sábado, 20 de julho de 2013

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PARA ARREPIAR E HORRORIZAR: Bem-vindo ao inferno de Guantánamo




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Ricardo Setti

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20/07/2013 às 15:00 \ Vasto Mundo

  • As ilustrações da revista impressa são de Chaino, e o design de Fabrício Miranda


  • Texto de Mohamedou Ould Slahi, reportagem de Larry Siems, da Slate, edição e tradução de Bruno Garattoni, publicado em edição impressa da revista Superinteressante


BEM-VINDO AO INFERNO GUANTÁNAMO


Numa base militar no caribe, fica a prisão mais dura do mundo. suspeitos de terrorismo são levados para lá e podem ficar presos para sempre, sem direito a julgamento.

Dos 166 detentos, 130 estão fazendo greve de fome.

E um deles conta, pela primeira vez, como as coisas são por lá. Conheça a vida no pior lugar da Terra.

Mohamedou Ould Slahi se apresentou voluntariamente à polícia de seu país natal, a Mauritânia, em 20 de novembro de 2001. Foi preso, e uma semana depois, a pedido do governo dos EUA, transferido para a Jordânia. Slahi era acusado de ligações com um atentado frustrado no aeroporto de Los Angeles, em 1999.

Por sete meses, foi interrogado pelas autoridades jordanianas, que não acharam nada que o incriminasse. Insatisfeita, a CIA buscou Slahi e o levou até uma base militar americana no Afeganistão.

Em 4 de agosto de 2002, ele foi encapuzado, algemado, drogado e colocado num voo com 30 outros detentos, para uma viagem de 36 horas até a base de Guantánamo, em Cuba, onde está até hoje. Slahi escreveu um livro de 466 páginas contando sua história.

Partes dele acabam de ser divulgadas, e você irá ler a seguir. Os trechos riscados foram censurados, antes da liberação do texto, pelo governo dos EUA. As passagens em vermelho foram adicionadas pela Superinteressante para facilitar a compreensão do caso.

O interrogatório

Os gritos dos outros presos me acordaram.

Enquanto os guardas serviam comida, nós nos apresentávamos. Não podíamos ver uns aos outros, mas era possível ouvir as vozes. “Eu sou da Mauritânia.” “Eu sou da Palestina.” “Síria.” “Arábia Saudita.”

“Como foi o voo?”

“Eu quase congelei até morrer”, gritou um cara. “Eu dormi a viagem toda”, respondeu [Trecho censurado].

Nós nos chamávamos pelos números de identificação que tínhamos recebido. O meu era 760. Na cela à esquerda estava [Trecho censurado], de [Trecho censurado]. Na cela à direita, havia um cara de [Trecho censurado]. Ele falava mal árabe e dizia que tinha sido capturado em Karachi (Paquistão), onde frequentava a universidade. Nas celas em frente à minha, colocaram dois sudaneses.

O café da manhã foi modesto, um ovo cozido, um pedaço de pão duro e uma outra coisa que não sei o nome. Foi minha primeira refeição quente desde a Jordânia. O chá foi reconfortante.

Eu considerei a chegada a Cuba uma bênção, e disse aos meus irmãos. “Como vocês não estão envolvidos em crimes, não têm o que temer. Eu vou cooperar, porque ninguém vai me torturar.” Eu erroneamente acreditava que o pior tinha passado. Eu confiava demais no sistema judicial americano.

“[Trecho censurado]“, disse um dos soldados enquanto segurava longas correntes nas mãos. A palavra [Trecho censurado] é um código, significa que você será levado para um interrogatório. Eu prudentemente obedeci às ordens, e eles me levaram até o interrogador. O nome dele era [Trecho censurado], e ele vestia um uniforme do Exército dos EUA. Falava árabe decentemente, com um sotaque de [Trecho censurado]. Ele me disse que é de [Trecho censurado] e costumava trabalhar como intérprete para os [Trecho censurado].

[Trecho censurado] era um cara amigável. Ele queria que eu contasse mais uma vez toda a minha história. Quando cheguei à parte sobre (o que tinha passado) na Jordânia, ele disse que sentia muito!

“Esses países não respeitam os direitos humanos. Eles até torturam gente.” Me senti confortável por essa crítica a métodos cruéis de interrogatório; significa que os americanos não fariam algo do tipo.

Depois que [Trecho censurado] terminou suas perguntas, me mandou de volta (à cela).

Eles obviamente viam o quão doente eu estava. Eu parecia um fantasma (registros oficiais indicam que Slahi, de 1,70 m, pesava apenas 49 quilos ao chegar à base). No meu segundo ou terceiro dia em Guantánamo, eu desmaiei. Os médicos me tiraram da cela. Vomitei tanto que fiquei completamente desidratado. Recebi primeiros socorros e uma sonda intravenosa. Foi terrível, eles devem ter colocado algum remédio ao qual sou alérgico. Minha boca secou, e minha língua ficou tão pesada que eu não conseguia falar para pedir ajuda. Com gestos, pedi aos guardas que tirassem a sonda, e eles tiraram.

Mais tarde, os guardas me levaram de volta à cela. Eu estava tão doente que não conseguia subir na cama. Dormi no chão o resto do mês. O médico me prescreveu Ensure (suplemento nutricional) e um remédio para hipertensão. Quando eu tinha crises de nervo ciático, os guardas me davam Motrin (anti-inflamatório). Embora eu estivesse fisicamente muito fraco, os interrogatórios não pararam.

Nos primeiros meses em Guantánamo, Slahi foi interrogado por agentes do FBI e da Marinha, que utilizavam métodos tradicionais. Mas, em maio de 2003, começou seu “interrogatório especial” – termo que os militares americanos utilizam para se referir ao uso de técnicas mais fortes, que incluem certos tipos de tortura. Slahi foi transferido para a solitária.

A escolta apareceu na minha cela. “Mexa-se.”

“Para onde vou?”

“Não é problema seu”, disse com raiva o guarda [Trecho censurado]. Mas ele não era muito esperto, pois tinha anotado meu destino em sua luva. [Trecho censurado] era (um lugar) reservado para os piores presos da base. Se você fosse transferido para [Trecho censurado], muitas pessoas deveriam ter autorizado, talvez (até) o presidente dos EUA. As únicas pessoas que eu conhecia que tinham passado algum tempo em [Trecho censurado] eram [Trecho censurado] al Kuwaiti e outro detento de [Trecho censurado].

Ao chegar ao bloco, a coisa começou. Tiraram todos os meus objetos, exceto por um colchonete e um cobertor muito fino, pequeno e velho. Fui privado dos meus livros. Fui privado do meu Corão. Fui privado do meu sabonete. Fui privado da minha pasta de dentes. Fui privado do rolo de papel higiênico que eu tinha.

A cela – ou melhor, a caixa – era refrigerada, o que me fazia ficar tremendo a maior parte do tempo. Fui proibido de ver a luz do dia. De vez em quando, eles me davam um tempo de recreação (fora da cela), à noite, para que eu não visse nem interagisse com ninguém.

