebido pelo Papa 
O encontro com o Santo Padre terá lugar quinta-feira, 29 de agosto, no Vaticano 
Papa Francisco nomeia novo secretário-geral do Governatorato do Estado-Cidade do Vaticano 
Pe. Fernando Vergez Álzaga (LC) que já era diretor de Telecomunicações 
Igreja e Religião 
Diretório de Comunicação da CNBB deverá ser aprovado em março de 2014 
Reunião do Conselho Permanente em outubro definirá últimos retoques 
Entrevista com o cardeal Simonis: Os movimentos são um dom de Deus 
Holanda: com o papa Francisco, diminuiu o número de fieis que abandonam a Igreja 
Papa celebrará missa de abertura do Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho 
Noventa frades de vários países estarão reunidos em Roma 
A liberdade religiosa: uma graça que, quando falta, faz muita falta 
Entrevista com o diretor italiano de Ajuda à Igreja que Sofre 
Signis Brasil e TVs Católicas avaliam projetos em comum 
Signis Brasil reuniu nesta quarta-feira, 28, os representantes das TVs Católicas, em São Paulo, para avaliação das transmissões da Jornada Mundial da Juventude, entre outros assuntos 
Mais do que nunca, nossos irmãos Sírios precisam da nossa oração AGORA! 
Ajuda a Igreja que sofre lança semana de oração pela paz na Síria 
Liturgia e Vida Cristã 
Qual deve ser a duração da homilia? 
Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual 
Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 
Que o legado social da JMJ possa estender-se a todo o Brasil, disse Pe. Manuel Manangão 
Pe. Manuel de Oliveira Manangão, vigário episcopal para a caridade social da Arquidiocese do Rio de Janeiro e diretor do legado social em conversa com ZENIT 
Familia e Vida 
A Pastoral da Criança, em seu novo site, apresenta semanalmente esclarecimentos sobre a vida da gestante 
Nesta semana, o tema em foco é o primeiro mês de vida de um bebê 
Lei da Palmada: os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis 
Entrevista com Paulo Fernando, membro da comissão de bioética da arquidiocese de Brasília e assessor parlamentar na câmara dos deputados 
Mundo 
Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra 
Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, Dom Antoine Audo,em entrevista à Radio Vaticano 
Patriarca do Iraque: "Intervenção militar dos EUA na Síria seria uma catástrofe" 
Dez anos depois da derrocada de Saddam, nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pela insegurança e pela crise 
Egito: taxista decapitado por ter um crucifixo pendurado no espelho 
Um vídeo amador mostra o massacre do jovem Mina Rafaat Aziz, espancado por manifestantes islâmicos, degolado e abandonado na rua 
Síria: Adoração noturna permanente pela paz e pelo fim do terrorismo 
Arma poderosa da comunidade ecumênica do Mosteiro de São Tiago em Qarah 
Espiritualidade 
"Os jovens de hoje não são tão superficiais como se diz deles", Papa Bento XVI no Youcat 
Apresentação do livro "Inquietações de uma alma", de Jerônimo Lauricio, grande pioneiro na divulgação do YOUCAT no Brasil 



Papa Francisco
Para que os homens e mulheres redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos 
Intenções de oração do Papa Francisco para o mês de julho

Por Redacao


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as intenções de oração do Santo Padre Francisco para o mês de setembro confiadas ao Apostolado da Oração. 

O Apostolado da Oração é uma obra confiada pela Santa Sé à Companhia de Jesus, que tem como missão principal a formação de cristãos atentos e comprometidos com as necessidades da Igreja e do Mundo. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo unem-se para rezar pelas intenções que o Santo Padre pede à Igreja.

Intenção Geral

Descobrir o valor do silêncio: Para que os homens e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados num ritmo frenético de vida, redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos. 

Intenção Missionária
Cristãos perseguidos: Para que os cristãos perseguidos possam testemunhar o amor de Cristo.


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Papa Francisco: trabalho intenso enquanto a Itália está de férias 
Entre as atividades do papa, uma nomeação, uma audiência com o padre Pepe e o anúncio da visita ao centro de refugiados Astalli

Por Redacao


ROMA, 28 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Uma audiência privada, uma nomeação e o anúncio de uma visita ao Centro Astalli para refugiados no dia 10 de setembro: o verão do papa Francisco continua cheio de compromissos de trabalho.

Na manhã do sábado (24), Francisco nomeou o novo secretário adjunto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, dom Giuseppe Sciacca, até agora secretário geral do governo do Estado do Vaticano. Depois, recebeu o padre argentino José Maria "Pepe" Di Paola, pároco da favela Villa 21 em Buenos Aires e conhecido como "padre antidrogas" pelo trabalho de integração dos moradores da comunidade. Finalmente, Francisco também anunciou que em 10 de setembro visitará as estruturas de acolhimento de refugiados no Centro Astalli.

Foi Bergoglio, quanto era arcebispo de Buenos Aires, quem aproximou o padre Di Paola da sua missão na Villa 21, assumida pelo sacerdote como uma vocação especial de apostolado com os esquecidos, vivendo como mais um deles junto com um grupo de outros sacerdotes.

Não é difícil imaginar o afeto do pontífice por este sacerdote e a emoção do pároco da Villa 21 ao reencontrar Bergoglio agora como papa.

No Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos, organizado pelo movimento Comunhão e Libertação na Itália, o "padre antidrogas" contou a sua experiência na quarta-feira passada. Em entrevista a ZENIT, Pepe relatou alguns fatos inéditos sobre o trabalho e sobre o apoio que Bergoglio deu ao grupo nos momentos difíceis. Entre eles, o episódio em que os narcotraficantes o ameaçaram de morte.

Ainda no sábado, o santo padre confirmou que visitará no dia 10 de setembro o Centro Astalli, em Roma, que abriga e presta assistência a refugiados e a pessoas que pedem asilo.

"O papa foi convidado e respondeu pessoalmente que vem. Agora tudo isto está se realizando", declarou à Rádio Vaticano o presidente do centro, o padre jesuíta Giovanni La Manna. A visita deverá acontecer de maneira privada, como aconteceu na viagem do papa a Lampedusa, o que exclui as participações e protocolos próprios das visitas oficiais.

"É muito provável", diz a nota sobre a visita, "que, de acordo com o estilo que o distingue, o papa Francisco saúde pessoalmente os imigrantes que frequentam o refeitório e as outras estruturas do Centro Astalli. O santo padre poderá encontrar muitos refugiados que chegaram a Roma, pessoas que precisam comer, assear-se, consultar um médico, receber remédios e assistência legal e social".

"O gesto do papa, ao visitar essa estrutura que se encontra no coração de Roma, será um sinal de continuidade e de solidariedade para com as pessoas que foram obrigadas a deixar o próprio país por causa de guerras e de perseguições", afirmou o sacerdote. "O papa foi claro: precisamos de testemunhos, não de mestres teóricos".


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Papa Francisco telefona para uma vítima de estupro 
Depois de escrever ao Santo Padre contando seu drama, a mulher argentina se declara tocada pela mão de Deus


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Um novo telefonema do papa Francisco surpreendeu desta vez a vítima de um estupro na Argentina. A mulher de 44 anos, que havia denunciado um policial por abuso sexual, se surpreendeu ao receber a ligação no último domingo. O Santo Padre soube do seu drama graças a uma carta enviada por ela ao Vaticano.

"O telefone toca e uma voz me pergunta se eu sou Alejandra Pereyra. Quando eu digo que sim, ele me diz que é o papa Francisco. Eu fiquei de queixo caído", disse a mulher.

Alejandra afirmou que a chamada lhe devolveu a fé e a esperança e que vai continuar a lutar para que a justiça seja feita.

"Eu estou muito feliz! É como se eu tivesse sido tocada pela mão de Deus", disse Alejandra ao Canal 10, da província argentina de Córdoba.

Ela conta que escreveu ao papa pedindo ajuda porque a justiça está acobertando o policial acusado de abuso sexual contra ela. Durante a conversa, o papa "me disse que eu não estou sozinha. E que ele recebe milhares de cartas, mas a minha o tinha comovido particularmente".

Alejandra disse que gostaria de viajar para visitar o papa, e Francisco respondeu que gostaria de saudá-la pessoalmente.


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Jovens, "nadem contra a corrente", "sejam corajosos", "façam barulho"! 
Na audiência de hoje, no Vaticano, com 500 peregrinos de Piacenza, em Roma para o Ano da Fé, o Papa Francisco exortou os jovens a "construir um futuro de beleza, bondade e verdade"

Por Salvatore Cernuzio


ROMA, 28 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Para o Papa Francisco a audiência desta tarde na Basílica Vaticana com 500 jovens da diocese de Piacenza-Bobbio, em uma peregrinação a Roma para o Ano da Fé, não foi um só um compromisso a mais na sua agenda papal. Pelo contrário, foi um momento de diversão e alegria, porque ele disse claramente: "Eu gosto de estar com os jovens".

Ele gosta - explicou - porque os jovens têm em seus corações "uma promessa de esperança" são "artífices do futuro", "buscadores da beleza" e "profetas de bondade" e é bom estar com quem tem nas mãos a capacidade de construir um mundo melhor.

A reunião foi "organizada" pelo bispo de Piacenza, Mons. Gianni Ambrosio, que, acompanhando os jovens a Roma nos lugares da fé, pediu ao Santo Padre para concluir esta bela experiência com uma audiência privada com os peregrinos. E o Papa, como sempre, não deu desculpas, pelo contrário, disse: "faço-o com prazer".

