VALEMOS O QUE VALE O NOSSO AMOR!...
"Meu Deus, tende compaixão de mim,que sou pecador!"
A Liturgia da Palavra de hoje 29 de Março A, apresenta-nos a Parábola do Fariseu e do Publicano que foram ao Templo para rezar, para nos dar a entender qual deles é que nós queremos representar na nossa vida.
Nós temos uma tendência pronunciada para discriminar e comparar...
Gostamos de ver o mundo a preto e branco, para justificar os nossos alinhamentos e as nossas reservas.
Facilmente nos anticipamos ao julgamento de Deus, absolvendo uns e condenando outros, apesar da palavra de Jesus que nos recomenda :
- "Não julgueis!"
Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus desconcerta-nos ao subverter a nossa tendência.
O fariseu, que era o modelo da sociedade judaica, é posto em confronto com alguém que representava o inimigo público número um.
Mas é este, um publicano, que cobrava impostos a favor do ocupante, e por isso suspeito de corrupção, que é apontado como tendo saído do templo "justificado".
Justificado, não por aquilo que fazia, mas pela humildade com que se apresentou diante do Senhor.
Apresentou-se despojado, sem credibilidade, sem méritos, mas com amor, o oposto do fariseu.
Por isso Deus o pôde cumular da sua "piedade" e enviá-lo "justificado", ao contrário do fariseu que estva tão cheio de si, que nele não havia espaço para a intevenção criadora de Deus, nem para a solidariedade dos demais que ele olhava com arrogância e sem amor.
Mas todos fazemos parte duma mesma humanidade, onde cada um é tocado pela virtude e pela maldade, e duma mesma Igreja que é santa e pecadora.
No seu interior formamos um corpo solidário e corresponsável ao propósito de se deixar regenerar permanentemente por Deus.
Esta parábola do fariseu e do publicano é para aqueles que se julgam justos e desprezam todos os outros .
Ainda uma vez a necessidade de se comparar, para se assegurar que se é melhor do que os outros.
Quem está seguro de si não precisa de se comparar, mas também sabe que isso é um dom.
Não nos auto-justificamos, é Outro o único que nos pode justificar.
Quem se justifica a si próprio vive na inquietação de, a todo o momento, poder ser comparado com outro muito melhor.
Quando o desprezo habita o nosso coração, ficamos fora do amor e só o amor nos pode justificar.
Desprezando os outros, colocamo-nos de parte, e ficamos fora da pátria, e da justiça, que é a caridade.
Mas amar com essa generosidade e gratuidade a que chamamos caridade, também é um dom.
A caridade é como um rio que corre do coração de Deus para o nosso e do nosso coração para o coração dos outros.
Estancar essa corrente por desprezo ou indifernça é matar o amor, e nós só valemos pelo que vale o nosso amor.
Quanto ao resto, não nos comparemos, nem façamos juízos.
Afinal, que garantias temos nós de que, tendo passado pelas mesmas experiências e pelas mesmas situações, pelos mesmos dramas e pelas mesmas vivências, seríamos melhores do que eles ?
A subestima pessoal em que facilmente caímos é sinal de solidão e de falta de afecto.
Não acreditamos no amor que Deus nos tem, porque não o experimentamos, e não o experimentamos porque aqueles que deveriam ser os mediadores e iniciadores nessa experiência, não acreditam ou não assumiram a sua missão.
Se cada um de nós quisesse fazer parte desta Parábola do Fariseu e do Publicano, qual o lugar que teríamos de ocupar ?
Uma pergunta a que devemos responder, ainda que só para nós, para vermos qual o caminho que deveremos tomar e qual a classificação que Jesus dará sobre aquilo que valemos e sobre a missão que devemos assumir, para sairmos justificados no nosso tetsemunho de vida.
Para justificar a todos, Cristo uniu-se aos mais pobres de amor e carecidos de justiça, e esse deve ser também o nosso caminho, por ser o mais seguro para a realização do plano da História da Salvação.
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