quarta-feira, 27 de novembro de 2013

[Catolicos a Caminho] IDOLATRIA E O BOM COMBATE DA FÉ Som !

 












  • IDOLATRIA E O BOM COMBATE DA FÉ




A Liturgia da Palavra de hoje – 27 de Novembro – C, fala-nos na Perseguição dos Discípulos, por estas palavras :

-"Mas antes de tudo isso deitar-vos-ão as mãos e perseguir-vos-ão, entregando-vos às sinagogas, e metemdo-vos nas prisões; conduzindo-vos perante reis e governadores por causa do Meu nome, e isso proporcionar-vos-á ocasião de dar testemunho".(Lc.21,12-13).

As perseguições da Primitiva Igreja eram por causa do nome de Deus, e os mártires deram a sua vida por uma razão de fidelidade à sua fé, travaram uma batalha heróica pelo bom combate da sua fé, contra a idolatria.

A Idolatria é o acto pelo qual se presta a uma pessoa ou objecto, o culto que é devido só a Deus.

A Idolatria é sempre um pecado grave, porque implicitamente põe Deus numa linha de igualdade com as criaturas e nega a sua posição de Criador e Senhor de todas as coisas do Universo.

A Idolatria é o mais grave dos pecados porque implicitamente nega o papel da graça e a íntima comunicação de Deus.

Viola não apenas o amor que é devido a Deus, como também a obrigação que nós temos de O amar e de Lhe prestar o culto que é devido só ao Criador.

Assim nos ensina o Catecismo da Igreja Católica :

2113. - A Idolatria não diz respeito apenas aos falsos cultos do paganismo. Continua a ser uma tentação constante para a fé. A Idolatria consiste em divinizar o que não é Deus. Há Idolatria desde o momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demónios (exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro, etc. "Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro", diz Jesus (Mt.6/24). Muitos mártires foram mortos por não adorarem "a Besta", recusando-se mesmo a simularem-lhe o culto. A Idolatria não aceita Deus como único Senhor, sendo, portanto, incompatível com a comunhão divina.

- "Eu sou o Senhor, este é o Meu nome, a ninguém darei a Minha glória, nem aos Ídolos a Minha honra". (Is. 42/8).

O Concílio Vaticano II no seu Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, falando da Idolatria das coisas temporais, diz :

- Também em nossos dias, não poucos, confiando em excesso no progresso das ciências naturais e da técnica, caem numa espécie de Idolatria das coisas materiais, das quais, em vez de senhores se tornam escravos. (AA 7).

Entre os pecados que mereciam uma penitência pública nos primeiros séculos da Igreja, está em primeiro lugar a Idolatria, conforme nos recorda o Catecismo da Igreja Católica :

1447. - Durante os primeiros séculos, a reconciliação dos cristãos, que tinham cometido pecados particularmente graves depois do Baptismo (por exemplo: a Idolatria, o homicídio ou o adultério), estava ligada a uma disciplina muito rigorosa, segundo a qual os penitentes tinham de fazer penitência pública pelos seus pecados, muitas vezes, durante longos anos, antes de receberem a reconciliação.

O bom combate da fé é o fruto do conhecimento que fazemos de Deus na nossa vida.

Mas de um Deus que se manifesta como uma Amigo único, que quer estabelecer com cada um de nós uma relação tão singular, que não mais é possível esquecer esse encontro.

Um Deus que tem rosto e fala com cada um e com o seu Povo,

- ora como o Pai que vela com solicitude por cada um de nós, seus filhos;

- ora como Jesus o irmão próximo e paciente que nos revela os segredos do coração do Pai;

- ora como o Espíorito Santo que desperta em nós a solicitude do coração, para correspondermos ao amor com que somos amados.

A este encontro chamamos a Fé.

Uma vez convertidos pela graça dessa experiência, sentimo-nos impelidos a corresponder-lhe mediante um novo estilo de vida, que acaba por gerar uma nova cultura e produzir outra civiliazação.

É o bom combate da Fé que, enraizada no coração de Deus, nos leva a ponderar tudo com outros olhos e a assumir outros comportamentos.

Só pela justiça da Fá poderemos um dia eliminar o "grande abismo" que nos divide e nos faz entrar em caminhos de idolatria e a afastarmo-nos do bom combate da fé, como aconteceu no Antigo Testamento :

- "Vamos construir uma cidade e uma torre cuja extremidade atinja os céus. Assim tornar-nos-emos famosos para evitar que nos dispersemos por toda a face da terra". (Gn.11/4).

Mas devemos ter constância para salvarmos a nossa alma porque Deus vela por nós :

-"Mas nem um só cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa constância é que salvareis as vossas almas".(Lc.2118).

O Bezerro de oiro no Deserto foi a grande Idolatria do Antigo Testamento.



John
Nascimento








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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]