"Obrigado por esta visita – disse na abertura do seu discurso improvisado -. O bispo falou que fiz um grande gesto ao vir aqui, mas o fiz com 'egoísmo', sabem por quê? Porque gosto de estar com vocês".

E acrescentou: "Quando me dizem: mas, padre, que tempos ruins, estes... Olha, não é possível fazer nada! Como não é possível fazer nada? E explico que muita coisa pode ser feito!". Mas quando - continuou ele - "um jovem me diz: Que maus tempos, estes, padre, não podemos fazer nada!, eu o mando falar com um psiquiatra, hein?", porque "não dá para entender um jovem, um rapaz, uma moça, que não queiram fazer algo grande, apostar em grandes ideais para o futuro, não? Depois, farão o que puderem, mas a aposta é por coisas grandes e bonitas".

No coração de cada jovem há "três desejos", disse o Papa Bergoglio. A vontade da beleza: "Vocês gostam da beleza, são buscadores de beleza". A vontade da bondade: "vocês são profetas da bondade. Vocês gostam de ser bons e esta bondade é contagiosa, ajuda todos os outros...". Finalmente, a vontade, mais ainda, a "sede" de verdade. Estão enganados aqueles que acreditam ter a verdade, advertiu o Papa, "porque não se tem a verdade, não a trazemos", mas "se encontra", é "um encontro com a verdade que é Deus, mas é preciso buscá-la".

Papa Francisco, portanto, incentivou os jovens a levar adiante esses três desejos, a fim de construir um "futuro com a beleza, com a bondade e com a Verdade". Para o Bispo de Roma este é um verdadeiro e real "desafio", por isso as novas gerações devem ser sempre ativas e positivas, porque "se um jovem é preguiçoso ou é triste então aquela beleza não será beleza, aquela bondade não será bondade e aquela verdade não será tal".

"Apostar em um grande ideal, e o ideal de fazer um mundo de bondade, beleza e verdade - é a exortação do Papa - isso, vocês tem o poder de fazê-lo". Então dirigiu aos presentes o mesmo incentivo dado aos jovens argentinos participantes na JMJ: "Coragem. Vão em frente. Façam barulho, hein? Onde há jovens deve haver ruído. Depois, as coisas se ajeitam, mas o entusiasmo de um jovem deve fazer barulho sempre".

"Vão em frente - insistiu o Papa - e acima de tudo sempre na vida existirão pessoas que vos farão propostas para freiar, para bloquear seu caminho. Por favor, nadem contra corrente. Sejam corajosos, corajosos. Dizem para vocês: Mas, toma um pouco de álcool, toma um pouco de droga... Não! Vocês devem ir na contramão dessa civilização que nos está fazendo tanto mal".

"Entenderam isso? - concluiu Bergoglio - ir contra a corrente e isso significa fazer barulho. Ir em frente, mas com os valores da beleza, da bondade e da verdade".

Em conclusão, o Papa desejou aos jovens peregrinos "todo o bem, um bom trabalho, alegria no coração"; depois rezou junto com eles à Nossa Senhora que "é a Mãe da beleza, a Mãe da bondade e a Mãe da Verdade", para que "nos dê a graça da coragem para seguir em frente e ir contra a corrente".

Depois da Ave Maria, finalmente, o pedido de sempre:. "Orem por mim, porque este trabalho é duro". Entre os aplausos e em um clima de grande entusiasmo, Francisco cumprimentou todos os meninos e meninas presentes. Saindo, se deu conta de que faltavam outras pessoas para cumprimentar e voltou atrás para não deixar ninguém ir para casa sem o abraço do sucessor de Pedro.

Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira


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A encíclica Lumen Fidei se torna bestseller em apenas um mês 
Esperadas agora a nova encíclica Bem-aventurados os pobres e a exortação pós-sinodal sobre a nova evangelização

Por Redacao


ROMA, 28 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - A encíclica Lumen Fidei (A luz da fé), a primeira do papa Francisco, escrita em conjunto com Bento XVI e publicada em 5 de julho, vem se revelando um verdadeiro bestseller. A Rádio Vaticano informa que, no primeiro mês de divulgação, foram vendidos só na Itália 200.000 exemplares da edição da Livraria Editora Vaticana (LEV). 

Os números são particularmente impactantes porque o texto foi publicado em pleno início do período de verão europeu. Outras editoras estão publicando a encíclica com autorização da LEV.

A emissora vaticana recorda ainda que outros textos do papa Francisco são esperados para dentro de algumas semanas: a exortação apostólica pós-sinodal sobre a nova evangelização, cuja publicação deveria coincidir com o encerramento do Ano da Fé (24 de novembro próximo) e o projeto de uma nova encíclica sobre a pobreza, cujo título seria Beati pauperes (Bem-aventurados os pobres).


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Papa Francisco reza pela Igreja na Coreia 
Mensagem do Santo Padre por ocasião do mês dos mártires na arquidiocese de Seul

Por Redacao


ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - A arquidiocese de Seul, na Coreia do Sul, proclamou para setembro o "Mês dos Mártires", a fim de celebrar aqueles que testemunharam a fé em tempos de perseguição.

Através do secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, o papa Francisco enviou uma mensagem ao arcebispo da capital coreana, dom Andrew Yeom Soo Jung, dizendo que a iniciativa o deixa feliz e confiante em que "todos os participantes nas peregrinações do próximo mês, ajudado pelas orações e pelo exemplo dos mártires, poderão aprofundar a sua comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo, que nos deu a vida".

O papa reza para que "este evento seja para os peregrinos uma oportunidade de reacender a fé no seu coração e de se envolver mais plenamente no objetivo urgente da evangelização".

A mensagem termina com a benção apostólica e o pedido de intercessão da Virgem Maria e das orações dos mártires coreanos pelos peregrinos.


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Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado 
Palavras do Papa Francisco antes da oração do Angelus neste domingo


ROMA, 01 de Setembro de 2013 (Zenit.org) - Às 12hs de hoje, o Papa Francisco apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para receitar o Angelus com os inúmeros fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Estas foram as palavras do Papa antes da oração mariana:

***

[Antes do Angelus:]

Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).

Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!

[Depois Angelus:]

Caros irmãos e irmãs, 

ontem em Bucareste foi proclamado beato Vladimir Ghika, sacerdote diocesano, nascido em Estambul e morto mártir em Bucareste em 1954. Amanhã, pelo contrário, em Messina, se terá a beatificação de Antonio Franco, Prelado Ordinário de Santa Lucia del Mela, vivido entre os séculos XVI e XVII. Agradeçamos a Deus por estas exemplares testemunhas do Evangelho!

Hoje, na Itália, se comemora a Jornada pela custódia do Criado, promovida pela Conferência Episcopal. É muito bonito o tema deste ano: "A família educa à custódia do criado".

Que por meio de Maria, o Senhor nos faça sentir a sua ternura! Nos unimos hoje a todos os fieis de Siracusa pelo 60° aniversário das lágrimas de Nossa Senhora.

Saúdo com afeto todos os romanos e peregrinos presentes, especialmente os jovens de tantos Países do mundo: comprometei-vos, comprometei-vos a conhecer-vos, a confrontar-vos, a fazer projetos juntos! Isso constrói um futuro de paz!

Saúdo as famílias da Ação Católica de Mellaredo e Rivale; as Irmãs de São José da Aparição; a "Pia Sociedade São Caetano" de Thiene.

Saúdo os fieis da Valle de Scalve, de Reschigliano, Albano S'Alessandro, Caerano de San Marco, Pádua e Marradi; o gurpo ACLI de Tolmezzo; a Associação Nacional dos Carabinieres de Pontedera; o coro de Taviano, os jovens de Zelarino, Zevio, Gandino e Matera.

E hoje saímos daqui com este desejo de rezar pela paz. Espero vocês no próximo sábado às 19h!

Desejo a todos um bom domingo e um bom almoço. Até logo!

(Tradução Canção Nova/ZENIT)


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" Pai da Igreja , pai para a sua diocese , pai para várias pessoas": Papa Francisco recordou o cardeal Martini 
Um ano depois da morte do cardeal, foi apresentado hoje ao Papa a " Fondazione Carlo Maria Martini", uma iniciativa da Companhia de Jesus , em colaboração com a Arquidiocese de Milão

Por Salvatore Cernuzio


ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - "Homem de discernimento e de paz", " profeta" e "pai da Igreja". Não podia escolher palavras mais belas o Papa Francisco para lembrar o cardeal Carlo Maria Martini, um ano após sua morte. O cardeal falecia no dia 31 de agosto do ano passado, na casa dos jesuítas em Gallarate, na província de Varese, aos 85 anos de idade. A sua vida na Igreja tinha começado aos 17 anos, quando entrou na Companhia de Jesus. Ocupou o cargo de reitor do Pontifício Instituto Bíblico e, mais tarde, da Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi arcebispo de Milão por mais de vinte anos, a partir de 1979 - ano em que foi nomeado pelo Papa João Paulo II - até 2002.

Por ocasião do primeiro aniversário da morte do cardeal, esta manhã, foi apresentado ao Papa Francisco a "Fundação Carlo Maria Martini", uma iniciativa da Província italiana da Companhia de Jesus, em colaboração com a Arquidiocese de Milão. O projeto foi exibido na Casa Santa Marta, pelo padre Carlo Casalone provincial dos jesuítas da Itália, juntamente com os líderes e membros da Fundação.

Papa Francisco disse a todos: "Comemorar o cardeal Martini é um ato de justiça", expressando todo o seu apreço pela iniciativa. Entre as finalidades da Fundação - diz o site oficial – está o fato de recordar o cardeal Martini, "promovendo o conhecimento e o estudo da sua vida e das suas obras", mantendo vivo "o espírito que animou o seu compromisso" e "favorecendo a experiência da Palavra de Deus no contexto da cultura contemporânea".

