TESTEMUNHO DA SAMARITANA ...
Aquela mulher samaritana é bem a imagem de muitos dos nossos contemporâneos.
A sua vida não tinha sentido, porque vivia :
* Insatisfeita com as suas aventuras afectivas.
* Saturada com a rotina do dia-a-dia.
* Perplexa com o oportunismo dos profetas.
* Resignada com a sua sorte...
* Mas também capaz de se deixar surpreender por um rabi estrangeiro.
Por debaixo da banalidade irrelevante do seu quotidiano ainda palpitava um apelo à superação, que o encontro com Jesus vem despertar.
Jesus é um homem diferente de todos os outros, com quem ela se cruzou na sua vida, é um rabi estrangeiro «que lhe diz tudo quanto ela já tinha feito» e a leva a um pensamento muito elevado que a faz perguntar se «não será aquele o Messias».
Todavia, ela, tal como muitos de nós :
* Ainda não tinha percebido o segredo de Jesus.
* Ainda não percebera, como muitos de nós que, deixar-se olhar por Aquele Mestre é reler a própria vida a uma outra luz.
* Ainda não percebera como tantos de nós que, deixar-se tocar por Aquele Messias é descobrir a fonte que já trazemos connosco e que nos pode saciar.
* Ainda não percebera, como muitos dos nossos contemporâneos que, deixar-se surpreender por aquela Presença, é como entrar num Santuário onde habitam o Pai, o Espírito e a Verdade.
Jesus é mais um homem, o novo Adão, Aquele que realiza em si mesmo a plenitude deste projecto divino, porque acolheu na sua condição humana, em tudo igual a nós, excepto no pecado, a plenitude do Espírito Divino, que lhe permite transformar cada encontro interpessoal numa transfiguração contagiante e recriadora.
S. João conta-nos o encontro de Jesus com a Samaritana, em Sicar, uma cidade da Samaria, junto ao poço de Jacob.
Não sabemos mais nada desta mulher, além do que Jesus lhe apontou e que ela aceitou, pois que foi dizer :
- "Vinde ver um homem que me disse tudo quanto fiz". (Jo.4,29).
Não sabemos o seu nome, mas apenas sabemos que era samaritana e, pelo teor da conversa que teve com Jesus, os Samaritanos e os Judeus não se davam bem uns com os outros.
- "Como é que tu, sendo Judeu, me pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana? É que os Judeus não se dão com os samaritanos". (Jo.4,9).
Mas Jesus aproveitou a oportunidade desta conversa para falar da Água Viva, daquela água que jorra para a vida eterna e que de quem beber dela jamais terá sede.
Por várias vezes em toda a Sagrada Escritura, aparece o simbolismo da água, não apenas como um elemento natural, mas como um elemento de renovação.
* Foi com a água do Dilúvio que Deus castigou e purificou o mundo.
* Foi assim a água do rochedo com que Moisés acalmou os queixumes dos filhos de Israel no deserto.
* Foi assim a água do mar Vermelho que deixou passar ileso os filhos de Israel e engoliu os exércitos do Faraó.
* Foi depois de se lavar sete vezes no Jordão que Naaman ficou limpo da lepra.
* Foi assim a água que Jesus transformou em vinho nas bodas de Caná, com que Jesus iniciou a Sua Vida Pública com o seu primeiro milagre.
* Foi assim na piscina de Betsaida. O primeiro que entrasse na água ficava curado.
* Foi assim a água do Jordão onde João Baptista administrava um baptismo de penitência e onde Jesus quis também ser baptizado para dar à água o poder de perdoar mediante o Baptismo do renascimento espiritual.
* Foi assim na Crucifixão em que do lado de Cristo crucificado, correu sangue e água.
E sempre a água aparece assim como meio de purificação.
Foi assim no nosso Baptismo, em que, com a água e o Espírito Santo, nós entrámos na plenitude de Deus e nos tornámos Membros da Sua Igreja porque encontrámos o Messias que nos havia de dar a salvação.
Não são poucos aqueles que hoje repetem este encontro e que, por causa d'Ele, regressam à cidade, para darem o mesmo testemunho da samaritana e apregoarem que é preciso encontrar o Messias, o que vem para nos acolher e nos incluir dentro do seu Plana da História da Salvação.
Quem beber desta água.. Não voltará a ter sede.
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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.
"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]