Lourdes e suas aparições
Posted: 02 Feb 2014 11:30 PM PST
Santa Bernadette Soubirous era uma camponesa de uma zona dos Pirineus meio espanholada. Essa zona constitui, debaixo de certo ponto de vista, uma síntese entre a Espanha e a França.
Ela tinha pouco cara de espanhola; muito mais cara de francesa até do que de espanhola.
Suas fotografias mostram um rosto ligeiramente dado para o quadrado, traços regulares e bem feitos, um olhar preto, grande, e com uma certa fixidez hispânica que o olhar francês não tem, que crava as verrumas e que olha mesmo, é radiográfico; e também um certo nariz espanhol, que é um traço de coerência de toda a fisionomia. Isto o que ela tinha muito acentuadamente.
O feitio de espírito dela era taxativo. Era de dizer as coisas no duro.
Era ela uma pessoa educada com muita simplicidade, tinha muita elevação de alma, mas não teve essa educação que ensina a não dizer tudo quanto a gente pensa. E isso foi bom para ela
O que ela pensava, ela dizia mesmo.
O todo dela era de um dégagé completo: como quem no fundo não pretende ser nada.
Era humildade diante de todo mundo, mas no serviço de Nossa Senhora não se dobrava ao juízo de ninguém.
Por exemplo: ela ia para a gruta para as aparições. Ela podia se envaidecer porque ela não era ninguém. Mas imagine uma multidão enorme ali reunida para vê-la falar com Nossa Senhora.
É uma coisa engraçada: quanto menor é a cidade da gente, mais a gente dá importância a ela.
É mais fácil para um paulistano falar mal de São Paulo do que um birigüense falar mal de Birigüi.
Aquilo tem mais vida, mais encaixe para cada um do que a imensa Babel, onde se é um grão de areia solto.
Na Birigüi, cada birigüense é uma célula de um tecido. Em São Paulo nós somos um grão de areia numa duna enorme de areia em que cada grão pesa em cima dos outros, e que cada tufão leva para muito longe.
Então, compreende-se que para Santa Bernadette o fato da Lourdes inteira estar ali era uma coisa colossal.
Mas ela não se envaidecia, não dava importância nenhuma, continuava a ter toda a naturalidade diante de todo mundo.
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência de 15.4.1966. Sem revisão do autor)
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]