- HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
(174)-27º DOMINGO COMUM C
A FÉ E A CULTURA!...
"Depois de criar o homem, Deus disse-lhe : «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra».(Gn.1,28).
Implicitamente está incluído o poder do homem sobre todas as forças da natureza, que ele terá que descobrir e usar para a felicidade da humanidade.
Muitas vezes se faz a pergunta «se a fé e a cultura podem estar de acordo ou se uma coisa completa a outra».
Evidentemente, segundo a palavra do cardeal Paul Poupard, «a Fé é e será sempre vivida em diálogo com a cultura; e é neste contexto que se inscreve a Evangelização - a proposta da Boa-Nova de Jesus Cristo aos homens do nosso tempo».
A Evangelização opera-se necessariamente num contexto de encontro : com culturas e religiões e com os não-crentes.
Neste encontro, a missão da Igreja não se esgota no diálogo e no intercâmbio de palavras humanas.
Ela tem como objectivo o anúncio explícito da Palavra de Deus, o convite a crer em Cristo, Boa-Nova também para todas as culturas.
A Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II Gaudium et Spes, sobre a Igreja no Mundo Actual, ao tratar de Alguns Princípios para a Conveniente Promoção da Cultura, diz sobre a Fé e Cultura, o seguinte:
- «Os cristãos, peregrinos da cidade celestial devem buscar e saborear as coisas do alto(...) Quando o homem, usando as suas mãos ou recorrendo à técnica, trabalha a terra para que ela produza frutos e se torne habitação digna para toda a humanidade, ou quando participa conscientemente na vida social dos diversos grupos, está a dar realização à vontade que Deus manifestou no começo dos tempos, de que dominasse a terra e completasse a obra da criação, ao mesmo tempo que se vai aperfeiçoando a si mesmo; cumpre igualmente o mandamento de Cristo, de se consagrar ao serviço dos seus irmãos(...).
O progresso hodierno das ciências e das técnicas que, em virtude do seu próprio método, não penetram até às causas últimas das coisas, pode sem dúvida dar aso a certo fenomenismo e agnosticismo, sempre que o método de investigação de que usam estas disciplinas se arvora indevidamente em norma suprema de toda a investigação da verdade.
É mesmo de temer que o homem, fiando-se demasiadamente nas descobertas actuais, julgue que se basta a si mesmo e já não procure coisas mais altas.
Estas deploráveis manifestações não são, porém, consequências necessárias da cultura actual, nem nos devem fazer cair na tentação de desconhecer os seus valores positivos.
Tais são, entre outros :
- O gosto das ciências e a exacta objectividade nas investigações científicas.
- A necessidade de colaborar com os outros nas equipas técnicas.
- O sentido da solidariedade internacional.
- A consciência cada vez mais nítida da responsabilidade que os sábios têm de ajudar e até de proteger os homens.
- A vontade de tornar as condições de vida melhores para todos especialmente para aqueles que sofrem da privação de responsabilidade ou de pobreza cultural.
Tudo isto pode constituir uma certa preparação da recepção da mensagem evangélica, preparação que pode ser informada com a caridade divina por Aquele que veio para salvar o mundo».(GS 57).
.....................................
O que nós podemos observar, todavia, é que, quando os homens de ciência, não trilham um caminho de fé, os seus conhecimentos fazem-nos enveredar por conclusões erradas em que se admitem as maiores aberrações :
- São os casos do aborto conta a vida.
- São as uniões de homossexuais contra a estrutura da família como Deus a instituiu.
- São as técnicas da eutanásia e do suicídio assistido, em favor do sofrimento e contra o valor supremo da vida.
- São os sistemas da pena de morte com um crime para erradamente castigar outro.
- São os métodos do terrorismo abjecto como sistema vingativo para atingir fins nunca justificáveis.
- São as condenáveis faltas de disciplina onde ela é necessária, para supostamente se respeitar um errado direito de liberdade.
- São os relaxamentos da imoralidade sexual fora e dentro do Matrimónio com o errado pretexto de defender a saúde de certos contágios que se podem evitar mais seguramente com um comportamento moral aliado ao espírito de fé.
- São ainda os métodos errados de educação sexual indistinta nos estabelecimentos de ensino em substituição da educação que deveria ser dada aos pais para o dito efeito, etc....
Tudo isto faz reverter certos sectores da sociedade de hoje para caminhos em que, realmente se pretende equacionar a fé e a cultura em oposição mútua contra a qual se opõe o ensinamento da Igreja com base na mensagem de Cristo para a cultura humana.
Se a nossa fé não for ao menos como um grão de mostarda, depois de tudo isto, poderemos concluir com o Evangelho de hoje :
- "Somos servos inúteis...".
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]