Além do mais – diz o portal - será dada especial atenção ao "diálogo ecumênico, inter-religioso, com a sociedade civil e com os não crentes, juntamente com o aprofundamento da relação indissolúvel entre fé, justiça e cultura", características que sempre animaram o Ministério do Arcebispo de Milão . Entre os objetivos da Fundação está, portanto, a promoção do "estudo da Sagrada Escritura, com um corte que coloque em jogo também outras disciplinas, incluindo a espiritualidade e as ciências sociais", a colaboração " nos projetos formativos e pastorais – dirigidos especialmente aos jovens – que valorizem a pedagogia inaciana", e finalmente "o aprofundamento do significado e a difusão da prática dos Exercícios Espirituais".

Em Santa Marta, nesta manhã, também estava presente o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, que - em uma entrevista à Rádio Vaticano - descreveu a reunião de hoje com o Papa. Um encontro "breve, informal mas significativo" – disse – porque "era necessário que o Papa fosse a primeira pessoa informada diretamente sobre o nascimento desta Fundação e sobre as suas finalidades".

O provincial padre Casalon – continuou padre Lombardi – "dirigiu umas belíssimas palavras explicando a natureza e a finalidade da Fundação e o Papa respondeu, como de costume, de modo muito espontâneo e direto, com algumas lembranças que tinha do cardeal Martini". Em particular, disse o porta-voz do Vaticano, Bergoglio recordou o papel fundamental do cardeal Martini na 32ª Congregação Geral dos Jesuítas em 1974, durante a qual , com "sábio discernimento", o cardeal "discutiu de modo muito comprometido e tenso a questão da relação entre a fé e a justiça".

Papa Francisco , disse Lombardi, "lembrou esta grande contribuição de Martini, seja como serviço à Companhia de Jesus e à sua unidade no aprofundar uma tema fundamental, seja também pelo bom relacionamento e a compreensão entre a Companhia de Jesus e a Santa Sé". Naquele tempo, no Trono de Pedro estava Paulo VI, "que com os seus colaboradores acompanhava com muita atenção e participação a vida da Companhia de Jesus e os seus problemas". O trabalho então realizado por Martini foi "decisivo" .

O Santo Padre - disse o diretor da Sala de Imprensa - " incentivou o trabalho da Fundação, lembrando o dever dos filhos de recordar os pais". Porque, de acordo com o Papa Francisco, Carlo Maria Martini pode ser considerado como " um pai na Igreja , pai para a sua diocese, pai para várias pessoas". "Nós também - acrescentou o Papa - no fim do mundo, recebemos dele uma grande contribuição para o conhecimento bíblico, mas também por causa da espiritualidade e da vida de fé, alimentada pela Palavra de Deus".

As primeiras iniciativas da Fundação dedicada ao histórico Arcebispo de Milão receberam, portanto, "a bênção e o incentivo do Papa Francisco". E isso – destacou o padre Federico Lombardi - "para nós foi muito importante", porque na Fundação "com a presença do jesuítas italianos que são custódios (a mando do mesmo Martini) do seu arquivo pessoal e dos seus escritos", enquanto que os livros da sua biblioteca foram para a diocese de Milão. Os jesuítas italianos , como "representantes da família e representantes da Arquidiocese de Milão", devem administrar e valorizar "esse legado tão importante". Portanto, concluiu o Pe. Lombardi, a iniciativa traz consigo "a responsabilidade dos componentes de Martini" e não poderia ter começado a sua obra sem o consentimento do Sucessor de Pedro.

Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira


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Santa Sé
Consequências do motu proprio do papa Francisco sobre o combate à lavagem de dinheiro 
Vaticano adota as normas para as organizações sem fins lucrativos

Por Carmine Tabarro


ROMA, 26 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O motu proprio do papa Francisco vem cooperando em grande medida com a estabilização do combate à lavagem de dinheiro, mas também amplia a abrangência desse combate.

Foi resolvido também o velho problema do intercâmbio de dados com a Itália, mediante um histórico memorando de entendimento entre a AIF (Autoridade de Informação Financeira) e a UIF (Unidade de Informação Financeira).

No motu proprio de 8 de agosto de 2013, o papa Francisco quis reiterar, cerca de dois anos após a medida anterior de Bento XVI, que a luta contra a lavagem de dinheiro é uma prioridade não só para o Estado do Vaticano, através da reorganização das instituições financeiras da Santa Sé, mas, por conseguinte, para todas as instituições da Igreja Católica.

Com o último motu proprio, a vigilância se estende a todas as pessoas jurídicas da Santa Sé e a supervisão prudencial se torna sistemática para todas as entidades do Vaticano que realizam atividades financeiras.

A legislação vaticana contra o branqueamento de capitais nasceu com a lei 127 de 2010, que introduziu o delito de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo. Os pilares da norma se alinharam com a lei italiana e com os requisitos gerais do GAFI (1).

A legislação previa a limitação de quantidades de dinheiro (embora para valores iguais ou superiores a 15.000 euros), a verificação adequada, o registro de operações e a comunicação de operações suspeitas. A lei se caracterizou pela inovação do artigo 3º do crime de auto-lavagem, que, na Itália, ainda está em debate.

Além disso, criou a AIF, a autoridade de informação financeira que deve controlar as obrigações anti-lavagem de dinheiro das entidades vaticanas (das instituições ligadas à Cúria Romana até as instituições e organismos dependentes da Santa Sé). Infelizmente, dados os eventos conhecidos do público, a AIF nunca se mostrou totalmente operacional.

Isto foi observado pela Moneyval (2), que, em julho de 2012, emitiu um relatório de inspeção que, entre outras coisas, destacou a falta de clareza sobre o papel, os poderes e a independência da AIF. A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) do Vaticano deveria enriquecer os seus sistemas com ferramentas e instruções sobre os procedimentos de verificação e, em geral, evitar o risco de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo.

Os primeiros passos foram dados entre o final de 2012 e o início de 2013, como evidenciado pelo primeiro Relatório Anual da Autoridade, divulgado em 22 de maio.

Em todo caso, a assembleia geral da Moneyval aprovou o pedido da entrada do Vaticano apresentado em 24 de fevereiro de 2011, concordando em submeter-se de maneira oficial e constante às avaliações internacionais.

Continuava escassa, porém, a troca de informações com as autoridades homólogas estrangeiras, inclusive com a italiana. Este problema foi resolvido em 26 de julho, com a assinatura do memorando de entendimento entre a AIF ​​e a UIF.

Considerando-se os precedentes (especialmente o suposto envolvimento das finanças do Vaticano em operações investigadas pelo Ministério Público de Roma) e o bloqueio de todos os caixas eletrônicos da Cidade do Vaticano em janeiro de 2013 por parte do Banco da Itália, o acordo tem um significado histórico: permite a troca de informações entre as duas unidades sobre as suspeitas de branqueamento ou de financiamento do terrorismo.

O motu proprio do papa Francisco atribui à AIF, além da prevenção da lavagem de dinheiro, também a função de supervisão prudencial das entidades que realizam atividades financeiras. Em outras palavras, dá a ela os mesmos poderes atribuídos ao Banco da Itália: controlar a estabilidade e as demonstrações financeiras dessas entidades. O artigo 3º do documento papal submete à jurisdição sobre a lavagem de dinheiro também os dicastérios e os outros organismos ou entidades dependentes da Santa Sé, bem como as organizações sem fins lucrativos com personalidade jurídica canônica e sede no Estado do Vaticano.

O artigo 3º, mais que os outros artigos, sugere a magnitude da alteração na legislação em vigor no Vaticano, alinhando-se com as disposições precisas do GAFI sobre as organizações sem fins lucrativos.

Outra mudança da lei anterior é constituída pela instituição do Comitê de Segurança Financeira, a exemplo do já existente na Itália, que assume o valor político de coordenação de todas as estratégias e procedimentos para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro.

*

NOTAS

(1) GAFI (FATF): Formado em 1989, durante encontro do G7 em Paris, o Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) ou Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF) é um organismo intergovernamental que tem por finalidade o desenvolvimento de estratégias para combater a lavagem de dinheiro de origem ilícita e, desde 2001, prevenir também o financiamento do terrorismo. Em 2008, a função do GAFI foi estendida ao combate do financiamento da proliferação de armas de destruição em massa.

O GAFI desenvolve normas reconhecidas em âmbito internacional para combater as atividades financeiras ilícitas, analisar a evolução desses fenômenos e avaliar e monitorar os sistemas nacionais. Identifica os países com problemas estratégicos em seus sistemas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, e fornece ao setor financeiro informações úteis para a sua análise de risco.

Fazem parte do grupo 35 membros que representam os estados e as organizações regionais, correspondendo aos principais centros financeiros internacionais, e também, como observadores, as mais relevantes instituições financeiras internacionais e do setor (como o FMI, o Banco Mundial, as Nações Unidas, a Europol, Egmont, etc.).

(2) A Moneyval é o corpo de combate à lavagem de dinheiro do Conselho Europeu, que pede aos governos europeus a implementação de medidas para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo através da adoção de novas normas jurídicas, financeiras e de direito.


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O rei Abdullah II da Jordânia será recebido pelo Papa 
O encontro com o Santo Padre terá lugar quinta-feira, 29 de agosto, no Vaticano


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Embora a situação no Oriente Médio esteja cada dia mais crítica e uma intervenção militar estrangeira na Síria pareça cada vez mais inevitável, Papa Francisco receberá em audiência o rei da Jordânia, Abdullah II. A reunião está agendada para quinta-feira, 29 de agosto, às 11 horas, no Vaticano.