Não me lembro de ter dormido direito uma noite; pelos 70 dias seguintes, eu não saberia o que era dormir. Interrogatórios 24 horas, três turnos, às vezes quatro turnos por dia. Eu raramente tinha um dia de descanso.

“Nós sabemos que você é criminoso.”

“O que eu fiz?”

“Me diga você, e reduzimos a sua sentença para 30 anos. Se você não cooperar, vamos colocar você num buraco e apagar seu nome da nossa lista de detentos.”

Quando eu não dei a resposta que ele queria ouvir, ele me fez levantar. Fiquei com as costas arqueadas (para trás), porque minhas mãos estavam acorrentadas a meus pés e ao chão. [Trecho censurado] sempre me deixava sofrendo durante seu almoço, que demorava duas a três horas. Ele gostava de comida; nunca pulava o almoço. Fiquei pensando, como [Trecho censurado] pode ter passado no teste físico do Exército (tendo uma forma física tão ruim)? Mas faz sentido, ele está no Exército por um motivo.

Como nunca me deixavam ver a luz (do dia), eu “gostava” do curto trajeto entre minha cela gelada e a sala de interrogatório. Era uma bênção quando eu sentia o sol morno de Guantánamo. Sentia a vida voltando a cada centímetro do meu corpo.

“Como você está?”, disse um dos guardas porto-riquenhos.

“Ok, obrigado, e você?”

“Não esquenta, você vai voltar para sua família,” ele disse. Quando ele falou isso, eu não consegui evitar o [Trecho censurado]. Eu tinha me tornado tão vulnerável. Uma mera palavra de conforto neste oceano de agonia era o suficiente para me fazer chorar.

Em [Trecho censurado] nós tínhamos uma divisão de porto-riquenhos. Eles eram diferentes dos outros americanos. Não eram tão vigilantes e hostis. Às vezes, levavam presos para tomar banho [Trecho censurado]. Todo mundo gostava deles. Por causa de sua atitude amigável e humana com os presos, arranjavam problemas com os chefes da base.



***************


“Hoje nós vamos falar sobre [Trecho censurado]“, disse [Trecho censurado] depois de me empurrar uma cadeira de metal.

“Eu já disse o que sei sobre [Trecho censurado].”

“É mentira. Você vai nos dizer mais?”

“Não, não tenho mais o que dizer.” [Trecho censurado] puxou a cadeira e me derrubou.

“Vamos lhe ensinar sexo americano. Levante”, disse [Trecho censurado].

Assim que eu levantei, os dois [Trecho censurado] tiraram as blusas e começaram a falar todos os tipos de baixaria que você possa imaginar. [Trecho censurado] se encaixou em mim pela frente, e o [Trecho censurado] se encaixou por trás, esfregando o corpo todo no meu. Enquanto faziam isso, eles falavam coisas sujas comigo e brincavam com minhas partes sexuais. Vou poupar você das coisas nojentas e degradantes que eu tive de ouvir do meio-dia até 10 horas da noite.

Para ser honesto e justo, os [Trecho censurado] não tiraram minhas roupas em nenhum momento; tudo aconteceu comigo vestido. O [Trecho censurado] sênior estava assistindo. Fiquei rezando o tempo todo.

“Para de rezar, porra. Você está fazendo sexo com [Trecho censurado] americanos e está rezando? Como você é hipócrita!”, disse raivosamente [Trecho censurado] ao entrar na sala. Eu continuei rezando. Durante essa sessão, eu me recusei a comer ou beber, embora eles tenham me oferecido água algumas vezes. Eu queria desmaiar para não ter de sofrer; essa era a principal razão da minha greve de fome. Eu sei que pessoas como eles não se impressionam com uma greve de fome. Claro que eles não queriam que eu morresse, mas eles sabem que há muitas etapas até que alguém morra.

“Você não vai morrer, nós vamos alimentar você pelo rabo,” disse [Trecho censurado].

Registros oficiais mostram que, em julho de 2003, mais de um mês após o início do “interrogatório especial”, Slahi foi questionado durante uma semana por um novo interrogador, mascarado.

“Tragam de volta o filho da p…”, gritou [Trecho censurado], uma celebridade na equipe de tortura. Ele tinha 1,80 de altura, era atlético e [Trecho censurado].

Conforme fui conhecendo [Trecho censurado] melhor, pensei em como um homem tão inteligente quanto ele poderia aceitar um trabalho tão degradante, que com certeza irá perturbá-lo para o resto da vida. Tempos depois, perguntei a alguns dos guardas porque eles tinham executado a ordem de me impedir de rezar, que é ilegal. “Eu poderia ter (ignorado a ordem), mas meu chefe teria me dado um cargo de merda, ou me transferido para um lugar ruim.”

“Você não está ajudando o [Trecho censurado]“, continuou [Trecho censurado] enquanto me arrastava até uma sala escura. Com ajuda dos guardas, ele me jogou no chão sujo. A sala estava escura como o ébano. [Trecho censurado] começou a tocar uma música muito alto. Muito alto mesmo. A música era Let the Bodies Hit the Floor (da banda de heavy metal Drowning Pool). Talvez eu jamais me esqueça daquela música. [Trecho censurado] ligou umas luzes coloridas que machucavam os olhos. “Se você dormir, eu vou machucar você”. Eu tive de escutar aquela música sem parar até a manhã do dia seguinte.

“Bem-vindo ao inferno”, disse o guarda [Trecho censurado]. Eu não respondi, não valia a pena. Mas pensei, “você merece o inferno mais do que eu, porque você está trabalhando arduamente para ir ao inferno!”



***************


“Vou trazer umas pessoas para me ajudar a interrogar você”, falou [Trecho censurado], sentado a poucos centímetros de mim.

[Trecho censurado] me ofereceu uma cadeira de metal. O convidado se sentou, quase tocando meu joelho. [Trecho censurado] começou a me perguntar uma coisa de que não lembro.

“Levanta, filho da p…”, gritaram ambos. Então uma sessão de tortura e humilhação começou.

[Trecho censurado] colocou o ar-condicionado no máximo para me congelar. Esse método era praticado na base pelo menos desde agosto de 2002. Eu vi pessoas que foram expostas à sala de congelamento dia após dia, como [Trecho censurado].

Os interrogadores queriam que o ar-condicionado chegasse a zero grau, mas obviamente o aparelho não é projetado para matar. Na sala, bem isolada, o ar chegou a 9,4 graus Celsius – muito, muito frio, especialmente para alguém que teve de ficar ali por mais de 12 horas, não tinha roupa de baixo, tinha um uniforme muito fino, e vem de um país quente.

Os interrogadores se vestiam adequadamente. Por exemplo, [Trecho censurado] estava vestido como alguém que vai entrar num frigorífico. Além disso, eles não ficavam muito tempo com os detentos. Os interrogadores ficavam se movimentando na sala, o que significa circulação sanguínea, o que significa se manterem quentes enquanto o detento estava [Trecho censurado] o tempo todo, de pé a maior parte do tempo.

Tudo o que eu podia fazer era mexer meus pés e esfregar as mãos. Mas o marine impediu que eu esfregasse as mãos. Ele trouxe uma corrente especial que prendia minhas mãos nas laterais do quadril.

