É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.
- FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR - ANO A!
(Domingo entre 9 e 13 de Janeiro)
A Liturgia da Palavra da Festa do Baptismo do Senhor A, que a Igreja celebra no domingo entre 9 e 13 de Janeiro, nos convida a uma reflexão profunda sobre a Missão que o Pai manifesta sobre o Seu Filho :
- "Este é o Meu Filho muito amado : n'Ele pus o meu enlevo".
O Baptismo de Jesus no Jordão é um dos momentos essenciais na vida do Senhor : assinala o termo da vida de silêncio e obscuridade e inaugura o Seu ministério público, anunciando e preparando o Seu Baptismo «na morte»(Lc.12,50; Mc.10,38).
A Vida Pública de Jesus é o início da História da Salvação no Novo Testamento.
A vida pública de Jesus surge assim enquadrada entre dois baptismos :
- O Baptismo de penitência do Jordão, (que encerra, em potência, todo o itinerário que o Servo de Javé percorrerá para realizar a Sua obra), e aquele que constituirá como vítima e pedra angular do mundo novo.
- O Baptismo do Calvário, no qual o sangue e a água brotarão do Seu lado.(Jo.19,34 sgs.).
Pelo Seu Baptismo, Jesus deseja :
1)- Sujeitar-Se à vontade do Pai.(Mt.3,14 sgs.).
2)- Colocar-Se humildemente, entre os pecadores, Ele que é o «Cordeiro de Deus» que vai tirar o pecado do mundo.(Jo.1,29).
As duas primeiras Leituras são comuns aos três Ciclos A, B e C., mas o Evangelho é próprio para cada Ciclo.
A 1ª Leitura, do Livro do profeta Isaías, diz que a figura misteriosa do Servo do Senhor que, através dos séculos, alimentou a fé de Israel, alcançará o seu pleno e absoluto cumprimento em Jesus Cristo.
- "Fui Eu o Senhor, quem te chamou, num propósito de salvação. Tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações".(1ª Leitura).
Ele é o Servo, não só porque entra na linha dos grandes servos, como Moisés e os Profetas, mas sobretudo porque Ele foi o único que pôde propor a todos os homens um SIM filial e absoluto ao Pai.
E o Baptismo no Jordão significa a Sua unção como Servo, como «Filho muito amado» e Salvador dos homens, que abençoará o Seu Povo, como aclama o Salmo Responsorial :
- "O Senhor abençoará o Seu Povo na paz".
A 2ª Leitura dos Actos dos Apóstolos, diz-nos que S. Pedro, em casa do centurião Cornélio, proclama a Boa Notícia da Salvação e, o primeiro grupo de pagãos, aceite pela Fé a mensagem que lhes é dirigida, quebrados os laços do passado pelo arrependimento e recebido o Baptismo, entra na Igreja, que começa assim a expandir-se para além das fronteiras do Judaísmo
- "Foi essa a mensagem que enviou aos filhos de Israel, ao proclamar a Boa Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos".(2ª Leitura).
A manifestação do Espírito Santo, que acompanha o Baptismo, é sinal de que junto de Deus não há discriminação de qualquer género, pois todos são chamados a incorporarem-se em Cristo pelo Baptismo, integrando-se na grande família de Deus.
O Evangelho do Ano A é de S. Mateus e diz-nos que Jesus, confundindo-Se com os pecadores do Seu tempo, submete-Se ao Baptismo de penitência de João, num gesto de humildade, que enche de admiração o Precursor.
O Pai, porém, glorifica o Seu Servo, proclamando que Ele é Seu Filho.
- "Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser baptizado por ele.(...) «Eu preciso de ser baptizado por Ti, e és Tu que vens ter comigo?»(Evangelho).
A Boa Notícia da salvação, começa, pois, com este anúncio solene : Jesus Cristo é, verdadeiramente, o Filho de Deus.
Os fiéis que nasceram e viveram na fé da Igreja têm necessidade de redescobrir a grandeza e as exigências da vocação baptismal.
É paradoxal que o Baptismo, fazendo do homem um membro vivo do Corpo de Cristo, não esteja bem presente na consciência explícita do cristão e que a maior parte dos cristãos não considere o ingresso na Igreja, através da iniciação baptismal, como o momento decisivo da sua vida.
- O Baptismo foi-nos dado em nome de Cristo;
- Põe-nos em comunhão com Deus;
- Integra-nos na família de Deus;
- É um novo nascimento;
- Uma passagem da solidariedade no pecado à solidariedade no amor;
- Das trevas e solidão ao mundo novo da fraternidade.
Uma nova sensibilidade para com o Baptismo foi suscitada na Igreja pelo Espírito; hoje, mais do que nunca, nas comunidades cristãs, apresenta-se a vida cristã como "viver o seu Baptismo"; e se manifesta mais intensamente nos adultos a necessidade de repercorrer os caminhos do próprio Baptismo, através de um "catecumenato" feito de profunda experiência comunitária e sério conhecimento da Sagrada Escritura.
Jesus, o Filho de Deus é o Redentor prometido que vem para cumprir o plano da História da Salvação.
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Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1224. Nosso Senhor sujeitou-Se voluntariamente ao Baptismo de S. João, destinado aos pecadores, para «cumprir toda a justiça»(Mt.3,15). Este gesto de Jesus é uma manifestação do seu «aniquilamento» (Filip.2,7). O Espírito que pairava sobre as águas da primeira criação, desce então sobre Cristo como prelúdio da nova criação e o Pai manifesta Jesus como seu «Filho muito amado». (Mt.3,16-17).
1225. Foi na sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Baptismo. De facto, Ele já tinha falado da Sua Paixão, que ia sofrer em Jerusalém, como dum «baptismo» com que devia ser baptizado(Mc.3,16-17). O sangue a e água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado (Jo.19,34) são tipos de Baptismo e de Eucaristia, sacramentos da vida nova : a partir de então, é possível «nascer da água e do Espírito» para entrar no Reino de Deus. (Jo.3,5).
Eu baptizo-vos em água....
Esse baptizar-vos-á no Espírito Santo...
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]