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Opinião e notícia com responsabilidade. Editor: Paulo César dos Santos.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Foto pescada na web
Na segunda-feira 20 de janeiro, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta anunciou durante a missa solene da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca - RJ, o início do processo de beatificação do casal Jerônimo de Castro Abreu Magalhães e Zélia Pedreira Abreu Magalhães. Se o Vaticano aceitar a reivindicação, será o primeiro casal brasileiro a ser beatificado. Jerônimo e Zélia viveram na época em que o Brasil Império se tornava República. Um a época de muitas dificuldades, mas o casal mostrou que independentemente das circunstâncias históricas ou sociais, dá para viver dentro dos princípios cristãos de amor e caridade.
Dom Orani disse que o tribunal eclesiástico já começou a agir para comprovar as virtudes. Informou que a partir daí nada mais depende dele, mas dos documentos, e garantiu que o processo está mais rápido. Logo depois da missa, os restos mortais do casal foram levados em carreata para a Paróquia Nossa Senhora da Conceição da Gávea, na Zona Sul do Rio. Em primeira instância, uma comissão deverá ouvir pessoas e analisar os documentos relativos à vida de Jerônimo e Zélia. Dom Roberto, nomeado por Dom Orani para fazer um levantamento histórico sobre Zélia e Jerônimo, assegurou que a trajetória do casal é muito interessante, e que todos os seus filhos escolheram seguir a Deus. Ele acrescentou ainda, que o casal antes rico morreu pobre, mas com fama de santidade.
Jerônimo de Castro Abreu Magalhães nasceu em Magé, em 1851. Zélia Pedreira Abreu Magalhães, em Niterói, em 1857.
O casal, quando rico, era dono de uma fazenda de café, e era considerado um exemplo de bondade. Os 500 escravos que o serviam tinham salários, todos eram tratados com dignidade e tinham moradia, garante o mesmo Dom Roberto Lopes, que acrescenta: "A grande preocupação de ambos não era acumular dinheiro”.
Zélia e Jerônimo tiveram 13 filhos, dos quais quatro morreram, e todos os outros tiveram uma vida dedicada à religião. O casal se uniu em matrimônio no dia 27 de julho de 1876. Depois de morar em Petrópolis, fixou residência na Fazenda Santa Fé, perto do Carmo do Cantagalo, que à época era Província do Rio de Janeiro. A comissão designada há cerca de dois anos para pesquisar sobre o casal já colhe depoimentos sobre milagres e ações atribuídos ao mesmo.
Havia na fazenda de Jerônimo e Zélia, uma capela onde o casal era constantemente visto rezando. Sabe-se também que seus escravos eram tratados com humanidade e iniciavam o trabalho do dia sempre com uma oração conduzida por Jerônimo e Zélia, que se preocupavam com a vida espiritual de todos. Por isso, incentivavam e promoviam a participação dos escravos nas missas, na catequese e nas confissões. Era o próprio casal quem catequizava os adultos e as crianças de sua fazenda.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]