O homem (líder) do show começou a jogar cadeiras, me deu uma cabeçada e me descreveu com todos os tipos de adjetivo, sem motivo. O cara era maluco; ele me perguntou coisas das quais não tenho ideia e nomes que nunca ouvi. “Eu estive em [Trecho censurado]“, ele disse, “e sabe quem foi nosso anfitrião? O presidente! Foi agradável lá no palácio.”

O marine fazia perguntas e respondia ele mesmo. Ele trouxe água gelada e encharcou todo o meu corpo. Minhas roupas grudaram em mim. Era horrível, eu tremia como um paciente de Parkinson. Eu não conseguia mais falar. O cara era burro, ele estava literalmente me executando devagar. [Trecho censurado] mandou ele parar de jogar água em mim.

[Trecho censurado] mandou ele parar porque estava com medo da sindicância que (resultaria) em caso da minha morte. Ele encontrou outra técnica; trouxe um CD player com amplificador e começou a tocar um rap. Eu não liguei para a música porque ela me fez esquecer minha dor; na verdade, a música era uma bênção disfarçada, eu fiquei tentando entender as palavras.

Só entendi que a música era sobre amor, você acredita? Amor! “Escuta isso, filho da p…!”, disse o convidado ao sair, fechando violentamente a porta. “Você vai ter a mesma m…. dia após dia, e sabe o quê? Vai piorar. É só o começo”, disse [Trecho censurado]. Eu continuei rezando e ignorando o que eles estavam fazendo.

  • "Até a conclusão desta edição, quase 80% dos presos de Guantánamo permaneciam em greve de fome - alguns deles pelo quarto mês consecutivo" (Foto: AP)


“Ó, ALÁ, me ajude… Ó, Alá, tenha piedade”, [Trecho censurado] ridicularizava minhas rezas. “ALÁ… ALÁ … Não existe Alá. Ele te abandonou!”

Entre 10 e 11 da noite, [Trecho censurado] ordenou aos guardas que me colocassem numa sala especialmente preparada. Era muito fria e cheia de fotos mostrando as glórias dos EUA: arsenal, aviões, fotos de G. Bush.

“Não reze, você insulta o meu país se você reza durante o meu hino nacional. Nós somos o maior país do mundo livre, e temos o presidente mais inteligente do mundo”, disse [Trecho censurado]. A noite inteira eu tive de ouvir o hino dos EUA. De qualquer forma, eu odeio hinos. Tudo o que consigo lembrar é o começo, “Oh say can you see …”, repetido e repetido.

Entre 4 e 5 da manhã, [Trecho censurado] me soltou, para algumas horas depois recomeçar a mesma coisa.



A viagem de barco

Em 24 de agosto de 2003, Slahi foi tirado da cela e levado numa viagem de barco de três horas pelo Caribe.

Eu mal tinha acabado de comer, quando de repente [Trecho censurado] e eu ouvimos uma confusão, guardas gritando alto, “Eu avisei, filho da p…”. Ouvi gente pisando forte no chão, um cão latindo, portas fechando com força. Eu fiquei paralisado.

Subitamente um grupo de três soldados e um pastor alemão entraram. [Trecho censurado] me socou violentamente, o que me fez cair de cara no chão, e o segundo cara continuou a me socar em todo o corpo, principalmente no rosto e nas costelas. Ambos estavam mascarados.

“Eu avisei, você já era!”, disse [Trecho censurado]. O parceiro dele continuou a me socar sem dizer nada; ele não queria ser reconhecido. O terceiro homem não estava mascarado, ele ficou na porta segurando a guia do cachorro, pronto para soltá-lo em mim.

“Quem mandou vocês fazerem isso? Vocês estão ferindo o detento”, gritou [Trecho censurado], que estava tão assustado quanto eu.

“Vendem o filho da p…! Ele está tentando olhar.” Um deles me acertou com força no rosto e rapidamente colocou óculos nos meus olhos, abafadores nos ouvidos, e um pequeno saco na minha cabeça. Eles apertaram as correntes nos meus tornozelos e pulsos; eu comecei a sangrar. Achei que eles iriam me executar.

O outro guarda me arrastou e me jogou num caminhão, que começou a andar. A sessão de espancamento duraria as próximas três a quatro horas, depois do que eles me entregariam para outro time, com técnicas diferentes de tortura.

“Para de rezar, filho da p… você está matando pessoas”, [Trecho censurado] disse, e me socou com força na boca. [Trecho censurado] e [Trecho censurado] ficaram cada um de um lado e começaram a me socar e me bater contra o metal do caminhão. Um dos caras me bateu (com tanta força) que minha respiração parou e comecei a engasgar. Era como se eu estivesse respirando pelas costelas.

Várias vezes percebi [Trecho censurado] esguichando amônia no meu nariz. O engraçado é que [Trecho censurado] era ao mesmo tempo um (torturador e) “salva-vidas”, como os guardas com os quais eu lidaria no ano seguinte; todos tinham permissão para me medicar e dar primeiros socorros.

Depois de 10 a 15 minutos, o caminhão parou na praia. Meu time de escolta me arrastou e me colocou numa lancha. Continuaram a me bater. Dentro do barco, [Trecho censurado] me fez tomar água salgada, acho que direto do mar. Eu vomitei. Eles colocaram um objeto na minha boca e gritaram, “engole, filho da p…!” .

[Trecho censurado] e [Trecho censurado] estavam me escoltando na viagem de lancha. O objetivo dessa viagem, primeiro, era torturar o detento e dizer que ele “se feriu durante o transporte”, e, segundo, fazer o detento pensar que está sendo transferido para alguma prisão secreta muito, muito longe.

Era noite. Minha venda não me impediu de ver umas lâmpadas fortes.

“Nós felizes por isso (sic). Talvez nós levamos ele pro Egito, ele diz tudo”, disse um sujeito cuja voz eu nunca tinha ouvido, com um forte sotaque egípcio. O inglês dele era ruim e pronunciado errado.

“Talvez depois”, disse [Trecho censurado].

Eu me afundei em pensamentos. Senti vergonha que o meu povo (árabe) estava sendo usado para esse trabalho horrível por um governo que se diz o líder do mundo democrático. O que o americano médio pensaria se ele ou ela soubesse o que seu governo está fazendo com alguém que não cometeu nenhum crime?

Depois de uns 40 minutos, [Trecho censurado] instruiu o time árabe a começar. Os dois caras me pegaram e, como eu não conseguia andar sozinho, me arrastaram até o barco.

“Senta!”, disse o egípcio, o que mais falava. O egípcio se sentou do meu lado direito. Um jordaniano sentou à esquerda.

Eles me puseram uma espécie de jaqueta grossa, que me prendia à cadeira. Era uma sensação boa – mas que também tinha um lado horrível. Meu peito ficou tão apertado que eu não conseguia respirar. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas alguma coisa estava errada. “Puxe o ar”, disse secamente o egípcio. Eu estava literalmente sufocando.