Este é o primeiro encontro entre o Papa argentino e o monarca, sobre o trono do Reino Hachemita desde fevereiro de 1999.

Em maio de 2009, Abdullah II já havia se encontrado com o Papa Bento XVI em Amã, na ocasião de sua viagem apostólica à Terra Santa.


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Papa Francisco nomeia novo secretário-geral do Governatorato do Estado-Cidade do Vaticano 
Pe. Fernando Vergez Álzaga (LC) que já era diretor de Telecomunicações

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O Santo Padre Francisco nomeou na manhã desta sexta-feira, o novo secretário-geral do Governatorato da Cidade do Vaticano. Trata-se do sacerdote Fernando Vergez Álzaga, LC, já diretor de Telecomunicações do Estado da Cidade do Vaticano.

O Estado da Cidade do Vaticano, cujo soberano máximo é o Sumo Pontífice, conta - para o seu governo - com uma Pontifícia Comissão composta por 7 cardeais e presidida pelo cardeal Giuseppe Bertello.

São duas realidades diferentes que convivem juntas, onde uma está em função da outra: Santa Sé e Estado-Cidade do Vaticano. Esta última nasceu no Tratado de Latrão, assinado no dia 11 de fevereiro de 1929, onde adquiriu a personalidade de ente soberano de direito público internacional, constituído para assegurar à Santa Sé, na sua qualidade de suprema instituição da Igreja Católica, "a absoluta e visível independência e garantir-lhe assim uma soberania indiscutível também no campo internacional", como aparece no preâmbulo do Tratado.

O novo secretário-geral, padre Fernando Vergez Álzaga, L.C, que mantém o antigo cargo de diretor das telecomunicações do Governatorato, nasceu em Salamanca (Espanha), em 1 de março de 1945. Em 25 de dezembro de 1965, ele fez sua profissão perpétua na Congregação dos Legionários de Cristo e foi ordenado sacerdote em 26 de novembro de 1969.

Obteve seu mestrado em Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana e o diploma da escola de arquivista no Arquivo Secreto Vaticano.

Em 1º de Agosto de 1972, começou o serviço na Santa Sé, na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; em abril de 1984 foi transferido para o Pontifício Conselho para os Leigos; em junho de 2004 foi nomeado Chefe de Gabinete do Departamento de Internet da Santa Sé; finalmente, no dia 10 de janeiro de 2008, foi nomeado Director da Direção de Telecomunicações do Estado da Cidade do Vaticano.

Também hoje o santo padre nomeou consultor da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé o Dr. Paolo Ceruzzi.

Depois foi a vez da Venezuela: Dom José Luis Ayala, até agora bispo de El Vigía – São Carlos de Zulia, fica no lugar de Mons. Ramón Linares Sandoval, que pediu a renúncia de acordo com o Cânon 401 do código de direito canônico por motivos de idade.


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Igreja e Religião
Diretório de Comunicação da CNBB deverá ser aprovado em março de 2014 
Reunião do Conselho Permanente em outubro definirá últimos retoques

Por Redacao


BRASíLIA, 26 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Do 23 ao 25 de Agosto, em Brasília, aconteceu o 1º Encontro dos bispos referenciais e coordenadores regionais de comunicação.

De acordo com a notícia publicada hoje no site da CNBB, Dom Dimas, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, disse que "Os participantes deste primeiro encontro de bispos e coordenadores regionais de comunicação deram uma importante contribuição para o nono capítulo do Diretório, que trata precisamente da Pastoral da Comunicação", avaliou dom Dimas.

Em outubro, como noticia a página oficial da Conferência episcopal, durante a reunião do Conselho Permanente, será o momento em que deverão estudar o Diretório e se dará os encaminhamentos finais para a aprovação. O Conselho Permanente da Cnbb é o órgão de orientação e acompanhamento da atuação da CNBB e dos organismos a ela vinculados, bem como órgão eletivo e deliberativo.

O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, depois da aprovação, será base para os projetos regionais, diocesanos e paroquiais da Pastoral da Comunicação.

A notícia da CNBB ressaltou ainda a importância da reunião tida em Brasília nesse fim de semana. "Foi um momento histórico. Se esse encontro não tivesse acontecido nós teríamos uma falha muito grande no Diretório de Comunicação. A contribuição que os bispos, padres, religiosas e leigos trouxeram a partir de suas experiências é indescritível", revela Ir. Élide, assessora da Comissão para a Comunicação da CNBB. 

(TS)


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Entrevista com o cardeal Simonis: Os movimentos são um dom de Deus 
Holanda: com o papa Francisco, diminuiu o número de fieis que abandonam a Igreja

Por Sergio Mora


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos terminou no sábado passado. Esteve presente o cardeal Adrianus Johannes Simonis, arcebispo emérito de Utrecht, na Holanda. É a 24ª vez que ele participa do encontro.

Simonis disse a ZENIT que considera os movimentos como uma graça de Deus para o nosso tempo e que o Meeting de Rímini oferece "nutrição cultural" aos milhares de jovens envolvidos. Lamentou a situação da fé na Holanda, mas observou que, com a chegada do papa Francisco, "estancou a hemorragia de pessoas que deixavam a Igreja católica".

O Meeting é realizado nos amplos pavilhões da feira da cidade italiana de Rímini, com stands, mostras, conferências, debates e atividades lúdicas e esportivas. É organizado pelo movimento Comunhão e Libertação e promove a cultura do encontro com diversas realidades da Igreja. Todo ano, mais de um milhão de pessoas passam pelo evento.

Eminência, qual é o seu balanço sobre o Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos?

Card. Simonis: Eu venho há 24 anos. Há bispos que não se identificam com os movimentos, mas estes são uma bênção para a Igreja e para cada país. Em particular a Comunhão e Libertação, porque eles têm como ponto central a encarnação de Deus em Cristo. Deus quer se encarnar também em nós, e também na vida pública, na vida política e na vida cultural.

E para os jovens?

Card. Simonis: Este Meeting tem muito da cultura italiana e tem nutrição para a cultura dos jovens. Você viu que são tantos e tantos os jovens que vêm. Eles são idealistas, nutridos por um verdadeiro idealismo, e isso é uma bênção.

O senhor falou dos movimentos. O último sínodo sobre a nova evangelização também os aborda.

Card. Simonis: Porque eles são uma graça de Deus para este tempo depois do concílio. Comunhão e Libertação, Focolares, Neocatecumenais, enfim, todos os outros.

Qual é a situação da fé na Holanda?

Eu vejo que o interesse das pessoas foi caindo. Agora a situação da fé na Holanda é muito triste, muitos abandonaram a fé. Dizem que há fé, mas eu não vejo muito. Espero e rezo pelo nosso país, para que ele refloresça. Eu vivo na comunidade dos Focolares, vejo que eles tentam buscar jovens e não conseguem. Eles estão muito ocupados com a escola, os clubes, a internet, e muitas vezes estão tão longe da Igreja e da fé que se perguntam "do que você está falando?". Indiferença, materialismo, hedonismo... É uma sociedade pagã, é muito triste.

O papa Francisco pode mudar a situação?

Card. Simonis: Eu espero que este papa consiga fazer muito pela credibilidade da fé e da Igreja. Por nós também ele está sendo recebido com alegria. Ouvi um pároco dizer que, desde que chegou o papa Francisco, estancou a hemorragia de gente que abandonava a Igreja.


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Papa celebrará missa de abertura do Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho 
Noventa frades de vários países estarão reunidos em Roma

Por Redacao


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Na quarta-feira, 28 agosto, Solenidade de Santo Agostinho, a Ordem Agostiniana comemora a abertura de seu 184º Capítulo Geral em Roma, com as Vésperas e a Missa na Basílica de Santo Agostinho celebrada pelo Bispo de Roma, o Papa Francisco, em Campo Marzio.

Noventa frades de vários países, que constituem os membros do Capítulo, se reunirão nos dias seguintes para discutir a situação da Ordem, discutir questões de especial importância, formuladas no programa para os próximos seis anos, e eleger um novo Prior Geral e os membros do seu Conselho.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o 96º Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, Pe. Robert Prevost, no cargo há 12 anos e que está para concluir o seu segundo mandatofalousobre aproximidade do Papa Francisco:"Recebemos vários sinais de sua proximidade para conosco. Semanas atrás recebemos da Secretaria de Estado, do Cardeal Bertone, uma mensagem em que se comunicava esse desejo do Papa de acompanhar-nos no Capítulo Geral, reconhecendo a importância do Capítulo para a vida da Ordem, dentro da Igreja. Um Capítulo, nesse sentido, é um evento eclesial não somente para a Ordem. E nós somos gratos, estamos contentes por saber que temos também esse acompanhamento, essa proximidade do Santo Padre para conosco."

Em nota publicada no site da Ordem de Santo Agostinho no Brasil o pedido:"Rezemos para que o Espírito Santo ilumine e conduza os trabalhos do Capítulo Geral e que o novo Prior Geral e seu Conselho possa seguir conduzindo o apostolado da Ordem para um serviço cada vez mais profícuo à Igreja e à sociedade". 


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A liberdade religiosa: uma graça que, quando falta, faz muita falta 
Entrevista com o diretor italiano de Ajuda à Igreja que Sofre

Por Luca Marcolivio


ROMA, 28 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos, realizado na Itália de 19 a 23 de outubro, terminou sob a luz da esperança na liberdade religiosa. ZENIT conversou com um dos palestrantes, Massimo Ilardo, diretor, na Itália, da associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Ele ilustrou o passado, o presente e o futuro da associação que tem 65 anos de atividade.

