sábado, 1 de março de 2014

Julio Severo: “Luteranos reconhecem culpa com relação a Hitler. Entrevista com Stephan Linck” plus 1 more




Julio Severo: “Luteranos reconhecem culpa com relação a Hitler. Entrevista com Stephan Linck” plus 1 more





Posted: 01 Mar 2014 04:30 AM PST




Luteranos reconhecem culpa com relação a Hitler. Entrevista com Stephan Linck


É um reconhecimento de culpa tão espetacular quanto radical e "em curso" aquele que está sendo feito há alguns anos pela Igreja Evangélica da Alemanha do Norte — uma das 22 Igrejas regionais que compõem a Igreja Evangélica Alemã — pelo seu comprometimento com o nazismo. Uma das últimas iniciativas foi a tarefa dada ao historiador Stephan Linck de investigar o que o apoio ao regime hitleriano deixou de herança no pós-guerra. Linck, que já havia se ocupado dos anos "quentes" da República de Weimar em 1945, publicou recentemente "Novo início? A relação da Igreja Evangélica com o seu passado nazista e com o judaísmo. As Igrejas regionais no norte do Elba, 1945-1965″, o primeiro de dois volumes previstos, publicado pela editora oficial da Igreja regional do Norte.



A reportagem é de Andrea Galli, publicada no jornal Avvenire, dos bispos italianos, 19-02-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.


Eis a entrevista.


Professor Linck, de onde nasceu essa vontade de transparência histórica?


Em 1998, quando o Sínodo da Igreja Evangélica da Alemanha do Norte publicou uma declaração-esclarecimento no 50º aniversário da Noite dos Cristais, se queria saber também quais procedimentos antijudaicos foram emitidos pelas Igrejas de Lübeck, Eutin, Schleswig-Holstein e Hamburgo. Não havia uma resposta certa, por isso foi preciso comissionar uma pesquisa. Diante desse vazio de conhecimento, muitos ficaram estupefatos, e se decidiu, portanto, realizar também uma mostra que, entre 2001 e 2007, foi organizada em vários lugares e levou a uma profunda discussão, fazendo conhecer a cumplicidade da Igreja Evangélica na perseguição aos judeus. Portanto, se queria saber como a Igreja Evangélica mudou depois do nazismo e como foi possível que, ao longo das décadas, o tema nunca foi abordado criticamente; por isso, decidiu-se iniciar um projeto de pesquisa.


A ideologia nazista estava imbuída de neopaganismo: como foi possível manter juntos o Evangelho e a mitologia ariana?


No início do regime, o apoio protestante a Hitler era enorme, porque ele havia removido a República, que era vista como uma entidade irreligiosa. Os nazistas propagandeavam um "cristianismo positivo", voltado negativamente apenas contra os judeus, e isso encontrou o favor dos luteranos. O elemento neopagão foi rejeitado pela maioria dos fiéis.


Os escritos de Lutero contra os judeus têm um papel na "sintonia" com o antissemitismo nazista?


As profundas raízes do antissemitismo da Igreja Evangélica afundavam no nacionalismo alemão; no entanto, sim, muitos protestantes se referiam aos escritos de Lutero contra os judeus para demonstrar que eles eram os antissemitas "originais": no fundo, Lutero já havia incitado a perseguir os judeus e a incendiar as sinagogas.


Os nazistas gozaram do favor dos protestantes mais ao norte do que no resto da Alemanha?


Antes de 1933, o Partido Nacional-Socialista gozava de grande favor junto ao eleitorado protestante em geral. Ao contrário dos católicos, os protestantes, durante a República de Weimar, não tinham um partido confessional de referência. Foram os luteranos em particular que rejeitaram a República, porque isso havia levado à renúncia do Kaiser e rei da Prússia, que era visto como a autoridade luterana.


Uma curiosidade: a Lutherkircke (Igreja Luterana) de Lübeck foi construída de frente para o norte. Quanto a ideologia nazista influenciou a arquitetura sacra?


A arquitetura das Igrejas foi decidida pelas comunidades individuais e não houve um projeto comum. Na Lutherkirche de Lübeck, reinavam os pertencentes à Aliança para a Igreja Alemã ["Bund für deutsche Kirche", uma pequena minoria da Igreja Evangélica. Eles rejeitavam o Antigo Testamento, judeu demais, e identificavam o Deus pai da Bíblia com o nórdico "Pai de todos", "Allvater", apelido de Odin]. Por isso, era preciso rezar para o norte e não para o leste, isto é, em direção a Jerusalém. Outra igreja dedicada a Lutero em Hamburgo, no distrito de Wellingsbüttel, foi construída de frente para o norte. A Aliança para a Igreja Alemã foi fundada em 1919, mas teve grande influência somente durante a hegemonia nazista. O expoente mais fervoroso dos chamados "cristãos alemães" no Schleswig-Holstein, Propst Ernst Szymanowski, tornou-se tão extremista a ponto de sair da Igreja e se tornar um oficial das SS. À frente de um "Einsatzkommando", ele foi responsável pela morte de milhares de russos e foi condenado no julgamento de Nüremberg.