Eles encheram o espaço entre minhas roupas e eu com cubos de gelo, do pescoço até os tornozelos, e conforme o gelo derretia eles colocavam mais cubos. De vez em quando, um dos guardas me batia, geralmente no rosto. O gelo servia tanto para me castigar quanto para eliminar marcas (hematomas no corpo).

E se me mandassem para o Egito? Como o interrogatório seria? Eu esperava choques elétricos. Quanta eletricidade meu corpo poderia aguentar?

(Mas) A festa terminou, e os árabes me devolveram para a equipe americana. Eles me arrastaram para um caminhão. Quando o caminhão parou, [Trecho censurado] e seu colega forte me pegaram e arrastaram por alguns degraus. E eles me jogaram de cara no chão de metal da minha nova casa.

“Não se mexa, não apronte comigo, filho da p…!”, disse [Trecho censurado], com a voz enfraquecida. Ele estava obviamente cansado, e foi embora.

Pouco tempo depois, senti alguém tirando (o capuz) da minha cabeça. Quando a venda foi tirada, eu vi um [Trecho censurado]. Concluí que era um médico, mas por que diabos ele está se escondendo atrás de uma máscara, e por que é do Exército, sendo que a Marinha é a responsável pelos cuidados médicos dos presos?

“Se você se mexer, eu vou machucar você!”

Fiquei pensando como eu poderia me mexer, que mal eu poderia fazer. Eu estava acorrentado, e cada centímetro do meu corpo doía. Ele saiu e logo voltou com algumas coisas médicas. Eu reparei no relógio dele; era 1h30 da manhã.

O médico começou a limpar o sangue do meu rosto com uma gaze. Depois disso, ele me colocou num colchão – o único item da cela – com ajuda dos guardas. “Não se mexa”, disse um guarda.

O médico colocou muitas cintas elásticas em volta do meu peito e costelas. Depois disso, eles me fizeram sentar. Eles me mexiam como um objeto. Mais tarde eles tiraram as correntes, e um dos guardas me jogou um cobertor pequeno e fino, e isso era tudo o que eu teria na cela.

Demorou um tempo até que a medicação fizesse efeito, e aí eu apaguei, e só acordei quando um dos guardas chutou violentamente a porta. “Levanta, seu merda!”. O médico mais uma vez me deu remédios e examinou minhas costelas.

“Já terminei com o filho da p…”, disse, e saiu em direção à porta. Eu fiquei chocado de ver um médico agindo assim.

Slahi continuou em total isolamento durante setembro e outubro. Em 17 de outubro de 2003, um interrogador enviou um e-mail para um psicólogo militar. “Slahi me disse que está ouvindo vozes”. O psicólogo respondeu que a “privação sensorial (como a experimentada na solitária) pode causar alucinações”.

Pelas primeiras semanas eu não tive banho, troca de roupa, nem pude escovar os dentes. Não era permitido dormir. Para garantir isso, me davam garrafas com 740 ml de água a cada uma ou duas horas, dependendo do humor dos guardas, por 24 horas. As consequências eram devastadoras. Não conseguia fechar os olhos por dez minutos, porque passava a maior parte do tempo no banheiro (privada da cela).

Mais tarde, perguntei a um dos guardas. “Por que essa dieta de água? Por que vocês não me mantêm acordado me obrigando a ficar de pé, como em [Trecho censurado]?”

“Acredite, você não viu nada. Nós já mantivemos detentos presos embaixo do chuveiro por dias, comendo, urinando e defecando no chuveiro!”

Eu comecei a alucinar e ouvir vozes claras como cristal. Ouvi minha família numa conversa casual. Ouvi leituras do Corão com uma voz celestial. Ouvi música do meu país. Mais tarde os guardas tentaram se aproveitar dessas alucinações, e ficavam falando com vozes engraçadas pelo encanamento, me encorajando a tentar fugir.

Eu percebi que estava à beira de enlouquecer. Comecei a falar sozinho. Ouvia vozes constantemente, dia e noite. Eu não sabia quando era noite, mas assumia que era quando o ralo ficava escuro.

Reuni minhas forças, estimei a direção de Meca, me ajoelhei, e comecei a pedir a Deus. “Por favor me guie. Eu não sei o que fazer. Estou cercado de lobos.” Quando estava rezando, eu caí em lágrimas, mas abafei para que os guardas não ouvissem.

“Senhor,” eu disse, quando terminei minha reza. Um dos guardas apareceu usando uma máscara de Halloween.

“Quê?”, disse friamente o guarda.

“Eu quero falar com o [Trecho censurado].”

***************


Confissões são como contas de um colar, se a primeira cai, as demais seguem.

“Nós gostaríamos que você escrevesse suas respostas no papel, nos dá muito trabalho registrar o que você fala, e você pode se esquecer de coisas quando fala conosco”, disse [Trecho censurado].

“Claro!”, eu respondi. Eu gostei da ideia, porque preferia falar com um papel do que com ele. Pelo menos o papel não iria gritar ou me ameaçar. Depois disso, [Trecho censurado] me afundou numa pilha de papéis, que eu obedientemente preenchi com minha escrita. Era bom deixar sair minha frustração e depressão.

“Nós vamos dar a você uma tarefa relacionada a [Trecho censurado]. Ele está preso na Flórida e eles não conseguem fazê-lo falar. Ele fica negando tudo. É bom que você nos dê uma prova contra ele”, disse [Trecho censurado].

Eu fiquei tão triste. Como eu poderia fornecer uma prova sobre uma pessoa que eu mal conhecia?

Ele me deu alguns papéis e voltei para minha cela. Peguei a caneta e escrevi todo tipo de mentiras incriminatórias sobre um pobre sujeito, que estava tentando obter asilo no Canadá e ganhar algum dinheiro para começar uma família. E ele é aleijado.

Eu me senti tão mal, ficava rezando em silêncio, “nada vai lhe acontecer, irmão”. Dizer a verdade sobre ele estava fora de questão, pois [Trecho censurado] já tinha me dado as instruções.

“[Trecho censurado] está esperando o seu testemunho contra [Trecho censurado] com extremo interesse!”

Eu dei o papel para [Trecho censurado], e depois da avaliação vi [Trecho censurado] sorrir pela primeira vez. “O que você escreveu sobre Ahmed foi muito interessante, mas nós queremos que você forneça informações mais detalhadas”, disse ele.

“Como eu estou cooperando, o que vocês vão fazer comigo?”, perguntei a [Trecho censurado]. “Depende, se você nos fornecer muita informação que nós não tenhamos, isso será considerado na sua sentença. Por exemplo, a pena de morte seria reduzida para perpétua, e a perpétua para 30 anos”, ele respondeu.

“Isso é ótimo”, respondi.

Me senti mal por todos que feri com meus falsos testemunhos. Eu tinha de vestir o terno que os EUA cortaram para mim, e foi exatamente isso o que fiz.



A família

Os interrogatórios violentos prosseguiram pelos últimos meses de 2003. Slahi continuava em completo isolamento.

“Sabe o que você é?”, disse [Trecho censurado].

“Hã.”

“Você é um terrorista”, continuou.