ZENIT: Qual foi a contribuição da Ajuda à Igreja que Sofre, neste Meeting?

Máximo Ilardo: Nós tivemos a possibilidade de participar na conferência sobre a Síria, ilustrando todas as problemáticas que os sírios enfrentam hoje e contando o que a AIS está fazendo para ajudar. No ano passado falamos do Irã, em particular das minorias cristãs e do seu sofrimento naquele país e do que a AIS fez e continua fazendo por eles. Em 1987, o nosso fundador veio ao Meeting e contou sobre a atividade da AIS. Sete mil pessoas estiveram na conferência. Quando ele chegou, todo o público ficou de pé. O setor italiano da AIS (Aiuto alla Chiesa che Sofre) está desenvolvendo um trabalho de divulgação, para continuar sendo, como tem sido há 65 anos, a voz que fala do tema religioso para prestar uma ajuda concreta, graças à colaboração dos benfeitores, que são todos privados.

ZENIT: Como a percepção da liberdade religiosa vem mudando? Que oportunidades este Meeting proporcionou de abordar o tema?

Máximo Ilardo: A liberdade religiosa, em comparação com 1998, quando publicamos o primeiro relatório sobre o tema, é cada vez mais entendida pelas pessoas, instituições, imprensa, e está chegando também ao entendimento da população em geral. No Meeting houve uma palestra extraordinária do cardeal Tauran, sobre o diálogo, que precisa de tempo: não há grandes novidades, mas o que se nota é a existência de um percurso que não pode ser interrompido. Há momentos críticos, como agora na Síria e no Egito, mas não podemos nos esquecer nunca de outros países em dificuldades, como a Nigéria.

ZENIT: A liberdade religiosa é um problema dos países asiáticos e africanos ou é um problema universal?

Máximo Ilardo: É um fato relacionado com a consciência. Este direito não tem que ser concedido pelos governos, é natural, como a vida. Começamos a ser mais conscientes deste direito quando ele começa a faltar. No tocante à liberdade religiosa, nós, cristãos que moram na Itália, não nos damos conta da graça que recebemos, porque viver a nossa fé significa não ter que "alterar" particularmente a nossa vida. Mas ser cristão num país como o Egito, o Paquistão, o Iraque ou a Nigéria significa mudar de estilo de vida. Num país como o Paquistão, a mulher não pode decidir a educação dos filhos, não pode dirigir, tem que caminhar um passo atrás do marido, não pode falar com o marido sem que seja de um determinado modo tradicional, etc. Faz dois anos, nós publicamos um texto intitulado "Por que me persegues?", e começamos a divulgar um resumo dele nas escolas, nos centros culturais, nas associações, nas paróquias. Divulgamos 4.500 cópias e estamos preparando uma nova edição para chegar a mais pessoas.

ZENIT: Há países, como a Rússia e outros da Europa ex-comunista, que reconquistaram a liberdade religiosa depois de décadas de perseguições. A AIS trabalhou nesses países?

Máximo Ilardo: Na Europa do Leste, o padre Werenfried, nosso fundador, trabalhou muito. Os resultados conseguidos na Rússia, e em outras nações que sofreram as mesmas opressões, começam a dar frutos no tocante às vocações. Acompanhamos sempre o que acontece nesses países, com uma atenção um pouco menor do que em outros lugares do mundo, mas estamos sempre atentos. Em particular na Bósnia e no resto da ex-Iugoslávia. São países em que dificilmente acontecem coisas espantosas hoje em dia, e, portanto, quase não se fala deles, mas há fiéis que fugiram daqueles lugares e que ainda têm que voltar. Também estamos trabalhando com eles. Existe um contínuo surgir de novas vocações, a Europa do Leste está dando grandes resultado. Além disso, nós temos uma seção dedicada à Igreja ortodoxa e isto é importante no diálogo ecumênico e inter-religioso. Uma Igreja irmã ajuda outra Igreja irmã, e eu acho que essa é uma das coisas mais bonitas. Foi uma das intuições do nosso fundador no início dos anos 1990.


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Signis Brasil e TVs Católicas avaliam projetos em comum 
Signis Brasil reuniu nesta quarta-feira, 28, os representantes das TVs Católicas, em São Paulo, para avaliação das transmissões da Jornada Mundial da Juventude, entre outros assuntos


SãO PAULO, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Animar, unir e congregar todos os meios de comunicação católicos e de inspiração cristã do país e a formação de comunicadores, para que vivenciem seu carisma em colaboração, em vista dos objetivos comuns, esta é a missão de Signis Brasil.

Na reunião há dois dias atrás, 28, o Pe. César Moreira, vice-presidente de Signis Brasil, acolheu e apresentou os representantes das TVs Católicas: Tv aparecida; Tv Canção Nova; Tv Horizonte; Tv Nazaré; Tv Século 21; Rede Vida; Tv Imaculada Conceição; também participaram da reunião o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa e assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a comunicação da CNBB, Ir. Élide Fogolari.

Para a presidente de Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, o objetivo deste momento com os representantes "é fortalecer a união das TVs Católicas em sua missão evangelizadora, cada uma com seus projetos. Mas as reuniões sempre tratam de projetos conjuntos realizados ou a realizar, onde, pelas TVs se fortalece a visibilidade da Igreja".

Na pauta da reunião de Signis Brasil com os representantes das TVs, avaliou-se o pool de transmissões de TVs na JMJRio2013. Para o diretor da Rede Vida, João Monteiro de Barros Neto, disse "é um momento de agradecer a todas as emissoras de TVs que participaram no pool de transmissões e cobertura da Jornada Mundial da Juventude. As emissoras católicas também fizeram um trabalho muito importante e somando esta união foi um trabalho muito maior do que de algumas emissoras que apenas atuam no mercado. Foi um momento forte da afirmação e do compromisso das TVs de inspiração católica com o Brasil. Foi uma demonstração de competência. Foi uma afirmação da importância destes veículos de comunicação na sociedade brasileira. Ela nos obriga a continuar com comportamento de parceria e de colaboração entre todos nós". 

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação e arcebispo de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, falou sobre o lançamento de um Projeto de Lei que pretende fazer a Democratização da Comunicação no Brasil. "Aconteceu a I Conferência Nacional de Comunicação e, como conseqüência desta conferência, nasceu o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação que congrega a uma serie de movimentos sociais e sindicatos. E este fórum discutiu longamente um projeto de lei de iniciativa popular, portanto que requer uma coleta de 1 milhão e 300 mil assinaturas, em que eles pretendem regulamentar uma serie de artigos da constituição no que diz respeito sobre tudo a radiodifusão".

Para o Pe. Josafá Moraes, diretor geral pela Tv Aparecida, esta reunião representa um sinal de unidade e de partilha, "neste encontro de Signis Brasil com as Tvs Católicas sinto que temos um trabalho muito maior, sente mais Igreja porque vê o movimentos dos outros que também trabalham pela mesma causa e nesta unidade saímos mais fortalecidos e mais animado da nossa missão na comunicação". 

Na pauta com as Tvs Católicas também conversou sobre a participação do O 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação que acontecerá em Natal, de 27 a 01 de novembro. É uma realização da CNBB, Arquidiocese de Natal, Signis Brasil, em parceria com as unidades acadêmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Superintendência de Comunicação (Comunica), Departamento de Comunicação (DECOM), Centro Acadêmico Berilo Wanderley (CABW) e Mestrado em Estudos da Mídia (PPGem). Durante a reunião também foi apresentado o cartaz, o spot publicitário para rádio e Tv, dos Prêmios de Comunicação da CNBB que será realizado em 2014.

Para a presidente de Signis Brasil, Ir. Helena Corazza, avalia a reunião como crescimento e afirmação, "crescemos muito no sentido do profissionalismo, da necessidade de colaboração. A experiência das transmissões da JMJRio2013, foi um momento de crescimento e de afirmação de todos. Também temos questões para estudar em relação a radiodifusão e os meios católicos, vejo que é um ponto de convergência. Olhando o horizonte os representantes das TVs Católicas já estão vislumbrando projetos conjuntos, de como trabalhar juntos em determinados produtos".

Fonte: Signis Brasil


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Mais do que nunca, nossos irmãos Sírios precisam da nossa oração AGORA! 
Ajuda a Igreja que sofre lança semana de oração pela paz na Síria

Por Redacao


ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - A Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que sofre (AIS) faz pública uma nota na qual dá início imediato à semana de oração pela paz na Síria - informou Rádio Vaticano - programada inicialmente para o mês de outubro, e antecipado para começar hoje em París, devido à urgência da situação na Síria. A semana irá durar até o dia 6 de Setembro.

"Não é tempo de Advento, nem do Santo Natal, nem a Semana Santa. Porém, é tempo de oração e jejum. Os nossos irmãos e irmãs sírios precisam mais do que nunca da nossa ajuda e das nossas orações", assim começa o comunicado.

A cada dia de oração a Fundação AIS acrescenta declarações enviadas diretamente da Síria trazendo informações e as palavras do povo sírio. "Por motivos de segurança, nem sempre poderemos citar a fonte", diz a nota.

