sexta-feira, 22 de novembro de 2013

[Catolicos a Caminho] NOVEMBRO MÊS DAS ALMAS (23) CASTIGO E CONDENAÇÃO Som !

 












  • NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS! 



O primeiro castigo do pecado foi a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, com todas as suas consequências para os seus descendentes. 





(23) - CASTIGO E CONDENAÇÃO (23-XI-2013) 



No tempo do Advento, que se aproxima. João Baptista diz na sua pregação : 
- "Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga".(Evangelho). 
Ora isto é sinónimo de Condenação. 


Nós lemos na Bíblia : 
- "Eu sou o Senhor Teu Deus, sou um Deus cioso que pune (Castiga) a iniquidade dos pais nos filhos".(Ex.20,5). 
Um dos mais fascinantes fenómenos da Bíblia, particularmente através do Antigo Testamento, é a purificação gradual e a elevação da humanidade no conhecimento de Deus, bem como a relação da mesma humanidade com Deus. 
Já era assim entre o povo judeu, desde Abraão. 
Mais do que uma vez nós podemos ler que o povo Hebreu com as suas armas aniquilou os seus inimigos, homens, mulheres e crianças, e às vezes até os animais. 
Isto era considerado como uma bênção de Deus e até, por vezes, como uma ordem de Deus. 
Muitos Cristãos e, provavelmente, os pagãos, podem julgar um Castigo como uma vingança e, portanto, em contradição com os princípios cristãos e o amor de Deus. 
Nos últimos séculos do Antigo Testamento, no período antes da vinda de Cristo, estas atitudes contra os inimigos, eram consideradas incompatíveis com a vontade de Deus e com o Seu amor pelo Seu povo. 
Em Ezequiel podemos ler : 
- "Os pais comem os frutos e aos filhos rebentam-lhes os lábios". (Ez.18,2). 
Mas o profeta acrescenta : 
- "Não tereis mais ocasião de repetir este provérbio em Israel". (Ez. 18,20). 
Assim, antes de julgarmos as ideias antigas, devemos pensar que muitas vezes nós ouvimos dizer e talvez até tenhamos dito também : 
-" Que mal fiz eu a Deus para isto acontecer" ? 
Isto é quase uma blasbémia. 
Não se trata propriammente de os filhos pagarem pelos pecados dos pais, mas sim o facto de os filhos herdarem as consequências dos erros dos pais. 
Vejam os filhos que herdam, por exemplo, doenças contraídas pelos desvarios dos pais, como a SIDA a Tuberculose, a Sífiles, e tantas outras. 
Os filhos que nascem e vivem num ambiente familiar, imoral e anti-religioso, evidentemente, podem vir a pagar pelos pecados ou vícios dos seus pais, pela má educação recebida e pelos vícios que eles cometeram. 
Infelizmente fazemos muitas vezes um Deus à nossa imagem e assim O consideramos vingativo como nós, mas Deus é infinitamente justo para julgar e conceder a cada um o que justamente merece. 
O Catecismo da Igreja Católica ajuda-nos a compreender melhor toda a força destas verdades : 
2090. - Quando Deus Se revela e chama o homem, este não pode responder plenamente ao amor divino por suas próprias forças. Deve esperar para que Deus lhe dê a capacidade de, por sua vez, O amar e de agir de acordo com os mandamentos da caridade. A esperança é a expectativa confiante da bênção divina e da visão beatífica de Deus ; é também o receio de ofender o amor de Deus e de provocar o castigo. 
Um castigo pode estar relacionado ou integrado no conceito de Condenação. 

CONDENAÇÃO 
Falando de Condenação estamos a equacionar duas realidades opostas e verdadeiras. 
Condenação está em oposição a Salvação. 
E muitos de nós pomos esta questão : 
- Haverá realmente, depois desta vida, ou seja, logo a seguir à morte, uma Salvação e uma Condenação ? 
S. Paulo responde : 
- "Assim, pois, como pela falta de um só, todos foram Condenados, assim também, pela obra de justiça de um só, veio para todos os homens a justificação da vida". (Rom.5,18). 
Toda esta doutrina envolve a doutrina do pecado, do Juízo Particular, do Inferno e do Céu. 
E S. João também diz muito claramente : 
- "Os que tiverem praticado boas obras sairão, ressuscitados para a vida, e os que tiverem praticado o mal, hão-de ressuscitar para a Condenação". (Jo.5,29). 
Fazendo-se eco das Escrituras, diz o Catecismo da Igreja Católica : 
1034. - Jesus fala muitas vezes da "gehena" do "fogo que não se apaga", reservada aos que recusam, até ao fim da vida, acreditar e converter-se, e na qual podem perder-se, ao mesmo tempo, a alma e o corpo. Jesus anuncia, em termos muito graves, que "enviará os Seus anjos que tirarão do Seu Reino (...) todos os que praticam a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente". (Mt. 13,41-42), e sobre eles pronunciará a sentença : "afastai-vos de Mim, malditos para o fogo eterno".(Mt.25,41). 
Há muitas outras referências no Novo Testamento à Condenação, que podemos completar, consultando a nossa Bíblia : 
-" ...Desses é justa a Condenação". (Rom.3,8). 
-" ...lhe resistem atraem sobre si a Condenação".(Rom.13,2). 
-" ... come e bebe a sua própria Condenação".(1 Cor.11,29). 
-" ...a sua Condenação de há muito foi pronunciada".(2 Pe.2,3). 
-" ...mas quem não acreditar será Condenado".(Mc.16,16). 
-" ...a fim de serem Condenados todos aqueles que..." (2Tes.2,12). 
Mas o que ultimamente mais se tem ventilado aqui é sobre a salvação ou condenação daqueles que nada sabem da existência de Deus. 
Não podemos entrar nos eternos desígnios de Deus, mas sabemos que Deus dará com infinito amor e infinita justiça a cada um o que ele merecer. 
O que mais nos deve preocupar, é os que se perdem por nossas faltas, isto é, por falta da pregação da Igreja e da pregação de todos os cristãos leigos, nas suas famílias e nos seus meios de trabalho. 
Para além do mau exemplo e do escândalo, que são de condenar, também a omissão do nosso trabalho é uma falta de muita responsabilidade. 
Os filhos ou discípulos, quando crescerem e se considerarem vítimas dos erros de seus pais e professores, serão os mais temíveis testemunhos dos erros de que foram vítimas. 
Quanto às Almas do Purgatório, elas não estão condenadas, porque já têm garantida a Visão Beatífica, mas, porque precisam de alguma purificação, estão nesse estado, que nós podemos abreviar com as nossas orações, as orações da Igreja e as nossas boas obras. 


JohnNascimento 




















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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]