- DESAFIADOS POR JESUS CRISTO...
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-«Tirai isto daqui; não façais da Casa de Meu Pai casa de comércio».
A Liturgia da Palavra de hoje - 8 de Novembro C, na Festa da Dedicação da Basílica de Latrão, apresenta-nos a cena conhecida como "OS VENDILHÕES DO TEMPLO".
Num mundo arrastado pela economia de mercado, a tentação é a de negociar o próprio Deus, o qual nos aponta um desafio.
É que Deus, com quem queremos estabelecer um negócio, não se deixa negociar mas aponta-nos caminhos de melhores rendimentos.
Embora não tentemos um negócio, porventura sem pudor, se tivermos a coragem de nos deixarmos julgar por Aquele que «nos conhece a todos», talvez tenhamos de concluir honestamente que, afinal, até pretendamos não só negociar com Deus, mas negociar o próprio Deus.
A cena evangélica da expulsão dos vendilhões do Templo, mais do que uma cena de violência, é uma cena de santa indignação.
Desse modo Jesus quer provocar uma reflexão que vai preparar o terreno para a conversão que Ele pretende anunciar e concretizar.
Doravante Deus não ficará confiado às casas ou templos que forem edificados em sua honra e para o seu culto.
Mais propriamente, doravante «onde dois ou três estiverem reunidos em seu nome, Ele aí estará», e esses serão o novo Templo de Deus que deverá constantemente ser purificado da tendência de entrar numa relação de contrato com Deus.
É pelo Espírito que deveremos ser purificados, porque somos desafiados a ser o novo Templo de Deus, junto de todos os homens.
Purificados de tudo aquilo que nos afasta de Deus e que rouba o sacrário do nosso coração deixando-o invadir pelos muitos ídolos da nossa civilização, temos um novo caminho a percorrer..
Não é só o dinheiro e o sexo, mas também a honra e o poder que nos levam a rivalizar os outros.
O desafio da Liturgia da Palavra de hoje é o de que visitemos esta morada interior, onde Deus espera um lugar, que tantas vezes lhe é negado, porque está ocupado com toda a espécie de ídolos e tabus a que nos apegámos.
Entre as muitas actividades que se instalaram dentro do nosso espírito, que desafiam as nossas preferências e nos deixam muitas vezes indecisos nas nossas resoluções, há que guardar um lugar digno para as coisas de Deus, que dizem respeito à nossa salvação, para que não haja necessidade de termos que pôr alguma coisa em leilão, para que Deus possa habitar dignamente dentro da nossa alma, e para que Deus se sinta confortável cada vez que o recebermos na comunhão sacramental.
Apesar de não sermos dignos da confiança que depositam em nós, Deus continua a desafiar-nos e a purificar todos aqueles que aceitarem deixar-se invadir e possuir pela sua Presença, como condição indispensável para podermos fazer parte do Plano da História da Salvação.
John
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]