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Divulguei em meu Facebook uma petição publicada na Avaaz em apoio a Joaquim Barbosa, que tem sofrido terrorismo psicológico em larga escala por militantes do PT depois de ter condenado os mensaleiros.
A petição fala de um manifesto em apoio ao ministro Joaquim Barbosa na condução do caso Mensalão, com o seguinte texto:
Apoie o ministro do STF Joaquim Barbosa na luta junto com o povo brasileiro em favor da ética, da moralidade e da decência na política e no trato com a coisa pública!
Embora recebi várias mensagens dizendo que gostaram da minha divulgação (e assinaram a petição), recebi duas ou três reclamações, das quais tratarei aqui.
Em um caso, me foi dito que "Joaquim Barbosa não é flor que se cheire". Um motivo é por ele ter votado a favor das cotas e ter dado várias declarações esquedistas. Um outro disse que a Avaaz poderia deletar a petição de uma hora para outra, pois o site é de Pedro Abramovay, aliado do PT.
O fato é que ambas as afirmações são verdadeiras, mas não as vejo como empecilhos para a assinatura da petição.
No primeiro caso (do fato de Joaquim Barbosa também ser um esquerdista), defendo que temos que abandonar o purismo, e nesse caso preciso lembrar das dicas de David Horowitz. Nós atuamos com ações e propostas políticas, que devem gerar resultado. No caso, hoje, o apoio a Joaquim Barbosa é essencial. (Isso não significa abandonar os nossos padrões morais, mas sim priorizar as ações e lutar as batalhas certas no momento certo)
Podemos relembrar o exemplo de quando o PT comemorou a declaração de Ives Gandra a favor de José Dirceu. Ou mesmo, recentemente, fazendo a maior festa pela declaração do ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, contra Joaquim Barbosa.
Eis que o purista poderia pensar: mas se Ives Gandra e Cláudio Lembo são opositores de petistas, então estes não poderiam jamais ficar do lado deles, certo? É exatamente o oposto, pois na guerra, se há um inimigo pior (e contra o qual existem batalhas mais urgentes a serem travadas), é possível existir a aliança entre opositores, que se tornam aliados temporários. Foi assim que a Rússia e os Estados Unidos juntaram forças para derrubar Hitler.
Note que não há amoralidade alguma em fazer alianças com opositores contra os seus maiores inimigos em demandas urgentes.
Para o PT, a urgência do momento é o ataque a Joaquim Barbosa. Assim, para nós, não há problema nenhum em apoiar Barbosa quando ele está do lado da lei, na punição aos mensaleiros, em um momento em que é atacado pelo PT. A verdade é que neste momento temos que fazer uma escolha: Joaquim Barbosa ou o PT. E parece que este tipo de escolha não deve ser tão difícil, certo?
Para isso, temos que abandonar o fenômeno do direitismo purista, que impede alianças com os que não partilham de nossos dogmas. Isso acaba nos limitando e sempre beneficiando os nossos maiores inimigos. Enfim, deixem para o futuro uma possível guerra política contra Joaquim Barbosa. Simplesmente este não é o momento para nos opormos a ele.
No segundo caso, temos o fato da petição estar no site da Avaaz, que pertence a Pedro Abramovay, um político ligado ao PT. Neste caso, já me disseram que um possível sucesso da petição pode fazer com que o site a delete.
Mas esse não é um problema, mas um evento que pode funcionar a nosso favor. Se a Avaaz deletar a petição, então nos permitirá denunciá-los por bloquear o debate, defender criminosos e a adesão a um governo corrupto. Quer dizer, seja a petição deletada ou não, é possível capitalizar neste momento. No caso da petição não ser deletada, podemos claramente dizer que "mijamos no território do oponente, e com a porta aberta". Em termos de marcação de espaço, isso é importantíssimo.
Saul Alinsky nos disse para aproveitarmos todo e qualquer evento para realizarmos pressão contra nossos oponentes. Logo, se existe petição, temos pressão. Mas se a petição for deletada, também podemos lançar pressão.
Em suma, não podemos controlar todos os eventos do mundo na guerra política, mas podemos reagir a eles de forma estratégica, em termos políticos.
Defendo que devemos usar cada vez mais um direitismo pragmático, ao invés de um direitismo purista, que não gera resultados.
Pragmaticamente, podemos nos aliar a um oponente para derrotar nossos maiores inimigos, em contendas que são mais prioritárias. Não há problema em, futuramente, se opor ao aliado temporário após o inimigo prioritário (neste momento) ter sido vencido. E, ao mesmo tempo, temos que pensar em lançar pressão sobre o oponente, nas diversas reações que ele tiver.
Isto explica por que não há contradição alguma em meu apoio à petição a favor de Joaquim Barbosa. Ele, no momento, não é um problema meu. A não ser quando petistas decidem atacar um ministro do STF somente por que ele cumpriu a lei. Os petistas são o problema.
lucianohenrique | 27 de novembro de 2013 às 2:21 am | Tags: esquerdismo, joaquim barbosa, mensalão, mensaleiros, petralhas, PT, socialismo, STF | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7tk
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]