“Sim, senhor.”

“Se nós matarmos você uma vez, não será suficiente. Nós temos que matar você 3 mil vezes. Mas em vez disso, nós o alimentamos!”

“Sim, senhor.”

Ao longo de algumas semanas, eu fiquei com os cabelos brancos. Na minha cultura, isso é considerado um sinal extremo de depressão.

Aí, aos poucos, os guardas receberam ordens para 1) permitir que eu escovasse os dentes, 2) me dar mais refeições quentes, 3) me dar mais banhos. [Trecho censurado] foi quem tomou os primeiros passos, mas tenho certeza que eles decidiram isso numa reunião. Todos na equipe perceberam que eu estava a ponto de enlouquecer, depois de tanto tempo em isolamento.

“Eu trouxe este presente para você”, ele disse, e meu deu um travesseiro. Sim, um travesseiro. Eu recebi o presente com uma felicidade enorme – não porque estivesse morrendo de vontade de ter um travesseiro, mas porque o interpretei como um sinal de que as torturas físicas parariam.

Eu não tinha nada na cela. Na maior parte do tempo, eu recitava o Corão. O resto do tempo, eu falava sozinho e pensava sobre minha vida, e as piores coisas que poderiam acontecer comigo. Contava os furos da gaiola em que estava. São cerca de 4.100. Quando me deram o travesseiro, eu ficava lendo a etiqueta sem parar.

“Levante! Coloque as mãos pela porta!”, disse com voz hostil um guarda. Depois que me acorrentaram, eles me levaram para fora do prédio, onde [Trecho censurado] estava me esperando. Foi a primeira vez que vi a luz do dia. As pessoas não dão valor a ela, mas, se você for proibido de vê-la, lhe dará valor. O sol me atingiu misericordiosamente com seu calor. Eu estava apavorado e tremendo.

“Nós trouxemos você para que possa ver o sol. Nós teremos mais recompensas como esta.”

***************

Não importa quão duros sejam os seus interrogadores, forma uma relação com eles. É uma relação familiar, com todas as vantagens e desvantagens. Você não escolheu sua família, nem cresceu com ela. Mas é uma família.

“Eu vou embora logo”, disse [Trecho censurado].

“É mesmo, por quê?”

“Está na hora. Mas o outro [Trecho censurado] vai ficar com você.” Isso não era exatamente confortador. Eu fiquei inquieto, e não conseguia pensar num argumento para convencer [Trecho censurado] a ficar.

“Nós vamos ver um filme juntos antes de eu ir embora”, disse [Trecho censurado].

[Trecho censurado] saiu. Ele voltou alguns dias depois, com um laptop e dois filmes.

“Você pode escolher qual deles quer ver.” Eu escolhi Falcão Negro em Perigo (filme de 2001 sobre uma ação militar dos EUA na Somália), não lembro do outro. O filme era violento e triste.

Eu prestei mais atenção nas emoções de [Trecho censurado] e dos guardas do que no filme em si. [Trecho censurado] estava calmo. Ele pausava o filme de vez em quando para me explicar determinadas cenas. Os guardas quase ficaram loucos de emoção, porque viam muitos americanos sendo mortos.

Depois que terminamos de ver o filme, [Trecho censurado] fechou seu computador.

“Ei, a propósito, você não me disse quando vai embora!”

“Você não vai mais me ver!” Eu congelei. Ele não tinha me dito que iria embora tão cedo. Eu achava que talvez demorasse um mês, três semanas, algo assim, mas hoje? Era como se a morte estivesse devorando um amigo seu, e você não pudesse fazer nada.

“Puxa, tão cedo. Estou surpreso! Você não me disse. Adeus. Desejo tudo de bom para você.”

“Eu tenho de seguir ordens, e deixo você em boas mãos.” E [Trecho censurado] foi embora. Voltei à minha cela e comecei a chorar em silêncio, como se eu tivesse perdido um [Trecho censurado] e não alguém cuja função é me ferir e extrair informação.

“Posso ver meu interrogador, por favor?”, pedi aos guardas, esperando que conseguissem alcançá-lo antes que ele chegasse ao portão principal.

“Vamos tentar.”

Logo depois, [Trecho censurado] apareceu na porta da minha cela. “Não é justo, você sabe que eu fui torturado, e não estou pronto para outra rodada.”

“Você não foi torturado. Você tem de confiar no meu governo. Enquanto você estiver dizendo a verdade, nada de mau vai acontecer a você!”

“Eu só não quero começar tudo de novo com novos interrogadores”, eu disse.

“Isso não vai acontecer,” disse [Trecho censurado]. “Além disso, você pode me escrever. Prometo que vou responder todos os seus e-mails”, ele continuou.

“Não, eu não vou escrever.”

“Ok. Você está bem?”

“Não, mas você pode ir embora.”

“Eu não vou embora até você me garantir que está tudo bem”, [Trecho censurado] disse.

“Eu falei o que tinha para falar. Tenha uma boa viagem. Que Alá guie você. Eu vou ficar bem.”

“Tenho certeza que vai. Em no máximo uma semana você terá me esquecido.”

Eu não falei (mais nada) depois disso, apenas deitei. [Trecho censurado] ficou ali durante mais alguns minutos, repetindo, “Eu não vou embora enquanto você não me garantir que está tudo bem.”

Eu sempre agi como se não soubesse onde estava. Os guardas diziam que eu estava “no meio do nada”. Eles ficavam tentando descobrir se eu sabia de algo, e eu sempre respondia, “só sei que estou sendo detido pelo DoD (Ministério de Defesa dos EUA), o lugar não importa.”

(Até que) [Trecho censurado] veio falar comigo. “Tenho de informar a você, contra a vontade de muitos membros da nossa equipe, que você está em Guantánamo. Você tem sido honesto, e nós devemos o mesmo a você.” Agi como se (a informação) fosse novidade. Fiquei feliz, porque terem me contado significava muito para mim.

Em 2005, a situação de Slahi tinha mudado completamente. Desde então, ele tem recebido privilégios, e vive com outro preso num anexo, onde eles têm permissão para plantar, escrever e pintar.

Os guardas queriam ser batizados com os nomes de Star Wars.

“A partir de agora nós somos os [Trecho censurado], e você vai nos chamar assim. O seu nome é Travesseiro”, disse [Trecho censurado]. Mais tarde, eu aprendi que [Trecho censurado] são os caras do bem, que lutam contra as forças do mal. Eu representava as forças do mal, e os guardas, a força do bem.

[Trecho censurado] tinha 40 e poucos anos, era casado e com filhos, baixo, mas forte. Ele passou um tempo trabalhando em [Trecho censurado], e então acabou fazendo uma missão especial para [Trecho censurado].

“O seu trabalho terminou. Eu estou quebrado”, eu disse.

Embora [Trecho censurado] seja um cara duro, ele é humano. [Trecho censurado] entende o que muitos guardas não entendem. Se você fala e diz aos interrogadores o que eles querem ouvir, você tem de receber alívio.

