- EVANGELIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOCIAL!
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A Liturgia da Palavra de hoje -15 de Janeiro A diz-nos que Jesus, depois de fazer muitos milagres, inclusive a cura da sogra de Pedro, que tinha uma febre alta, saiu a pregar :
-"E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios".(Mc.1,39).
Foi um grande exemplo para toda a Igreja e um convite para todos os cristãos, para que usem de todos os meios de Comunicação social, para fazerem apostolado, especialmente nos nossos tempos modernos, através da Internet, tão recomendada pelos últimos papas.
- "Ai de mim se não evangelizar" !
O cumprimento da nossa vocação sobrenatural consiste em tornar conhecida no mundo a Mensagem de Cristo.
- " Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me é imposta essa obrigação : Ai de mim, se não evangelizar".(1 Cor.9,16).
Originariamente, o sentido de Evangelização é o de pregar o Evangelho a todos aqueles que nunca ouviram falar de Jesus nem dos seus ensinamentos.
Porém segundo o Vaticano II, esta palavra tem um sentido mais profundo e mais universal :
- A missão da Igreja realiza-se, pois, mediante a actividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torne actual e plenamente presente a todos os homens ou povos para os conduzir à fé, liberdade e paz de Cristo, não só pelo exemplo de vida e pela pregação, mas também pelos sacramentos e pelos restantes meios da graça, de tal forma que lhes fique bem aberto caminho livre e seguro para participarem plenamente no mistério de Cristo. (AG 5).
Evangelização, no próprio sentido da palavra, significará sempre a proclamação da Boa Nova de Cristo a respeito do Reino de Deus, mas há-de ser também "Estimular todos os fiéis a que procurem a glória de Deus, pelo advento do Seu Reino, e a vida eterna para todos os homens de modo que eles conheçam o único Deus verdadeiro e Jesus Cristo, seu enviado". (cf.Jo. 17,3). (AA3).
Por Evangelização deve entender-se a estrita actividade religiosa exercida na pregação do Reino de Deus, mostrando o Evangelho como a revelação do plano da salvação em Cristo, pela acção do Espírito Santo, e servindo-se desta actividade através do ministério, como um instrumento, na edificação da própria Igreja para a glória de Deus.
E porque a vida da Igreja é Apostólica, existiu, desde o princípio, um sistema de vida missionária, iniciado por Jesus , que "foi por toda a Galileia, pregando nas Sinagogas"..
O concílio Vaticano II ensina :
- Embora a todo o discípulo de Cristo incumba a obrigação de difundir a fé conforme as suas possibilidades, Cristo Senhor chama sempre dentre os discípulos os que Ele quer para estarem com Ele e os enviar a evangelizar os povos. E assim, mediante o Espírito Santo, que para utilidade comum reparte os carismas como quer, inspira no coração de cada um a vocação missionária e ao mesmo tempo suscita na Igreja Institutos, que assumem, como tarefa própria, o dever de Evangelizar, que pertence a toda a Igreja. (AG 23)
E o concílio diz ainda :
- Como membros de Cristo vivo e a Ele incorporados e configurados não só pelo Baptismo mas também pela Confirmação e pela Eucaristia, todos os fiéis estão obrigados, por dever, a colaborar no crescimento e na expansão do Seu corpo para o levar a atingir, quanto antes, a sua plenitude. (LG 36).
Como meios de Evangelizar, hoje em dia a Igreja tem muitos instrumentos para o fazer, além do que se faz na homilia da Missa e através dos seus organismos especializados.
Os meios de Comunicação Social, expecialmente a Imprensa e a Internet, são os mais importantes, mas que não são ainda devidamente utilizados.
Além de uma Imprensa que se faz a nível nacional ou diocesano, mas com pouco impacto nas camadas menos intelectuais, podiam, por exemplo, os Boletins Paroquiais fazer-se eco da grande imprensa para os núcleos paroquias, o que nem sempre acontece, uma vez que, pouco ou nada ensinam da doutrina, da liturgia e da pastoral da Igreja, porque têm um carácter mais informativo do que formativo.
