- NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS!
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O Concílio Vaticano II publicou a sua Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina - Dei Verbum, que começa por falar da Revelação em si mesma :
- "Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria revelar-Se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da Sua vontade, (cf.Ef. 1,9), segundo o qual, os homens, por meio de Cristo, o Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo, e se tornam participantes da natureza divina, (cf. Ef.2/18; 2 Pe. 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cf.Col.1,15; l Tim.1,17), na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos (cf.Ex.33,11; Jo. 15,14-15 ) e convive com eles (cf.Bar.3,38), para os convidar e admitir à comunhão com Ele. Esta "economia" da revelação realiza-se por meio de acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido.
Porém a verdade profunda, tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se-nos por esta revelação, em Cristo, que é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a revelação".(DV 2).
Deus...desde o princípio, manifestou-se a Si mesmo aos nossos primeiros pais.
E após a sua queda, Deus prometeu-lhes a Redenção, como esperança de salvação quando disse à serpente :
- "Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Ela esmagar-te-á a cabeça, ao tentares mordê-la no calcanhar". (Gen.3,15).
E a partir daquele momento, Deus tomou incessantemente cuidado da raça humana, com o Seu Concurso Divino, no sentido de lhe garantir a salvação :
- "Àqueles que com perseverança no bem procuram a glória, a honra e a incorrupção, dar-lhes-á a vida eterna". (Rom.2,7).
No devido tempo chamou Abraão para fazer dele o pai dum grande povo :
- "Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos". (Gen. 12,2).
Depois dos patriarcas, instruiu o seu povo por meio de Moisés e dos profetas, para que O reconhecessem como único Deus vivo e verdadeiro, pai previdente e juiz justo, e para que esperassem o Salvador prometido; assim preparou Deus através dos tempos com o Seu Concurso Divino, o caminho do Evangelho. (cf. DV 3).
Depois Deus enviou seu Filho, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens, para habitar entre os homens e manifestar-lhes a vida íntima de Deus, o qual, por palavras e obras, sinais e milagres, e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, completou totalmente e confirmou a divina revelação, isto é, o plano de Deus para a nossa salvação.
Cristo fundou a sua Igreja, confiando aos seus Apóstolos a missão de transmitir a divina revelação, mandou que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente, comunicando-lhes assim os dons divinos.
Os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito e a que lutem pela fé recebida duma vez para sempre.
A tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo.
As afirmações dos Santos Padres testemunham a presença vivificadora da Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante.
A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si, porque derivam da mesma fonte divina e fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim.
Constituem um só depósito da sagrada palavra de Deus, confiado à Igreja.
O encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo.
Além da Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina - Dei Verbum - o Catecismo da Igreja Católica trata da Revelação no seu Capítulo Segundo - Deus ao encontro do homem .
Confiados, portanto, na Revelação Divina, que nos garante a assistência da graça de Deus, nós colaboramos com ela, pela nossa fé e boas obras, para o sufrágio das almas do Purgatório e para a nossa própria salvação.
John
Nascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]