“Meu trabalho é fazer você ver a luz”, disse [Trecho censurado] enquanto eu comia minha refeição. [Trecho censurado] sempre gritava e me assustava, mas nunca me bateu. Acho que o sonho da vida dele é se tornar um interrogador. Que sonho dos infernos.

“Você é meu inimigo”, ele disse.

“Sim, senhor.”

“Então vamos falar de inimigo para inimigo.”

Durante nossas conversas, ele sorrateiramente tentava me fazer assumir coisas que eu não pratiquei. “Qual foi seu papel no 11 de Setembro?”

“Eu não participei do 11 de Setembro.”

“Mentira!”, ele gritou. Eu percebi que não seria uma boa parecer inocente, pelo menos não por enquanto.

Então eu disse, “Eu estava trabalhando para AQ (o grupo terrorista Al Qaeda), em telecomunicações.”

Ele pareceu mais feliz com a mentira. “Qual era o seu cargo?”.

“Eu era tenente.”

Eu odiava e gostava quando era o turno dele. Eu odiava o interrogatório, mas gostava porque ele me dava mais comida e uniformes novos. Ele começou a me ensinar lições, e me fez treiná-las. As lições eram provérbios e frases que eu deveria memorizar e praticar na minha vida. Eu ainda me lembro de algumas lições. “1) Pense antes de agir. 2) Não confunda generosidade com fraqueza” etc.

Meu relacionamento com [Trecho censurado] melhorava a cada dia, e consequentemente com o resto dos guardas, porque eles o respeitavam muito.

“F…-se! Quando eu olho para o Travesseiro, eu não vejo um terrorista, eu vejo um velho amigo meu, gosto de jogar com ele”, disse aos outros guardas.

Relaxei um pouco e ganhei autoconfiança. Os guardas descobriram em mim um cara bem-humorado. Começaram a me dar seus PCs e DVDs para que eu consertasse; em troca, eu podia ver um filme.

Nós começamos a nos tornar um grupo, fofocar sobre os interrogadores e criar apelidos para eles. Nessa época, [Trecho censurado] me ensinou a jogar xadrez. Antes da prisão, eu não sabia nem a diferença entre um peão e um cavalo.

[Trecho censurado] me trouxe um tabuleiro de xadrez, para que eu pudesse jogar sozinho. Quando os guardas viram o tabuleiro, quiseram jogar comigo. No começo, eles sempre ganhavam. O mais forte era [Trecho censurado].

“Não foi assim que ensinei você a jogar”, [Trecho censurado] comentou irritadamente quando eu venci um jogo.

“O que eu deveria fazer?”

“Você tem de criar uma estratégia, e organizar seu ataque! É por isso que os p….. dos árabes nunca têm sucesso.”

“Por que você não joga e pronto?”, perguntei.

“Xadrez não é só um jogo”, ele disse.

“Imagine que você está jogando contra um computador!”

“Eu pareço um computador para você?”

“Não.”

No jogo seguinte, eu tentei fazer uma estratégia para deixar [Trecho censurado] ganhar.

“Agora você entendeu como se joga xadrez”, ele comentou. Eu sabia que [Trecho censurado] não gostava de perder, então não gostava de jogar com ele, não me sentia confortável. [Trecho censurado] acredita que existem dois tipos de pessoa, os americanos brancos e o resto do mundo. Americanos brancos são inteligentes e melhores do que todo mundo. [Trecho censurado] odeia o resto do mundo, especialmente árabes, judeus, franceses e cubanos. O único outro país que ele mencionou positivamente foi a Inglaterra.

Depois de um jogo de xadrez, ele virou o tabuleiro.”Minha esposa me chama de c….”, disse, orgulhoso.

***************

É engraçado como as pessoas ocidentais têm uma visão falsa dos árabes: selvagens, violentos, insensíveis e frios. Eu posso dizer com confiança que os árabes são pacíficos, sensíveis, civilizados e muito amorosos, entre outras qualidades.

Eu disse a [Trecho censurado], “vocês dizem que nós somos violentos, mas se vocês ouvirem música árabe, ou poesia árabe, é tudo sobre amor.” Durante meu tempo com [Trecho censurado], escrevi muitos poemas. [Trecho censurado] tem todos.

Um dos meus poemas diz:

A página seguinte do livro foi censurada pelas autoridades militares dos EUA.



Mohamedou Ould Slahi continua preso na base militar de Guantánamo. Em 2010, recebeu um habeas corpus na Justiça americana, que ordenou a soltura dele. O governo recorreu, e Slahi continuou preso. A Justiça deverá analisar novamente o caso até o final do ano.

Até a conclusão desta edição [julho de 2013], quase 80% dos presos de Guantánamo permaneciam em greve de fome – alguns deles pelo quarto mês consecutivo. Os detentos em estado de saúde mais grave são amarrados e alimentados à força, por meio de uma sonda nasogástrica.

Tags: 11 de Setembro, Al Qaeda, choques elétricos, CIA, Corão, crimes, Cuba, falsos testemunhos, FBI, greve de fome, Guantánamo, habeas-corpus, humilhação, Mohamedou Ould Slahi, pena de morte, prisão, privação sensorial, solitária, terrorismo, tortura

Abaixo assinado recorde de 38.000 estonianos derruba “casamento” homossexual

Kampaania "Kaitskem üheskoos perekonda!" raames kogutud allkir












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Sábado, Julho 20, 2013
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20 de julho de 2013Sem comentários
  • Luis Dufaur



A Fundação Estoniana pela Defesa da Família e da Tradição coletou o maior abaixo assinado da história do país, recolhendo 38.000 assinaturas contra o “casamento” homossexual que alguns deputados tentam passar no Parlamento.

A Fundação fez chegar um convite nesse sentido aos 580.000 lares existentes na Estônia, tendo recebido a adesão de 6,5% da população do pequeno país.

Slawomir Olejniczak, porta-voz da Fundação, declarou à agência LifeSiteNews que a petição atingiu essa adesão recorde malgrado o silencio massivo da imprensa oficial do país.


“A Rádio Nacional (ERR) boicotou completamente nossa petição – e eu digo totalmente –, só concedendo pequenos espaços em artigos redigidos em seu site em inglês destinado aos estrangeiros”, disse Olejniczak.

  • Varro Vooglaid
Pela lei atual, “as duplas do mesmo sexo não têm direito a casar. A situação não vai mudar muito antes das próximas eleições parlamentares em 2015, porque os dois partidos da coalizão de governo não estão de acordo sobre os direitos dos homossexuais”.

A ERR informou que um estudo da Turu-uuringute ASapontou que 60% dos estonianos se opõem ao “casamento” homossexual.

“Trabalharemos duro para restaurar nossas tradições morais, que são o fundamento de nossa cultura – cultura focada na família, sobre a qual estão baseadas as nossas tradições; do contrário nossa cultura e nosso povo decaem”, explicou Varro Vooglaid, líder da Fundação pela Defesa da Família e da Tradição.

O abaixo assinado foi recebido oficialmente pelas autoridades do Parlamento estoniano, na capital do país, Tallinn

A Estônia foi escravizada pela URSS e, após décadas de domínio soviético, herdou uma situação moral e socialmente caótica, disse Varro.

