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Fonte: Sul21
Com faixas nas janelas e cartazes espalhados pelos corredores, a Faculdade de Direito da UFRGS despertou na última quinta-feira (24) com o ruído da mobilização estudantil. Dentro do prédio, o grande número de alunos presentes fez com que a reunião do departamento de Direito Público e Filosofia do Direito fosse transferida da sala habitual para o salão nobre da faculdade. O posicionamento era claro: os estudantes protestavam contra a aprovação de um professor ao término do seu estágio probatório e denunciavam o que chamam de "pacto da mediocridade" no curso.
O descontentamento imediato era com o professor William Smith Kaku, aprovado no concurso da universidade em 2011. Mas o pano de fundo da reivindicação era mais amplo – para alguns estudantes, os professores que passam pelas bancas de admissão chegam com um mesmo perfil, que seria conservador em termos políticos, e com estratégica sintonia com os docentes mais antigos. Assim, o cotidiano acadêmico na Faculdade de Direito prosseguiria sem grandes modificações.
Na reunião do departamento, a aprovação do relatório que prevê a permanência de William Kaku foi garantida com o voto da maioria dos professores. Por outro lado, todos os representantes do movimento estudantil votaram de forma contrária. Ainda na quinta-feira, a decisão passou para o Conselho da Unidade (CONSUNI), esfera mais abrangente do que o departamento da faculdade. Outra vez, os alunos se fizeram presentes, mas o resultado, foi o mesmo.
A representação discente alega que William Kaku, além de não dominar o conteúdo das disciplinas que ministra, não realiza as atividades necessárias nos âmbitos de pesquisa e extensão. No curso de Relações Internacionais, com o qual também trabalhou, William foi acusado de manter uma turma presa em sala de aula – os alunos teriam se recusado a fazer uma prova em que o professor provocava os estudantes numa das questões. Um processo administrativo foi aberto sobre a situação, mas não avançou. Também circula pela UFRGS um abaixo assinado com centenas de assinaturas que pedem a reprovação do professor no estágio probatório.
Kaku, em sua defesa, disse que parte das situações já foi superada e que está disposto a mudar a sua postura em sala de aula. "É uma situação inédita para mim e também muito desgastante. Já passei por outras instituições e as coisas sempre foram resolvidas com tranquilidade. Aqui, não sei bem o que aconteceu", afirmou o professor ao Sul21. Ele reconhece que a sua atividade de pesquisa "foi mais ativa" no segundo ano em que lecionou na UFRGS, mas que a formalização de um grupo também depende da burocracia da universidade.
Luis Fernando Barzotto, professor da faculdade e chefe do departamento, disse que "todos os procedimentos foram seguidos e respeitados" no caso de William Kaku. Barzotto, que votou pela permanência de Kaku nos quadros da instituição, justificou que o docente foi avaliado por professores nos quais confia. "Esta mobilização foi inédita, mas eu considero positivo que os alunos se manifestem assim. Penso que aumenta a exigência do nosso trabalho", opinou.
Decisões internas da faculdade também são contestadas
Para Mariana Lenz, presidente do Centro Acadêmico André da Rocha (CAAR), apesar das altas avaliações nas pesquisas nacionais e da imponente sede na Avenida João Pessoa, o curso também apresenta problemas. "O que acontece é que a faculdade de direito da UFRGS já foi considerada a melhor do Brasil, mas grande parte dos alunos discorda disso. Há situações em que a excelência acadêmica fica de lado em detrimento de preocupações políticas dos professores. Por vezes as coisas são decididas de um modo autoritário em que a opinião dos estudantes não é levada em conta", conta.