O comunicado divulgou também a oração de intercessão pela paz na Síria:

Deus compassivo, escutai o grito do povo Sírio, 

Dai conforto àqueles que sofrem por causa da violência;

Consolo aos que choram pelos mortos;

Força aos países vizinhos para que possam acolher os refugiados,

Convertei o coração daqueles que utilizaram armas

E protegei quem está comprometido para proteger a paz

Deus de esperança, inspirai os governantes para que escolham a paz no lugar da violência

E que busquem a reconciliação com os inimigos

Inspirai compaixão na Igreja universal pelo povo sírio

E dai-nos a esperança de um futuro de paz, fundado na justiça para todos, 

Vos pedimos por Jesus Cristo, príncipe da paz de luz do mundo

(Tradução própria)

Primeiro dia: Escutai o grito do povo da síria

"O sofrimento já superou todos os limites. A Síria tornou-se um campo de batalha. Todo elemento de democracia – liberdade, direitos humanos, cidadania – foi perdido e ninguém parece se importar. A crise matou milhares de cidadãos, soldados, oposição, homens, mulheres, crianças, clérigos, muçulmamos e sacerdotes cristãos". (Gregorios III Laham, Patriarca de Antiochia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas)

Rezemos pela paz na Síria. Rezemos para que as armas sejam silenciadas. Rezemos para o fim de toda violência e conflito armado. Rezemos pelo Santo Padre, todos nós juntos: Maria, Rainha da paz, interceda pela Síria, roga por nós. 

A cada dia ao longo dessa semana publicaremos a oração própria promovida pela AIS


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Liturgia e Vida Cristã
Qual deve ser a duração da homilia? 
Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual

Por Pe. Edward McNamara, L.C.


ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - O pe. Edward McNamara responde nesta semana a uma questão enviada por um leitor dos EUA.

"Em várias ocasiões, assisti à missa dominical numa paróquia de outra diocese. Todas as vezes, o celebrante dava uma homilia-relâmpago de aproximadamente um minuto. Às vezes, os avisos paroquiais eram mais compridos do que a homilia. Existe alguma regra que indique quanto tempo deve durar a homilia?" - M.E., Rochester, Nova Iorque ( EUA ).

É bom saber que há paroquianos que se queixam de homilias muito curtas. Indica a existência de uma verdadeira fome de uma explicação substancial da Palavra de Deus.

Infelizmente, as normas oficiais dizem relativamente pouco sobre a duração das homilias. Isto é inevitável, porque as expectativas variam de uma cultura para outra e mesmo de um contexto social para outro. Se, por um lado, há culturas que preferem longos discursos durante a missa, também há outras em que seis minutos já despertam sinais de impaciência na assembleia.

Na Introdução ao Lecionário, o nº 24 diz:

Particularmente recomendada como parte da liturgia da Palavra, especialmente a partir da constituição litúrgica do concílio Vaticano II, e até expressamente obrigatória em alguns casos, a homilia expõe, no decorrer do ano litúrgico, de acordo com o texto sagrado, os mistérios da fé e as normas da vida cristã.

Via de regra feita pelo celebrante que preside a missa, a homilia se ​​destina a assegurar que a proclamação da Palavra de Deus se torne, juntamente com a liturgia eucarística, "uma proclamação das admiráveis obras de Deus na história da salvação, no mistério de Cristo". O mistério pascal de Cristo, que é proclamado nas leituras e na homilia, se atualiza por meio do sacrifício da missa. Cristo, portanto, está sempre presente e ativo na pregação da sua Igreja.

A homilia, seja explicando a palavra de Deus proclamada na Sagrada Escritura ou em outro texto litúrgico, deve guiar a comunidade dos fiéis a participar ativamente na Eucaristia, para que eles "expressem na vida o que receberam na fé". Com esta viva exposição, a proclamação da palavra de Deus e a celebração da Igreja podem alcançar uma eficácia maior, desde que a homilia seja realmente o resultado da meditação, bem preparada, nem muito longa nem muito curta, e que saiba se dirigir a todos os presentes, incluindo as crianças e as pessoas mais humildes".

Em sua exortação apostólica Verbum Domini, o papa Bento XVI dedicou uma passagem à importância da homilia:

59 . Várias tarefas e ofícios competem a cada um no tocante à Palavra de Deus: aos fiéis, cabe ouvi-la e meditá-la; expô-la, porém, cabe apenas àqueles que, em virtude da sagrada ordenação, têm a respectiva tarefa magisterial, ou àqueles a quem é confiado o exercício deste ministério: os bispos, sacerdotes e diáconos. Daqui a importância que o sínodo atribuiu à homilia. Já na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, eu salientei que, "em relação à importância da Palavra de Deus, há necessidade de melhorar a qualidade da homilia. Ela faz parte da ação litúrgica; destina-se a promover uma compreensão mais profunda da Palavra de Deus na vida dos fiéis. A homilia é uma atualização da mensagem bíblica, a fim de que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus na vida de hoje. Ela deve levar à compreensão do mistério que se celebra, convocar para a missão, dispondo a assembleia para a profissão de fé, para a oração universal e para a liturgia eucarística. Como resultado, quem por ministério específico deve pregar dedique-se de coração a essa tarefa. Devem-se evitar homilias genéricas e abstratas que ocultam a simplicidade da Palavra de Deus, bem como inúteis divagações que ameaçam chamar mais atenção para o pregador do que para o coração da mensagem evangélica. Deve ficar claro para os fiéis que o que está no coração do pregador é mostrar a Cristo, que deve ser o centro de cada homilia. Isto exige que os pregadores tenham confiança e constante contato com o texto sagrado e se preparem para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregar com paixão e convicção. A assembleia sinodal exortou a se fazerem as seguintes perguntas: o que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim, pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, levando em conta a sua situação específica? O pregador deve se deixar desafiar pela Palavra de Deus que proclama, porque, como diz Santo Agostinho, "é inútil pregar exteriormente a Palavra de Deus e não ouvi-la no próprio coração". Cuide-se com especial atenção da homilia dos domingos e das solenidades, mas não se negligenciem as das missas cum populo durante a semana: quando possível, ofereçam-se breves reflexões, apropriadas à situação, para ajudar os fiéis a receber e fazer frutificar a Palavra ouvida.

Se este é o desafio que a Igreja apresenta para a pregação de padres e diáconos, é pouco provável que ele possa ser vencido numa homilia de apenas um minuto.

A Igreja recomenda ser breve, principalmente porque a homilia deve ser proporcional a toda a celebração. Faz pouco sentido prolongar-se durante 20 minutos ou mais e dedicar pouco tempo à Oração Eucarística.

Novamente, devem-se levar em conta vários fatores culturais e é quase impossível dar regras precisas. Poderíamos dizer que seis minutos são o mínimo para a missa de domingo, mas é muito mais difícil determinar a duração máxima. Considero que o critério da proporcionalidade com o resto da celebração é um bom parâmetro, juntamente com as expectativas dos fiéis no contexto de uma situação pastoral concreta.

***

Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org . Pedimos mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir as iniciais do remetente, cidade, estado e país. O pe. McNamara só pode responder a uma pequena seleção das muitas perguntas que recebemos.


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Jornada Mundial da Juventude Rio 2013
Que o legado social da JMJ possa estender-se a todo o Brasil, disse Pe. Manuel Manangão 
Pe. Manuel de Oliveira Manangão, vigário episcopal para a caridade social da Arquidiocese do Rio de Janeiro e diretor do legado social em conversa com ZENIT

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


BRASíLIA, 26 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Hoje é dia 26 de agosto e justamente há dois meses atrás, 26 de Junho, ocasião em que a ONU celebrou o dia Internacional contra o abuso de drogas, e emitiu o Relatório Mundial sobre Drogas 2013, Ban Ki-Moon, secretário geral da instituição denunciava em sua mensagem: "Em todo o mundo, as drogas ameaçam a saúde e o bem-estar de jovens e crianças, famílias e comunidades, e os bilhões de dólares gerados pelo tráfico de drogas que alimentam a corrupção aumentam o poder das redes criminosas e geram medo e instabilidade". 

Quase um mês depois, 24 de Julho, um dia depois de ter visitado o Santuário de Aparecida, o Papa Francisco visitava o "Santuário do sofrimento humano", como ele mesmo denominou, o hospital São Francisco de Assis, na cidade do Rio de Janeiro, "lugar de luta contra a dependência química" e lugar que nos ensina que "precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidade".

Papa Francisco, em seu discurso alertou que "a chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem. Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química." 

A solução, fortemente apresentada pelo Papa, é a de "enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro."

Porém, ainda só "abraçar não é suficiente. Estendamos a mão a quem vive em dificuldade, a quem caiu na escuridão da dependência, talvez sem saber como, e digamos-lhe: Você pode se levantar, pode subir; é exigente, mas é possível se você o quiser.", afirmava o Papa.

"Esse estender a mão a quem vive em dificuldade" foi uma grande preocupação prática da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, e se concretizou nesse legado social que permaneceu na Cidade Maravilhosa.

No meio do corre-corre daqueles dias de Jornada, entre multidão, emoção, muita espiritualidade, praia e a presença do Papa Francisco, ZENIT bateu um papo com o Pe. Manuel de Oliveira Manangão, vigário episcopal para a caridade social da Arquidiocese do Rio de Janeiro e diretor do legado social.

O que é o Legado Social

"O legado social da Jornada Mundial da Juventude, na verdade é a construção de uma grande rede das entidades católicas que já lidam na área da recuperação da drogadição e que agora vão ter a possibilidade de potencializar os trabalhos que individualmente cada uma das entidades já fazia.", explicou Pe. Manuel de Oliveira Manangão.

Focos principais do Legado

O diretor do legado esclareceu os três focos principais do projeto: A prevenção, ou seja, "impedir com que a criança, o jovem cheguem ao estágio de envolvimento com a drogadição"; o tratamento, que "é uma internação livre porque as portas ficam abertas e a pessoa, não querendo ficar, não fica. Período que vai até ela ir adquirindo uma evolução nessa tomada de consciência de adquirir a liberdade de continuar vivendo. É um processo que pode chegar a um máximo de nove meses ou talvez um pouco mais"; e por último a continuidade, já que "quando a pessoa sai de uma dessas unidades ou diretamente do atendimento da rede hospitalar para a sociedade, se ela não tiver um grupo no qual se apoie, normalmente cairá novamente na drogadição", enfatizou o diretor do legado.

