QUEM QUISER VIR APÓS MIM !...
A Liturgia da Palavra de hoje, 6 de Março A, aponta-nos as condições para seguir a Jesus, começando por nos dizer :
-"Se alguém quer vi rapós Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia a dia e siga-me".(Lc.9,24).
E este convite ou desafio de Jesus está incluído nas condições para seguir a Jesus, apresentado por Ele logo depois da confissão de Pedro e imediatamente antes da Transfiguração, tendo como paradigma a dignidade e o valor da Cruz,
Jesus que não vem tomar o poder, acaba crucificdo fora das muralhas da cidade que não quis conquistar senão por Amor.
A Cruz desconcerta-nos, porque a olhamos sempre como a expressão máxima do sofrimento redentor, mas, na verdade, ela não é o preço da nossa redenção de cativos do pecado, mas a expressão absoluta do Amor Criador de Deus Pai, do Amor solidário de Jesus e do Amor cúmplice do Espírito Santo, que convergem no propósito de nos oferecerem a salvação.
Foi o Amor que nos salvou, o Amor gratuito e inexplicável da Trindade que nos toca na pessoa de Jesus Cristo, o Verbo Divino incarnado, que, tomando a nossa condição pecadora e perdida, carrega sobre Si todas as miserias, todas as injustiças, todas as traições, todas as violências e, sem se defender, de todas nos liberta, graças ao Amor com que tudo aceita e oferece..
Pois é no pórtico desta Quaresma que nós recebemos o mesmo convite ou o mesmo desafio.
Mas devemos pensar a que título vamos nós seguir a Jesus que assim nos fala e tendo ainda a aceitação diária da cruz, como guia e bagagem da nossa caminhada.
Quem assim nos fala não é um "Rabi" ávido de uma afirmação pessoal ou cioso duma clientele que O possa envaidecer.
Quem nos fala assim, deixou oculta a sua dignidade divina e faz , ele mesmo, um itinerário inaudito de aproximação e solidariedade connosco, que só uma grande paixão é capaz de justificar.
Se, portanto, assim nos desafia, não é em busca de interesses pessoais.
Ele faz isto, por mandado e obediência ao Pai que O envia e como expressão dum propósito de Amor congeminado no íntimo da comunhão trinitária.
Está em causa a nossa dignificação pessoal e a recuperação da felicidade perdida nas alienações e rupturas que os nossos pecados multiplicam sem cessar.
Numa proposta em que tudo é dom, apenas uma condição nos é posta : assumir sem escrúpulos a nossa condição real daí a referência à cruz - e seguir confiadamente a Jesus Cristo.
Tudo o mais é com Ele, que nos apresentará, de etapa em etapa, as vias de libertação autênctica e as formas de felicidade plena.
Por isso, vale a pena aceitá-las e segui-l'O, porque a vitória final é absolutamente transcendental e que o Evangelho resume assi,m :
-"Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a vida por Minha causa, salvá-la-á". (Lc 9,24).
É um verdadeiro desafio, em que se pode perder ou ganhar e em quie todos se devem empenhar porque todos podem ganhar, :
-"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?".(Lc.9,25).
E para ganhar é preciso apenas dar um testemunho de vida que não envergonhe Jesus e a sua Igreja :
-:Porque, se alguém se envergonhar de Mim e das Minhas Palavras, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do pai e dos santos anjos".(Lc.9,26).
A Quaresma lembra-nos o testemunho de Jesus com a sua missaão, e o testemunho da Igreja com as suas Palavras.
O Amor de Deus é, doravante, a resposta inesperada da Trindade a tudo o que nos mortifica, porque transformou a árvore da Cruz em supedâneo do Ressuscitado.
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