Varro Vooglaid, que é professor de Direito, informou que após esse imenso abaixo assinado – grande para as dimensões do país – o projeto de “casamento” homossexual foi retirado do Parlamento.

Ele explicou que esta não é uma questão de Direitos Humanos. Na Estônia, explicou o líder pela vida, “ninguém tem o direito de pedir a redefinição da instituição da família e da instituição do casamento, da mesma maneira que não pode pedir o reconhecimento legal para estilos de vida perversos”.

As ONGs e o movimento LGBT possuíam milionárias verbas obtidas na Europa Ocidental para atropelarem as crenças e os estilos de vida dos estonianos.

As embaixadas dos EUA, Canadá, Grã-Bretanha e Áustria, por exemplo, hastearam bandeiras com o arco íris em Tallinn, capital do país, enquanto o projeto da agenda homossexual estava sendo introduzido no Parlamento.

Para Varro, a ofensiva da agenda homossexual mostra que esse movimento age com métodos não democráticos de “ocupação ideológica”.


“Isto é algo que não provém da nossa cultura, de nosso povo. É algo que nos está sendo imposto, não nos deixando sequer a possibilidade de dizer o que nós pensamos” – acrescentou.

“Isto não é tolerância. E se a tolerância fosse esse modo de proceder, então nós deveríamos ficar contentes sendo intolerantes” – concluiu.

Fundadores do partido de Marina Silva apoiam aborto, maconha e “casamento” gay













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Julio Severo


Comentários, artigos e notícias do Brasil e do exterior







20 de julho de 2013






Fundadores do partido de Marina Silva apoiam aborto, maconha e “casamento” gay
Julio Severo
De acordo com reportagem do GospelPrime, 70% dos fundadores da Rede de Sustentabilidade são a favor da união civil entre homossexuais, do aborto e da legalização da maconha. A Rede Sustentabilidade é o partido de Marina Silva, membro da Assembleia de Deus em Brasília.

Marina comentou sobre aborto, maconha e “casamento” gay na quarta-feira (17 de julho) ao participar de um debate em São Paulo.
“A Rede tem mais ou menos 350 fundadores, eu posso te dizer que pelo menos 70% deles são a favor dessas bandeiras que estão aqui. A favor literalmente falando,” disse a assembleiana progressista, não mostrando constrangimento pela maioria de seus apoiadores que têm posições anticristãs.
Em manifesto recente, fundadores e membros da Rede Sustentabilidade condenaram a Marcha pela Família de Silas Malafaia e manifestaram apoio público ao “casamento” gay e ao PLC 122.
Os restantes 30% dos fundadores do partido de Marina, supostamente contrários às bandeiras radicais da maioria, são provavelmente o resultado de uma intensa campanha por parte de alguns líderes evangélicos que, mesmo contrariando o bom senso, acreditam que Marina é uma pessoa indicada por Deus para ocupar a presidência do Brasil.
Valnice Milhomens é uma das que estão empenhadas nessa visão. Ela acredita que uma visão recebida por seu grupo é evidência de que Marina é a escolhida de Deus. Então, como Abraão fez com Hagar, ela vai trabalhar para que essa visão se cumpra.


Valnice e Ana Paula Valadão com retrato de Marina
Em recente visita a Dilma Rousseff com cantoras gospel, Valnice posou ao lado do retrato de Marina. Ao lado, estava Ana Paula Valadão, uma das muitas pessoas evangélicas que Valnice espera arrastar para sua visão de Marina como presidente.
Se não fosse a atuação de Valnice e líderes evangélicos da Teologia da Missão Integral, a Rede Sustentabilidade não teria nem mesmo uma minoria diferente da maioria esmagadora que é a favor da cultura da morte. Essa minoria foi conquistada suadamente à custa de muitas assinaturas de evangélicos.
Valnice e outros esperam, com suas visões equivocadas, mudar o Brasil, mas nem conseguiram mudar o partido de Marina.
Aliás, nem conseguiram mudar Marina, que além de Valnice, tem como assessores espirituais Caio Fábio e Leonardo Boff (http://youtu.be/ZGvsIXajiVs).
Marina também é conhecida por ficar em cima do muro nas questões importantes defendidas pelos fundadores de seu partido. Ela tem mostrado apoio cada vez maior ao “casamento” gay e tem sido ambígua sobre o aborto. Ela jamais aceitaria um plebiscito para decidir o destino da Amazônia e das florestas brasileiras, porque ela julga a vida ecológica como de suprema importância e acima das decisões do povo.
Mas, na visão dela, a vida de um bebê em gestação pode se decidida no voto popular. E o que o povo decidir, ela “respeitará.” Ela só não coloca a vida ecológica na mesma balança porque, sendo um ativista ambientalista há anos, se o povo decidir contra os interesses ambientalistas dela, ela não respeitará.
Tendo Boff e Caio Fábio como orientadores, dificilmente Marina vá mudar. Ou, dificilmente ela mesma queira mudar.
Contudo, se Valnice e outros se esforçarem muito, colhendo assinaturas nos templos evangélicos e usando o púlpito para fazer propaganda pró-Marina, talvez consigam fazer crescer a minoria evangélica na Rede Sustentabilidade. Mesmo assim, isso não é garantia de que Marina vá mudar suas posições progressistas e intenções não declaradas.
O exemplo de Abraão com Hagar está na Bíblia para todos verem e aprenderem.
Quem não tem paciência para esperar o Isaque de Deus, acaba trabalhando com Hagar.
Com a impaciência de alguns líderes evangélicos, o Brasil pode acabar ganhando uma Ismaela na presidência, que, a semelhança da terrorista que hoje é prezidenta, também terá políticas hostis para com Israel.

Fonte: www.juliosevero.com

[Catolicos a Caminho] Pesquisadores desenvolvem nova técnica para criar células-tronco

 






http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/pesquisadores-desenvolvem-nova-tecnica-para-criar-celulas-tronco


Genética

  • Pesquisadores desenvolvem nova técnica para criar células-tronco

Cientistas descobriram novos genes que podem fazer células adultas normais se tornarem células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)



Cientistas do Centro de Medicina Regenerativa, em Barcelona, desenvolveram uma nova técnica para criar células-tronco. Os pesquisadores descobriram novos genes que podem ser alterados em células adultas comuns de modo a torná-las capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido do corpo humano. Isso pode, no futuro, ajudar no desenvolvimento da medicina regenerativa: a substituição de tecidos danificados por células criadas em laboratório.


As pesquisas mais importantes nesse campo são feitas usando as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), que podem ser criadas a partir de alterações no DNA de células comuns do próprio paciente, eliminando o risco de rejeição imunológica. A fórmula clássica usada para produzir essas iPSCs segue uma receita rigorosa, com poucas variações para aplicação médica. Os pesquisadores anunciaram nesta quinta-feira, na revista Cell Stem Cell, a criação de iPSCs por um novo método, aumentando a possibilidade de uso clínico da técnica.