Ligação entre Legado Social e JMJ

Padre Manuel Manangão disse que "Chama-se legado da JMJ porque ele nasce a partir da JMJ. Agente queria que a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, para além daquilo que tradicionalmente a Jornada já deixa, que é todo um trabalho de ação pastoral, deixasse algo muito visível que pudesse servir de motivação para a sociedade trabalhar a realidade dos jovens".

Portanto, "Ao terminar a Jornada de Madrí, aqueles que já estavam envolvidos com a preparação da Jornada daqui do Rio de Janeiro tomaram consciência e perceberam a possibilidade de deixar alguma coisa mais palpável e aí foi criado esse legado social voltado para o mundo da drogadição".

Grande sonho: replicar o legado em todos os regionais

"O grande sonho – continuou o diretor do legado - é que isso pudesse se replicar em todo o Brasil a partir dos centros de pastoral de cada um dos regionais. Aqui no Rio de Janeiro acabou se realizando isso porque quando agente abriu para começar a conversar com as entidades religiosas, com as entidades terapêuticas, vieram pessoas dos mais variados lugares. Veio gente de Niterói, veio gente da baixada, veio gente de Petrópolis, de Teresópolis, de Friburgo... então, das dioceses vizinhas, acabou se tornando um legado em função do Regional Leste 1.", concluiu Pe. Manangão.


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Familia e Vida
A Pastoral da Criança, em seu novo site, apresenta semanalmente esclarecimentos sobre a vida da gestante 
Nesta semana, o tema em foco é o primeiro mês de vida de um bebê

Por Redacao


BRASíLIA, 26 de Agosto de 2013 (Cnbb.org) - A Pastoral da Criança, em seu novo site, apresenta semanalmente esclarecimentos sobre a vida da gestante, do bebê e da criança. Questões como vacinação, leite materno e a primeira dose de antibiótico são exemplos de assuntos disponibilizados no portal da Pastoral, por meio de sugestões, entrevistas feitas com a finalidade de orientar e garantir mais saúde e qualidade de vida para a mãe e a criança. Trata-se também de um espaço de interação e troca de experiências.

Nesta semana, o tema em foco é o primeiro mês de vida de um bebê. Sobre este assunto, a enfermeira da Pastoral da Criança, Regina Reinaldin, explica a respeito do desenvolvimento e dos cuidados que se deve ter nos primeiros dias de vida de uma criança, dá dicas de como deve ser a alimentação, higiene, vacinação, por exemplo. "Os cuidados com o bebê no primeiro mês de vida são muito importantes. Infelizmente, metade das mortes de bebês, que ocorre no primeiro ano de vida, acontece no primeiro mês. Por isso, garantir os cuidados com a saúde, a alimentação, a higiene e a prevenção de doenças, ao lado do conforto e do carinho, com certeza ajuda muito a evitar tantas perdas", afirma Regina.

Para ajudar nesta orientação, a Pastoral da Criança também produziu o programa Viva a Vida. Os áudios estão disponíveis no site para download. Informações: www.pastoraldacrianca.org.br

(Fonte: CNBB)


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Lei da Palmada: os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis 
Entrevista com Paulo Fernando, membro da comissão de bioética da arquidiocese de Brasília e assessor parlamentar na câmara dos deputados

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


BRASíLIA, 28 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Um assunto que toca diretamente os pais e mães do Brasil, e que, de certa forma invade sem pedir licença, todos os lares desse país é o projeto de lei batizado pela imprensa nacional como "Lei da Palmada", o PL 7672/2010 que visa "proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes".

"Obviamente, ninguém em sã consciência defende o espancamento de crianças e adolescentes", disse em entrevista a ZENIT o dr. Paulo Fernando, porém, mais uma vez um PL aparece com conceitos pouco claros, como "constrangimento e humilhação" que são "bem subjetivos", além do que "os maus tratos, lesão corporal, tortura já tem previsão no ordenamento jurídico brasileiro", explicou Paulo Fernando.

"Afora o fato de que o projeto diz respeito à disciplina do exercício do pátrio poder, indiscutivelmente inserto no âmbito da intimidade da vida privada da família", explicou o assessor parlamentar, afirmou também que isso mostra "um profundo caráter ideológico da intervenção do Estado nos assuntos privados e que só dizem respeito ao seio da família" e a instituição de uma "educação "sem rédeas ou freio", onde os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis."

Em conversa com ZENIT, Paulo Fernando de Melo, pai de 5 filhos, membro da comissão de bioética da arquidiocese de Brasília e assessor parlamentar na câmara dos deputados aborda esse tema na entrevista abaixo:.

***

ZENIT: Dr. Paulo Fernando, o senhor esteve ontem numa mesa redonda no programa Diário Brasil, da TV Genesis, discutindo o projeto de lei da Palmada. Que lei é essa? Qual é o histórico dessa proposição?

Paulo Fernando: A Lei da Palmada é o nome dado ao PL 7672/2010, de autoria do presidente Luís Inácio, que "altera a Lei n. 8.069, de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante".

A matéria já havia sido tratada em 2003, com o PL 2654/2003 da Deputada Maria do Rosário (PT/RS), atual Ministra dos Direitos Humanos e está aguardando a apreciação de 2 recursos contra o poder conclusivo em plenário desde 2006. 

O PL 7672/2010 visa proibir o uso de qualquer castigo físico ou ato considerado cruel, degradante ou humilhante na educação de crianças e adolescentes. 

O conceito de constrangimento e humilhação é bem subjetivo, além do que os maus tratos, lesão corporal, tortura já tem previsão no ordenamento jurídico brasileiro.

O PL 7672/2010 foi aprovado por uma Comissão Especial com a relatoria da Deputada Teresa Surita.Foram apresentados 6 recursos ao plenário contra o poder conclusivo das comissões.Estranhamente os deputados retiraram as suas assinaturas por uma forte pressão de uma famosa apresentadora de TV.

O deputado Marcos Rogério PDT/RO impetrou um mandado de segurança no STF com pedido de liminar asseverando que o despacho da Mesa da Câmara, determinando o poder conclusivo, contrariou os arts. 24, II, "e" do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e art. 68, §1º, II, Constituição Federal, pois dispõe sobre matéria que não é objeto de delegação legislativa.

A proposição, ao tratar em seu art. 17-A, do direito da criança de ser educada, cuidada, tratada ou vigiada sem uso de castigo corporal ou tratamento cruel ou degradante, discute matéria que se insere no âmbito normativo do inciso III, do art. 5º da Constituição Federal, rol inequívoco de direitos individuais. Afora o fato de que o projeto diz respeito à disciplina do exercício do pátrio poder, indiscutivelmente inserto no âmbito da intimidade da vida privada da família, também arrolada como direito individual no inciso X do mesmo dispositivo constitucional.

O relator da matéria no STF é o Ministro Luis Fux que pediu informações à Câmara dos Deputados e ao Procurador-Geral da República.

ZENIT: O povo brasileiro foi consultado sobre esse projeto? 

Paulo Fernando: Em enquete realizada pelo site da Câmara dos Deputados 94 % dos internautas manifestam-se contrários à proposição e a maioria dos parlamentares também são contra o projeto.

ZENIT: Na prática, os pais serão constrangidos em quais pontos?

Paulo Fernando: Cria-se uma central de denúncias contra os pais ,principalmente nas famílias com muitos filhos e atingirá também os educadores, pois se quebra o respeito ao poder familiar, a hierarquia e enfraquece a disciplina e a obediência. Obviamente, ninguém em sã consciência defende o espancamento de crianças e adolescentes, mas muitas vezes uma reprimenda leve e educativa pode ser utilizada como o último recurso, afinal uma palmadinha explicada não dói.

ZENIT: O que pode estar por detrás desse projeto de lei? 

Paulo Fernando: O PL é revestido de um profundo caráter ideológico da intervenção do Estado nos assuntos privados e que só dizem respeito ao seio da família. Uma das principais caraterísticas de um Estado autoritário socializante é intervir nos assuntos privados do cidadão de bem. Instituir uma educação "sem rédeas ou freio", onde os filhos poderão decidir sobre tudo, sem ingerência dos pais ou responsáveis.

ZENIT: Sobre a lei da Palmada, o que os eleitores podem fazer para barrar essa lei?

Paulo Fernando: Informar-se do texto e de suas consequências, cobrar dos deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados a não apreciação da matéria e, se por acaso for para o Senado Federal, rogar aos senhores senadores a rejeição na íntegra da proposição.

Para maiores informações: www.paulofernando.com.br ; providafamilia@hotmail.com


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Mundo
Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra 
Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, Dom Antoine Audo,em entrevista à Radio Vaticano


ROMA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - "Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria" - afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.

Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em conflito Dom Audo expressou que "foi realmente uma coisa muito pessoal, muito clara, muito direta... Com esse gesto o Papa transmite confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população".

A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que isso "poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra! Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra."

Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento! Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas em Aleppo fugiram para essa região."


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Patriarca do Iraque: "Intervenção militar dos EUA na Síria seria uma catástrofe" 
Dez anos depois da derrocada de Saddam, nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pela insegurança e pela crise


ROMA, 29 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos contra a Síria seria "uma catástrofe. Seria como explodir um vulcão, numa explosão destinada a arrasar o Iraque, o Líbano, a Palestina. E talvez alguém queira precisamente isto", declarou o patriarca da Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael I Sako, em conversa com a Agência Fides, sobre a possibilidade de um ataque exterior que já é dado como iminente contra o regime de Assad.

