Lourdes e suas aparições
Posted: 26 Jan 2014 11:47 AM PST
Basílica da Imaculada Conceição. A Gruta está embaixo, onde estão os fiéis.
Chegando a Lourdes, um instinto misterioso conduz o neófito rumo à Gruta.
Os cartazes são inexistentes e desnecessários.
Os guardas são escassos e sem trabalho.
A multidão é ordenada, composta e fervorosa. Tudo é pulcro e bem conservado.
Magotes de peregrinos convergem para o local das aparições. Uns rezam em grupo ou isoladamente, em voz alta ou baixa; outros cantam.
Ainda outros caminham em atitude recolhida, ou com ávida curiosidade, até o fulcro dessa unção que a tudo envolve maternalmente.
Não há algazarra nem pesado silêncio.Há uma plenitude de vida harmoniosa, impregnada de sobrenatural, que empolga.
Alguns chegam acompanhados de um sacerdote.A imensa maioria vem por iniciativa própria.
O que os levou lá?O que a graça disse na alma daquele romeno, australiano, japonês, brasileiro ou sul-africano, para virem de todos os recantos da Terra a Lourdes, com tanta consonância de espírito?
Doentes chegam de todos os países.
À direita de quem chega, o caudaloso rio Gave corre impetuosamente, emitindo leve murmúrio, imagem material dessa torrente de graças que ali age tão poderosa e discretamente nas almas.
À esquerda estão as numerosas torneiras onde os romeiros colhem e bebem a água da fonte aberta por Santa Bernadete por ordem de Nossa Senhora.
Logo a seguir, a Gruta das aparições. Como descrevê-la? É difícil.
Nada há nela que não se pareça com mais uma concavidade lavrada na rocha pelo vento e pelas águas.
Imagem no fim da procissão
Porém, olhando-a, tem-se a impressão de contemplar uma janela que abre direto para o Céu.
No alto, à direita, numa espécie de túnel aberto na rocha, a famosa imagem de Nossa Senhora de Lourdes, tão simples, sem mérito artístico especial, irradiando um oceano de graças.
No canto inferior à esquerda, no fundo, a fonte que Santa Bernadete cavou com suas próprias mãos, a mando de Nossa Senhora.
A água jorra límpida, incessante, com a musicalidade aconchegante de um despretensioso manancial de montanha.
Eis a água de Lourdes, eis o simples instrumento de que Nossa Senhora se serve para vencer a doença e o pecado, a lubricidade igualitária da humanidade que recusou a Civilização Cristã.
Que contraste! Que glória, que poder da Santíssima Virgem!
Toda a obra de impiedade erigida em séculos de Revolução, vencida pela Rainha dos Céus e da Terra com um simples fio de água!
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]