- A PRRESENÇA DE DEUS
A Liturgia da Palavra de hoje 22 de Novembro C, apresenta-nos a atitude de Jesus a expulsar os Vendilhões do templo, porque é, deve ser, a Casa de Deus, uma Casa de Oração em vez de um covil de ladrões.
Sempre foi uma questão para a humanidade poder assinalar e experimentar a presença de Deus.
Todos os povos têm os seus Templos e santuários onde acreditam que Deus se torna presente de forma quase palpável.
E colocam um especial cuidado na construção desses monumentos que, em todas as culturas e religiões constituem, muitas vezes, notáveis obras de arte.
Para o Povo de Deus esta também não é uma questão ociosa, e ao longo da sua peregrinação histórica, desde a tenda da aliança no deserto, até à construção e restauração do templo em Jerusalém, foi sempre uma questão central.
Os profetas maiores, desde cedo iniciaram uma pedagogia que conduz o povo a uma nova concepção do templo de Deus.
Mais do que o lugar da sua residência, o templo passa a ser a expressão plástica da verdadeira morada de Deus, que é a própria pessoa de Jesus ressuscitado e repleto do Espírito Divino.
Com Jesus também nós somos chamados a edificar o seu Corpo Eclesial, que, à medida que vai sendo purificado e transfigurado por Cristo, se transforma no seu Corpo Místico, porque nele habita, é celebrada e adorada a glóriosa presença do mistério de Deus tornado acessível a toda a humanidade.
Nós somos o Corpo Místico de Jesus, somos a Igreja,
Pela sua atitude, Jesus insurge-se violentamente contra todos aqueles que frequentam o templo a Igreja com attitudes de falta de respeito pela presença de Deus na Casa de Deus - que deve ser Casa de oração.
Uma vez que todas as coisas dependem de Deus pela sua Criação e pela sua contínua existência, Deus está presente em todo o Universo como causa primeira.
Chama-se a isto "Omnipresença" que só pode ser atribuída a Deus.
A teologia tradicional estabeleceu uma especial distinção entre esta causa primeira e universal da presença de Deus e a Sua presença pessoal naqueles que, através de Jesus Cristo, são filhos adoptivos pela graça.
Dando aos seres humanos a capacidade de serem e funcionarem a um nível superior "vida sobrenatural", Deus torna possível a sua presença íntima na Santíssima Trindade.
Esta presença é estritamente pessoal na qual o Deus Uno e Trino se torna mais conhecido e amado na Sua realidade plena para a criatura humana criada.
A "intimidade divina" representa, não uma nova presença por parte de Deus acima da Sua "omnipresença", mas a transformação da pessoa humana que assim pode viver em união com Deus na Sua tripessoal realidade.
Não é que Deus se torne mais presente em nós, mas nós tornamo-nos mais plenamente presentes n'Ele em conhecimento e amor.
Esta presença de um Deus uno e trino pela graça é já o caminho para uma mais intensa presença de Deus na visão beatífica, em que nós estaremos perfeitamente unidos na comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tanto quanto isso é possível às criaturas.
Numa Igreja, que é a Casa de Deus, onde Deus está presente, as pessoas não se devem apresentar da mesma maneira que se apresentam em qualquer outra casa e devem comportar-se de maneira diferente do modo como se apresentam em qualquwer outro lugar, a começar pela maneira como se vestem porque, como diz o nosso povo, a Igreja é o lugar onde devemos estar vestidos com o nosso fato "de ver a Deus", e guardar o silêncio que se requer para uma intimidade e uma união a Deus.
Para além da presença omnipresença de um Deus uno e trino na Igreja há ainda uma presença sacramental que exige de nós um comportamento mais íntimo e uma união mais substancial pela comunhão sacramental.
JohnNascimento
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]