O líder da comunidade cristã mais importante no Iraque enxerga na intervenção ocidental na Síria a mesma experiência já sofrida pelo seu povo: "Dez anos depois da chamada 'coalizão dos voluntários', que derrocou Saddam, o nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pelos problemas de segurança, pela instabilidade da crise econômica".

Além disso, no caso sírio, o patriarca caldeu considera as coisas ainda mais complicadas pela dificuldade de se entender a dinâmica real da guerra civil, que dilacera aquela nação há anos: "A oposição a Assad está dividida, os diversos grupos lutam entre si, há uma proliferação de milícias jihadistas... O que vai acontecer com esse país depois?".

Para o patriarca, as fórmulas utilizadas pelos países ocidentais para justificar qualquer intervenção parecem instrumentalizadas e confusas: "Todos falam de democracia e liberdade, mas, para chegar a esses objetivos, é preciso passar por processos históricos. Não é possível pensar em impô-los de forma mecânica e muito menos pela força. A única via, na Síria, como em qualquer parte, é a busca de soluções políticas. Empurrar os combatentes a um pacto, imaginar um governo provisório que inclua tanto os do regime quanto as forças da oposição, escutar o que o povo sírio realmente quer, na sua maioria".

O patriarca caldeu mostra cautela também quanto à opção de justificar a intervenção como uma represália inevitável pelo uso de armas químicas por parte do exército de Assad: "Os ocidentais", diz Sako, "também justificaram a intervenção contra Saddam com a acusação de que o regime do Iraque tinha armas de destruição massiva. Mas essas armas não foram encontradas nunca".


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Egito: taxista decapitado por ter um crucifixo pendurado no espelho 
Um vídeo amador mostra o massacre do jovem Mina Rafaat Aziz, espancado por manifestantes islâmicos, degolado e abandonado na rua


ROMA, 29 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - No dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica de São João Batista,chegado Egito a notícia de um novo mártir decapitado por seu amor à fé cristã. É Mina Rafaat Aziz, motorista de táxi, nos seus vinte anos, de Alexandria, massacrado na rua, em 16 de agosto, por uma multidão de muçulmanos, porque tinha pendurado do espelho de seu táxi um crucifixo.

A triste notícia foi relatada por fontes locais à agência Asia News, que afirma: "As histórias contadas pelas vítimas dos ataques assustam e pesam os corações de toda a população egípcia". O assassinato do jovem ocorreu no contexto dosataques contra sit-in, no Cairo.

Em um vídeo amador filmado por um morador vê-se uma multidão bloqueando o carro para controlar os passageiros. Quando o táxide Azizfoi parado, um manifestante viu a cruz pendurada no espelho. As imagens mostram como, em um curto espaço de tempo, o menino foi arrastado para fora do carro a chutes, socos, espancado.Os golpes causaram a morte do jovem após alguns minutos. Os extremistas continuam a agredir o corpo sem vida com cuspes e pontapés,até completar a execução por decapitação do cadáver que foi abandonado na calçada.


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Síria: Adoração noturna permanente pela paz e pelo fim do terrorismo 
Arma poderosa da comunidade ecumênica do Mosteiro de São Tiago em Qarah


ROMA, 29 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Diante do perigo e do futuro incerto e contra o mal da guerra e do terrorismo, "armas poderosas são a oração e a adoração do Santíssimo Sacramento": no mosteiro de São Tiago em Qarah, cidade localizada entre Damasco e Homs, a comunidade ecumênica residente, que acolhe vinte pessoas entre homens e mulheres religiosos de oito nacionalidades e diversas denominações cristãs, dedica seus dias a rezar sem cessar.

O pe. Daniel Maes, católico belga e responsável pela comunidade, disse à agência Fides que hoje e nos próximos dias o grupo fará adoração eucarística noturna, consciente do poder da oração e da fé na Providência de Deus. A comunidade é atualmente formada também por algumas famílias muçulmanas, cerca de vinte pessoas que se refugiaram no convento por causa do conflito civil.

Todo o mosteiro, porém, está em perigo. "Até agora ficamos a salvo da guerra, porque ambas as forças, governo e grupos de oposição, de alguma forma nos protegiam, sabendo da nossa vida de oração e de hospitalidade. Mas hoje, os grupos terroristas e jihadistas são cada vez mais numerosos e poderosos, e, conforme nos avisaram, poderíamos ser alvo de um ataque direcionado a qualquer momento. Mas para onde nós podemos ir? Toda a comunidade decidiu ficar e rezar. Com confiança e esperança", declarou à Fides o pe. Maes, que vive no mosteiro junto com monges e monjas da Bélgica, da França, de Portugal, dos Estados Unidos, da Síria, do Líbano, do Chile e da Venezuela.

Com a iminência de um ataque militar pelas potências ocidentais, a comunidade ecumênica de Qarah apela pela paz, para que o "Ocidente encontre inteligência e responsabilidade e atue de acordo com a verdade", pede o pe. Maes. "Um ataque militar nunca é uma solução que gera a paz, mas apenas mais ódio. A Síria deve retornar aos valores que sempre viveu em séculos de história: a convivência e harmonia entre grupos étnicos e religiões, a bondade, a hospitalidade, a solidariedade que sempre caracterizaram a sociedade síria. O futuro só pode ser a unidade, que hoje imploramos a Deus".

(Agência Fides, 29/08/2013)


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Espiritualidade
"Os jovens de hoje não são tão superficiais como se diz deles", Papa Bento XVI no Youcat 
Apresentação do livro "Inquietações de uma alma", de Jerônimo Lauricio, grande pioneiro na divulgação do YOUCAT no Brasil

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


BRASíLIA, 27 de Agosto de 2013 (Zenit.org) - Corria a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. A alma inquieta por tudo o que Deus inspirava naqueles dias. Acompanhado de muitos peregrinos, paradoxalmente, era possível também experimentar o silêncio; silêncio, porém, diferente, preenchido por Cristo, pelas palavras do Papa, pelos testemunhos que se recebia a cada momento; tudo isso criava um ambiente muito propício para formular perguntas profundas no coração. O espírito sentia-se atraído às mais altas e puras montanhas da fé e cresciam com isso as "inquietações da alma".

Certo dia, a fome já se fazia sentir quando procurei tranquilizá-la em um restaurante ali mesmo na orla de Copacabana. Encontrei-o quase vazio - ilusão de poucos minutos, já que uma multidão de mais de três milhões de jovens começava a sentir o mesmo que eu.

Foi aí, nesse restaurante, que escutei um "bom dia", seguido do meu nome. Vinha de um rapaz educado, alegre, muito simpático, que irradiava uma fé límpida e profunda. E repetiu o meu nome, pois tinha me reconhecido pela foto do facebook. Vinha acompanhado de um jovem estrangeiro voluntário na JMJ. Sentamos na mesma mesa e começamos a conversar, enquanto esperávamos os nosso pedidos, que de fato, demorou...

Aquele era mais um dos tantos amigos que fazia na JMJ, pensei. Porém, ao final do almoço ganhei de presente um livro que iria registrar de modo especial aquele encontro. O nome do livro: "Inquietações de uma alma" e o autor, Jerônimo Laurício. Até dedicatória recebi.

Me surpreendi pelo título e que Jerônimo Laurício era esse jovem e simpático rapaz que tinha almoçado comigo, autor do livro e do presente que acabava de receber. Chamou-me a atenção tudo isso porque o título do livro era como uma resposta providencial de leitura para o que se vivia na JMJ: "Inquietações de uma alma".

Bernhard Meuser, jornalista alemão, conhecido escritor católico na área de Espiritualidade, coautor e editor chefe do YOUCAT escreveu o prefácio da obra. Bernhard agradece "de coração ao meu amigo Jerônimo pelo gigantesco trabalho pioneiro na divulgação do YOUCAT no Brasil", além de que "Seu próprio livro é o testemunho de uma grande alma e de uma mente afiada."

"Inquietações de uma alma, entre a sabedoria da pergunta e o silêncio inteligente", é mais do que um simples livro, porque pode se tornar um excelente exercício de reflexão pessoal, no silêncio, mas, não só no silêncio, em um "silêncio inteligente".

Trata-se de 22 cartas escritas para o leitor. De forma progressiva, cada capítulo termina com o exercício desse "silêncio inteligente", suscitando na alma questionamentos profundos e existenciais que convidam a ir à águas mais profundas, respeitando o tempo do espírito, quase de forma imperceptível.

"Diante de tantos recursos tão rápidos e eficientes neste universo da comunicação, corremos o risco de deixar nossa 'amiga cartinha' no porão das nossas relações", escreve Jerônimo na primeira carta intitulada "O homem como uma pergunta". Como dizia Platão: "Uma vida não questionada não merece ser vivida".

Cada uma dessas cartas traz uma marca do Papa emérito Bento XVI, por meio de um texto selecionado do pontífice, porque "para perguntas últimas só cabem respostas últimas" e como dizia o Papa Bento, e citado na obra de Jerônimo na primeira carta: "Não nos cansemos na busca da Verdade. Ao contrário, permaneçamos a caminho como os grandes que ao longo da história lutaram e procuraram, com as suas respostas e com suas inquietações pela Verdade. E eles compreenderam e nos ensinaram que ela está semper para além de cada resposta individual."

Fica aí uma sugestão para os nossos leitores, "Inquietações de uma alma", Jerônimo Lauricio, editora Palavra e Prece, pode ser adquirido pelo site: www.palavraeprece.com.br


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]