No caso do estágio probatório de Kaku, a mobilização estudantil não bastou para alterar o andamento da questão. Apenas um professor votou com os alunos na reunião do departamento de Direito Público e Filosofia do Direito. Em outras situações, segundo Mariana Lenz, o desfecho também foi semelhante. "O principal é dar ao estudante não uma voz pró-forma, mas fazer com que ele influencie diretamente na decisão. É preciso que, no estágio probatório, a representação discente seja considerada, afinal é o estudante que vai estar com ele em sala de aula", opina a presidente do centro acadêmico.
Segundo uma estudante do oitavo semestre do curso, que prefere não se identificar, "é possível identificar certa orientação política e filosófica que se repete entre os professores que entram no curso". Mariana Lenz opina da mesma maneira: "por vezes falamos que a faculdade de Direito parece dividida em feudos". "Há professores que conseguem levar as questões internas a partir dos seus interesses pessoais. Até as votações passam por isso, pela tendência de não se incomodar com os colegas", afirma.
William Kaku, que deve mesmo permanecer na instituição, discorda que não haja democracia nas decisões da UFRGS: "os estudantes têm voz e representação, participam de todo o processo". Na esfera do departamento, o voto de alunos e professores tem o mesmo peso, mas os docentes são maioria entre os que podem participar.
MEUS COMENTÁRIOS
A mídia de esquerda diz que os jovens da esquerda querem mudar o mundo através da democracia. Entretanto, não há nada mais anti democrático do que a postura dos estudantes submetidos com sucesso à doutrinação de esquerda.
Isso ocorre por muitos fatores, dentre eles a extrema habilidade que eles possuem de fraudar o conceito de democracia. Um exemplo está na matéria acima, onde eles dizem que é preciso "existir democracia nas decisões da UFRGS", e depois traduzem essa "democracia" no direito dos estudantes doutrinados em marxismo barrarem a presença de um professor conservador.
Agora, uma pergunta: o que isso tem a ver com democracia? Simplesmente nada, pois uma pessoa normal sabe que democracia tem a ver com a participação dos cidadãos em geral nas decisões relacionadas ao estado. E fim. Acaba-se aí. Por isso, quando alunos pedem a cabeça de um professor não temos uma discussão democrática. No máximo seria uma discussão democrática se eles propusessem um plebiscito, com perguntas do tipo: "Em nossas faculdades públicas, somente professores de orientação marxista podem dar aula?" ou "Em nossas faculdades públicas, professores de orientação de direita não podem dar aula?". Aí, com a participação da população como um todo, teríamos uma decisão democrática. Mas quando estes alunos em específico "querem participar", excluindo do debate todo o restante da população (pois quem paga os impostos que financiam as universidades públicas é o povo brasileiro, e não apenas os alunos) estão financiando uma postura ditatorial, ao invés de uma posição democrática. Assim, não há uma nesga de democracia nesta atitude dos alunos marxistas da UFRGS.
Por outro lado, temos uma outra contradição gravíssima no comportamento deles, ao pedir a demissão de um professor por critérios unicamente ideológicos. A esquerda diz que "defende o proletário, o trabalhador". Eu sempre soube que isso era uma mentira, mas temos que, cientificamente, testar a hipótese.
Vejamos: segundo eu mostrei no post O desencontro entre a vontade do povo brasileiro e a estratégia política da direita brasileira, a maioria da população é de direita, uma larga parcela dos cidadãos brasileiros pertence ao espectro da direita. Sendo assim, "o povo" se constitui tanto de direitistas quanto de esquerdistas. Mas se a esquerda diz defender "o povo", como pode querer excluir do direito ao emprego cerca de 50% da população brasileira? Sim, pois eles estão negando o direito de emprego a um professor pelo fato dele ser de direita.
Cada vez mais podemos notar a vacuidade do discurso da esquerda, quando avaliamos a congruência entre discurso e comportamento oriundos deles.
lucianohenrique | 27 de outubro de 2013 às 3:49 am | Tags: comunismo, esquerdismo, estratégia gramsciana, extrema-esquerda, guerra de posição, marxismo, marxismo cultural, UFRGS, william kaku | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7m6
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]