quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

[Catolicos a Caminho] O AMOR DE DEUS Som !

 











  • O AMOR DE DEUS 




-"Se quiseres podes limpar-me".(Mc.1,40). 




A Liturgia da Palavra de hoje – 16 de Janeiro – A, ao apresentar-nos de novo a cura de um leproso, renova no nosso espírito o pensamento e o sentimento do amor infinito de Deus pelas suas criaturas, aliado à também infinita justiça de Deus, porque uma coisa não pode existir sem a outra.
Diz-nos o Antigo Testamento que Deus castigou a Humanidade com um Dilúvio universal, porque a humanidade estava tão ultrajada que Deus se tinha "arrependido" de a ter criado.
Deus mandou ào Egipto dez pragas como castigo da sua teimosia em não deixar sair um povo escravisado, afogou o povo de Israel, pela mesma razão, e instituiu a Páscoa num gesto de amor infinito.
No livro de Samuel se conta hoje como o povo de Israel foi vencido pelos fillisteus em que ficaram mortos trinta mil homens, por terem esquecido a mensagem divina.
A história vai-se repetindo ao longo dos tempos, porque os homens abandonam ou desprezam o amor de Deus.
Não podemos dizer, por exemplo, que a revolta da Natureza, hoje em dia e um pouco por toda a parte, seja também um castigo de Deus, mas é, pelo menos, um convite e um desafio ao amor de Deus.
Se é um convite, não aceite, o pior ainda pode estar para vir, porque o poder e o amor de Deus são infinitos, mas se é um desafio, temos ainda tempo para nos reconciliarmos uns com os outros e especialmente com Deus que prefere amar a ter que castigar.
O Amor de Deus é o seu SER !
A suprema virtude cristã é aquela que anima e dá forma às nossas acções cristãs.
O Amor de Deus pode ser uma forma de acção explícita e formal, ou pode ser o motivo que anima e sublima todas as outras acções cristãs e as aperfeiçoa.
O mandamento do Amor de Deus sem restrições é a base ou o coração de todos os mandamentos do Antigo Testamento, e a espécie de Amor que é devido a Deus, é o mesmo Amor que é devido ao Próximo.
O Amor de Deus, que o cristão deve manifestar para com Deus deve ser do mesmo carácter e intensidade daquele com que Deus nos ama.
A nossa capacidade de amar a Deus provém, em última análise, do Amor de Deus por nós, que está bem patente na Paixão e Morte de Jesus pelos pecados de toda a Humanidade.
Deus Ama-nos como Criador e Redentor, e o Seu Amor por nós é o motivo da Sua Criação, enquanto nós O Amamos como seres criados e como Seus devedores.
O Amor de Deus que reflecte o Seu Amor por nós, torna possível o nosso perfeito amor, enquanto estabelece os termos desse amor.
Porque Deus nos ama sem reservas e sem restrições, Ele pode exigir esta espécie de amor, o do próximo, em resposta ao amor que Ele nos tem.
Deus ama a humanidade universalmente, como Sua especial criação; e porque o Seu amor é universal, Ele pode exigir este louvor da humanidade, infundindo nele o Seu Espírito para o tornar possível.
O Catecismo da Igreja Católica, diz :
218. - No decorrer da sua história, Israel pôde descobrir que Deus só tinha uma razão para Se lhe ter revelado e o ter escolhido, de entre todos os povos para ser o seu povo : o seu amor gratuito. E Israel compreendeu, graças aos seus profetas, que foi também por amor que Deus não deixou de o salvar e de lhe perdoar a sua infidelidade e os seus pecados.
604. - Entregando o Filho à morte, pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte : "Nisto consiste o amor : não fomos nós que amámos Deus, foi Deus que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados", (l Jo.4/10). "Deus prova assim o seu amor para connosco : Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores".(Rom.5/8).
2331. - "Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem(...) Deus inscreveu nela a vocação ao amor e à comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabi­lidade correspondentes". (FC 11). 




John
Nascimento









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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]