Quais foram as omissões da Igreja Evangélica que, no seu estudo, mais chamaram a sua atenção?


Depois de 1945, a grande maioria dos luteranos não se confrontou com o seu próprio pró-nazismo. Eram criticadas, ao invés, as "forças de ocupação" e a "justiça dos vencedores". Na Alemanha destruída, à qual afluíram milhões de refugiados dos territórios perdidos ao leste, não se queria admitir que essa condição havia sido causada pelos próprios alemães, que, além disso, haviam infligido sofrimentos piores às outras populações. Na Igreja luterana, o sentimento coletivo dos fiéis teve um maior peso com relação à necessidade de julgar o próprio passado. É triste o quão tarde começou uma análise crítica. E é amargo constatar como as pesquisas sobre a história da Igreja em âmbito universitário também se ocuparam muito pouco das responsabilidades da Igreja Evangélica durante o nazismo. Isso ficou muito claro para mim quando eu falei com protestantes de origem judaica: eles esperaram por décadas um mea culpa da Igreja. Uma dessas figuras era a filha de um pastor da Igreja de Schleswig-Holstein, o qual, em 1939, foi proibido exercer o seu ministério, porque havia se recusado a se separar da esposa – uma judia que havia se batizado. O pai, em 1945, tinha pedido para ser readmitido em serviço como um pastor, mas a família esperou em vão o pedido de desculpas por parte da Igreja. Quando eu levei o caso ao conhecimento daquela que foi a sua igreja, foi colocada uma faixa. A mulher morreu três meses depois: recentemente havia recebido o pedido de perdão esperado há tanto tempo.


Fonte: Tele-Fé


Divulgação: www.juliosevero.com


Leitura adicional:











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Posted: 28 Feb 2014 04:01 PM PST




Aviso de Olavo de Carvalho: Invasão de sua conta no Facebook


Prezados amigos,


Tão logo o deputado Marco Feliciano denunciou na Câmara a campanha de assassinato de reputação que eu vinha sofrendo (v.https://www.youtube.com/watch?v=CIFB9RXmIi0), a militância do crime, decerto mobilizada por alguma Excelência em pânico, mudou de tática e passou a tentar bloquear a minha conta no Facebook para que, diante do assalto multitudinário à minha pessoa e à minha honra, não me restasse nem mesmo este miserável e último recurso de defesa que é espernear na internet.





Olavo de Carvalho


O ardil consiste simplesmente em entrar na minha conta desde um IP qualquer que não seja o meu, acionando automaticamente o Facebook para que bloqueie a conta e inicie um procedimento de verificação.


Tentaram isso ontem usando um IP registrado numa cidade da Índia.


Como eu conseguisse restaurar a conta, aperfeiçoaram o sistema. Fornecem ao Facebook, não sei como, um número de telefone falso ou imaginário (hoje foi +33 7 87 16 56 82), de modo que o código para restauração da conta é enviado a esse número e não chega jamais a mim. Assim, torna-se impossível reativar o acesso à minha página.


A coisa é de uma sordidez que desafia a imaginação. Se quer saber, nem mesmo me surpreende que apelem a esse recurso, ou talvez, mais tarde, a outros mais abjetos ainda. A mentalidade dessa gente faria os porcos vomitarem, se lhes fosse servida no cocho.


Ainda não sei bem o que fazer diante desse descalabro, mas creio que solicitar um inquérito à Polícia Federal não seria má idéia. Tentarei fazer isso.


Se você puder divulgar o episódio, ficarei grato. 


Obrigado desde já e um abraço do


Olavo de Carvalho



Divulgação: www.juliosevero.com


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Postcommunio Súmpsimus. Dómine, sacridona mystérii, humíliter deprécantes, ut, quae in tui commemoratiónem nos fácere praecepísti, in nostrae profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis.

"RECUAR DIANTE DO INIMIGO, OU CALAR-SE QUANDO DE TODA PARTE SE ERGUE TANTO ALARIDO CONTRA A VERDADE, É PRÓPRIO DE HOMEM COVARDE OU DE QUEM VACILA NO FUNDAMENTO DE SUA CRENÇA. QUALQUER DESTAS COISAS É VERGONHOSA EM SI; É INJURIOSA A DEUS; É INCOMPATÍVEL COM A SALVAÇÃO TANTO DOS INDIVÍDUOS, COMO DA SOCIEDADE, E SÓ É VANTAJOSA AOS INIMIGOS DA FÉ, PORQUE NADA ESTIMULA TANTO A AUDÁCIA DOS MAUS, COMO A PUSILANIMIDADE DOS BONS" –
[PAPA LEÃO XIII , ENCÍCLICA SAPIENTIAE CHRISTIANAE , DE 10 DE JANEIRO DE 1890]