Por isso, não seria nada de mais que houvesse, a nível paroquial, mais alguma evangelização através da Imprensa e da Internet, que estivesse à altura do vulgar das pessoas e que a eles fizesse referência na homilia dominical e no Boletim Paroquial, ou por qualquer outro meio oportuno.
Pelo nosso baptismo entrámos na comunidade da Igreja, uma Igreja que fala e ensina, e tornámo-nos, desde logo, membros de uma Comunidade que escuta em ordem à nossa própria conversão.
Há necessidade de instruir os cristãos leigos sobre a doutrina e a Liturgia dos Sacramentos, sobre os Mandamentos da lei de Deus e os Preceitos da Igreja, sobre os documentos que partem do Vaticano, o que nem sempre pode fazer parte do tema das homilias, pelo que são necessários outros meios para o fazer, e criar nas pessoas um interesse por estes assuntos e pela própria leitura, porque hoje em dia os leigos têm maior participação na Liturgia da Igreja.
Para quem frequenta mais do que uma Igreja na Missa dominical, pode constatar :
* Que há muita ignorância sobre a doutrina e prática dos sacramentos.
* Há muitas anomalias na celebração da Liturgia da Missa e dos Sacramentos, de Igreja para Igreja, em que cada um tem o seu modo próprio de participar, talvez pretendendo ser ou parecer melhor do que os outros e sem a humildade suficiente para cumprir a disciplina da Igreja.
* Não há ninguém que veja o que está mal e procure dar uma orientação no sentido de evitar erros e atrevimentos que são mesmo uma aberração litúrgica e uma falta de respeito pelo lugar sagrado em que se encontram e pela santidade dos sacramentos.
* Todavia, por falta desta evangelização apropriada e contínua, os fiéis continuam cada vez mais alheios aos temas doutrinais mais importantes que constam do Catecismo da Igreja Católica, e a toda a Liturgia e pastoral da Igreja, que não recebem de outro modo.
Seria muito revelador do espírito evangelizador das pessoas, saber :
* Quantas pessoas lêem o Jornal Católico da sua Diocese ?
* Quantas têm e lêem o Catecismo da Igreja Católica ?.
* Quantas têm e lêem o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ?
* Quantas pessoas lêem algum texto a Bíblia regularmente, até mesmo as Leituras da Missa dos Domingos ?
* Quantas pessoas consultam regularmente o "Site" da sua Igreja (das que o têm) ou entram em contacto com ela por E-Mail e recebem dela algum E-Mail ?
...Todavia, todas estas coisas se encontram já "on Line" na Internet.
Mesmo para muitos colaboradores da imprensa católica, a Sagrada Escritura e o Catecismo da Igreja Católica continuam a ser letra morta, porque muito poucas vezes os citam nos seus trabalhos, e é pena, porque davam mais autoridade ao que escrevem.
Podemos assim acusar a Igreja de não Evangelizar devidamente, se o único meio que tem para o fazer é apenas a homilia dominical mas, ao mesmo tempo, perguntar a cada católico o que é que faz para aprender e colaborar na Evanelização.
Diz o Catecismo da Igreja catolica, logo no princípio :
2 . Para que este convite se fizesse ouvir por toda a terra, Cristo enviou os Apóstolos que escolhera, dando-lhes o mandato de anunciar o Evangelho : "Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprirem tudo quanto vos prescrevi. E olhai que Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo".(Mt.28,19-20). Fortalecidos por esta missão, os Apóstolos "partiram, a pregar por toda a parte. O Senhor colaborava e consolidava a Palavra por meio dos milagres que a segiam".(Mc.16,20).
A Evangelização é um mandamento a que não podem fugir, nem a Igreja docente, nem os próprios leigos cristãos.
Na prestação de contas que todas as Igrejas costumam fazer no princípio do Ano em referência ao Ano que terminou, nos vários Boletins Paroquiais que eu costumo receber nunca encontrei nenhuma verba referente à Evangelização, dando assim a entender que não se reservam verbas para evangelizar, e isto é uma pena e um contraste com o que disse S. Paulo :
- " Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois que me é imposta essa obrigação : Ai de mim, se não evangelizar".(1 Cor.9,16).
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]