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by lucianohenrique
Fonte: Folha de S. Paulo
O governo americano considerou "humilhante" o tratamento dado a seu ex-embaixador em Brasília Thomas Shannon, que deixou o cargo quando estourava o escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA). A mágoa da diplomacia americana contribui para azedar o já desgastado clima entre Washington e Brasília, em crise desde que foi revelado que a NSA espionou a presidente Dilma Rousseff.
Após deixar o Brasil, em setembro, Shannon foi escolhido para ser o assessor especial do secretário de Estado, John Kerry. Ocupará um cargo estratégico, que já foi de George Kennan, ícone da diplomacia do país.
Em seu almoço de despedida no Itamaraty, em 5 de setembro, Shannon foi recebido por um diplomata de terceiro escalão, em vez do ministro, como era esperado.
Logo no início do almoço, o embaixador Carlos Antônio Paranhos, subsecretário-geral político 1, puxou um papel e fez um discurso com declarações agressivas, segundo pessoas presentes, referindo-se ao unilateralismo e denunciando indiretamente intervenções militares dos EUA, diante de cerca de 30 pessoas, entre elas embaixadores de Israel e da Croácia.
Esses almoços normalmente são uma forma protocolar de o ministério se despedir dos representantes estrangeiros e reconhecer o serviço prestado. O almoço para Shannon, no entanto, não foi nada disso.
"Convidar alguém e depois fazer declarações agressivas contra seu país, ainda mais alguém que se esforçou tanto pelas relações bilaterais, é inexplicável", diz uma pessoa presente.
"Poderiam ter dito a ele que não havia clima para um almoço, por causa da NSA, e fazer só uma cerimonia íntima."
O clima entre os dois países ficou tenso desde a revelação de que a NSA espionava a presidente Dilma, o que levou ao cancelamento da visita de Estado que ela faria a Washington em outubro.
Shannon disse a interlocutores ter ficado chocado com o tratamento que recebeu. Ele escreveu uma carta de protesto ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. Figueiredo não respondeu à carta.
"Eles o humilharam na frente da esposa dele e dos embaixadores", diz uma fonte do governo americano.
Para completar, Shannon não recebeu a comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul, concedida a muitos embaixadores.
No governo brasileiro, admite-se que talvez o recado tenha sido excessivamente duro. Mas o contexto era a indignação da presidente com a espionagem, justificam.
"A relação com o Brasil é maior que esse episódio, não foi pessoal", diz um integrante do governo brasileiro.
Para o governo americano, está claro que há um desentendimento sobre a NSA, mas o recado foi dado de diversas formas e não justificava destratar o embaixador.
"E não é que Shannon tenha ido para casa pescar. Ele vai ser assessor direto do secretário Kerry, não faz sentido fazer um desaforo desses", diz um integrante do governo americano.
Tanto o Itamaraty quanto o Departamento de Estado ressaltam que, abaixo da superfície, há muitas iniciativas bilaterais em andamento, como o Ciência sem Fronteiras, missões comerciais e investimentos. Há disposição para uma reaproximação, mas os países precisam "salvar a face" e se justificar com seus públicos internos.
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff voltou a dizer que espera um pedido de desculpas dos EUA.
O Itamaraty argumenta que o ministro Figueiredo não respondeu à carta de Shannon porque esta "não pedia resposta, pois era apenas uma manifestação".
"Shannon desempenhou com grande profissionalismo sua missão em Brasília. Diplomata de grande competência e entusiasta do Brasil, é considerado por muitos brasileiros um amigo do Brasil", afirmou o Itamaraty.
Ainda segundo o ministério, Shannon não recebeu a comenda do Cruzeiro do Sul porque o Brasil passou a aplicar reciprocidade com os EUA, que não conferem comendas a embaixadores brasileiros.
Meus comentários
Vamos rever a cronologia de baixarias do governo brasileiro quanto a Thomas Shannon:
Chamam ele para um almoço para ofender o país dele
Não respondem a carta de protesto dele
Não dão a ele a mesma comenda dada aos seus antecessores
Com exceção do terceiro item, os outros configuram a forma de agir do governo petista: partir para a baixaria sempre que possível, de forma que o outro lado até se intimide a descer no mesmo nível. A baixaria passa a ser, então, uma técnica governista.
Podemos notar que o governo brasileiro já não se interessa por parcerias com o governo norte-americano, por ter optado definitivamente por alianças com ditaduras como China e Irã, dentre outras.
Este é mais um motivo para nos livrarmos de um governo de extrema-esquerda. Infelizmente, o domínio do Planalto por este tipo de gente está nos levando à alianças com a escória do mundo.
lucianohenrique | 10 de novembro de 2013 às 11:10 pm | Tags: dilma rousseff, esquerda, esquerdismo, governo tribal, itamaraty, marxismo, petralhas, PT, socialismo, thomas shannon | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7p2
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]