- MULHER EDUCADORA DA PAZ
Neste Sábado como em tantos outros, celebramas na Liturgia da Palavra Nossa Senhora no Sábado.
Pois hoje e na continuação do pensamento de ontem nós podemos ler :
-"Felizes as entranhas que Te trouxeram e os seios que te amamentaram. Ele, porém, retorquiu : Diz antes : Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática".(Lc. 11,27-28).
Pois os louvores daquela mulher que levantou a sua voz para dirigir estes louvores, dirigia-se primariamente à Mãe de Jesus e, naturalmente, Jesus, traduziu aquela mensagem de uma outra mensagem para todas as mulheres, como uma mensagem de Educação para a paz.
Educar para a paz significa abrir as mentes e os corações ao acolhimento dos valores indicados pelo Papa João XXIII, na Encíclica Pacem in terris, como basilares para uma sociedade pacífica : a verdade, a justiça, o amor, a liberdade.
Trata-se de um projecto educativo que compromete a vida toda e prolonga-se por toda a vida.
Faz da pessoa um ser responsável por si próprio e pelos demais, capaz de promover, com coragem e inteligência o bem do homem todo e de todos os homens, como ressaltou também o Papa Paulo VI na Encíclica Populorum Progressio.
Esta formação para a paz, será tanto mais eficaz, quanto mais convergente for a acção dos que, por vários títulos, condividem responsabilidades educativas e sociais.
O tempo dedicado à educação é o melhor investido, porque decide o futuro da pessoa e, consequentemente, da família e da sociedade inteira.
Nesta perspectiva, desejo dirigir a minha Mensagem para esta jornada de paz sobretudo às mulheres, pedindo-lhes que se tornem educadoras de paz com todo o seu ser e todo o seu agir : sejam testemunhas, mensageiras, mestras de paz entre as pessoas e as gerações, na família, na vida cultural, social e política das nações, especialmente nas zonas de conflito e de guerra. Possam continuar o caminho para a paz, iniciado, já antes dela, por muitas mulheres corajosas e clarividentes, como a do Evangelho de hoje !
Este convite, dirigido particularmente à mulher para que se torne educadora de paz, assenta na consideração de que Deus lhe "confia de uma maneira especial o homem, o ser humano".
Entretanto, isto não deve ser entendido em sentido exclusivo, mas sim, conforme à lógica de funções complementares na vocação comum ao amor, que chama os homens e as mulheres a buscarem harmoniosamente a paz e a construí-la juntos.
De facto, desde as primeiras páginas da Bíblia aparece expresso de modo admirável o projecto de Deus : quis Ele que entre o homem e a mulher vigorasse uma relação de profunda comunhão, na perfeita reciprocidade de conhecimento e de dom.
Na mulher, o homem encontra uma interlocutora com quem dialogar num plano de total igualdade.
Esta aspiração, não satisfeita por nenhum outro ser vivo, explica o grito de admiração que sai espontaneamente da boca do homem, quando a mulher, segundo o sugestivo simbolismo bíblico, foi formada de uma sua costela :
-"Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne: (Gn.2/23).
É o primeiro grito de amor que ressoou sobre a terra !
Se o homem e a mulher estão feitos um para o outro, isso não significa que Deus os tenha criado incompletos.
Deus "criou-os para uma comunhão de pessoas, em que cada um pode ser "ajuda" para o outro, uma vez que são, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas ("osso dos meus ossos") e complementares enquanto masculino e feminino".
Reciprocidade e complementaridade são as duas características fundamentais do casal humano.
Infelizmente, nos tempos de hoje, os interesses de muitas mulheres, vão para outros campos de acção em que o dever e a missão de educar ficam absolutamente escondidos e esmagados, pelos lucros da fama, do dinheiro, da pornografia e toda a espécie de depravação e destruição da família, a que não faltam clientes nos respectivos e apaixonantes festivais, apesar da enorme crise económica de que nos queixamos.
Seria bom que a mulher cristã de hoje cultivasse e vivesse a sua maravilhosa missão e enorme responsabilidade de Educadora da Paz.
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]