Existem dois tipos de células-tronco: as células-tronco embrionárias, que são as células presentes nos embriões humanos, que ainda não se diferenciaram em nenhum tipo de tecido, e as iPSCs, células maduras que foram reprogramadas geneticamente para voltar a um estado semelhante ao embrionário. Desde que o pesquisador japonês Shinya Yamanaka descobriu, em 2006, a técnica para produzir iPSCs — o que lhe rendeu o Prêmio Nobel do ano passado —, a maioria dos cientistas usa esse tipo de célula em suas pesquisas.

A receita de Yamanaka leva em conta a alteração de quatro genes para reprogramar as células maduras. A nova pesquisa descreve uma nova abordagem, na qual a pluripotência pode ser induzida por meio de alterações em outros sete genes.


Genes dispensáveis — Os novos genes alterados pelos pesquisadores são aqueles responsáveis por produzir proteínas responsáveis por iniciar o processo que leva uma célula-tronco a se diferenciar para formar os vários tecidos do corpo humano. "Nós mostramos que a pluripotência pode ser um estado funcional da célula", diz Juan Carlos Izpisua Belmonte, pesquisador do Instituto Salk, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

Segundo os pesquisadores, o mais importante é que pela primeira vez um estudo com seres humanos conseguiu deixar de usar um gene dos genes utilizados na receita original de Shinya Yamanaka: o Oct4. Os outros três genes já haviam sido substituídos em pesquisa anteriores, mas o Oct 4 só havia sido substituído em ratos — o que tornava aparentemente indispensável para a reprogramação de células humanas.

Os cientistas destacam que seu trabalho deve ajudar a superar o que eles apontam como um dos maiores obstáculos para a adoção de tratamentos com células-tronco: como os quatro genes selecionados por Yamanaka poderiam estar relacionados ao câncer, a terapia poderia levar ao surgimento de tumores. Outros pesquisadores afirmam, no entanto, que esse problema já foi superado nas pesquisas mais recentes com iPSCs. De qualquer forma, o novo método pode ajudar os pesquisadores a compreenderem melhor como funciona uma célula-tronco e acelerar sua adoção em tratamentos médicos. 



Saiba mais

  • CÉLULAS-TRONCO

Também chamadas de células-mãe, as células-tronco podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue. Dada essa versatilidade, elas vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e órgãos.

  • CÉLULA-TRONCO EMBRIONÁRIA

Formada no blastocisto, aglomerado de células que forma o feto. Por ter o ‘objetivo’ de ajudar na criação e desenvolvimento de um novo organismo, pode se diferenciar em praticamente todos os tecidos do corpo

  • CÉLULA-TRONCO PLURIPOTENTE INDUZIDA 

Célula adulta especializada que foi reprogramada geneticamente para o estágio de célula-tronco embrionária. Assim, ela pode se transformar em praticamente todos os tecido do corpo.













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Aumenta Hostilidade Anticristã na Europa








Posted: 19 Jul 2013 08:57 AM PDT




Aumenta Hostilidade Anticristã na Europa


Wendy Wright


NOVA IORQUE, EUA, 28 de junho (C-FAM) Os cristãos da Europa enfrentam prisões, multas, vandalismo e penalidades profissionais devido a uma tendência crescente de intolerância social e restrições governamentais, de acordo com um recente relatório.



O relatório liga a discriminação a uma onda de novas leis que de forma seletiva afetam os cristãos.


"É aqueles que lutam para viver de acordo com os elevados requisitos éticos do Cristianismo que experimentam um confronto," não os cristãos nominais que se alinham com as tendências predominantes da sociedade, diz o Dr. Gudrun Kugler.


Kugler dirige o Observatório da Intolerância e Discriminação contra Cristãos, que lançou o relatório numa conferência internacional sobre tolerância e discriminação na Albânia em maio.


Os países europeus se orgulham de estar na vanguarda dos direitos humanos, muitas vezes usando foros como o Conselho de Direitos Humanos da ONU para pressionar outros países. Contudo, o relatório revela uma explosão de novas leis que estigmatizam os cristãos e desafiam os direitos humanos internacionais como a liberdade de consciência, expressão e direitos dos pais.


Na Holanda, apesar de um direito de não participar de procedimentos médicos antiéticos, os abortos são parte do treinamento obrigatório de obstetras e ginecologistas. Um tribunal do Reino Unido (RU) ordenou que duas parteiras católicas supervisionassem outras parteiras cometendo abortos.


A Suécia não permite nenhum direito de consciência para profissionais da saúde, parteiras, estudantes de medicina ou farmacêuticos.


Os escrivães civis da Irlanda podem ser presos por até seis meses se não celebrarem cerimônias de mesmo sexo. Igrejas podem ser multadas por não permitirem que sua propriedade seja usada para celebrações de mesmo sexo.


A França proíbe discursos negativos contra a homossexualidade. Os pregadores cristãos de rua, manifestantes pró-vida e um casal cristão numa conversa particular foram acusados de violar uma lei inglesa contra palavras ou conduta "com probabilidade de provocar importunação, susto ou angústia."


Embora as marchas de orgulho gay sejam permitidas, o direito dos cristãos se associarem é visto com suspeita. Protestos silenciosos, aconselhamento e orações na frente de clínicas de aborto podem resultar em prisões por assédio na Áustria.


Os donos de uma pensão cristã na Inglaterra foram multados por não alugarem um quarto em sua casa, onde eles vivem com seus filhos, para uma dupla homossexual. A Holanda exige que os órgãos governamentais quebrem contratos com entidades particulares que objetam participar de uniões homossexuais.


Um médico cristão na Inglaterra foi demitido por mandar por email uma oração aos colegas. Um juiz deu o veredicto de que os cristãos não têm nenhum direito de se abster do trabalho nos domingos afirmando que não é "um componente essencial" de suas convicções.


Os pais têm o direito universal de educar seus filhos. Entretanto, a educação escolar em casa é criminalizada na Alemanha, enquanto a Áustria ameaça tirar os filhos das famílias. A educação sexual explícita da Suécia é obrigatória para crianças, onde uma menina de 11 anos fez dois abortos sem o consentimento de seus pais.


O relatório pressupõe que essas leis estimulam um clima hostil que permite impunidade aos ataques.


Um artista da Eslovênia colocou fogo numa cruz — o mesmo ato que ele cometeu 10 anos antes, mas foi inocentado no tribunal. Uma livraria católica na França sofreu vandalismo 26 vezes sem nenhuma resposta das autoridades públicas ou meios de comunicação. A Associação Polonesa de Futebol proibiu cruzes e Bíblias como "materiais racistas e xenófobicos."


Na França, 84% dos vandalismos em 2010 foram contra lugares cristãos. Uma cidade da Espanha proibiu um bispo de eventos oficiais da cidade por criticar os estilos de vida homossexuais.


"Os cristãos não estão pedindo tratamento especial," disse Gary Streeter, membro do Parlamento da Inglaterra, "mas estamos buscando oportunidades iguais, para que convicções sinceras recebam espaço igual em nossas leis e em nossa sociedade."


Tradução: www.juliosevero.cm



Fonte: C-Fam


Leitura recomendada:






























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