Feliz Natal from Augusto César Ribeiro Vieira on Vimeo.
É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.
- SOLENIDADE DE SANTA MARIA MÃE DE DEUS - ANO A!
(Dia 1 de Janeiro ....)
Ao entrarmos no Novo Ano Civil, vamos celebrar no mesmo dia 1 de Janeiro três importantes acontecimentos :
* Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.
* Dia de Ano Novo.
* Dia Mundial da Paz.
Pondo em 1º lugar a Solenidade Religiosa, nós pretendemos, com a Igreja, chamar a atenção dos fiéis para a grande realidade da Maternidade divina de Maria.
Toda a Liturgia da Palavra que é a mesma para os três Ciclos, A, B e C, deste dia, nos faz reflectir nesta grande verdade :
- Maria dá ao Mundo Cristo nossa paz !
A Igreja quer com esta Solenidade, não apenas colocar o novo ano, com as suas interrogações, cuidados e problemas, sob a protecção maternal de Maria, mas também lembrar-nos a importância da missão que Ela desempenha na História da Salvação, como Mãe do Salvador.
É precisamente na Maternidade Divina que se encontra o fundamento da relação especial de Maria com Cristo e da sua presença na economia da salvação.
Cristo vem ao mundo com uma função salvadora.
A Sua natureza humana está intrinsecamente destinada a regenerar a humanidade.
Escolhendo Maria para Sua Mãe, Cristo, o Verbo encarnado, associa-A intimamente à obra da reconciliação da humanidade.
Pelo seu SIM (o fiat), Maria entra definitivamente no Mistério da Salvação.
Gerando no tempo a humanidade do Filho, que o Pai havia gerado, desde a eternidade, Maria intervém na regeneração dos homens.
Na 1ª Leitura, o Livro dos Números mostra-nos que a "Bênção Sacerdotal" era ritmada pelo Nome do Senhor, repetido no início de cada versículo, terminando assim:
- "Hão-de assim obter a protecção do Meu Nome para os Filhos de Israel, e Eu hei-de abençoá-los".(1ª Leitura).
Esta bênção sacerdotal era um augúrio de paz para os filhos de Israel.
Esta "paz" invadiu o mundo com o Nascimento de Jesus, que foi anunciado para glória de Deus e de paz para os homens.
Cada um de nós deve ser um construtor de paz.
Esta bênção da paz é proclamada pelo Salmo Responsorial :
- "Deus tenha compaixão de nós ; Ele nos dê a bênção !".
Na 2ª Leitura, S. Paulo, dirigindo-se aos Gálatas e hoje também a nós, diz que o Mistério da Encarnação realiza-se na plenitude dos tempos, no termo duma longa expectativa da humanidade, numa maravilhosa manifestação da benevolência divina.
Em Cristo, com efeito, Deus cumula os homens de todas as bênçãos, concedendo-lhes a filiação divina e libertando-os da escravidão da lei mosaica.
- "Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei, e assim nos tornarmos filhos adoptivos". (2ªLeitura).
Para produzir, porém, este duplo efeito, a Encarnação realiza-se pela via normal dos homens e da Lei.
Cristo aceita um nascimento humano e a submissão à Lei.
A Lei situa-O na História da Salvação, na História do Seu Povo; Maria situa-O entre os homens, Seus irmãos, que vem libertar e salvar, tornando-os, à Sua semelhança, filhos do Pai.
Maria assume assim um papel insubstituível nesta revelação da Paternidade divina.
É a Mãe de Deus, que concebe Seu Filho por obra e graça do Espírito Santo.
É a Mãe da Igreja, Corpo de Cristo na terra.
Pelo Evangelho S. Lucas, diz-nos que, de todos aqueles que virão a ser adoptados em Cristo como filhos de Deus, os pastores são os primeiros a receberem a Boa Notícia.
É, porém, junto de Maria, Sua Mãe, a primeira crente, a totalmente disponível a Deus, que encontram o Salvador e, n'Ele, se encontram com Deus, a quem davam glória e louvores.
A intervenção discreta de Maria ajudou-os, na verdade, a descobrir o verdadeiro rosto de Seu Filho.
- "Maria fixava todas estas palavras e pensava nelas no íntimo do coração". (Evangelho).
«A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade, simultaneamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da divina providência, foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor...
Cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida espiritual.
É por esta razão nossa Mãe na ordem da graça.»(LG 61).
Maria é totalmente Mãe porque esteve em total relação com Cristo; por isso, honrando-a, o Filho é mais glorificado.
Quanto ao título de Mãe de Deus, exprime a missão de Maria na história da salvação, que está na base do culto e da devoção do povo cristão, uma vez que Maria não recebeu o dom de Deus só para si, mas para o levar ao mundo.
É em nome de Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, que hoje se celebra em todo o mundo o "Dia da Paz"; aquela paz que Maria, uma de nós, encontrou no abraço infinito do amor divino; aquela paz que Jesus veio trazer aos homens que crêem no seu amor.
Isto significa que devemos fazer tudo para evitar a guerra, para pôr fim à guerra e ao terrorismo que nos oprimem e que não nos deixam viver em paz. Como um dia disse John Kennedy : "A humanidade deve pôr fim à guerra, ou a guerra porá fim à humanidade".
Não são necessárias muitas palavras para proclamar estas verdades, e dar cumprimento ao slogan das Nações Unidas : "Contra a guerra pela paz".
Basta lembrar que o sangue de mihões de homens com inúmeros e inauditos sofrimentos inúteis entre ruínas históricas e artísticas irreparáveis, confirmam os horrores da guerra e impedem a felicidade da paz, pelo que todos devíamos fazer tudo para que nunca mais houvesse guerra,
A paz deve guiar o destino dos povos e de toda a humanidade!
Se queremos a paz, devemos deixar cair das mãos as armas !
Neste dia em que invocamos a protecção de Maria como Mãe de Deus, devemos levantar bem alto o grito da nossa oração e anunciar a todos os povos os nossos desejos de paz.
Por intermédio de Maria, podemos atingir o plano da História da Salvação.
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Sobre a Maternidade divina de Maria, diz o Catecismo da Igreja Católica :
466. - ...O Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio : «Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne»(DS 2519).
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]