- OS TEUS DISCÍPULOS NÃO JEJUAM
A Liturgia da Palavra de hoje 20 de Janeiro A, é um convite a uma renovação de vida, no sentido de um amor a Deus e ao próximo, sempre novo, sempre melhor, sempre actual, de harmonia com as exigências dos nosso tempos.
Evidentemente, não vamos levar uma vida igual à que tinham os nossos antepassados, porquie tudo deve evoluir, no bom sentido, com a evolução das técnicas mais modernas e com os meios de que dispomos para fazermos sempre mais e melhor.
A relação com Deus ainda é concebida por muitos na mesma base em que os Fariseus do tempo de Jesus se apoiavam para criticar os seus discíplos :
- "Porque é que os discípulos de João e os fariseus jejuam e os teus discípulos não?"
João Baptista entendia a religião como a espera do juízo severo de Deus, que se deveria preparar com jejuns e penitências.
Jesus, pelo contrário, fala-nos da proximidade de um Deus que é Pai e que a todos quer oferecer a salvação e o perdão.
Por isso, não é o juízo divino que devemos preparar, mas sim o acolhimento desse Pai que não deseja senão a nossa bem-aventurança mediante uma vida mais justa, liberta e criativa.
Para tal Deus vem estabelecer connosco uma aliança e não um contrato, uma aliança que se funda no amor, e não um contrato baseado na insegurança e no temor.
Talvez por esta razão é que Jesus não insiste nos jejuns e nas práticas ascéticas, senão quando isso é feito para nos predispor para o essencial, que é a benevolência como atitude para a vida.
Falando de amor na sua mensagem, Jesus convida-nos a rever todas as nossas relações interpessoais tendo como base esse amor, que tem o fundamento em Deus e que se traduz em decisões generosas, altruístas e desinteressadas.
Por que motivo perguntaram a Jesus se os seus discípulos não jejuavam ?
Jesus respondeu-lhes que os seus discípulos são os companheiros do noivo, convidados para a boda.
O noivo, portanto, era Ele, Jesus, que deseja aos seus discípulos, que agora somos nós, que vivamos como permanentes convidados para as núpcias onde se celebra a renovação da Aliança que o Pai do noivo quer celebrar com a humanidade.
Não podemos considerar o Pai como um "Deus zangado" connosco, mas sim um Deus que é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade, enquanto somos nesta vida peregrinos a caminho da bem-aventurança, enquanto temos tempo para rever as nossas relações com Deus e nos dispomos a usar os meios próprios que Jesus deixou na sua Igreja, para que, na hora da partida possamos ir ao encontro desse mesmo Deus que, embora paciente e bom, e não zangado, é também infinitamente justo para nos dar só aquilo a que temos direito.
E é por todas estas razões que nós nos devemos considerar como responsáveis por uma vida limpa, sempre nova e sempre renovada, e não como uma manta de retalhos de pano velho e pano novo, ou como um odre velho e incapaz de guardar seguramente a vida da graça que Deus nos ganhou para lha apresentarmos limpa e purificada, porque, como diz o nosso povo, quem se veste de ruim pano velho, veste-se duas vezes ao ano, que o mesmo é dizer, põe em risco tudo o que deve estar dentro do Plano da História da Salvação.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]